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Impactos do Desastre de Mariana

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
CAROLINA DE ALBUQUERQUE AMORIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACIDENTE EM MARIANA (MG) E SEUS IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
O desastre de Mariana (MG) ocorrido em 05 de novembro de 2015 é considerado a maior 
tragédia ambiental da história do nosso País. A tragédia foi ocasionada pelo rompimento 
da Barragem do Fundão que era utilizada na época para armazenar os rejeitos de minério 
de ferro explorados pela empresa Samarco (controlada pelo BHP Billiton Brasil LTDA e 
Vale S.A). O ocorrido impactou não somente a população local, mas, por outro lado, 
impactou o ecossistema por completo, visto que, causou a destruição do meio ambiente, 
contaminação de rios e do solo. 
O artigo 225 da Constituição Federal de 1988 visa a preservação do meio ambiente, 
buscando defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Estabelece ainda 
em seu inciso 2º que a pessoa que explorar recursos minerais será obrigada a recuperar o 
meio ambiente degradado de acordo com a lei. Portanto, o poder público tem o dever de 
zelar pelo meio ambiente. Dessa forma, é notório que as os princípios do direito ambiental 
foram violados, uma vez que as medidas de precauções não foram suficientes. 
Sendo assim, podemos destacar três princípios do direito ambiental que foram violados. 
São eles: O princípio da prevenção; princípio do equilíbrio e princípio da vida sustentável. 
O Princípio da Prevenção exige que as atividades com base científica prevejam os danos 
ambientais e, dessa forma, sejam impedidos de serem realizados. É necessário buscar a 
prevenção pois o dano pode ser irreversível. De acordo com Bessa Antunes, “O princípio 
da prevenção aplica-se a impactos ambientais já conhecidos e dos quais se possa, com 
segurança, estabelecer um conjunto de nexos de causalidade que seja suficiente para a 
identificação dos impactos futuros mais prováveis”. O Princípio do Equilíbrio visa prever 
as consequências da implementação de certa intervenção ao meio ambiente e assim 
alcançar um resultado positivo. Para Bessa Antunes, “através do mencionado princípio 
deve ser realizado um balanço entre as diferentes repercussões do projeto a ser 
implementado, isto é, devem ser analisadas as implicações ambientais, as consequências 
econômicas, as sociais etc.”. O Princípio da vida sustentável procura respeitar e preservar 
o meio ambiente, melhorar a qualidade de vida da humanidade, conservar a toda e 
qualquer forma da vitalidade da diversidade do planeta Terra, minimizar o esgotamento 
dos recursos não renováveis, dentre outros. 
O Licenciamento Ambiental Federal é um dos instrumentos da Política Nacional de Meio 
Ambiente, sendo assim, seu principal objetivo é conciliar o desenvolvimento econômico-
social com um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Portanto, construções, 
instalações, ampliações que acarretam o funcionamento de atividades que utilizam de 
certos recursos ambientais ou que potencializam poluidores causando degradação 
ambiental dependem previamente do licenciamento ambiental. Sendo assim, o Ibama é o 
órgão executor do licenciamento de competência da União. 
O Licenciamento Ambiental para a mineração é um processo administrativo onde a 
licença só poderá ser concedida pelo órgão responsável, sendo assim, a concessão é 
dividida em três etapas: Licença prévia, licença de instalação e licença de operação. De 
acordo com a substância minerária explorada, o licenciamento poderá exigir outras etapas 
no processo. Nesse caso, independente do tipo de mineral explorado, será necessário 
apresentar as licenças ambientais emitidas pelos órgãos estaduais de meio ambiente. 
O DNPM criado pela Lei nº 8.876 possui, como finalidade, promover o planejamento da 
exploração mineral e o aproveitamento dos recursos além de assegurar, controlar e 
fiscalizar o exercício da atividade mineradora em todo Território Nacional. Da mesma 
forma, o artigo 14 inciso 1º da Lei 6.938 de agosto de 1981 sobre a Política Nacional do 
Meio Ambiente prevê penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal 
com relação a preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela 
degradação ambiental. Sendo assim, o poluidor é obrigado a indenizar ou reparar os danos 
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por tal atividade exercida. 
Com relação a teoria da modalidade risco integral, a responsabilidade civil ambiental é 
objetiva. Isso significa que o dano deve ser reparado integralmente, independe da 
comprovação de culpa, o mais rápido possível sob pena de redundar em impunidade. 
Sendo assim, cabe indenização nas esferas patrimoniais e extrapatrimoniais para a 
vítima. A tríplice responsabilidade está prevista no artigo 225 inciso 3º da Constituição 
Federal de 1988 prevê que os causadores de danos causados, sejam pessoas físicas e 
jurídicas, poderão ser punidos de forma independente. A sanção penal por relação com 
a responsabilidade penal, sanção administrativa por conta da responsabilidade 
administrativa e a sanção civil em razão da obrigação em reparar os danos causados. 
Portanto, as pessoas jurídicas são responsabilizadas administrativa, civil e penalmente 
conforme a Lei. Assim sendo, é notório que a tragédia de Mariana deixou um marco na 
vida de milhares de pessoas e ademais, criou um alerta com relação as esferas 
responsáveis pelas fiscalizações do Meio Ambiente. Ademais, houve um impacto 
econômico muito grande visto que deixou de milhares de pescadores sem emprego pois 
a pesca está proibida desde 2015. As consequências ambientais que Mariana ainda sofre 
foram e ainda são muito bruscas que até os pesquisares tentam procurar respostas para 
entender como a natureza irá se restabelecer diante de tanto estrago. Por fim, em 
setembro de 2018 houve uma pesquisa como tentativa de medir os impactos ambientais 
causados pela contaminação da lama. Os pesquisadores coletaram amostras para avaliar 
os níveis de intoxicação tanto da água, vegetais e dos peixes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
https://www.todamateria.com.br/desastre-de-mariana/ 
 
https://farenzenaadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/832969199/o-que-e-a-triplice-
responsabilizacao-ambiental 
 
http://www.ibama.gov.br/laf/sobre-o-licenciamento-ambiental-federal 
 
https://advambiental.com.br/artigo/responsabilidade-objetiva-teoria-do-risco-integral/ 
 
https://www.verdeghaia.com.br/principio-da-prevencao-direito-ambiental/