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Prévia do material em texto

Educação de Jovens e 
Adultos
Cursos e Exames em EJA
Desenvolvimento do material
Alba Valéria
1ª Edição
Copyright © 2022, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Cursos e Exames em EJA
Para início de conversa… ................................................................................ 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. Programa Brasil Alfabetizado, PROEJA, ENCCEJA, PNLDEJA, 
Educação em prisões ................................................................................... 4
1.1 Brasil Alfabetizado – O que é? .......................................................... 4
1.2 Como funciona o PBA? ........................................................................ 4
1.3 PROEJA, ENCEJA e PNLD/ EJA ........................................................... 6
1.4 O Exame Nacional Para Certificação de Competências de 
Jovens e Adultos - ENCCEJA ................................................................ 9
1.5 PNLD-EJA .................................................................................................. 10
1.6 EDUCAÇÃO PRISIONAL ........................................................................ 10
1.7 PEESP ........................................................................................................ 12
2. EJA nos Estados e Municípios .................................................................. 13
Referências ........................................................................................................ 15
Para início de conversa…
Pensar os programas para promoção da Educação de Jovens e Adultos 
(EJA) não é uma tarefa simples se estivermos buscando uma ideia 
contínua. Aliás, talvez seja esse um dos principais problemas da educação 
no Brasil.
Se você observar, no tocante à educação, as políticas públicas não são 
constantes. Costumamos dizer que são políticas de governo, ou seja, 
acabam sendo interrompidas a cada troca de governo. Isso não favorece 
uma evolução contínua das propostas e impacta diretamente no 
resultado final da educação que é a aprendizagem e o desenvolvimento.
É importante compreender que a educação é um processo e demanda, 
portanto, tempo para que os reflexos sejam sentidos. Por isso, além de 
investimento a longo prazo e criação de metas, é necessário também 
continuidade nas ações e avaliação dos programas (para poder 
reformular o que não está adequado e continuar aquilo que tem dado 
certo). Não é verdade?
Apresentaremos agora para vocês as principais propostas para EJA na 
educação brasileira nas suas dimensões estaduais e municipais, além da 
educação voltada para aqueles que estão em privação de liberdade.
Objetivo
Reconhecer o histórico, as características e exigências dos cursos 
e exames de EJA; Reconhecer as bases legais e a realidade da EJA no 
Estado e no Município.
Educação de Jovens e Adultos 3
1. Programa Brasil Alfabetizado, PROEJA, 
ENCCEJA, PNLDEJA, Educação em prisões
Desde 2003, o Ministério da educação e Cultura (MEC) oferece o 
programa que visa à alfabetização de jovens, adultos e idosos, intitulado 
Programa Brasil Alfabetizado (PBA). Este projeto é desenvolvido em todo 
Brasil e tem como objetivo não só alfabetizar aqueles que por algum 
motivo não tiveram acesso à escola, mas também os que por ventura 
tenham tido a necessidade de interromper seus estudos ao longo da 
formação inicial.
1.1 Brasil Alfabetizado – O que é?
O PBA não tem como objetivo apenas alfabetizar, mas melhorar a 
formação da população brasileira preparando todos para que possam 
exercer a cidadania em sua mais plena significação no que diz respeito a 
capacidade de interagir na realidade em que está inserido.
Embora o programa esteja em desenvolvimento em todo território 
nacional é prioridade nos municípios que apresentam altas taxas de 
analfabetismo. É importante compreender que a região nordeste é a 
mais afetada pelo analfabetismo e, portanto, as ações são mais efetivas 
nesta região.
É possível verificar no site do MEC que o projeto tem como objetivo e 
ações as seguintes descrições:
 ▪ Objetivo: promover a superação do analfabetismo entre jovens com 
15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para universalização do 
ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação 
como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta 
de entrada para educação e a escolarização das pessoas ao longo de 
toda a vida.
 ▪ Ações: Apoiar técnica e financeiramente os projetos de alfabetização 
de jovens, adultos e idosos apresentados pelos estados, municípios e 
Distrito Federal (Brasil, 2019).
1.2 Como funciona o PBA?
As prefeituras municipais e as secretarias estaduais de educação fazem 
a adesão ao programa. 
É vedada a participação no PBA de Organizações não governamentais e 
entidades civis privadas com ou sem finalidade lucrativa.
Educação de Jovens e Adultos 4
Os gestores públicos fazem os cadastros, informam seus números e fazem 
a adesão ao ciclo do PBA. Um ponto relevante neste programa está na 
preocupação do governo não só em relação em acompanhar os alunos, 
mas também na formação continuada de professores e gestores para 
desenvolverem metodologias e ações que possam realmente favorecer 
ao aluno na aquisição da aprendizagem. As boas práticas desenvolvidas 
são compartilhadas posteriormente com as equipes do projeto.
O PBA recoloca a atenção de todos para a importância da alfabetização e 
já na VI Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA) 
foi possível apresentar resultados oriundos desse programa quanto aos 
avanços na erradicação do analfabetismo.
O PBA trouxe como objetivos específicos:
Criar oportunidade de alfabetização de todo os jovens, adultos e idosos 
que não tiveram acesso ou permanência no ensino fundamental;01
02 Promover com qualidade o acesso à educação de jovens, adultos e idosos 
e sua continuidade no processo educativo.
03 Mobilizar gestores estaduais e municipais para ampliar a oferta de 
educação de jovens e adultos - EJA
Você deve ter observado que grifamos dois aspectos apontados no 
objetivo geral e objetivo específico do projeto. Esperamos que observe 
mais atentamente o que representa “a educação como direito humano” e 
“continuidade no processo educativo”. Se em determinado momento da 
história da educação tinha-se a percepção de que a educação deveria 
estar restrita a alguns, em determinada etapa de sua vida, é possível 
perceber uma mudança bastante enfática de perspectiva. A partir dessas 
políticas públicas, a educação é percebida como direito do indivíduo em 
qualquer etapa de sua vida, sendo dever do Estado apoiar e favorecer 
não só o acesso, mas a permanência do indivíduo na escola.
04
Qualificar a oferta de alfabetização para jovens, adultos e idosos por 
meio da implementação de políticas de formação, de distribuição 
de materiais didáticos e literários, de incentivo à leitura e de 
financiamento. (BRASIL)
Educação de Jovens e Adultos 5
Figura 1: A educação é um direito em qualquer idade da vida. Fonte: Dreamstime.
Assim a educação assume uma perspectiva de que se torne presente ao 
longo de toda a vida humana e não mais uma fase em que se direciona 
a criança para o trabalho.
É possível afirmar que o Brasil tem desde 2003 uma política pública que 
busca formar, alfabetizar e fomentar a cidadania a partir da união entre 
as esferas Federal (provê os recursos), estadual e municipal (aderem ao 
programa e executam).
1.3 PROEJA, ENCEJA e PNLD/ EJA
Pensar em educação de adultos é compreender que os objetivos de 
ensino e aprendizagem devem ser ampliados. Não basta apenas ofertar 
o conhecimento sobre conteúdos teóricos, é preciso instrumentalizar 
para que os alunos possam aplicar essesconhecimentos em seu dia a 
dia. Além disso, é preciso ofertar a possibilidade de acesso ao mundo 
do trabalho. É essa a proposta do Programa Nacional de Integração da 
Educação Profissional na modalidade EJA - o PROEJA.
O PROEJA é ofertado a maiores de 18 anos, que já tenham concluído 
o ensino fundamental. São oferecidos cursos técnicos integrados à 
educação básica, com carga horária de 2.400 horas distribuídas ao longo 
de seis meses.
O decreto nº 5.840 de 13 de julho de 2006 objetiva especificamente 
atender a formação profissional inicial e continuada de trabalhadores 
oferecendo formação técnica em nível médio. Além desse aspecto aponta 
as diretrizes para execução e oferta de vaga ao programa.
Educação de Jovens e Adultos 6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/D5840.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/D5840.htm
Figura 2: Curso técnico de eletrotécnica. Fonte: Dreamstime.
Os dois primeiros artigos restringem a redação aos cursos a serem 
oferecidos e a integração com a formação básica além de apontar quais 
esferas e instituições deveram oferta o programa. Além disso, é possível 
perceber a preocupação em não restringir a uma formação profissional, 
o que permite ao aluno a possibilidade de que possam posteriormente 
prosseguir em outras áreas de formação caso deseje.
Art. 1o Fica instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da 
Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e 
Adultos - PROEJA, conforme as diretrizes estabelecidas neste Decreto.
§ 1o O PROEJA abrangerá os seguintes cursos e programas de educação profissional:
I - formação inicial e continuada de trabalhadores;
II - educação profissional técnica de nível médio.
§ 2o Os cursos e programas do PROEJA deverão considerar as características dos 
jovens e adultos atendidos, e poderão ser articulados:
I - ao ensino fundamental ou ao ensino médio, objetivando a elevação do nível 
de escolaridade do trabalhador, no caso da formação inicial e continuada de 
trabalhadores;
II - ao ensino médio, de forma integrada ou concomitante.
§ 3o O PROEJA poderá ser adotado pelas instituições públicas dos sistemas de 
ensino estaduais e municipais e pelas entidades privadas nacionais de serviço social, 
aprendizagem e formação profissional vinculadas ao sistema sindical (“Sistema S”), 
sem prejuízo do disposto no § 4o deste artigo.
§ 4o Os cursos e programas do PROEJA deverão ser oferecidos, em qualquer caso, a 
partir da construção prévia de projeto pedagógico integrado único, inclusive quando 
envolver articulações interinstitucionais ou intergovernamentais.
§ 5o Para os fins deste Decreto, a rede de instituições federais de educação 
profissional compreende a Universidade Federal Tecnológica do Paraná, os 
Centros Federais de Educação Tecnológica, as Escolas Técnicas Federais, as Escolas 
Agrotécnicas Federais, as Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais e o 
Colégio Pedro II, sem prejuízo de outras instituições que venham a ser criadas.
Art. 2o As instituições federais de educação profissional deverão implantar cursos e 
Educação de Jovens e Adultos 7
programas regulares do PROEJA até o ano de 2007.
§ 1o As instituições referidas no caput disponibilizarão ao PROEJA, em 2006, no 
mínimo dez por cento do total das vagas de ingresso da instituição, tomando como 
referência o quantitativo de matrículas do ano anterior, ampliando essa oferta a 
partir do ano de 2007.
§ 2o A ampliação da oferta de que trata o § 1o deverá estar incluída no plano de 
desenvolvimento institucional da instituição federal de ensino.
Do artigo 3o ao 9o serão descritas as questões referentes a carga horária 
e a forma de progressão e conclusão.
Art. 3o Os cursos do PROEJA, destinados à formação inicial e continuada de 
trabalhadores, deverão contar com carga horária mínima de mil e quatrocentas 
horas, assegurando-se cumulativamente:
I - a destinação de, no mínimo, mil e duzentas horas para formação geral; e
II - a destinação de, no mínimo, duzentas horas para a formação profissional.
Art. 4o Os cursos de educação profissional técnica de nível médio do PROEJA deverão 
contar com carga horária mínima de duas mil e quatrocentas horas, assegurando-se 
cumulativamente:
I - a destinação de, no mínimo, mil e duzentas horas para a formação geral;
II - a carga horária mínima estabelecida para a respectiva habilitação profissional 
técnica; e
III - a observância às diretrizes curriculares nacionais e demais atos normativos do 
Conselho Nacional de Educação para a educação profissional técnica de nível médio, 
para o ensino fundamental, para o ensino médio e para a educação de jovens e 
adultos.
Art. 5o As instituições de ensino ofertantes de cursos e programas do PROEJA 
serão responsáveis pela estruturação dos cursos oferecidos e pela expedição de 
certificados e diplomas.
Parágrafo único. As áreas profissionais escolhidas para a estruturação dos cursos 
serão, preferencialmente, as que maior sintonia guardarem com as demandas de 
nível local e regional, de forma a contribuir com o fortalecimento das estratégias de 
desenvolvimento socioeconômico e cultural.
Art. 6o O aluno que demonstrar a qualquer tempo aproveitamento no curso de 
educação profissional técnica de nível médio, no âmbito do PROEJA, fará jus à 
obtenção do correspondente diploma, com validade nacional, tanto para fins de 
habilitação na respectiva área profissional, quanto para atestar a conclusão do 
ensino médio, possibilitando o prosseguimento de estudos em nível superior.
Parágrafo único. Todos os cursos e programas do PROEJA devem prever a possibilidade 
de conclusão, a qualquer tempo, desde que demonstrado aproveitamento e atingidos 
os objetivos desse nível de ensino, mediante avaliação e reconhecimento por parte 
da respectiva instituição de ensino.
Art. 7o As instituições ofertantes de cursos e programas do PROEJA poderão aferir e 
reconhecer, mediante avaliação individual, conhecimentos e habilidades obtidos em 
processos formativos extra-escolares.
Art. 8o Os diplomas de cursos técnicos de nível médio desenvolvidos no âmbito do 
PROEJA terão validade nacional, conforme a legislação aplicável.
Art. 9o O acompanhamento e o controle social da implementação nacional do 
PROEJA será exercido por comitê nacional, com função consultiva.
Educação de Jovens e Adultos 8
Perceba que há uma preocupação que os conhecimentos desenvolvidos 
dentro das habilidades previstas sejam reconhecidos e valorizados 
independentemente de seriação. Além deste aspecto, há na legislação 
o reconhecimento para as competências e habilidades adquiridas a 
partir do conhecimento cotidiano, indicando que será avaliado para ser 
aproveitado no tocante a formação regular e certificação.
É importante esse reconhecimento porque há muitos casos, como na 
marcenaria, que os conhecimentos práticos foram ensinados de pai para 
filho, ou seja, o saber fazer é sólido, mas a falta de certificação impede a 
progressão. 
Assim, alinhar e valorizar o conhecimento permite que o aluno se 
perceba valorizado no conhecimento que já traz para a escola.
1.4 O Exame Nacional Para Certificação de Competências de 
Jovens e Adultos - ENCCEJA
O ENCCEJA é uma certificação criada em 2002 e aplicada pelo Instituto 
Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) 
com o objetivo de reconhecer que o aluno desenvolveu as habilidades 
necessárias para concluir o ensino fundamental ou médio.
Em 2009, a certificação do ensino médio passou a ser reconhecida pelo 
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), ou seja, se o aluno tivesse 
a aprovação mínima nesse exame faria jus ao certificado de conclusão 
do ensino médio. Ocorre que muito se questionou o que estava sendo 
avaliado neste modelo, afinal, o direcionamento do ENEM é avaliar a 
capacidade de acesso ao ensino superior em dimensões bastante 
teóricas. Desta forma, em 2017, o INEP novamente assume a certificação 
doensino médio.
São aplicadas provas com total de 60 questões mais as redações. Para o 
ensino fundamental e ensino médio são aferidos os conhecimento nas 
áreas descritas no quadro abaixo.
ENSINO FUNDAMENTAL
Ciências Naturais e Matemática 30 QUESTÕES
Língua Portuguesa, Língua Estrangeira 
Moderna, Artes, Educação Física e Redação; 
História e Geografia
30 QUESTÕES
ENSINO MÉDIO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 
Matemática e suas Tecnologias 30 QUESTÕES
Educação de Jovens e Adultos 9
Linguagens e Códigos e suas Tecnologias 
e Redação e Ciências Humanas e suas 
Tecnologias
30 QUESTÕES
É importante destacar que o ENCCEJA traz os temas em acordo com a 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e também com os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs). No site do INEP é possível consultar 
informações sobre as competências e habilidades que serão avaliadas. 
Além disso, há um material disponibilizado para apoiar tanto professores 
como estudantes na prepara não para o ENCCEJA.
A participação no exame é gratuita e acessível inclusive a quem está 
em privação de liberdade.
1.5 PNLD-EJA
O Programa Nacional do Livro didático para Alfabetização de Jovens 
e Adultos (PNLD-EJA) atende aos dois segmentos de formação da 
modalidade e tem por objetivo oferecer material de qualidade para 
aqueles que são atendidos pelo programa Brasil Alfabetizado.
Como funciona o processo de escolha?
Cada rede junto a seus profissionais faz um processo de discussão 
para verificar qual material melhor atende aos participantes do 
programa de sua região. Em seguida, o material com maior indicação 
é enviado para as escolas e distribuído de forma gratuita para ser 
utilizado pelos alunos e professores.
1.6 EDUCAÇÃO PRISIONAL
A educação tem sido compreendida, a partir da declaração de Hamburgo, 
como o instrumento que pode promover a igualdade entre os povos 
e mais do que isso, promover uma cultura de paz. Relembramos este 
trecho:
‘‘ A educação de jovens e adultos é um dos principais meios para se aumentar 
significativamente a criatividade e a produtividade, transformando-as numa 
condição indispensável para se enfrentar os complexos problemas de um mundo 
caracterizado por rápidas transformações e crescente complexidade e riscos. 
O novo conceito de educação de jovens e adultos apresenta novos desafios 
às práticas existentes devido à exigência de um maior relacionamento entre 
os sistemas formais e os não formais e de inovação, além de criatividade e 
flexibilidade. Tais desafios devem ser encarados mediante novos enfoques, dentro 
do contexto da educação continuada durante a vida. (...). O objetivo principal 
dever ser a criação de uma sociedade instruída e comprometida com a justiça 
social e o bem-estar geral (DECLARAÇÃO DE HAMBURGO, 1997).’’
Ocorre que não é possível desconsiderar as especificidades de uma 
educação em que a própria liberdade do educando é restrita. Ao 
mesmo tempo, a formação inicial dos professores não contempla esta 
Educação de Jovens e Adultos 10
especificidade. Por isso, o primeiro passo é buscar compreender quem é 
o aluno atendido por essa modalidade. 
 
Figura 3: A educação pode ser um recomeço para o aluno do sistema prisional.
Fonte: Dreamstime.
Você pode pensar com uma resposta simples. São pessoas que 
cometeram crimes e estão presas. Sim, é uma resposta correta, mas para 
educar é preciso ir além. É necessário saber o que as levou até ali, para 
que o processo de superação possa ser construído e a educação seja um 
caminho de superação.
Não buscando generalizações, porque o nosso país tem regiões muito 
distintas, mas visando a construir uma linha mais geral de pensamento, 
podemos afirmar que em sua maioria, os atendidos pelo programa 
de educação prisional são indivíduos de baixa escolarização e 
profissionalização. Que em determinado momento estavam à margem de 
uma vida cidadã e estão cumprindo suas penas. Neste caso, a educação 
é um caminho não só para a aprendizagem, mas para inclusão destes 
indivíduos na sociedade.
Todos os envolvidos no processo de educação destes jovens e adultos, 
precisam considerar que o crime, a pena, a prisão são elementos que 
estarão presentes no contexto do processo de ensino. É preciso que 
tanto professores quanto agentes ajudem o aluno a ressignificar sua 
percepção deste contexto como uma oportunidade de recomeço e 
redirecionamento de vida, sendo a formação o caminho para isso.
Na lei de execução penal (Lei nº 7.210/1984) é possível verificar a 
responsabilidade do Estado em oferecer ao indivíduo em situação 
privativa de liberdade não só o acesso a conclusão do Ensino 
Fundamental I, mas também a formação profissional, provendo os meios 
para que isso ocorra.
Educação de Jovens e Adultos 11
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação 
profissional do preso e do internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da 
Unidade Federativa.
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de 
aperfeiçoamento técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua 
condição.
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades 
públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento 
de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros 
instrutivos, recreativos e didáticos.
É no acesso a leitura que se pretende construir o incentivo para a 
construção dos primeiros passos para o acesso à cidadania.
Fazem parte da legislação que dispõem sobre a educação àqueles em 
situação privativa de liberdade: 
§ Resolução nº03/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária do Ministério da Justiça;01
02
§ Resolução CNE/CEB nº02, de 19 de maio de 2010 - Dispõe sobre 
as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos 
em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais que 
assume nova redação na Resolução CNE/CEB nº 01, 02 fev 2016.
03 § Decreto nº 7.626/2011, que institui o Plano Estratégico de Educação 
no âmbito do sistema prisional.
1.7 PEESP
Agora vamos refletir um pouco sobre o Plano Estratégico de Educação 
no âmbito do Sistema Prisional – PEESP. Você pode ter acesso ao PEESP 
nas referências bibliográficas, mas por hora vamos destacar o artigo IV 
do Decreto nº 7.626/2011 que trata dos objetivos.
I. executar ações conjuntas e troca de informações entre órgãos 
federais, estaduais e do Distrito Federal com atribuições nas áreas 
de educação e de execução penal;
II. incentivar a elaboração de planos estaduais de educação para 
o sistema prisional, abrangendo metas e estratégias de formação 
educacional da população carcerária e dos profissionais envolvidos 
em sua implementação;
Educação de Jovens e Adultos 12
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=5142&Itemid=
https://www.eja.educacao.org.br/sobreoscursos/legislacao/Parecer%20de%20Autorizao/Resolu%C3%A7%C3%A3o_CNE_CEB_01_05_fev_2016.pdf
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10027&Itemid=
III. contribuir para a universalização da alfabetização e para a ampliação 
da oferta da educação no sistema prisional;
IV. fortalecer a integração da educação profissional e tecnológica com 
a educação de jovens e adultos no sistema prisional
V. promover a formação e capacitação dos profissionais envolvidos na 
implementação do ensino nos estabelecimentos penais; e
VI. viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos 
do sistema prisional. 
Na redação do artigo IV fica claramente descrita a responsabilidade do 
Estado com todos os cidadãos no que diz respeito à oferta de educação 
e desenvolvimento de competências e habilidade que possibilitem 
o cidadão a reconstruir sua realidade. Assim, a proposta de educação 
ao longo da vida pode ser relacionadanão somente aqueles que 
construíram uma caminhada retilínea, mas a todo e qualquer cidadão.
2. EJA nos Estados e Municípios
A educação de Jovens e Adultos nos estados e municípios está 
subordinada sempre a legislação no âmbito federal, entretanto, é 
importante destacar a importância de encontros nos âmbitos regionais e 
municipais que visam compartilhar percepções, desafios e possibilidades 
para a modalidade.
Figura 4: Turma de Jovens no Pará (PA). Mesmo subordinada à legislação no âmbito federal, a 
atuação dos estados e municípios é muito importante para esse segmento da educação.
Fonte: Dreamstime.
No âmbito das regiões há os Encontros Regionais de Educação de Jovens 
e Adultos - EREJAS. Estes encontros iniciados em 2011 têm sua realização 
bianual intercalando com os encontros nacionais da EJA. A partir desses 
encontros são produzidos documentos que descrevem o cenário da EJA 
e também apontam diretrizes para que se desenvolvam propostas que 
venham atender as demandas emergentes.
Educação de Jovens e Adultos 13
Como a EJA nas regiões norte e nordeste apontam os maiores desafios 
na modalidade, vale conferir o documento documento resultante do 
primeiro EREAJA, com reflexões sobre essa modalidade de ensino.
No programa Brasil Alfabetizado, as Agendas Estaduais de 
Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens 
e Adultos aparecem como instrumentos para articular e consolidar 
estratégias para a EJA. Inicialmente era uma ação integrada entre vários 
atores do cenário estadual, municipal, federal e sociedade civil.
g. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do 
Ministério da Educação;
h. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da 
Educação:
i. Estados – Secretarias Estaduais de Educação
j. Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos;
k. Parceiros locais (prefeituras municipais, instituições de ensino 
superior, fóruns de EJA e demais organizações da sociedade civil com 
vinculação a questões de alfabetização de jovens e adultos e de EJA 
que aderirem à agenda estadual de desenvolvimento integrado de 
alfabetização e educação de jovens e adultos).
Ocorre que neste momento, toda essa articulação está em um momento 
de transição, pois no último ano a Secretaria de Educação Continuada, 
Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) foi extinta pelo governo 
sendo absorvida por outras secretarias: a Secretaria de Alfabetização e a 
Secretaria de Modalidades Especializadas da Educação. Desta forma, os 
projetos estão temporariamente aguardando as novas diretrizes.
No que diz respeito à política Nacional de Educação a EJA é apenas 
citada no decreto e os parâmetros de Alfabetização parecem terem 
sido reduzido para propostas mais simplistas no que diz respeito ao 
desenvolvimento do letramento.
Nesta unidade, buscamos compreender um pouco melhor sobre as bases 
legais que estruturam a EJA. Foi possível compreender os programas que 
até o momento vinham sendo propostos para atender as demandas da 
Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Observamos que a educação era 
descrita como o instrumento que possibilitaria a mudança da realidade 
em que o indivíduo estava inserido. Assim, a educação configurava-se 
para além de um momento pontual na vida do cidadão, mas aparecia 
como um projeto para toda a vida.
O Estado constituía-se como aquele responsável por prover o acesso à 
educação em suas várias etapas, incluindo a EJA, a educação quilombola 
e a educação em espaços de privação de liberdade.
Educação de Jovens e Adultos 14
http://www.deolhonosplanos.org.br/dissolucao-secadi/
Neste último ano, com a alteração do governo federal, muitas ações 
estão sendo revistas e as propostas vão sendo readaptadas e com isso 
há uma expectativa do que se propõe para educação de jovens e adultos 
uma vez que não está bem desenhando no decreto Nº 9.765, de 11 de 
abril de 2019 os rumos que a EJA assumirá na proposta do atual governo. 
É preciso que tenhamos em mente que a demanda pela EJA não será 
superada enquanto negarmos a necessidade de que a educação seja 
prioridade de todos os governos e que políticas públicas não podem ser 
descontinuadas sem um plano concreto para suprir a lacuna que cada 
programa irá deixar.
Referências
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Educação de Jovens e Adultos 15
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http://www.deolhonosplanos.org.br/dissolucao-secadi/
	Cursos e Exames em EJA
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. Programa Brasil Alfabetizado, PROEJA, ENCCEJA, PNLDEJA, Educação em prisões
	1.1 Brasil Alfabetizado – O que é?
	1.2 Como funciona o PBA?
	1.3 PROEJA, ENCEJA e PNLD/ EJA
	1.4 O Exame Nacional Para Certificação de Competências de Jovens e Adultos- ENCCEJA
	1.5 PNLD-EJA
	1.6 EDUCAÇÃO PRISIONAL
	1.7 PEESP
	2. EJA nos Estados e Municípios
	Referências

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