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SISTEMA DE ENSINO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM Processo de Ensino-Aprendizagem Livro Eletrônico 2 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Sumário Processo de Ensino-Aprendizagem ......................................................................................................................4 1. Relação Professor – Aluno ....................................................................................................................................4 2. Planejamento de Ensino e seus Elementos Constitutivos: Objetivos e Conteúdos de Ensino; Métodos e Estratégias; Multimídia Educativa e Avaliação Educacional ...............7 3. Relação entre Teoria e Prática ..........................................................................................................................13 4. Práxis Pedagógica ...................................................................................................................................................14 5. Análise Das Dificuldades, Problemas e Potencialidades no Cotidiano Escolar em sua Relação com a Sociedade .................................................................................................................................15 5.1. Causas de Dificuldade de Aprendizado ou de Fracasso Escolar ...............................................18 6. Educação Continuada dos Profissionais da Escola ..............................................................................19 6.1. Proposta de Formação Continuada ............................................................................................................20 6.2. Dimensões Constitutivas das Propostas de Formação Continuada .......................................21 7. Metodologia De Ensino: Organização Didático-Pedagógica e suas Implicações na Produção do Conhecimento em Sala de Aula; Organização Didático-Pedagógica e Intencionalidade na Prática Pedagógica .........................................................................................................21 8. Andragogia e as Considerações Curriculares para Aprendizagem do Estudante Adulto ..................................................................................................................................................................................23 8.1. Contrato de Aprendizagem (CAPRE) .........................................................................................................25 9. A Modalidade de Educação de Jovens e Adultos e os Princípios Norteadores para a Formação do Sujeito a Partir das suas Especificidades Culturais e Políticas para Educação de Jovens e Adultos como Inclusão Social, Construção da Cidadania e Educação ao Longo da Vida ....................................................................................................................................25 10. Prática Pedagógica e Áreas do Conhecimento .................................................................................... 28 11. Linguagens .................................................................................................................................................................30 12. Matemática ................................................................................................................................................................31 13. Ciências Humanas e da Natureza ...................................................................................................................31 Resumo ...............................................................................................................................................................................33 Questões de Concurso ...............................................................................................................................................34 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Gabarito ..............................................................................................................................................................................55 Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................56 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 1. Relação PRofessoR – aluno É preciso compreender a relação entre dois agentes (professor-aluno) fundamentais den- tro do processo de ensino e aprendizagem. Esta relação aborda sobre a composição, a afetivi- dade, a autonomia e a autoridade que permeiam e influenciam diretamente na aprendizagem. Para iniciarmos o entendimento sobre este tópico é necessária a compreensão sobre: COGNOSCITIVOS: Conforme Libâneo, o aspecto cognoscitivo corresponde ao processo ou movimentos que envolve a ação de ensinar e aprender. Desta forma, o professor trabalha constantemente em um vai e vem de atividades cognoscitivas e o nível dos alunos. Em prol da transformação e assimilação de conceitos. Deste modo, para haver interação dos aspectos cognoscitivos o professor deve: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • MANEJAR: os recursos de linguagem (conteúdo de acordo com o perfil e a identificação da turma). • PLANEJAR: ter um bom plano de aula (com objetivo claro e definido; conteúdo sele- cionado; método; e avaliação. O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino). • CONSTRUIR: objetivos claros, regras explícitas, claras e concisas (contrato didático). • PROPORCIONAR: que os estudantes tenham ponto de vista, sentimentos e opiniões (participação do estudante). SOCIOEMOCIONAIS: autoridade do professor e autonomia dos alunos são vistas de for- ma complementar as ações. Ambos devem criar vínculos afetivos que seja favorável as aprendizagens. Esta relação possui dimensões diferentes para Morales (2004, p.50) que a entende e a subdividem duas partes: • A relação-comunicação pessoal (aspecto socioemocional): reconhecer êxitos, reforçar a autoconfiança dos alunos, manterem sempre uma atitude de cordialidade e de respei- to (dimensão socioemocional, ligada à afetividade). • A orientação apropriada para o estudo e o aprendizado (aspecto cognoscitivo): criar uma estrutura que facilite o aprendizado (dimensão cognoscitiva, ligada à aprendizagem). Todos esses aspectos desencadeiam uma autenticidade (processo único) onde o profes- sor deverá ter um apreço pelos seus estudantes, gerando assim, uma compreensão empática, facilitando o processo. Para que desenvolva a aprendizagem é necessário que o ensino extrapole o planejamento com objetivos determinados, da seleção de conteúdos e da escolha de um método. É válido ressaltar que a comunicação e o relacionamento entre os agentes vãoinfluenciar significati- vamente na aprendizagem. EXEMPLO Quando você participa de uma aula de um professor que você gosta, que existe afetividade, você tem mais chances de construir determinada aprendizagem. A mesma coisa ocorre ao contrário, quando você não gosta de determinada aula, professor ou turma você está menos suscetível a aprender o conteúdo proposto. Com isso, a relação professor-aluno caminha simultaneamente ao processo de ensino- -aprendizagem, não sendo apenas um método, teoria e objetivos, características de uma edu- cação tradicional. Hoje, entendesse que o relacionamento também permeia este processo. Na atualidade, esta relação é marcada pela HORIZONTALIDADE. O Professor é visto como autoridade e a construção do conhecimento é realizada pelo professor e aluno, e ambos par- ticipam ativamente no processo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Obs.: � AUTORIDADE: alguém que detém determinado poder e há um posicionamento aberto para o diálogo e debates. � ≠ � AUTORITARISMO: são práticas utilizadas por meio deste poder de forma exacerbada onde não há abertura para debates. É importante ressaltar que o professor necessita ser autoridade em três aspectos diferen- tes, são eles: • PROFISSIONAL: Domínio de conteúdos, saber lidar com a turma, ter pluralismo de sala, controle e avaliar o trabalho. • MORAL: Qualidades do professor, dedicação, senso de justiça, sensibilidade e traço de caráter. • TÉCNICA: Habilidades e hábitos pedagógicos didáticos para a eficácia da transmissão e assimilação de conhecimentos aos alunos Libâneo afirma que “é preciso aprender a combinar a severidade e o respeito”. Deve-se entender que neste processo pedagógico a autoridade e a autonomia devem conviver juntas, a autoridade do professor e a autonomia do aluno como uma forma complementar (LIBÂNEO, 1990, p. 250). Conceitos da Relação Professor – Aluno, de acordo com Libâneo: • Aspecto fundamental da situação didática que busca alcançar os objetivos (finalidade que se quer alcançar). • Falar da relação professor-aluno é falar da essência de todo o trabalho que perpassa as ações pedagógicas na escola. • É uma relação complexa que abarca vários aspectos, não se pode reduzi-la a uma fria relação didática nem a uma relação humana calorosa, mas sim a uma relação de cola- boração, de solidariedade, de respeito mútuo. A relação deve envolver os processos de ensinar, aprender e avaliar. O ensino não será pautado na transmissão de conteúdos, a educação será envolta de muitas outras perspecti- vas, desempenhando uma FUNÇÃO SOCIAL, afim de desenvolver a dimensão cognitiva, afeti- va, psicomotora e social do aluno. A figura do professor surge com uma grande importância na relação ensino-aprendiza- gem, assumindo um compromisso com a sociedade, preparando os alunos para que se tor- nem cidadãos ativos e participantes na família, trabalho, vida cultural e política. Dentro desta perspectiva, o diálogo torna-se figura essencial no decorrer do processo, não se limitando a uma simples troca de ideias, pois as relações sociais incidem sobre o pro- cesso de ensino-aprendizagem, resultando assim uma transformação. 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O professor deve ser sujeito que está preocupado com a apropriação dos mesmos, que se compromete com a ação que realiza, percebendo o aluno como um ser importante, do- tado de ideias, sentimentos, emoções e expressões. Esse entendimento afeta intrinsecamente as relações entre professor-aluno, influenciando diretamente o processo de ensino-aprendi- zagem. O comportamento do professor, em sala de aula, expressa suas intenções, crenças, seus valores, sentimentos, desejos que afetam cada aluno individualmente. A maneira como o professor afeta o aspecto socioemocional irá impactar diretamente o campo cognoscitivo, ou seja, a capacidade de conhecer do estudante. Vale a pena o estudo aprofundado sobre Wallon e a afetividade, que esclarece e aborda de forma mais incisiva a importância dos aspectos socioemocionais e sua influência nos pro- cessos de ensino-aprendizagem. 2. Planejamento de ensino e seus elementos Constitutivos: objetivos e Conteúdos de ensino; métodos e estRatégias; multimídia eduCativa e avaliação eduCaCional De forma geral, o planejamento é uma antecipação e organização das propostas a serem desempenhadas. Contribuindo para eficiência e maior segurança do docente visando garantir a aprendizagem. Vale ressaltar que, o planejamento não garante a aprendizagem, mas facilita e contribui para que a aprendizagem aconteça • LIBÂNEO: afirma que o planejamento é um processo de sistematização, organização das ações e uma previsão da ação. • VASCONCELOS: afirma que o planejamento é reflexão, tomada de decisão. • VEIGA: organização intencional da ação, de forma comprometida com a formação dos alunos. Ou seja, o planejamento NÃO é neutro. 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Tipos de planejamento: (importante análise) • Planejamento Educacional – sistêmico, o qual vale para todo o país, por exemplo, o Plano Nacional de Educação. • Planejamento Escolar - vale para toda escola, por exemplo, o PPP. • Planejamento Curricular – vale para o currículo do sistema de ensino, exemplo, Currí- culo em Movimento. • Planejamento de aula – é especifico para determinada aula. • Planejamento de ensino - é o planejamento do período de ensino de responsabilidade exclusiva do professor. Sabemos que: Mas, ao se materializar ele se transforma em documento, vejamos: O docente é considerado um gestor das aprendizagens. Dentro do Plano de Ensino, no processo de ensino e aprendizagem que o professor vai pensar sobre os objetivos, conteúdos, métodos, estratégias pedagógicas, meios, nas tecno- logias e na avaliação. 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Esses objetivos estão previstos no currículo, não são próprios do professor, mas da sociedade. Pontos relevantes: • Primordial dentro do processo • É a primeira fase do planejamento escolar e influenciará outras as outras fases. • São imprescindíveis para que os resultados sejam alcançados de forma satisfatória. • São fundamentais para o alcance de propósitos determinados e explícitos previamente, quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas que todos os indivíduos precisam adquirir para se capacitarem para as lutas sociais de transformação da sociedade. O aluno, portanto, deve conhecer os objetivos do professor, os quais devem estar ligados à transformação. • Deve-se considerar o contexto social dos alunos, para que tenha objetivos contextua- lizados com a realidade. Libâneo estabelece algumas considerações sobre os objetivos, dividindo-o em dois: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Obs.: � Os objetivos gerais e específicos são indissociáveis. O processo de ensino-aprendizagem terá como foco o objetivo específico. Levando em consideração os objetivos gerais. Conteúdos: Após a definição dos objetivos é preciso selecionar os conteúdos adequados para cada processo e ao nível de ensino. É necessário que o conteúdo seja útil e válido. Devem ser estabelecidos com vista aos objetivos, que dão base ao planejamento. O principal objetivo é transformar os conteúdos de modo que contemplem as exigências teóricas e práticas decorrentes da vida dos alunos. A seleção dos conteúdos deve buscar a prática social, ou seja, buscar no mundo o que é real e trazer para dentro do currículo. Assim, existe a certeza de que está sendo ensinado algo que faz parte da vivência e da realidade do aluno. Para que a prática social exista é necessário que aconteça a transversalidade, que é a união da aprendizagem que o aluno tem na escola com o interesse real dele, e a não separação da teoria e prática, que é chamado de práxis. Com isso, devemos nos atentar aos critérios de seleção dos conteúdos relevantes para cada período letivo: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • Correspondência entre os objetivos gerais e os conteúdos. • Caráter científico. (Atesta que o que é ensinado não vem do senso comum, ou seja, tem que possuir embasamento científico.) • Caráter sistemático. (Os conteúdos devem ser organizados em sequência) • Relevância social. (Contextualizado, que desperte o interesse) • Acessibilidade e solidez. (De compreensão de todos) Métodos/Meios /Estratégias: Nesta etapa é preciso pensar no “como fazer”, através de uma metodologia coerente, que funcione dentro da prática educativa, sendo interdependente dos objetivos e dos conteúdos. Assim, os objetivos e os conteúdos orientam a escolha dos métodos, mas estes não po- dem ser reduzidos a meros procedimentos teóricos, devem se contextualizados, articulados a teoria à prática e ao contexto social de cada sujeito de aprendizagem. O método é a maneira que o professor tem de organizar atividades de ensino com o objetivo de transpassar os conteúdos de maneira mais fluida, fazendo com que os alunos tenham um alto aproveitamento dos ensinamentos. Libâneo afirma que, a escolha e a organização os métodos precisam estar em concordância com o ensino e as condições concretas da realidade didática. Vale lembrar que, os métodos dependem das características dos alunos quanto à capaci- dade de assimilação. (idade, nível, contexto sociocultural....) Obs.: � Os métodos utilizados na educação infantil deverão ser diferentes dos métodos utili- zados no ensino médio. Pois, cada faixa etária apresenta características próprias de aprendizagem que precisam ser levados em consideração. Ponto relevante: Os métodos também sofrem influência do tempo, do espaço e da socie- dade e suas transformações. Obs.: � Pedagogia Tradicional -> método expositivo -> acrítico Mas, é preciso criar uma relação entre método e estratégias, que façam sentidos, para poder atrair a atenção do aluno fazendo com que ele construa seu conhecimento de forma autônoma e ativa. Obs.: � A ludicidade está relacionada a técnicas e estratégias pedagógicas utilizadas com crianças pequenas. Essas técnicas são essenciais para extrair o melhor aproveitamento do aluno, ajudando-o a adquirir e a fixar o conteúdo que foi ministrado Obs.: � As estratégias pedagógicas estão dentro dos métodos. 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Avaliação educacional: Aborda sobre o acompanhamento, onde o professor pode medir se está conseguindo alcançar seus objetivos, sendo, a avaliação um alicerce do processo-ensi- no-aprendizagem, pois é um componente essencial. Pode ser realizada através de observação, seminários, trabalhos escritos, apresentações, enfim, existem inúmeras formas de avaliação. Avaliar pode ter inúmeros significados. Ideal- mente, os critérios de avaliação devem ser objetivos, claros, entretanto às vezes a avaliação passa pela subjetividade, sobretudo a avaliação formativa. Avaliação também estabelece a ideia de juízo de valor, averiguar, classificar, escolher etc. Avaliação NÃO é prova. Prova é um dos instrumentos de avaliação. No processo de formulação e reformulação é a última fase do planejamento, definir os quesitos a serem observados, os instrumentos de avaliação que numa perspectiva de plane- jamento participativo, deverá ocorrer numa visão formativa durante todo o processo. Níveis (ou dimensões) e Funções Avaliativas:Níveis Funções Larga escala Formativa Institucional Somativa Para as aprendizagens Diagnóstica • Formativa: tem como objetivo avaliar se as práticas pedagógicas aplicadas estão ge- rando resultados esperados, deve ser realizada durante todo o período letivo. Nesse tipo de avaliação é possível identificar o domínio que o aluno possui sobre os con- teúdos e saber se ele está apto para avançar para a outra etapa do processo de ensino e aprendizagem, de forma gradual. Atualmente, numa educação emancipatória, onde é visada a autonomia do aluno, a ava- liação formativa é a mais adequada O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • Somativa: Promove a classificação dos alunos, de acordo com níveis de aproveita- mento previamente estabelecidos. É basicamente uma avaliação da aprendizagem que mensura o desempenho do aluno, atribuindo uma nota final para metrificar o nível de aprendizado atingido em relação aos demais alunos. Deve ser aplicada ao final de uma etapa do processo educativo. • Diagnóstica: possui objetivo de verificar o que o aluno já sabe e o que ele precisa apren- der, nesta análise é possível determinar o nível de domínio prévio de cada aluno e as habilidades para o alcance dos objetivos do conteúdo a ser estudado e o mapeamento de possíveis deficiências na aprendizagem. Sendo assim, após feita a avaliação diag- nóstica o educador vai conhecer o que os seus alunos precisam aprender e a partir disso, trabalhar para desenvolvê-los e estabelecer novos objetivos de aprendizagem, de acordo com a necessidade de cada um. 3. Relação entRe teoRia e PRátiCa Para compreender a relação entre a teoria e a prática podemos analisar o seguinte esquema: Vamos aos pontos, para a formação do professor é necessária a compreensão da teoria, por meio de cursos acadêmicos, livros e outros meios que ele possa utilizar como alicerce em seus momentos de prática. Torna-se professor a partir do momento que se tem conhecimento pedagógico. O Profes- sor, enquanto mediador, irá aplicar a teoria na prática pedagógica (sala de aula). Para isso, precisará conhecer e atrelar a sua teoria ao currículo, ao seu planejamento de ensino, ao pro- jeto político-pedagógico da escola e, também, a uma didática. Libâneo afirma que, a didática é ponte mediadora entre a teoria e prática. Em seguida, é preciso problematizar e refletir essa prática em sala de aula, mas sempre na intenção da formação de cidadãos críticos e transformadores para a sociedade. Podemos concluir, que a formação docente é construída historicamente antes e durante o caminho profissional do docente, e que se faz também no social. Cria-se, então, um círcu- lo vicioso, no qual a formação docente depende basicamente, tanto das teorias, quanto das práticas desenvolvidas na vida escolar. Sendo assim, teoria e prática estão correlacionadas no processo educativo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Obs.: � A prática traz grandes oportunidades de aprendizado para os professores. Para isso, é preciso que o professor consiga realizar uma autoavaliação (feedback) de sua prá- tica docente. É através da formação teórica que o professor começará a construir sua prática. Esta for- mação abrange duas dimensões: • Formação teórico-prática: Inclui a formação acadêmica específica nas disciplinas em que o docente vai especializar-se e a formação pedagógica, que envolve os conheci- mentos da Filosofia, Sociologia, História da Educação e da própria pedagogia que con- tribuem para o esclarecimento do fenômeno educativo no contexto histórico-social. • Formação técnico-prática: Visa a preparação profissional específica para a docência, incluindo a Didática, as metodologias específicas das matérias, a Psicologia da Educa- ção, a pesquisa educacional e outras. 4. PRáxis PedagógiCa Prática pedagógica que está presente a concepção e a ação que buscam transformar a realidade, formalizando a unicidade entre a teoria e a prática. É através do processo de teoria-ação-reflexão que surge a práxis docente, pois o profes- sor deixa de ser um mero objeto de investigação e se torna o próprio sujeito da investigação, não se limitando apenas a generalizações dos conteúdos abordados pelos alunos, mas tor- nando-se o agente de mudanças, capaz de com seu senso crítico adaptar o método conforme O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva a situação da comunidade escolar. E são eles, os educadores, os sujeitos principais dessa mudança, já que ao desenvolverem uma atividade reflexiva sobre a própria prática, estará pesquisando o próprio trabalho a fim de torná-lo de melhor qualidade. Muitos são os saberes essenciais para o desenvolvimento de uma práxis docente. O saber ético, saber que ensinar é abrir novos caminhos para uma construção de conhecimentos, sa- ber dos conteúdos didáticos, saber do compromisso, saber do respeito diante da autonomia, da identidade e das características do outro, entre outros. É preciso sempre praticar o proces- so de reflexão das ações docentes. 5. análise das difiCuldades, PRoblemas e PotenCialidades no Cotidia- no esColaR em sua Relação Com a soCiedade O cotidiano escolar é repleto de intencionalidades, informações e consequentemente de grandes desafios, que perpassa momentos de construção de saberes e formação de conhecimento cultural. Interferindo decisivamente na vida das pessoas que fazem parte deste cotidiano. Podemos observar abaixo os principais agentes do cotidiano escolar: • • Estudantes: ativos/críticos; • Pais: deve estar presente tanto na escola quanto na vida do aluno; • Funcionários: devem conhecer os alunos, além das potencialidades e fragilidades da escola; • Professores: são os mediadores desse processo. São os responsáveis pela formação desses estudantes; • Comunidade escolar: estará presente nas ações que serão desenvolvidas no cotidiano escolar. 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Nesse sentido, é preciso pensar na coletividade e no bem dos alunos, ou seja, uma gestão democrática e participativa; • Professores: também podem gerar dificuldades dentro do cotidiano escolarem virtude de faltas ao trabalho e da falta de compromisso de alguns. Apesar de suas dificuldades, a falta de compromisso traz fortes impactos ao cotidiano escolar. Esse é um grande desafio e que precisa ser superado; • Coordenação pedagógica desvinculada do projeto político-pedagógico (PPP): o papel do coordenador pedagógico é de extrema importância, contudo, se a coordenação pe- dagógica da escola não estiver alinhada aos objetivos do PPP, dentre outros fatores, certamente existirão problemas no cotidiano escolar; • Inclusão: hoje, as escolas democráticas devem estimular a inclusão. Isso porque a rea- lidade atualmente é no sentido de incluir as pessoas. Isso está ligado ao aluno em sua integralidade, ou seja, se a escola não trabalha em uma perspectiva de integralidade em relação ao aluno, isso pode gerar problemas no cotidiano escolar; • Evasão/repetência: uma prática escolar desvinculada pode gerar problemas de evasão escolar e de repetência, pois os alunos irão desistir de estudar ou darão pouco valor ao fato de estarem na escola; • Disciplina: a disciplina está relacionada ao desinteresse. Ou seja, o aluno que é deses- timulado e não tem uma disciplina para o estudo, caso a escola não atue no sentido de reduzir essa indisciplina, então poderão surgir outros problemas, tais como a evasão escolar, a repetência e o chamado “fracasso escolar”. Assim, o Poder Público deve oferecer o acesso à escola e essa, por sua vez, deve desenvolver trabalhos no sentido de garantir a permanência dos alunos e a promoção de uma educação de qualidade que visa a formação para a cidadania. • PPP e o cotidiano escolar: A comunidade escolar faz parte da construção do Projeto Político-Pedagógico da escola, pois essa construção é feita de forma coletiva. O PPP também é o responsável por trazer a identidade da escola. Com base nisso é que são desenvolvidas as ações e toda a intencionalidade para a solução de problemas do coti- diano escolar. Além disso, deve existir uma intencionalidade na construção e na prática do PPP. O PPP é um tipo de planejamento que deve ser consolidado na prática. Outro ponto importante é que o PPP irá nortear todo o trabalho da escola. O não cumprimento da proposta pedagógica pode desencadear o fracasso escolar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva A organização da prática docente se dá por meio do planejamento. Em primeiro lugar, esse planejamento estará vinculado ao PPP e trará uma organização da prática docente. Dentro dessa organização é preciso pensar no plano de ensino, que será trabalhado de forma se- mestral ou anual. Além disso, o plano de ensino deve ser trabalhado em consonância com o currículo e com a realidade da turma. Dentro do planejamento, também é preciso pensar em um plano de aulas e nos componentes do processo de ensino e aprendizagem (objetivos, conteúdos, métodos, metodologias, recursos e avaliação). Outro ponto importante dentro do planejamento é a inclusão, que deve ser integral. Dentro de uma sala de aula existem alunos de todas as formas. Assim, cabe ao professor pensar em todos de uma maneira inclusiva. Outro ponto que devemos ressaltar é o processo de ensino e aprendizagem e sua extrema importância no contexto escolar, sendo responsabilidade dos professores, juntamente com a escola. Dentro desse processo, pode existir o sucesso ou o fracasso da escola. O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal entre: alu- nos, professores e a equipe escolar. O aluno deve cumprir os seus deveres (estudar, respeitar, ter interesse etc.) e ter interesse nesse processo de aprendizagem. Os professores serão os mediadores desse processo e precisam manter uma boa relação (relação professor-aluno) com os seus alunos. O professor-mediador aplica uma disciplina que é mediada/conquista- da. Isso é possível por meio do uso de metodologias adequadas para o aprendizado e o de- senvolvimento do aluno. A equipe escolar é, de fato, a comunidade escolar. Toda essa equipe deve trabalhar em conjunto para atender os estudantes. O clima afetivo será o responsável pelo sucesso ou fracasso do processo de ensino e aprendizagem e o professor é um dos prin- cipais personagens no que diz respeito à manutenção desse clima. As posições políticas e sociais interferem e influenciam no processo de aprendizagem. Nesse sentido, a escola deve ser transformadora. A didática é um processo intencional, orientado por objetivos a serem alcançados e interessa que os alunos aprendam bem o que se propõe, através de métodos e mecanismos adequados. É por meio da didática que o educador consegue vincular a teoria e a prática para cami- nhar e vencer os desafios dentro do processo de ensino e aprendizagem. Dentro deste contexto, alguns fatores podem causar dificuldades de aprendizagem: • Fatores físicos (com que se aprende): está ligado aos recursos disponíveis para a aprendizagem eficaz e a assimilação dos conteúdos pelos alunos. A aprendizagem não pode ser pensada somente dentro da sala de aula, pois o aluno aprende em espaços diversos, sejam eles dentro ou fora da escola; • Fatores emocionais (quem aprende): a escola e os educadores precisam conhecer os estudantes em todos os aspectos. O emocional está vinculado às dificuldades de aprendizagem. No cotidiano da escola, a inclusão deve se fazer presente e os profes- sores podem fazer a diferença na vida dos alunos no campo emocional para que não se sintam excluídos da escola; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • Fatores sociais (o ambiente no qual se aprende): a escola é um espaço social de for- mação de cidadãos diversos. Por conta disso, o ambiente em que se aprende deve ser estimulador e prazeroso, para que o aluno tenha vontade de estudar e que não desista ao longo do seu percurso; • Fatores pedagógicos (como se aprende): é um fator primordial, pois desenvolve, junto com os professores, ações educativas. Tais ações alcançam, imediatamente, o proces- so de ensino e aprendizagem. Assim, se o pedagógico não trabalha em consonância com o professor, certamente existirá a dificuldade de aprendizagem, que pode levar ao fracasso escolar. 5.1. Causas de difiCuldade de aPRendizado ou de fRaCasso esColaR Questões da escola: • Promoção “indevida”: além da capacidade, a escola deve considerar a maturidade dos alunos antes de promovê-los para séries mais avançadas; • Falta de professores: ocasiona dificuldades da aprendizagem e, infelizmente, no Brasil, faltam muitos professores. Nesse sentido, o Estado e o governo devem agir para mini- mizar os problemas relacionados à falta de professores; • Troca de turma e de professores: isso é algo que pode acontecer durante o processo de ensino e aprendizagem e há alunos que levam mais tempo para se adaptar a um outro professor ou outra turma. Entretanto, é preciso caminhar no sentido de superar essa dificuldade; • Inadequação metodológica: metodologia é o caminho utilizado pelo professor para al- cançar os seus objetivos. A inadequação dessa metodologia pode causar dificuldades de aprendizado ou o fracasso escolar. O professor deve desenvolver o processo de en- sino e aprendizagem de uma forma que inclua todos os seus alunos; •Inadequação ensino e avaliação: os educadores devem adequar as suas metodologias de ensino e de avaliação. Nesse sentido, um professor não pode ensinar uma coisa e cobrar outra em uma prova. Hoje, a perspectiva de avaliação é formativa, mas isso não significa que o professor pode avaliar o aluno com base em algo que não foi ensinado; • Clima de “terror” nas avaliações e outras causas: a avaliação não pode ser utilizada como um “castigo” para o aluno. Na realidade, ela deve ser utilizada como um fator de progresso e sucesso para o aluno. E, para que tenhamos sucesso no processo de ensino-aprendizagem dentro do cotidia- no escolar precisamos estar atentos à gestão da sala de aula, que envolve diversos fato- res, são eles: • Gestão Da Aprendizagem: Dentro do cotidiano escolar, para que seja possível obter o sucesso, é necessária uma boa gestão da aprendizagem. Os professores devem se O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva envolver nessa gestão da escola, pois são os organizadores. Nesse sentido, um bom planejamento é essencial para que os professores possam desenvolver estratégias que alcancem todos os estudantes. Esse planejamento tem de estar vinculado à pro- posta pedagógica da escola e, também, ao currículo, que deve incluir todos os estu- dantes no processo. • Gestão Do Ambiente: É de extrema importância organizar o ambiente para que ele seja motivador, estimulador e prazeroso para o aluno. Esse ambiente deve ser assim tanto dentro quanto fora da sala de aula. • Gestão Das Relações Interpessoais: Envolve um bom relacionamento entre os profis- sionais que atuam na escola. O professor deve, inclusive, promover essa gestão das relações interpessoais para a troca de experiências. Essa troca de experiências, que ocorre por meio do diálogo, é muito importante, pois as pessoas acabam aprendendo umas com as outras. Assim, dentro de seu planejamento e de sua metodologia, o pro- fessor deve proporcionar momentos de interação com os seus pares. • Gestão Do Tempo: Mesmo que o planejamento seja flexível, o professor deve promover a gestão do tempo. Isso envolve uma série de fatores, tais como definir o que será de- senvolvido em sala de aula, quais serão as estratégias desenvolvidas para alcançar os alunos, quais as metodologias que serão utilizadas, quais são os recursos disponíveis etc. A gestão do tempo perpassa por tudo isso. Como vimos, muitos são os fatores que influenciam no cotidiano escolar e que interferem diretamente no contexto social e pedagógico, a análise de cada fator pontuado dever ser re- alizada com intencionalidades e responsabilidade, pois influenciará no cotidiano de todos os agentes escolares. 6. eduCação Continuada dos PRofissionais da esCola A formação continuada percorre o processo de atualização, aprimoramento e aperfeiço- amento que esteja ligada a uma educação permanente crítica-reflexiva e contextualizada, possuindo natureza teórico-prática (práxis), que possibilita: • Desenvolvimento pessoal e profissional dos educadores; • Desenvolvimento da instituição educacional. NÃO é exclusiva para os professores. Formação continuada é para todos os profissionais da educação. A organização dessa formação parte de ações pedagógicas constituídas em práticas so- ciais. A prática pedagógica na formação insere-se na prática social mais ampla, que envolve O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva um conjunto de condicionantes históricos, políticos, sociais e culturais que não podem ser compreendidos somente pelo fazer imediato. Sempre haverá relação com a finalidade objeti- va, ou seja, a prática pedagógica deve estar ligada ao social. Assim, não pode ter um fim em si mesma, mas deve estar ligada à prática social. Isto é, está conectada à uma transformação da realidade. A LDB, reforça a importância desta formação e prevê que pelo menos um terço da carga horária dos professores deve ser reservada para momentos de planejamento e de formação. (coordenação pedagógica na SEDF) A LDB e o PNE, que regulamentam e orientam a política educacional brasileira, conside- ram que a formação dos profissionais da educação deve garantir a todos formações continu- adas em sua área de atuação, levando em conta: • As necessidades; • As demandas (problemáticas); • As contextualizações dos sistemas de ensino (realidade). Já as Diretrizes Curriculares Nacionais abordam: Art. 16. A formação continuada compreende dimensões coletivas, organizacionais e profissionais, bem como o repensar do processo pedagógico, dos saberes e valores, e envolve atividades de ex- tensão, grupos de estudos, reuniões pedagógicas, cursos, programas e ações para além da forma- ção mínima exigida ao exercício do magistério na educação básica, tendo como principal finalidade a reflexão sobre a prática educacional e a busca de aperfeiçoamento técnico, pedagógico, ético e político do profissional docente 6.1. PRoPosta de foRmação Continuada Devem ter o intuito de abordar: I – As especificidades do trabalho desenvolvido pelos profissionais da educação na Rede Pública de Ensino do Distrito Federal; II – As necessidades e os motivos implicados em sua atuação profissional e pessoal; III – Os conhecimentos não cotidianos relacionados às práticas educacionais. Esses aspectos articulam-se com um trabalho de natureza educativa desenvolvido pelos diversos profissionais em diferentes contextos. A formação continuada deve acontecer em todos os ambientes, porém devem ser levadas em consideração especificidades de cada lu- gar, cada contexto para que a formação continuada seja um espaço de autonomia e emanci- pação da escola. Em vez de a Secretaria de Educação, de forma impositiva, apresentar ações práticas para desenvolver as vertentes, são trazidas outras considerações, deixa-se que o protagonista de cada escola seja a própria escola, os profissionais da educação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva 6.2. dimensões Constitutivas das PRoPostas de foRmação Continuada • A Categoria Trabalho na Formação dos Profissionais da Educação: Reconhece-se, na educação, no trabalho dos profissionais na escola, uma forma de acesso às oportuni- dades de maneira igualitária. A formação dos profissionais da educação deve, assim, considerar que o trabalho realizado na escola pode transformar a realidade ao explicitar as condições sociais que determinam o caráter de exploração que permeia a sociedade e possibilitar a constituição de uma compreensão em direção à práxis. Esta é a teoria e a prática, as quais devem estar alinhadas e caminhar juntas. O trabalho coletivo requer e abrange o movimento dialético, dialógico e a construção de entendimentos e ações que culminem com a emancipação dos sujeitos. • A Pesquisa na Formação Continuada dos Profissionais da Educação: A pesquisa deve propor, analisar e identificara relação entre teoria e prática; e contribuir contribui para a transformação político-pedagógica da rede de ensino. Ao se considerar a pesquisa como princípio na formação continuada, busca-se, além de um olhar mais sensível sobre a realidade, enfatizar uma educação que privilegie a investigação em busca de uma prática pedagógica mais crítica e reflexiva. Assim, as pesquisas devem surgir da realidade. A formação continuada deve ser também um campo de pesquisa. Pesquisar consiste em pensar num problema e buscar soluções práticas para ele. • Espaços e Tempos da Formação Continuada: A formação continuada não se resume ao mero acúmulo de cursos; mas, sobretudo, compreende a constante reflexão crítica de práticas profissionais e sociais. A formação continuada ultrapassa a oferta de cursos em uma instituição formal, pois engloba os mais variados modelos, formatos e ações. A formação continuada é, ao mesmo tempo, princípio, processo e metodologia para valorização e desenvolvimento profissional dos componentes da Carreira Magistério Público e da Carreira Assistência à Educação, sem prevalência de um sobre o outro. 7. metodologia de ensino: oRganização didátiCo-PedagógiCa e suas im- PliCações na PRodução do ConheCimento em sala de aula; oRganização didátiCo-PedagógiCa e intenCionalidade na PRátiCa PedagógiCa O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos alunos. Os alunos, pelo estudo das matérias, sob direção do professor (mediador), vão atin- gindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais. A direção eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do professor que, tanto no planejamento como no desenvolvimento das aulas, conjuga objetivos, conteúdos, métodos e formas orga- nizativas do ensino (componentes do processo de ensino e aprendizagem). Os métodos são determinados pela relação objetivos-conteúdos, e referem-se aos meios para alcançar os ob- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva jetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. Nesse sentido, a metodologia está ligada ao “como ensinar”. A palavra “método” está relacio- nada a “caminho”, ou seja, ao caminho utilizado pelo professor para atingir a aprendizagem de seus alunos. Os cinco momentos da metodologia de ensino em sala de aula: 1. Orientação inicial dos objetivos de ensino-aprendizagem: A principal ideia é que o aluno aprenda e se desenvolva; 2. Transmissão e assimilação da matéria nova: Trata-se de um desafio, pois não é pos- sível prever como o aluno irá assimilar o novo conteúdo ensinado pelo professor. A didática será importante nesse ponto, pois é por meio dela que o professor fará a aplicabilidade dessa metodologia de ensino; 3. Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e hábitos: Nesse sen- tido, o professor precisa consolidar o conteúdo para que os alunos aprendam. Dessa forma, pode trazer outras metodologias para que os conhecimentos, habilidades e hábitos possam ser consolidados; 4. Aplicação de conhecimentos, habilidades e hábitos: Nesse ponto, o professor pode uti- lizar alguma metodologia ligada à prática para que os alunos possam compreender como é feita a aplicação do conteúdo aprendido em sala de aula; 5. Verificação e avaliação dos conhecimentos e habilidade: É nesse momento que o pro- fessor irá perceber se o aluno aprendeu por meio da metodologia utilizada. É um momento de feedback/troca, ou seja, é nele que o professor saberá o resultado de sua metodologia. Segundo Libâneo, existem alguns tipos de métodos de ensino que podem ser utilizados em sala de aula. A escolha irá depender de diversos fatores ligados à necessidade da escola e dos alunos no sentido de alcançar o seu objetivo com a turma. São eles: 1. Método de Exposição pelo professor: Exposição verbal, demonstração, ilustração, exemplificação etc. 2. Método de Trabalho Independente: Estudo dirigido, investigação e solução de proble- mas etc. 3. Método de Elaboração Conjunta: Conversação didática (perguntas). 4. Método de Trabalho em Grupo: Debate, TPG, Tempestade Mental, GV-GO, Seminário etc. 5. Atividades Especiais: Estudo do meio, atividades práticas etc. A metodologia não pode ser confundida com didática, pois são conceitos diferentes: • Metodologia: é o componente do processo de ensino e aprendizagem. • Didática: é a ciência e a arte de ensinar. A metodologia encontra-se dentro da etapa de planejamento, portanto, se constitui en- quanto teoria. A didática é quem trará essa teoria para a prática. Tendo essa perspectiva de componente do processo de ensino e aprendizagem as meto- dologias refletem na realidade de cada tendência pedagógica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • Tradicional: exposição verbal, demonstração, modelos, exercícios. O aluno é passivo e o professor é o centro do processo (aprendizagem mecânica); • Renovada Progressivista: a metodologia irá envolver experiências, pesquisas e o méto- do de solução de problemas. O aluno é ativo e o professor é um auxiliador. É uma escola que valoriza o “aprender a aprender” e o “aprender fazendo”; • Renovada Não diretiva: o método tem por base a facilitação da aprendizagem. O aluno é ativo e o professor, além de um facilitador, é um especialista em relações humanas. O professor irá desenvolver um estilo próprio para fazer com que o aluno aprenda. • Tecnicista: o professor usa a metodologia de transmissão da informação, e o aluno simplesmente as recebe. • Libertadora: há uma relação de igual para igual em relação aos professores e aos alu- nos; o professor é um animador dos conteúdos e o aluno colabora com a construção da aula por meio da sua realidade de vida, dos grupos de discussão e do diálogo. • Libertária: é o grupo que organiza a melhor forma de estudar e de se elaborar os conte- údos. Estes são apenas apresentados, mas não exigidos. • Crítico Social dos Conteúdos: faz com que a escola trabalhe conteúdos concretos. O saber surge da experiência dos estudantes, ou seja, o conhecimento sincrético dos alu- nos (mal elaborado e desorganizado) é confrontado com novos conhecimentos. Dessa maneira, ocorre a ruptura com a ideologia dominante. Dessa forma, com o auxílio dos professores, o estudante consegue acessar o conhecimento sincrético (organizado). 8. andRagogia e as ConsideRações CuRRiCulaRes PaRa aPRendizagem do estudante adulto A andragogia está presente não somente na educação de jovens e adultos (EJA), mas também nos cursos de formação inicial e continuada, em formações profissionais, na coorde- nação pedagógica, entre outros. É um dos ramos da pedagogia e é muito amplo, sendo usado para o público adulto, pois ensinar adultos exige uma metodologia diferenciada. Conhecido também por modelo andragrógico, podendo ser aplicada em contextos educativos diversos, e sua flexibilidade permite sua utilização com população diversificada em níveis socioculturais, de idades diferentes e tendo como conteúdos referenciais as ciências naturais e humanas. Vale ressaltar que, por se tratar de uma educação para adultos, é precisoobservar carac- terísticas pontuais, como interesse, conhecimento de vida, motivação e aplicação real do que está sendo ensinado. O modelo andragógico é baseado em vários pressupostos que são diferentes (e não anta- gônicos) daqueles do modelo pedagógico: 1. A Necessidade de Saber: os adultos têm necessidade de saber porque eles precisam aprender algo, antes de se disporem a aprender. Quando os adultos comprometem se a apren- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva der algo por conta própria, eles investem considerável energia investigando os benefícios que ganharão pela aprendizagem e as consequências negativas de não o aprender. 2. Autoconceito do Aprendiz: os adultos tendem ao autoconceito de serem responsáveis por suas decisões, por suas próprias vidas. Uma vez assumem esse conceito de si próprio eles desenvolvem uma profunda necessidade psicológica de serem vistos e tratados pelos outros como sendo capazes de auto direcionar-se, de escolher seu próprio caminho. Eles se ressentem e resistem a situações nas quais sentem que outros estão impondo seus dese- jos a eles. 3. O Papel das Experiências dos Aprendizes: os adultos se envolvem em uma atividade educacional com grande número de experiências, mas diferentes em qualidade daquelas da juventude. Por ter vivido mais tempo, ele acumula mais experiência do que na juventude. Mas também acumulou diferentes tipos de experiências. Essa diferença em quantidade e qualida- de da experiência tem várias consequências na educação do adulto. 4. Prontos para Aprender: adultos estão prontos para aprender aquelas coisas que preci- sam saber e capacitar-se para fazer, com o objetivo de resolver efetivamente as situações da vida real. 5. Orientação para Aprendizagem: em contraste com a orientação centrada no conteúdo própria da aprendizagem das crianças e jovens (pelo menos na escola), os adultos são cen- trados na vida, nos problemas, nas tarefas, na sua orientação para aprendizagem. Com isso, o professor é tido como facilitador e o aluno como aprendente, essa relação tem como princípios: • Diálogo; • Igualdade; • Horizontalidade A presença do professor está pautada na troca, na interação e no diálogo. Deve encontrar alternativas ou até mesmo ressignificá-las e construí-las com base no contexto concreto de vivência da prática pedagógica, isso demanda apropriação, elaboração de saberes, de funda- mentos teórico-práticos. Portanto, o aluno é responsável, ativo, participante e internamente motivado para a reali- zação de aprendizagens, sendo o centro do processo. Um ponto muito importante é a motivação, que deve fazer parte do processo, devendo ser revista durante todo o processo. É atribuída importância à motivação interna, à responsabili- zação e à iniciativa dos aprendentes, pois potenciam, seguramente, aprendizagens mais pro- fundas e duradouras, assim como níveis superiores de satisfação perante as aprendizagens. Características: • O ambiente de aprendizagem sendo informal ou formal deverá ser eficaz, dinâmico e múltiplo, com debates dialógicos e dialéticos, com foco no pedagógico e político. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva • Objetiva-se a flexibilidade e o foco no processo, em substituição à ênfase no conteúdo. • As atividades são organizadas a partir das necessidades e interesses dos alunos, con- siderando-se as suas situações de vida, suas experiências e as diferenças acerca dos processos de aprendizagem. • Despertar no adulto a consciência da necessidade de instruir-se e a noção clara da sua participação na sociedade; • Partir dos elementos que compõem a realidade do educando, que se destacam como expressão de sua relação direta e contínua com o mundo em que vive; • Não impor o método ao educando e, sim, criá-lo com ele, com base na realidade em que vive. O professor instrutor deve atuar como incentivador da busca autônoma de conhecimentos. 8.1. ContRato de aPRendizagem (CaPRe) A andragogia está diretamente ligada ao que se aprende, por isso a preocupação com o aprender fazendo. Um conceito importante é o contrato de aprendizagem, que está diretamente relacionado com as responsabilidades, feito entre quem está aprendendo e quem está ensinando. Sobre os propostos no contrato, por Malcolm Knowles (Teve muita influência na popula- rização dos conceitos andragógicos (décadas de 50 a 70) e hoje é considerado por muitos como o “Pai da Andragogia”): São instrumento de orientação da formação-aprendizagem e como recurso destinado à validação das competências adquiridas pela via experiencial. São acordos negociados entre aprendizes, responsáveis e instituições sobre a natureza e volume de estudos a serem realizados e das avaliações ou créditos resultantes desse pro- grama de estudos. Fornecem um “veículo” para planejar e realizar experiências de aprendizagem, sob a con- dição de que estes empreendimentos sejam compartilhados entre aprendizes, professores, instrutores, coachs e mesmo companheiros de trabalho. O papel dos CAPre como instrumentos auxiliares de gestão, de inovação e de melhorias. 9. a modalidade de eduCação de jovens e adultos e os PRinCíPios noR- teadoRes PaRa a foRmação do sujeito a PaRtiR das suas esPeCifiCidades CultuRais e PolítiCas PaRa eduCação de jovens e adultos Como inClusão soCial, ConstRução da Cidadania e eduCação ao longo da vida A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade da Educação Básica com iden- tidade própria, pautada nos fundamentos conceituais representados pelos princípios de equi- dade, diferença e proporcionalidade, e pelas funções reparadora, equalizadora e qualificadora, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva que visam a garantir uma oferta de qualidade aos jovens, adultos, idosos e trabalhadores que não puderam efetuar estudos na idade própria. Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou conti- nuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. (Redação dada pela Lei n. 13.632, de 2018) Há na EJA uma oportunidade reconhecida por lei de se estudar fora da idade, o que a torna também uma política social de inclusão. Permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo e, dessa forma, possibilita sua qualificação para conseguir me- lhores oportunidades no mercado de trabalho. A EJA é ofertada tanto no ensino presencial, como à distância (EAD), com o objetivo principal de democratizar o ensino da rede pública no Brasil. Deve considerar as necessidades do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho. Não é suficiente que o poder público ofereça apenas o acesso e a permanência, sendo necessário também dispor a EJA com qualidade, respeitando as especificidades de cada pú- blico,seu trabalho, família, local de trabalho, etc. Tratam-se de públicos extremamente dife- rentes e devem ser proporcionadas condições de permanência na escola. O EJA tem como objetivo tentar ou corrigir algumas questões sociais como exclusão e ex- ploração, entre outras que geram consequências maiores, como a perigosa marginalização. A EJA, por diferenciar-se da educação regular devido as suas especificidades, requer um quadro de professores preparados para atuar de forma que não venha apenas suprir ou com- pensar a escolaridade perdida do aluno, mas como forma de garantir sua permanência na escola e a continuação de seus estudos. Possui uma perspectiva de autogestão do aluno, sua independência e liberdade no ensino, tendo enquanto ponto de partida a sua própria aprendizagem significativa. É uma modalidade de ensino diferente e que requer dos professores um olhar diferenciado, além de uma forma- ção específica (principalmente de forma continuada). Dentre outros, o papel do professor é destacar a curiosidade, indagar a realidade, proble- matizar, ou seja, transformar os obstáculos em dados de reflexão para entender os processos educativos, que, como qualquer faceta do social, estão relacionados com seu tempo, sua história e seu espaço. Idade mínima: • Ensino fundamental: 15 anos. − 1º Segmento: anos iniciais; − 2º Segmento: anos finais. • Ensino médio: 18 anos. − 3º Segmento: ensino médio (totalidade). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Duração dos cursos da EJA: Há uma unidade nacional mínima que estabelece uma duração mínima, respeitando as possibilidades e demandas específicas de organização do trabalho pedagógico nas escolas e sistemas, podendo ser em regime semestral. O Parecer CEB/CNE n. 29/2006, indica o total de horas a serem cumpridas, independente da forma organização curricular: I – Para os anos iniciais do Ensino Fundamental – duração a critério dos sistemas de ensino. II – Para os anos finais do Ensino Fundamental – duração mínima de 1.600 h III – Para os 3 anos do Ensino Médio – duração mínima de 1.200 h IV – Para a Educação Profissio- nal Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio – 1.200 h destinadas à educação geral, cumulativamente com a carga horária mínima para a respectiva habilitação profissional de nível médio. Funções: • Função reparadora: Não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles negado – o direito a uma escola de qualidade –, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qual- quer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. • Função equalizadora: Relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite ofe- recer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, e em outros espaços. A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas. • Função qualificadora: Refere-se à educação permanente, com base no caráter incom- pleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atu- alizar em quadros escolares e não escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação de jovens e adultos. Programas suplementares: Agregam parte das políticas públicas destinadas à EJA. De acordo com o disposto no por- tal do FNDE, os programas suplementares são programas e ações educacionais de adesão voluntária por parte dos sistemas de ensino, que auxiliam a manutenção e o desenvolvimento da educação (vide arts. 70 e 71 da LDB) em níveis ou modalidades específicas, cuja gestão compete às secretarias do MEC. Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas reali- zadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a: I – Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; II – Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva III – Uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino; IV – Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino; V – Realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino; VI – Concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; VII – Amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; VIII – Aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar. Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realiza- das com: I – Pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; II – Subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural; III – Formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclu- sive diplomáticos; IV – Programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; V – Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; VI – Pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino. São Programas destinados à EJA: • Programa Brasil Alfabetizado (PBA); • Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos (PEJA); • Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano); • Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Campo – Saberes da Terra) 10. PRátiCa PedagógiCa e áReas do ConheCimento As práticas pedagógicas são elementos fundamentais para a efetividade dos processos de ensino-aprendizagem, especialmente sob um prisma de inclusão, personalização e mo- dernização na educação. É importante saber que esse é um conceito está em constante atualização, conforme avanços e novas compreensões são alcançados na educação. Uma forma de compreendê-lo é ver as práticas pedagógicas como ações intencionais para estimular o aprendizado e o interesse do aluno, por seu desenvolvimento integral. Ou seja, dentro e fora da sala de aula. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva Além disso, a prática pedagógica é um instrumento que pode ser compreendida como um conjunto de ações que facilitam e promovem a aprendizagem dos estudantes, levando em conta seu contexto social e cultural, a etapa de escolarização em que seencontram, as necessidades, entre outros critérios. O papel do professor é importante na prática pedagógica e perpassa uma série de elementos. Entre eles é possível destacar a cooperação nos aspectos sociais do processo de apren- dizagem, que envolve além dos aspectos sociais, aspectos pedagógicos e políticos, ou seja, envolve o aluno crítico, participativo e consciente. O professor atua como mediador desses aspectos sociais, que devem ser inseridos no processo de ensino e aprendizagem, visto que, atualmente, os alunos chegam em sala de aula carregados de intencionalidades. Outro ponto importante dentro do papel do professor é o esclarecimento das dúvidas refe- rentes ao processo de avaliação e organização. Em um modelo de tradicional, a avaliação era encarada, muitas vezes, como uma forma de punição para o aluno. Esse modelo de avaliação era somativa e voltada para quantidade e não para a qualidade do ensino. Além disso, essa avaliação era classificatória, ou seja, em sua essência, excluía e reproduzia as desigualda- des sociais. Assim, quando o professor esclarece dúvidas referentes ao processo de avaliação e orga- nização, mostra que hoje se adota o modelo de avaliação formativa, que prima pela qualidade do ensino e pelo processo de aprendizagem. Essa avaliação também considera o erro como uma etapa do processo de formação do conhecimento. O professor também deve ter domínio das tecnologias educacionais para exercer a sua prática docente. Ou seja, deve utilizar as tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) a seu favor no processo de ensino e aprendizagem. Outro ponto importante é a gestão de materiais didáticos. Os professores devem organi- zar os seus materiais didáticos, que estão presentes nos recursos do planejamento, na sala de aula e nas visitas pedagógicas. Ex.: jogos, materiais para a construção de um mural etc. O professor também deve promover o estímulo e a orientação da aprendizagem. Nesse sentido, deve levar em conta a diversidade, a inclusão e o currículo. O incentivo para a apren- dizagem é considerado um fator-chave para a prática pedagógica, ou seja, o professor não deve desistir de seus alunos, mesmo quando apresentarem dificuldades no aprendizado. Também é importante que o professor faça uma investigação e reflexão sobre a sua pró- pria prática pedagógica. Nesse sentido, é importante descobrir eventuais dificuldades apre- sentadas pelos alunos, o que deve ser seguido de uma reflexão na busca de soluções. Por fim, o professor deve orientar os seus alunos na aprendizagem, ou seja, apresentar um feedback a esses alunos. Quando isso não acontece, o aluno pode se sentir desestimulado. Essa etapa é de extrema relevância dentro do processo de ensino e aprendizagem não só das crianças, mas, também, na educação de adultos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva A prática docente, no contexto da sala de aula, não pode ser encarada como um exercício meramente técnico, marcado pelo atendimento às prescrições curriculares desenvolvidas por outrem. Os aspectos que perpassam o ofício do professor são múltiplos e complexos, invia- bilizando qualquer tentativa de redução da sua ação. Hoje em dia, a ideia é que a prática docente perpasse o ofício do professor, que não é apenas visto como um mero transmissor do conhecimento, mas sim como um mediador do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, vale lembrar que o papel do professor é in- substituível dentro desse processo. Professores pensam e tomam decisões, frequentemente, sobre o seu trabalho. Tudo isso reflete nas práticas pedagógicas, que serão aplicadas nas diversas áreas do conhecimento. 11. linguagens A linguagem, quando trabalhada no ensino fundamental, está envolvida com a questão da interação, da fala e da relação para aplicabilidade social. Nesse sentido, não basta apenas ensinar a criança a ler e a escrever, apresentando as palavras, sons, letras etc. É importante trabalhar a linguagem dentro da escola como uma formação integral para a vida. Assim, a aplicabilidade dessa linguagem também será feita fora dos muros da escola. Vale lembrar que o início das linguagens está ligado à questão do letramento e da alfa- betização, que são coisas diferentes. Além disso, elas estão ligadas ao contexto da diver- sidade sociocultural e da formação da cidadania, o que será levado para todas as áreas do conhecimento. Alfabetização: • Processo de aquisição do sistema convencional de escrita; • Habilita o indivíduo a desenvolver diferentes métodos de aprendizagem da sua língua; • É o uso individual da leitura e da escrita. Letramento: • Processo de desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais; • Habilita o indivíduo a utilizar a leitura e a escrita nos diversos contextos informais e para usos utilitários; • É o uso social da leitura e da escrita. De alguma forma, todas as linguagens do conhecimento estão agregadas com a tecno- logia. Hoje, a realidade é o avanço tecnológico e o professor deve acompanhar esse avanço. Assim, a ideia é trabalhar a tecnologia associada às linguagens. A questão tecnológica é considerada uma ferramenta pedagógica, ou seja, um recurso didático, que deve estar associada ao processo de ensino e aprendizagem. Contudo, se não O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA LIMA CHAVES - 02211192211, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 92www.grancursosonline.com.br Processo de Ensino-Aprendizagem PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Gustavo Silva houver um objetivo e uma intencionalidade, ela não servirá para nada. Assim, é importante o uso da tecnologia como recurso didático. Deve ser estimulada as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – para que os alunos possam produzir, expressar e comunicar suas ideias, inter- pretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação. Saber utilizar diferentes fontes de informa- ção e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógi- co, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. 12. matemátiCa Os principais objetivos do ensino da Matemática são: • Reconhecer e valorizar os números, as noções espaciais como ferramentas necessá- rias ao cotidiano, além das operações numéricas e as contagens orais; • Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, encontrar resultados em situações- -problemas; • Estabelecer aproximação de algumas noções matemáticas presentes no dia a dia das crianças, tais como relações espaciais e contagens. A cada novo documento curricular implantado no país, novos campos da Matemática ou de áreas adjacentes são incluídos. Com os PCNs, no final dos anos 1990, houve a inclusão do bloco Tratamento da Infor- mação, incluindo Estatística, Probabilidade e Combinatória. Na BNCC, ele foi substituído pela unidade temática Probabilidade e Estatística. A combinatória ficou como um dos conceitos multiplicativos em numeração. A ideia da matemática é trabalhar contextos e significados matemáticos, sendo que essa significação também caminha para uma linguagem matemática e para uma investigação. Nesse sentido, o professor