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Podcast 02

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Podcast 
Disciplina: Geração, transmissão e distribuição de 
energia elétrica 
Título do tema: Transmissão de energia elétrica 
Autoria: Leandro José Cesini da Silva 
Leitura crítica: Karina Yamashita 
Olá! As linhas de transmissão de energia elétrica são essenciais para que a 
eletricidade chegue até nossas cidades. Mas você sabia que a instalação de 
torres de transmissão pode causar alguns efeitos não desejáveis à comunidade 
que a circunda? Estou falando sobre o efeito corona. 
O efeito corona nada mais é do que uma descarga elétrica ocasionada pela 
ionização do ar em volta do condutor energizado. Porém, essa descarga não 
gera arco voltaico. Mas não se engane, ela traz alguns efeitos, como a geração 
de ondas eletromagnéticas. Agora você consegue associar que ondas 
eletromagnéticas geradas em altas frequências levaram o efeito corona a ser 
um problema, pois como essas ondas estão na casa dos MHz, logo interferem 
diretamente nas ondas de rádio e TV. Essa interferência nos sinais altera a 
recepção dessas ondas, dificultando o telespectador em assistir a sua novela 
ou o ouvinte a apreciar o seu programa preferido no rádio. Por conta disso, 
vários protestos públicos já foram organizados contra a instalação de linhas de 
transmissão próximas às cidades. 
O efeito corona não se restringe somente aos condutores. Ele pode ocorrer em 
outros componentes da linha de transmissão, como nas ferragens, parafusos e 
isoladores, ainda mais se estiverem mal fixados. Porém, nesses locais, a 
intensidade é inferior. Mas é possível banir o efeito corona dos projetos de 
linhas de transmissão? Economicamente, acredite, ainda não é possível, 
porém, existem alguns critérios durante a fase de projeto que permitem que o 
efeito possa ser atenuado. 
As principais características do efeito corona, sem contar a interferência 
eletromagnética que já comentamos, são: ruído sonoro, produção de ozônio ao 
redor do condutor e perdas de energia. Veja que interessante, o ar ao redor do 
condutor está repleto de partículas ionizadas e de moléculas neutras. Uma 
descarga elétrica no ar inicia-se por um campo elétrico que acelera os elétrons 
livres presentes nesse meio. Em ambos os ciclos, positivo e negativo, de uma 
corrente CA, existem descargas. Porém, veja que curioso, são nos ciclos 
positivos que o efeito corona gera ruídos que interferem nas frequências AM, 
de ondas médias. 
Mas por que ocorre o efeito corona nas linhas de transmissão? Uma causa 
está relacionada ao valor de diferença de potencial entre uma das fases e o 
solo, que passa de um valor crítico. Chamamos esse valor crítico de tensão de 
ruptura, que ocorre por alguns fatores, tais como: quantidade de vapor de água 
no ar, pressão atmosférica e também pelo tipo de tensão aplicada, alternada ou 
contínua. 
Os efeitos das perdas geradas pelo efeito corona já são estudas há mais de 50 
anos e atualmente é que tiveram boas evoluções. Essas perdas estão 
relacionadas às condições meteorológicas, à geometria dos condutores, aos 
gradientes de potencial sobre a superfície dos condutores e às tensões de 
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trabalho das linhas de transmissão. As perdas em linhas de elevadas tensões 
podem chegar a alguns kW/km ou até algumas centenas de kW/km, a 
depender das condições meteorológicas do local. 
Já falamos dos ruídos sonoros que o efeito corona provoca, mas também 
chamamos de ruído as interferências eletromagnéticas que ele provoca no 
meio. 
Fechamento: 
Esse foi o nosso podcast de hoje! Espero que esse nosso bate papo tenha 
despertado mais interesse sobre o efeito corona nas linhas de transmissão e 
que você possa buscar mais informações e se aprofundar ainda mais no 
assunto. Até a próxima!

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