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VALDENE CORDEIRO DA SILVA RODRIGUES LICENCIATURA EM PEDAGOGIA PORTFÓLIO: A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática Universidade Pitágoras Unopar Quixeramobim 2020 Quixeramobim 2020 A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática Trabalho apresentado à Universidade Pitágoras Unopar como requisito parcial à aprovação no 2° semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia. VALDENE CORDEIRO DA SILVA RODRIGUES SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 2.1 A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática................................................................................................... 4 2.2 Uma postagem formativa sobre a cultura afro-brasileira e indígena.............. 7 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 8 REFERÊNCIAS ................................................................................................. ....... 10 3 1. INTRODUÇÃO No Brasil a publicação da Lei n° 10.639/03, em 9 de janeiro de 2003, se dá em um contexto abrangente, determinados pelas transformações da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, essa nova lei instituiu a implementação obrigatória do ensino sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas de ensino fundamental e médio, desse modo as escolas devem reorganizar seus currículos de acordo com o que exige a lei, além de representar uma ação relevante, já que contribui na superação dos preconceitos e atitudes discriminatórias através de metodologias pedagógicas de qualidade, também mostrou o quanto existe a necessidade de uma formação continuada dos docentes (FERREIRA, 2009; KRAUSS e ROSA, 2010). Apresentar aos alunos esses tema nas aulas pode ser considerado delicado por se tratar de questões raciais e no país que vivemos muitos pensamentos devem ser mudados e caberá aos profissionais da educação essa função. Além da pouca formação dos docentes quanto a história e cultura Afro no Brasil o material para estudo sobre o tema é pouco e muitas instituições trabalham o tema de maneira amplas, sem muitos detalhes (LIMA, 2016). Desse modo, para facilitar a implantação da lei o Ministério da Educação (MEC) criou políticas e programas para a valorização da diversidade sociocultural, como o Conselho Nacional de Educação (CNE) que incentivou a criação de conselhos educacionais para municípios, estados e o distrito federal que regulamentam e desenvolvem diretrizes de acordo com a Lei 10.639/03. O trabalho tem como objetivo principal discutir a importância da implementação lei 10.639/03 nas escolas, apresentando a relevância de se trabalhar o ensino da história e da cultura Afro-Brasileira e Africana com o intuito de estimular aos alunos a um novo pensamento em busca de acabar com o preconceito e aprender a respeitar o outro independe de sua cor, características físicas e socioeconômicas. É importante trabalhar sobre a temática racial nas escolas, que os professor busquem implementar esses assuntos nas aulas, para que crianças e jovens tenham acesso as informações e que aprendam a refletir sobre a discriminação racial e a diversidade étnica, assim a escola contribuindo para a formação de cidadãos críticos, pensantes, que respeitem e tenham solidariedade com todos, possibilitando para o desenvolvimento de uma sociedade. 4 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática O Brasil em toda sua história estabeleceu um modelo de escola excludente, empatando muitas pessoas a ter acesso ou permanecer nela, seguindo modelos educacionais europeus. Para combater tais injustiças foi criado a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que representa uma inovação institucional, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana inovação pois reúne pela primeira vez “programas de alfabetização e de educação de jovens e adultos, as coordenações de educação indígena, diversidade e inclusão educacional, educação no campo e educação ambiental” (BRASIL, 2004, p. 5). No Brasil cerca de 45% da população é negra, segundo Borges (2010, p. 72) “Predomina aqui um imaginário étnico-racial que privilegia a brancura e valoriza principalmente as raízes europeias da nossa cultura, ignorando ou pouco valorizando as outras que são a africana, a indígena e a asiática”, vivemos em um país com misto de culturas e origens de vários povos, mas convivemos com ideologias, desigualdades e diversos tipos de preconceitos, principalmente o racial, um país com tantas culturas e origens de diversos povos não deveriam ter pessoas querendo ser melhores que outras por questões raciais ou socioeconômicas. Em 2003 o presidente da república em uma de suas ações relacionados as políticas educacionais brasileira assinou a Lei n° 10.639/03, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) referente a Lei 9.394/96, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana em escolas de ensino fundamental e médio sendo públicas e privadas do país. Em documentos oficiais realizados pelo Ministério de Educação e Cultura observa-se a inclusão do art. 26-A da LDB, esse artigo fica definido que: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro- brasileira e indígena. § 1° O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população 5 brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2° Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 2008, art. 26-A). Logo após alguns anos da publicação da Lei n°10.639/03, o governo sancionou a Lei n° 11.645/08 em 10 de março de 2008, que abrange o ensino da história e da cultura indígena nas escolas, com o objetivo de tentar corrigir e/ou minimizar os equívocos históricos, apresentando as diversas matrizes culturais que compõem o povo brasileiro. No Brasil existe muitas desigualdades raciais e sociais, com indivíduos que possui mais benefícios do que outros, desse modo surge a necessidade de construir políticas que promovam a inclusão, por meio da temática da História e da Cultura Afro- Brasileira e Africana nos currículos escolares para desfazer essa cultural patriarcal e discriminatória presente na sociedade. A escola é um local privilegiado por que pode desenvolver ações para melhorar a sociedade, que se pode trabalhar o fortalecimento da identidade, dos direitos e promover ações educativas de combate ao racismo e todo e qualquer tipo de discriminação. Com a criação da Lei 10.639/03 foi instituído o dia Nacional da ConsciênciaNegra, acontece no dia 20 de novembro, homenageando o dia da morte do negro Zumbi dos Palmares, um líder quilombola, e é nessa data que pode ser observado nas escolas apresentações de trabalho e aulas sobre cultura Afro e Afro-brasileira. Pode-se perceber que levar conteúdos sobre essa temática é uma tarefa difícil e necessita que os docentes tenham formação para se trabalhar conteúdos que não seja específicos da sua disciplina, sendo necessário uma formação continuada e um suporte de matérias didáticos para abordar esse conteúdo de uma forma eficaz (LIMA, 2016). Implementar os temas previsto na Lei 10.639/03 se torna uma obrigação dos docentes, mas para isso necessitam de uma formação continuada, mesmo sendo uma tarefa complicada é possível de se realizar, pois a legislação assegura a construção de um pedagogia diversificada em busca de combater a discriminação racial. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), especificamente 6 de história e geografia: O ensino e a aprendizagem da História estão voltados, inicialmente, para atividades em que os alunos possam compreender as semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de vida social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado, mediante a leitura de diferentes obras humanas (PCN, 1997, p. 39). O docente possui o dever de integrar ao longo de sua metodologia os mais variados estudos sobre as relações estabelecidas entre o presente e o passado, também entre o local que está inserido, sua região, relações nacionais e até mundiais. Usar em seu conteúdo as vivências atuais que concretizam múltiplas relações temporais e espaciais, do cotidiano do aluno, promovendo um estudo a partir da realidade da comunidade que o aluno está inserido, que ganhem dimensões históricas e espaciais e retornem ao local na perspectivas que o educando possa desconstruir e reconstruir os conteúdos em dimensões mais complexas, ou seja, o docente pode trabalhar conteúdo históricos com exemplos do dia a dia do aluno, assim desenvolvendo uma aprendizagem significativa. É muito importante discutir na sociedade, principalmente na escola, as questões étnico e racial desmistificando o racismo para que possamos superar a discriminação racial, se torna relevante discutir sobre o racimos publicamente, porque quando não se fala sobre esse assunto é que reforçamos a existência da discriminação, do racismo e da desigualdade racial, parar para refletir sobre esse tema deveria ser uma ação de todos e não apenas os indivíduos que fazem parte do grupo étnico (KRAUSS e ROSA, 2010). Para a Lei 10.639/03 fosse colocada em prática seria necessário que as escolas e os docentes tivessem acesso a matérias para se adequar à lei, sendo um dever das escolar mudar seu métodos de ensino para encaixar os conteúdos exigidos, apesar das falhas da lei é preciso que educadores brancos ou negros cobrar do Estado a aplicação efetiva da lei, para que não se torne uma lei “morta”. Para que se tenham uma melhora na sociedade pode se começar nos ensinamentos repassados na escola para criança e adolescentes aprendam desde pequeno a valorizar uma cultura hegemonia e entender que diversidade é algo positivo para a relação social, assim teremos uma sociedade mais justa e tolerante. 7 2.2 Uma postagem formativa sobre a cultura afro-brasileira e indígena Os temas Transversais são constituídos pelo Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que compreende seis áreas: a ética, orientação sexual, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural e trabalho e consumo. São temas extracurriculares que devem ser trabalhos na escola que apresentam conceitos e valores básico à cidadania e a democracia, buscando seguir as questões importantes da sociedade contemporânea. O tema transversal comentado neste trabalho é a pluralidade cultural que representa o conhecimento e a valorização das características étnicas e culturais os diferentes grupos sociais presentes no Brasil, atitudes relacionadas as desigualdades sociais e econômicas, a discriminação e exclusão de indivíduos que continuam na sociedade contemporânea, se trabalhar esse tema proporciona ao aluno conhecer toda a complexidade do país (BRASIL, 1997). A tecnologia é um conjunto de métodos e processos que promovem a comunicação e a informação entre as pessoas, e pode ser utilizada como um método de ensino sobre a importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática que faz parte da pluralidade cultural. Atualmente vivemos em uma sociedade no contexto tecnológico e o professor deve utilizar essa tecnologia como sua aliada em sala de aula. Pode-se trabalhar com uma postagem de dois filmes o primeiro Vista a Minha Pele do diretor Joel Zito Araújo para alunos do fundamental II e o segundo filme Uma História de Amor e Fúria do diretor Luiz Bolognesi para os alunos do ensino médio, os dois podem ser trabalhos sobre a cultura afro-brasileira e indígena para a sociedade. A seguir o texto referente os dois filmes: O primeiro filme Vista a Minha pele, possui duração de 24 minutos, gênero ficcional educativo, foi lançado no Brasil no ano de 2003, possui uma linguagem acessível e não tem restrição de faixa etária, retrata temas como relações raciais, escola, preconceitos, estética negra e branqueamento. O filme apresenta uma inversão da realidade das relações raciais presente no Brasil, mostrando os negro com a classe social dominante e os brancos com um histórico de escravidão, também faz inversão dos países ricos sendo pobres, como a Alemanha e a Inglaterra e os países ricos são África do 8 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento de leis como a Lei 10639/03 e 11.645/08 foi importante para estimular a combater ao preconceito e racismo contra a população negra e povos indígenas do brasil, pois com sua implementação que obriga integrar a história e a cultura Afro – Brasileira, africana e indígena nos currículos das instituições de ensino, pode ser considerado grande conquista para despertar a consciência negra, apresentando sua importância e contribuição na nossa cultura. O educador deve apresentar essas temáticas em sua sala de aula, pois se trabalhar nas escolas o combate ao preconceito a partir da formação dos indivíduos Sul e Moçambique. A protagonista se chama Maria, uma menina pobre e branca, que estuda em uma escola particular pois ganhou uma bolsa pelo fato de sua mãe ser a faxineira da escola, Maria sofre bastante preconceitos por causa de sua cor e sua condição social e sofre ainda mais quando decide participar de uma festa junina se candidatando como Miss enfrenta preconceitos também por sua estética está fora dos padrões considerados bons pela sociedade. O filme fala sobre a discriminação racial e social de uma maneira bem interessante porque estimula as pessoas a terem empatia pelo sofrimento passo pelos negros, e mostra o quanto é necessário a escola trabalhar temas sobre a cultura afro, afro- brasileira e indígenas com seus alunos para a construção de uma sociedade melhor. O segundo filme: Uma História de Amor e Fúria pode ser trabalhados no ensino médio, ensino profissionalizantes e no EJA, com duração de 75 minutos, um filme de animação e ficção dirigido por Luís Bolognesi, lançado em 2013 no Brasil, retrata temas como a história do Brasil, colonização, escravidão e povos indígenas, com uma linguagem acessível. O longa-metragem de animação fala sobre um amor entre um herói imortal e Janaína, toda história de amor se passa por quatro fases da histórica do Brasil: a primeira a colonização, segunda a escravidão, a terceira o Regime Militar e por último o futuro, em 2096, quando haverá guerra pela água. Nesse filme é possível se trabalhar toda essa questão de como a cultura dos brasileiros é um misto dediversas outras. 9 ainda criança, estimulam os educandos a desenvolver uma mentalidade sobre o respeito pela várias etnias, a ter empatia, assim construir uma sociedade mais justa, mas para isso ser alcançado deve-se valorizar e desenvolver estudos sobre a história e a cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. As leis foram uma grande conquista de fato que contribui para a construção de novas relações sociais, mas para ser eficaz é necessário que tenham matérias didáticos adequado que sirvam de apoio pedagógico como os aluno e principalmente para a formação continuada de professores quanto ao tema trabalho na pesquisa como também nas Tecnologias de informação e comunicação que a sociedade está vivendo. 10 REFERÊNCIAS BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afro- brasileira e indígena nos currículos da educação básica. R. Mest. Hist, Vassouras, v. 12. n. 1. p. 71-84, jan./jun. 2010. Disponível em: < https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl% 20usaodahistoriaculturaafro.pdf>. Acesso em: 05 de nov. 2020 . BRASIL. Lei n° 10.639/03 de 09 de janeiro de 2003. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. Diário Oficial da União, DF. 2003. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em 06 de nov. 2020. Brasil. Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Diário Oficial da União, DF. 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em: 04 de nov. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília, DF, p. 1-37, 2004. Disponível em:< Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf>. Acesso em: 04 de nov. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais de história e geografia, Brasília, 1997. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf>. Acesso em: 05 de nov. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais, temas transversais: Pluralidade cultural, Brasília, 1997. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro101.pdf>. Acesso em: 05 de nov. 2020. KRAUSS, J. S.; ROSA, J. C. A importância da temática de História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas. Antíteses, vol. 3, n. 6, p. 857- 878, jul./dez. 2010. Disponível em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3632479>. Acesso em: 06 de nov. 2020. LIMA, H. K. M. A Importância de trabalhar o ensino da história e da cultura afro- brasileira e africana em sala de aula, 2016. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Pedagogia) Universidade Federal de Paraíba, Cabaceiras, 2016. https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl%20usaodahistoriaculturaafro.pdf https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl%20usaodahistoriaculturaafro.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro101.pdf https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3632479
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