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Parcerias públicas e privadas

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ATIVIDADE ESTRUTURADA
	
DISCIPLINA: Parcerias Públicas e privadas e Gestão de Projetos
	
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A Atividade Estruturada é uma apresentação de um Relatório/Plano, no qual o aluno deverá discorrer a respeito de suas vivências ou realizar uma pesquisa que esteja relacionado aos temas abordados no conteúdo da disciplina, evidenciando a correlação entre a teoria com a prática. A Atividade Estruturada deverá contemplar a aplicabilidade da temática apresentada na disciplina, as suas respectivas reflexões na prática e as suas contribuições no mercado contemporâneo. 
Na elaboração da atividade estruturada o aluno deverá atentar-se na formatação de parágrafos que deverão ser nas medidas padrão dos relatórios acadêmicos (fonte em Arial 12, espaçamento de 1,5 entre as linhas, com margens superiores 3 cm, inferiores 2 cm, lateral direita 2 cm, lateral esquerda 2,5 cm, os parágrafos devem iniciar com 7 espaços da margem e as citações deverão ter recuo diferenciado estando sempre justificados). As referências bibliográficas têm espaçamento “simples” entre as linhas.
INTRODUÇÃO
O art. 37, caput. XXI, Constituição Federal expressa os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, publicidade e eficiência, e ainda, o da probidade administrativa, a vinculação ao instrumento convocatório, o julgamento objetivo e os que lhe são correlatos, com o fim de melhorar as Administrações Públicas, incutindo no administrador público, a seriedade com que deve ser tratado o dinheiro público. O princípio da formalidade está intrínseco no parágrafo único, do art. 4º, da Lei nº 8.666/1993. O princípio da igualdade é um princípio natural. Ficando, com isso, a aquisição de bens e serviços pelo Poder Público em perfeita harmonia com as diretivas da eficiência, eficácia e economicidade.
A partir dos anos de 1980 o governo brasileiro buscou reformas para agilizar os serviços do serviço público, para tanto foram elaboradas reformas estruturais, políticas e administrativas, surgindo o Programa Nacional de Desestatização (PND), realizando privatizações com o intuito de aperfeiçoar investimentos advindos do setor privado. 
DESENVOLVIMENTO
A Administração pública é regida por 5 princípios que estão inscritos na constituição Federal de 1988, são eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
É obrigatório para a Administração Pública agir conforme as normas, e a Carta Magna no momento em que fizer compras, contratar serviços ou alienação, se não o fizerem, "impregnará o processo de vício, trazendo, como consequência, a nulidade. Porém, para a Administração essa regra não existe o administrador está submetido às regras." (MEIRELLES, 1997, p. 130)
Princípio da legalidade previsto no art. 5º, II, da Constituição de 1988, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei”, (BRASIL, 1988) trata-se, pois, de uma norma-princípio, que recebe o nome de princípio da autonomia da vontade. (BANDEIRA DE MELLO, 199)
No princípio da impessoalidade é presumida a hegemonia do interesse público a impessoalidade dos atos dos agentes administrativos. O administrador deixa de cumprir as regras no interesse da coletividade, quando quebra a isonomia no trato com os particulares, que é o bem maior e objeto principal do Direito Administrativo. 
O princípio da impessoalidade está intimamente ligado ao princípio da igualdade. Este preceito está inscrito na Constituição federal de 1988, e determina a tratamento no que diz respeito a compras e contratações de forma igual. Porém, cabe à Administração tratar os concorrentes de forma a impedir favoritismos, preservando as diferenças existentes em cada um deles.
No princípio da moralidade, a Administração Pública se obriga a agir conforme os padrões éticos impostos à Administração e também aos seus agentes, ou seja, de forma correta, com lisura e honestidade de ambas as partes. Dessa forma, a administração é obrigada não somente seguir as leis, mas também, agir de boa-fé, leal, ou seja, de forma ética. 
O princípio da publicidade estabelece que a Administração Pública deve dar plena transparência aos seus atos, excetuando nos casos de caos onde o sigilo se justifica por ser imprescindível à segurança do Estada e da sociedade, essa exceção é permitida na Constituição Federal, art. 5º, inciso XXXIII. (BRASIL, 1988). Seu objetivo é permitir a fiscalização de todos os atos da administração. As irregularidades, quando houver, podem ser denunciadas por qualquer cidadão com o objetivo de apurar se os atos estão de acordo com a lei.
A partir da criação do Programa Nacional de Desestatização surgiram normas e regras pelas quais deveriam ser reger a contratação de bens e serviços do setor privado. Com a Lei nº 8.666/93, a Administração Pública, em suas três esferas, busca o aperfeiçoamento do sistema de compras, procurando desenvolver uma nova estrutura legal e normativa que autorize os administradores a colocarem em prática procedimentos mais ágeis e flexíveis. Além disso foi promulgada a Lei 8987/95 que “dispõe sobre o regime de concessão das reformas.”
Nesse sentido, o sucesso de qualquer compra ou contratação que envolva recursos públicos depende da capacitação de seus agentes com o objetivo de auxiliá-los, de forma adequada, a utilizar o conjunto de leis, principalmente no tocante aos aspectos que apresentam maior complexidade ou incidência de problemas. Assim, a administração pública tem poderes para constituir obrigações de acordo com suas necessidades sendo que essas devem estar impreterivelmente de acordo com a lei. Dessa forma, a administração pública deve tomar muito cuidado em relação a contratação. É muito relevante a forma pela qual a administração pública faz suas contratações, tentando de alguma forma coibir fraudes e também dar maior transparência, celeridade e desburocratizando na contratação de bens e serviços comuns, as modalidades de Licitação são uma ferramenta para tentar coibir ações mal-intencionadas, trazendo vantagens para administração pública.
O art. 37, da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei 8.666, de 21/06/93, alterada pelas Leis 8.883/94, 9.648/98 e 9.854/99, que estão em vigor atualmente, e disciplinam as licitações e contratos da Administração Pública. Nos anos de 1980 a Licitação é elevada a princípio constitucional, ou seja, sua execução torna-se obrigatória pela Administração Pública em todos os níveis.
Os princípios da indisponibilidade e supremacia do interesse público estão profundamente interligados ao ato de licitar, e são os princípios que orientam as ações da gestão pública. (ALEXANDRINO e PAULO, 2000).
Portanto, a licitação, é fundamental no que tange a gestão do dinheiro público, pois possibilita à Administração, contratações a partir de uma proposta vantajosa, pois colocam em condições de igualdade todos os candidatos que pretendem participar desse tipo de concurso público. A Lei nº 8.666/1993, onde todos os aspectos relevantes e pertinentes à matéria encontram-se minuciosamente ali regulados, que estabelece regras para a contratação de serviços, obras, compras, publicidade, etc., editada em obediência ao Art. 22 da Constituição Federal em seu capt. 27. (ALEXANDRINO e PAULO, 2000, P. 336),
Na CF de 1988 estão expressos vários princípios correlatos, com o fim de melhorar as Administrações Públicas e induzir ao gestor público seriedade na administração do dinheiro público como se pode ver no parágrafo único, do art. 4º, da Lei nº 8.666/1993, que diz: “Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública”. (BRASIL, 1993).
Portanto, o processo licitatório tem como objetivo garantir o princípio constitucional da isonomia, que deve tratar todos os participantes de uma licitação com igualdade, não devendo haver qualquer espécie de discriminação, dando oportunidade a todos que tenham condições de cumprir no futuro o contrato firmado e ainda, que cumpram com os requisitosmínimos exigidos, que queiram participar da mesma, selecionar.
Sem dúvida, é de suma importância uma legislação específica, pois, seus princípios e regras geram efeitos em todas as esferas políticas e em todos os poderes do Estado democrático de direito. Enfim, em todos os que operam recursos públicos submetem-se às regras da Lei de Licitações e Contratos Administrativos. (MEIRELLES, 1997).
Conclusão
Do mesmo modo dados e cristalinidade nos atos públicos são a segurança inexaurível da eficácia nas ações administrativas e dos agentes públicos e influência popular e do exercício de cidadania. A coletividade não quer mais ter administradores e gestores públicos insensatos. Os cidadãos estão mais cônscios de que as perdas acontecidas pelo mau uso do dinheiro público é o do próprio contribuinte. 
Assim nota-se, por exemplo, a importância do procedimento licitatório na Administração Pública para controlar as prestezas do administrador na chefia dos recursos públicos, continuamente visando os princípios da atividade administrativa: o da legalidade, o da impessoalidade, o da moralidade, o da publicidade e o da eficiência.
Há atualmente outras averiguações acerca de fraudes e contratações no campo das compras e contratações públicas, com a exposição de favorecimentos e da prevalência de preocupações privadas abrigadas no hipotético negócio público. Esses episódios levantam contendas sobre a discrepância das modalidades tradicionais de licitação e a simultânea utilização de estruturas asseguradoras de limpidez e mais inspeção dos gastos de expedientes públicos, como licitações. 
As modalidades de licitação representam a aplicação do princípio constitucional da eficiência, com a agilização e facilitação do método licitatório, com inversão de etapas que tem a mais essencial funcionalidade. Isso, na medida em que dá, a todos os participadores do certame, a chance de assistirem as suas propostas serem analisadas e debatidas, sem os antecedentes bloqueios e delongas da capacitação
No entanto apesar dos legisladores tentarem assegurar todas as formas de contratação, a observância dos princípios norteadores da boa administração, na prática, o que vem ocorrendo são infindáveis escândalos que lesam o erário. É intolerável, em nome de um abuso de austeridade que envolve as Leis que seja descaracterizado naquilo que lhe é mais característico, a funcionalidade. 
Espera-se, nos processos de contratação que não se analise apenas o cumprimento das normas, mas se os valores contratados é o mais vantajoso e por fim, se os objetivos propostos foram alcançados, para que a burocracia não se torne mais relevante, e sim coadjuvante.
REFERENCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direto administrativo. 5º ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2004.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 11. Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1999.
_______. Constituição da República Federativa do Brasil [recurso eletrônico]: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas constitucionais nos 1/1992 a 77/2014, pelo Decreto legislativo nº 186/2008 e pelas Emendas constitucionais de revisão nos 1 a 6/1994. – 41. ed., com índice de assunto. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. 466 p. – (Série textos básicos ; n. 82). Disponível em: http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/acessibilidade/legislacao-pdf/constituicao_brasil_41ed.pdf. Acesso em 31 de janeiro de 2014.
COELHO, Antonio Carlos. LIMA, Carlos Marcio Campos;. Alocação e mitigação dos riscos em parcerias público-privadas no Brasil. Revista de Administração Pública, v. 49, n. 2, 2015, p. 267291. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rap/a/8RQV8HRQPtx4GvdddTVRzdz. Acesso em: 30 de janeiro de 2024. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22º ed. São Paulo: Malheiros, 1997.
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