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TCC VANESSA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL - EAD
VANESSA FERREIRA RODRIGUES
 
 
 
 
INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NA ESCOLA E A ATUAÇÃO DO PROFESSOR
CHAPADA DO NORTE 2024
INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NA ESCOLA E A ATUAÇÃO DO PROFESSOR
	VANESSA FERREIRA RODRIGUES¹
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
Este trabalho tem como foco as práticas pedagógicas direcionadas para o ensino inclusivo, de forma especial, no que tange o autismo. Mesmo sabendo que o tema inclusão nas últimas décadas ganhou forças em estudos e publicações, as ações práticas desenvolvidas para o acolhimento de pessoas com necessidades diversas ainda se mostram sem efetividade. O autismo tem como principal característica uma condição neurológica e, de acordo com teóricos, não há uma conceito único e específico que possa abordar de forma conclusiva esta condição. De maneira geral, as principais características tem sua manifestação antes dos três anos de idade e podendo comprometer em algum grau o desenvolvimento da criança. Os principais sintomas são a dificuldade de se relacionar com o ambiente em que estão inseridos, dificuldade com linguagem verbal, ausência ou pouco contato visual com os pais e demais crianças. Como definição da metodologia de pesquisa, optamos pela realização de pôr uma análise com base na literatura sobre o tema em estudo, buscando observar os aspectos gerais do Autismo, como conceito, questões recorrentes, contexto histórico de políticas inclusivas e contexto escolar. Para isso, o estudo teve como embasamento artigos publicados, sites de pesquisa, livros, revistas e periódicos científicos.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas pedagógicas, Autismo, Atuação Docente.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como foco as práticas pedagógicas direcionadas para o ensino inclusivo, de forma especial, no que tange o autismo. Mesmo sabendo que o tema inclusão nas últimas décadas ganhou forças em estudos e publicações, as ações práticas desenvolvidas para o acolhimento de pessoas com necessidades diversas ainda se mostram sem efetividade.
O autismo tem como principal característica uma condição neurológica e, de acordo com teóricos, não há uma conceito único e específico que possa abordar de forma conclusiva esta condição. De maneira geral, as principais características tem sua manifestação antes dos três anos de idade e podendo comprometer em algum grau o desenvolvimento da criança. Os principais sintomas são a dificuldade de se relacionar com o ambiente em que estão inseridos, dificuldade com linguagem verbal, ausência ou pouco contato visual com os pais e demais crianças.
Partindo da conhecimento de que, perante a difícil experiência do indivíduo a lidar com o autismo e com as complicações que podem aparecer, principalmente durante o período escolar, é preciso então que haja uma educação dinâmica, plural e inclusiva que busque respostas às necessidades de seus alunos. Para que isso realmente aconteça é preciso que exista que haja uma grande cooperação entre as políticas governamentais, as escolas, os pais e responsáveis por indivíduos autistas e, por fim, por toda a sociedade onde estão inseridos.
Nesse sentido, este trabalho tem como ponto de partida as seguintes Indagações: como pode ser o acolhimento dos alunos com autismo em uma educação inclusiva? Como podem ser promovidas redes de parceria entre pais, escola e sociedade para lidar com as dificuldades enfrentadas por essas crianças? Quais atividades podem ser efetivadas na prática do dia-a-dia que possam contribuir com a questão? Em resumo: Qual a contribuição que a junção entre a teoria e a prática para um aprendizado especializado nas deficiências dos alunos?
Como definição da metodologia de pesquisa, optamos pela realização de pôr uma análise com base na literatura sobre o tema em estudo, buscando observar os aspectos gerais do Autismo, como conceito, questões recorrentes, contexto histórico de políticas inclusivas e contexto escolar.  Para isso, o estudo teve como embasamento artigos publicados, sites de pesquisa, livros, revistas e periódicos científicos. 
2 DESENVOLVIMENTO
Aluno autista no contexto escolar
No Brasil o ensino tem passado por inúmeras mudanças com o passar dos anos, novos temas e desafios são abordados. Nesse sentido, a inclusão escolar se destaca como sendo um tema pautado na atualidade, sendo suas discussões quanto a busca por soluções pautado na busca por atingir os direitos do ser humano, independentemente da sua condição. 
A inclusão nas escolas de ensino regular deve ser compreendida como necessária tanto para os alunos com necessidades educacionais especiais quanto, para os considerados “normais”. Conforme afirma Carvalho (1999), a inclusão traz benefício a todos, pois podem desenvolver solidariedade, respeito às diferenças e cooperação uns para com os outros. 
Nesse sentido, é de suma importância a inclusão dos autistas nas escolas visto que esta possibilita despertar nos educandos atitudes de solidariedade, pois o pensamento inclusivo se inicia na escola, onde o indivíduo tem orientação com objetivo de entender suas atitudes perante a sociedade.
Incluir não é só integrar [...] Não é estar dentro de uma sala onde a inexistência de consciencialização de valores e a aceitação não existem. É aceitar integralmente e incondicionalmente as diferenças de todos, em uma valorização do ser enquanto semelhante a nós com igualdade de direitos e oportunidades. É mais do que desenvolver comportamentos, é uma questão de consciencialização e de atitudes (CAVACO, 2014, p. 31).
Nesse contexto, é de responsabilidade da escola a elaboração de metodologias estratégias visando o desenvolvimento de habilidades de alunos autistas, principalmente na interação com o ambiente escolar bem como com os demais alunos. A família tem grande responsabilidade, visto que ela é responsável na construção da parceria com a escola, fomentando ao aluno autista os meios necessários para que ele se sinta seguro e confortável na escola. Em geral as alunos com autismo tem o processo de aprendizagem um pouco mais lento e gradativo, por isso é de suma importância que o professor tenha qualificações adequadas para atender esse aluno, com principal objetivo construir forma de comunicação que possam atingi-lo de maneira significativa.
O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu potencial, de acordo com sua idade e de acordo com o seu interesse. Se a criança estiver executando uma atividade nova de maneira inadequada, é importante a intervenção rápida do professor, mesmo que para isso seja necessário segurar a mão da criança ou até mesmo dizer-lhe a resposta. (PEETERS, 1998, s/p.).
Perante de tal afirmativa, é possível compreender que é necessário o conhecimento e reconhecimento da realidade do aluno e de todo o processo para se conseguir a inclusão e um dos principais alavanques é uma formação docente competente, pois esta deve além de trabalhar as capacidades do educando e preciso que o professor realize ações buscando que os alunos consigam atingir suas próprias competências e construção do conhecimento.
A complexidade dos problemas que hoje se colocam à escola não encontra soluções previamente talhadas e rotineiramente aplicadas. Exige, ao contrário, uma capacidade de leitura atentada dos acontecimentos e sua interpretaçãocomo meio de encontrar a solução estratégica mais adequada para elas. Esse processo, pela sua complexidade, exige cooperação, olhares multidimensionais e uma atitude de investigação na ação e pela ação. Por outro lado, exige do professor a consciência de que a sua formação nunca está terminada e das chefias e do governo, a assunção do princípio da formação continuada (ALARCÃO, 2001, p. 24).
A orientação aos sistemas de ensino dada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), de que os mesmos devem garantir aos alunos: currículo, métodos, recursos e organização próprios para suprir suas necessidades. Na atualidade, ainda existem algumas organizações especiais ou organizações escolares regulares que possuem dentro do seu sistema de funcionamento turmas especiais de condutas típicas.
A escola deve ter como foco principal a busca por uma educação inclusiva para assim conseguir realizar um ensino plural e qualificado, além de facilitar a aprendizagem de alunos autistas, que por vezes apresentam dificuldade de interagir. 
Educar uma criança autista é uma experiência que leva o professor a rever e questionar suas ideias sobre desenvolvimento, educação, normalidade e competência profissional. Torna-se um desafio descrever um impacto dos primeiros contatos entre este professor e estas crianças tão desconhecidas e na maioria das vezes imprevisíveis (BEREOHFF, 1991, s/p.).
Nesse sentido, é preciso pensar na inclusão de forma global, não se limitando em incluir este aluno no espaço escolar, contudo idealizar maneiras eficientes para que essa inclusão ocorra de fato. Também é preciso o acompanhamento de forma integral, com intuito de possibilitar a esse aluno um ambiente onde posso conviver.
2.1 – O papel do docente na inclusão de aluno autista
Mesmo sendo muito importante, a inclusão não acontece somente quando a criança é matriculada no ensino regular. O docente é visto como um dos principais atores na realização do trabalho com alunos que possuem algum tipo de dificuldade. Nesse sentido, a escola necessita dispor de recursos de variados para realmente conseguir essa inclusão. 
Cunha (2014, p. 101) afirma que,
Não há como falar em inclusão sem mencionar o papel do professor. É necessário que ele tenha condições de trabalhar com a inclusão e na inclusão. Será infrutífero para o educador aprender sobre dificuldades de aprendizagem e modos de intervenção psicopedagógica se não conseguir incluir o aluno.
É preciso que o professor tenha a ação e o planejamento bem definidos, visto que estes serão necessários para a construção da aprendizagem do aluno com dificuldade, uma vez que, entendendo as especificidades de cada indivíduo, realizando uma avaliação de acordo com seu progresso, buscando identificar os avanços passo a passo. É importante a compreensão de os alunos precisam ser estimulados em suas realizações de aprendizado, para que eles possam criar estratégias com intuito de melhorar seu aprendizado e, assim, se tornarem mais seguros.
Perante de tal afirmação, podemos compreender que, o conhecimento e reconhecimento da realidade do aluno e de todo o processo para se realizar a inclusão é que torna a formação docente relevante, visto que, além de realizar o trabalho com as capacidades do aluno o professor inclina para realizar também um trabalho com suas próprias competências e construção do conhecimento.
A complexidade dos problemas que hoje se colocam à escola não encontra soluções previamente talhadas e rotineiramente aplicadas. Exige, ao contrário, uma capacidade de leitura atentada dos acontecimentos e sua interpretação como meio de encontrar a solução estratégica mais adequada para elas. Esse processo, pela sua complexidade, exige cooperação, olhares multidimensionais e uma atitude de investigação na ação e pela ação. Por outro lado, exige do professor a consciência de que a sua formação nunca está terminada e das chefias e do governo, a assunção do princípio da formação continuada (ALARCÃO, 2001, p. 24). 
Promover a educação de uma criança que necessita de um atendimento especial consiste em um fenômeno que possibilita ao professor a realização de uma reflexão de suas práticas e suas concepções sobre um ensino que aborde todos os estudantes. O pensamento sobre a inclusão de forma global, deve ser feito de maneira a não somente incluir este aluno no espaço escolar, mas idealizar ações eficientes para que de fato essa inclusão ocorra.
Desse modo, o professor deve inicialmente obter o conhecimento da demanda dos alunos de sua sala, buscar a compreensão sobre a características específicas do aluno, levando em consideração as dificuldades, habilidades específicas de cada um.
Quanto à especificidade de cada deficiência ou síndrome, o aprofundamento deve decorrer, inicialmente, da necessidade que a prática na sala de aula impõe, das demandas concretas de alunos que já estão inseridos nela. O professor não tem como saber, a priori, tudo sobre todas as deficiências, para atender a qualquer aluno que procure a escola, mesmo porque as deficiências são dinâmicas: mudam e se alteram (LIMA, 2006, p. 122).
O autismo, do mesmo modo, que todas as outras necessidades educacionais especiais necessita do professor uma preparação adequada, uma capacitação, visto que, os educandos tem a necessidade dessas competências profissionais para desenvolverem uma educação de fato inclusiva, ademais, sua aprendizagem advém do preparo adequado do professor.
O professor precisa então, ter atenção a cada detalhe do comportamento autista, para assim conseguir realizar as intervenções e assim, com a devida observação o possibilitar atuar e transmitir informações sobre seu comportamento.
O exercício de um bom professor começa pela observação. E, para observar, é preciso saber o que observar. E, para saber o que observar, é preciso formação. Como a percepção de um bom músico, será a percepção de um bom professor, capaz de identificar detalhes comumente não notados (CUNHA, 2013, p. 55).
			Ao refletir sobre sua atuação docente o professor entenderá quão importante é o trabalho inclusivo, pois este traz benefícios não somnete aos alunos ou aos demais envolvidos da escola, mas também atinge de maneira significativa o desenvolvimento pessoal e profissional, conduzindo o professor na busca do entendimento da teoria e a reflexão da prática aplicada.
CONCLUSÃO
			Observamos que é preciso desenvolver um trabalho de forma conjunta entre escola, professor, aluno e família, pois este tem a possibilidade de avançar em soluções na diminuição dos impactos negativos causados pelas principais dificuldades de aprendizagem. Perante o cenário apresentada e da discussão realizada, podemos perceber a existências algumas falhas no sistema de ensino relacionadas ao processo da real educação inclusiva.
O ponto mais relevante que merece uma observação mais detalhada se dá no que diz respeito de como os indivíduos com autismo têm o potencial de crescimento e desenvolvimento. Deferentemente do que se pode escutar de alguns profissionais ou ler em livros, o autismo tem tratamento. É de suma importância que os responsáveis tenha a consciência de procurar e encontrar serviços, tratamentos e educação para seus filhos autistas o mais precoce possível. Quanto mais cedo esses alunos terem acesso ao tratamento adequado o seu prognóstico terá mais chance de êxito. 
O professor tem o papel principal de mediar o processo de adaptação e integração do aluno no ambiente escolar. Esse professor deve ter uma preparação profissional adequada para atuar com aluno com Transtorno do Espectro Autista. Deve sempre observar e oportunizar os recursos disponíveis em mãos para auxiliar na aprendizagem e interação desse aluno.
A busca dos professor deve sempre pautar pelo zelo por um ensino de qualidade, que busque sempre a inovação e aperfeiçoamento de suas práticas e ter a consciência de abandonar as que não contemplam a totalidade dos alunos e, ainda, deve manter as práticas que são benéficas, mesmo se somadas a outras novas. A busca pela constante atualizaçãodo conhecimento conforme os novos desafios a serem enfrentados por esses alunos e desenvolver o trabalho com o intuito da formação de seres humanos que tenha a capacidade de analisar e entender a sua realidade e observar e compreender o mundo de forma complexa e ativa.
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. (org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
BEREOHFF, A. M. P. Autismo, uma visão multidisciplinar. São Paulo: GEPAPI, 1991.
CAVACO, N. Minha criança é diferente? Diagnóstico, prevenção e estratégia de intervenção e inclusão das crianças autistas e com necessidades educacionais especiais. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – idéias e práticas pedagógicas. 2ª ed. RJ: Wak Editora, 2013.
______, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia práticas educativas na escola e na família.5ª ed. RJ: Wak Ed., 2014.
LIMA, P.A. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.
PEETERS, T. Autismo: Entendimento Teórico e Intervenção Educacional, Rio de Janeiro, Editora Cultura Médica, 1998.

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