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Auditoria Hospitalar: Conceitos e Processos

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Prévia do material em texto

Auditoria Hospitalar
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Isabel Souza Lima
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Introdução à Auditoria
• Os Aspectos Gerais de Auditoria: Conceitualização, 
Objetivos e Responsabilidades 
• Tipos de Auditoria: Externa, Interna e Governamental
• O Processo de Auditoria
• Execução de Auditoria: Auditoria Analítica e Auditoria Operativa
• Ética na Auditoria
 · Proporcionar ao aluno a visão geral do conceito geral de auditoria e 
os tipos de auditoria;
 · Desenvolver a capacidade de análise sobre a importância da auditoria 
nas empresas de modo geral e em hospitais;
 · Conhecer as formas de execução e desenvolvimento do processo 
de auditoria.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução à Auditoria
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução à Auditoria
Os Aspectos Gerais de Auditoria: 
Conceitualização, Objetivos 
e Responsabilidades
O surgimento da Auditoria se deu como resposta à necessidade de avaliação 
dos serviços financeiros oferecidos por Bancos de Investimentos e por Bancos 
Financeiros com o objetivo de trazer maior segurança aos investimentos que eram 
feitos por correntistas e acionistas nesses bancos. Ou seja, ela foi criada para dar 
mais credibilidade aos serviços prestados por instituições financeiras.
Para a obtenção dessa credibilidade, essas instituições deveriam ser submetidas 
a avaliações em ordem da divulgação dos reais números financeiros e do real diag-
nóstico da saúde financeira que possuíam, tais como divulgação do ativo, do passi-
vo, da liquidez, da rentabilidade, entre outros índices. A partir daí, o conceito de au-
ditoria foi sendo aplicado e ela passou a ser aplicada em empresas de forma geral, 
trazendo maior credibilidade, segurança e incentivando investidores na aplicação 
de suas reservas financeiras nos negócios e nas ações dessas empresas auditadas.
Essa avaliação passou a ser essencial para as empresas que queriam novos 
investidores e, consequentemente, a aplicação de seus negócios; sendo assim, 
passaram a publicar suas informações contábeis da situação econômico-financeira 
para o mundo exterior, como o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Fluxo de 
Caixa, a Demonstração do Resultado do Exercício, etc.
Entretanto, apesar dessa divulgação, as informações que eram fornecidas eram 
geradas pelas próprias empresas e, por isso, não havia como garantir a idoneidade 
das informações divulgadas. Desse modo, houve a necessidade de criação de uma 
avaliação que fosse independente, surgindo, assim, o conceito de Auditoria.
Auditoria é técnica contábil que através de procedimentos específicos 
que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, 
inspeções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionados 
com o controle de uma entidade, objetiva obter elementos de convicção 
que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo 
com os princípios fundamentais e normas da contabilidade e se as 
demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a 
situação econômica- financeira do patrimônio, os resultados do período 
administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas”. 
(FRANCO e MARRA, 2000, p. 26).
8
9
De forma resumida, a auditoria é o resultado da necessidade de aumentar 
a credibilidade dos números apresentados pelas empresas aos usuários das 
informações contábeis, e sua evolução no Brasil se deve, entre outros fatores, à 
chegada de empresas multinacionais, ao financiamento de empresas nacionais por 
capital externo e à evolução do mercado de capitais.
Segundo Hilário Franco e Ernesto Marra (2000, p. 24), a auditoria consiste no 
exame de documentos, livros, registros, inspeções, obtenção de informações e 
confirmações internas e externas, obedecendo às normas apropriadas, verificando 
se as demonstrações representam a situação nelas demonstradas de acordo com as 
normas e princípios contábeis.
O objetivo principal da auditoria é expressar uma opinião sobre o cenário 
apresentado nos relatórios de análise e ainda se os relatórios fornecidos para análise 
condizem com a realidade da empresa auditada. A auditoria vai ainda opinar sobre 
os procedimentos que são realizados pela empresa auditada.
Figura 1
Não é objetivo da auditoria, por exemplo:
• Elaborar relatórios financeiros (isso é função da empresa a ser auditada);
• Atestar eficiência e eficácia dos procedimentos e nos negócios da empresa;
• Atestar fraudes e desvios de dinheiro (a auditoria irá identificar que tem algo 
errado, vai opinar e avaliar os relatórios apresentados, porém não é papel dela 
atestar as fraudes e sim pontuar inconsistências e sugerir correções).
AUDITORIA
9
UNIDADE Introdução à Auditoria
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
O objetivo da auditoria na área da Saúde é verificar e validar a qualidade, a 
propriedade e efetividade dos serviços de saúde prestados à população, visando a 
melhoria progressiva da Atenção à Saúde. Ela preza, ainda, pela preservação dos 
padrões estabelecidos através do levantamento de dados que visam conhecer a 
qualidade, quantidade, os custos e os gastos na Atenção à Saúde.
Normas Brasileiras de Contabilidade: https://goo.gl/bkJGRj
Ex
pl
or
Tipos de Auditoria: Externa, 
Interna e Governamental
Auditoria Externa ou Auditoria Independente
A Auditoria Externa é realizada por profissionais ou empresas que não possuem 
vínculos e/ou subordinação com a empresa alvo a ser auditada. O objetivo principal 
desse tipo de auditoria é trazer uma opinião independente sobre a empresa.
O intuito da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas Demonstrações 
Financeiras por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a emissão de um 
relatório feito pelo auditor sobre essas demonstrações contábeis, avaliadas em 
todos os aspectos relevantes em conformidade com uma estrutura de relatório 
financeiro aplicável.
10
11
A auditoria externa é instaurada por um curto período na empresa a ser auditada 
e acontece periodicamente, uma ou duas vezes por ano. É emitido um relatório 
com comentários e recomendações do auditor em relação a problemas e situações 
de não conformidade detectados, para que medidascorretivas possam ser adotadas 
até o próximo ciclo de auditoria.
A Auditoria Interna
A Auditoria Interna é realizada por profissionais que normalmente fazem parte 
do quadro de funcionários da própria empresa ou por empresas que possuam 
vínculos e/ou subordinação com a empresa a ser auditada.
O objetivo é ajudar a empresa a atingir seus objetivos por meio de uma avaliação 
constante de seus sistemas e procedimentos de controle interno.
Auditoria
Interna
Assistência
Metodológica
Planos
de Ação
Avaliação 
dos Controles
Suporte
Técnico
Cartogra�a
de riscos
Revisão
dos Processos
Treinamentos
Figura 3
No quadro acima apresentado por Cesar Ramos & Cia, é possível constatar 
que auditoria interna é uma junção de componentes e procedimentos, tais como: 
treinamentos, suporte técnico, cartografia de riscos, revisão dos processos, 
avaliação dos controles, planos de ação e assistência metodológica.
11
UNIDADE Introdução à Auditoria
Ela surgiu a fim de dar continuidade ao trabalho feito pela auditoria externa, 
em prol de dar mais atenção aos procedimentos, com maior frequência e maior 
grau de profundidade, visando, inclusive, outras áreas que muitas vezes a auditoria 
externa não abrange, como, por exemplo, a área de Recursos Humanos, a área de 
Qualidade, a área de Facilities ou Administrativa, etc.
O auditor interno, ao contrário do auditor externo, é um funcionário da empresa 
e não deve estar subordinado àquele cujo trabalho examina; por exemplo, ele não 
pode estar subordinado ao Controller da empresa ou ao Gerente de Recursos 
Humanos. Ele deve estar subordinado ao mais alto nível da empresa, por exemplo 
ao Diretor Geral ou Presidente da empresa.
Quadro Comparativo das Principais Diferenças entre Auditoria Interna 
e Auditoria Externa
AUDITORIA INTERNA AUDITORA EXTERNA
 · Funcionário da empresa auditada (pode ser 
terceirizado também);
 · Baixo grau de independência;
 · Pode auditar todas as áreas;
 · Verifica se as normas internas estão sendo 
seguidas, aprimora as normas internas 
vigentes, verifica necessidade de novas 
normas internas.
 · Não possui vínculo empregatício com a empresa 
a ser auditada;
 · Alto grau de independência;
 · Atua apenas em uma única área;
 · Emite opinião sobre o que foi auditado e aponta 
possíveis erros;
 · Verifica se o que está sendo disponibilizado para 
análise condiz com a realidade da empresa.
Auditoria Governamental
Diante das técnicas operacionais de auditoria, esse modelo está relacionado 
ao controle externo e controle interno das atividades públicas. A Auditoria 
Governamental é responsável por uma avaliação prévia, concomitante e subsequente, 
pois é uma técnica de apoio à gestão que contribui para o aprimoramento do 
sistema de controle interno.
Segundo o Manual de Controle Interno do Poder Executivo Federal (2001, p. 34), 
a auditoria governamental é o conjunto de técnicas que visa analisar a Gestão 
Pública, pelos processos e resultados gerenciais, não só atuando para corrigir os 
desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão, mas, principalmente, 
antecipando-se a essas ocorrências.
As auditorias externas são realizadas pelos Tribunais de Contas, e as auditorias 
internas são realizadas por órgãos ou setores especificados nas atividades das uni-
dades federativas, com o intuito do aprimoramento da gestão e possíveis correções.
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Resolução Conselho Federal de Contabilidade: https://goo.gl/HwJwFG 
Ex
pl
or
Diferenças entre Auditoria, Inspeção Administrativa e Fiscalização
Auditoria: é um exame sistemático, aprofundado e independente para a avaliação da integ-
ridade, adequação, efi ciência e economicidade dos processos de trabalho, sistemas de infor-
mações e controles internos administrativos.
Inspeção Administrativa: são técnicas de prevenção e controle utilizadas para suprir omissões 
e lacunas de informações, esclarecer dúvidas e apurar denúncias quanto à legalidade e legitimi-
dade de fatos e atos por agentes responsáveis.
Fiscalização: é a técnica de controle utilizada para comprovar se os objetivos dos programas
institucionais existentes correspondem às especifi cações estabelecidas, atendem às necessi-
dades para as quais foram defi nidos e atendem à legislação, guardam coerência com as con-
dições e características pretendidas e se os mecanismos de controle administrativos são efi -
cientes e permitem a avaliação dos resultados.
O Processo de Auditoria
O processo de auditoria é feito basicamente por quatro etapas, que são:
1. Preparação da auditoria: Nessa etapa é feita uma reunião inicial na qual 
será apresentado o auditor líder, além de também serem apresentados os 
objetivos da auditoria, a justificativa da necessidade da realização da audi-
toria, a abrangência da auditoria e, por fim, são apresentadas as informa-
ções necessárias sobre a qualidade esperada pelo serviço a ser auditado.
2. Comunicação do auditado: Uma notificação ao auditado será enviada 
informando a abrangência da auditoria (o que será auditado, por exemplo: 
todos os setores de um hospital ou um departamento específico do hospital), 
os objetivos da auditoria, a data na que será realizada e o tempo de duração.
3. Execução: É a fase na qual será feita a análise de toda a documentação 
pertinente ao auditado; além da visita in loco, será feita a busca por 
evidências, entrevistas, entre outros métodos utilizados durante o processo.
4. Relatório: Ao final de toda a análise, será feito um relatório com todos os 
pontos observados e com as recomendações para melhoria no processo.
13
UNIDADE Introdução à Auditoria
As técnicas de auditoria são:
• Exame de documentação;
• Realização de entrevistas;
• Realização de inspeção e/ou exames físicos;
• Circulação ou inspeção de terceiros; e 
• Busca de evidências.
Para que essas técnicas sejam desenvolvidas, a auditoria é dividida em duas 
etapas, a primeira é a auditoria analítica e a segunda é a auditoria operativa.
Execução de Auditoria: Auditoria Analítica 
e Auditoria Operativa
Auditoria Analítica
Na auditoria analítica, são analisados os documentos emitidos pela empresa que 
será auditada. Nessa etapa, os auditores poderão tomar conhecimento do tamanho 
do local que será auditado, suas normas e procedimentos, área de atuação, quais 
são os sistemas de avaliação de qualidade auditados, a forma de organização do 
local e a partir daí os auditores poderão planejar por onde querem começar as suas 
atividades, elaboram ainda uma espécie de check list com todos os pontos que 
devem ser auditados.
A auditoria analítica é feita através da análise de relatórios e documentos.
Na área da saúde, as principais fontes de informações são os dados disponíveis 
nos chamados Sistemas de Informações de Saúde, como, por exemplo, o SIM – 
Sistema de Informação de Mortalidade, o SIA – Sistema de Informação Ambulatorial, 
o SIH – Sistema de Informação Hospitalar, etc.
Essa auditoria pode ser feita a distância, isso porque se tratando de análise de 
documentos, não há necessidade de se estar no local auditado. Os relatórios e 
documentos podem ser enviados online para tal ação.
A auditoria analítica subsidia as ações de auditoria operativa. Uma vez que a 
análise analítica foi concluída, o auditor poderá ir até o local auditado para fazer 
a análise operacional para a investigação dos pontos de conformidade e de não 
conformidade levantados durante a auditoria analítica.
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Um dos meios de verificação em hospitais é através de análise de protocolos. O 
objetivo dos protocolos em hospitais é padronizar as atividades a serem realizadas 
e fazer com que os funcionários sigam as normas e procedimentos de forma única. 
A auditoria poderá através da sua análise verificar o grau de comprometimento dos 
funcionários com os protocolos estabelecidos e, ainda, se todos os funcionários 
conhecem esses protocolos, se foram ou não treinados, se reconhecem a 
importância de tais protocolos, entre outras questões.
Auditoria Operativa
A auditoria operativa é feita in loco, isto é,o auditor vai até o estabelecimento 
que está sendo auditado e fará a análise presencial, utilizando as informações e 
abordando as pessoas disponíveis no local.
Nesse modelo poderão ser examinados diretamente os fatos e situações, como, 
por exemplo, a análise de procedimentos, a análise das condições em que se 
apresentam o local, a quantidade de funcionários trabalhando, a análise dos recursos 
disponíveis, além de ser possível o teste de equipamentos, a leitura dos prontuários 
médicos, a análise de todo o centro cirúrgico, a leitura de atas de reuniões, entrevistas 
de pacientes, verificação se todas as instalações estão de acordo com a RDC 50 
de 2002 (dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, 
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de 
saúde), a verificação de questões de higiene, etc.
A análise de auditoria operativa permite que o auditor compare as informações 
obtidas através dos relatórios enviados e gerados pelos sistemas de informação com 
a real condição apresentada pelo local onde ocorre a prestação de serviços de saúde.
A busca de evidências in loco tem o objetivo de validar o trabalho do auditor. Essas 
evidências são os elementos que irão dar sustentabilidade ao parecer final da auditoria.
Exemplo: uma denúncia foi recebida destacando a má qualidade da comida 
servida em um determinado hospital. A denúncia relata ainda que não estão sendo 
servidas proteínas e legumes nas refeições. O trabalho do auditor é verificar se 
essa denúncia procede ou não; portanto, ele irá analisar a parte documental, como 
as Notas Fiscais dos alimentos, para ter a certeza se eles foram comprados. Feito 
isso, ele irá ao próprio hospital para detectar se esses alimentos estão na dispensa 
do hospital, se estão dentro da validade, irá conversar com os pacientes, com as 
famílias de pacientes, com os funcionários do hospital, a fim de constatar se a 
denúncia procede ou não, ou seja, se houve desvio de verba ou qualquer outro tipo 
de fraude que sustente tal denúncia.
Resolução-RDC Nº 50, de 21 de Fevereiro de 2002: https://goo.gl/1Ehgvt 
Ex
pl
or
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UNIDADE Introdução à Auditoria
Ao final da auditoria, o auditor irá fazer um relatório com as suas conclusões, no 
qual deverá constar:
• Dados básicos: finalidade da auditoria, período da auditoria e dirigentes do 
local auditado;
• Introdução contendo a justificativa da auditoria;
• A metodologia utilizada (fontes analisadas, pessoal entrevistado, relatórios 
analisados, etc.);
• Constatações: evidências com as apurações feitas, conformidades e não 
conformidades levantadas, justificativa do auditado, acatamento ou não da 
justificativa e as recomendações do auditor;
• Conclusão.
Exemplo de auditoria analítica em conjunto com a auditoria operativa no âmbito 
de um hospital:
Uma denúncia anônima declara que uma das salas de cirurgia de um determinado 
centro cirúrgico está inadequada para o uso.
O auditor primeiro irá fazer a auditoria analítica solicitando dados ao centro 
cirúrgico, tais como: planta do hospital, alvará de funcionamento, quantidade de 
equipamentos relacionados em cada sala de cirurgia, ventilação, política de descarte 
de materiais, data da última dedetização, entre outros. No entanto, após a auditoria 
analítica nenhuma anormalidade foi detectada.
Sendo assim, no segundo momento, será feita a análise operativa, na qual 
esse auditor irá ao próprio centro cirúrgico constatar se todas as informações 
previamente enviadas pelo hospital sobre sua estrutura estão corretas ou não. 
Chegando lá, esse auditor descobre que existe um “ralo” dentro da sala de cirurgia 
- o que é inaceitável para os padrões de higiene de uma sala de cirurgia.
Conclusão: esse auditor irá levantar evidências que vão comprovar a não 
conformidade detectada; ele poderá, por exemplo, fotografar o local, entrevistar 
médicos, entrevistar pacientes, entrevistar os demais funcionários do local e fará 
um relatório com as recomendações de melhoria e ajuste.
Importante!
Não é responsabilidade de um auditor solicitar, por exemplo, a prisão do responsável 
pela não conformidade constatada ou ainda aplicar uma multa por não conformidade 
ao estabelecimento. O papel dele é constatar um erro no procedimento, instalação ou 
conduta. Uma vez constatado o erro, ele recomendará o reparo no erro ou nas ações que 
acarretam esse erro.
Importante!
16
17
Ética na Auditoria
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A 
palavra ética é derivada do grego e significa aquilo que pertence ao caráter. Em 
outras palavras, uma sentença ética é uma declaração moral que define o que é 
mau, obrigatório, permitido, de bom senso etc., relativamente a uma ação, decisão 
ou conduta.
A ética na auditoria é o conjunto de normas específicas de conduta que os 
auditores precisam seguir em questões que refletem responsabilidades para com 
a sociedade, com a organização a que pertencem e com outros membros de 
sua profissão, assim como para com a própria pessoa. Dessa forma, o auditor é 
obrigado a defender os interesses da sociedade, respeitando as normas de conduta 
que regem os profissionais de auditoria, sem valer-se da função em benefício 
próprio ou para terceiros.
Os princípios fundamentais de ética: integridade, objetividade, competência e 
zelo profissional; confidencialidade e comportamento profissional.
Ética
Respeito
TransparênciaLealdade
Cidadania Integridade
Responsabilidade
Figura 4
17
UNIDADE Introdução à Auditoria
O auditor deve, ainda, prezar pela total confidencialidade das informações 
obtidas, ou seja, ele deve manter sigilo das informações que a empresa auditada 
lhe entrega para análise (por exemplo: sigilo cadastral, sigilo fiscal, sigilo das 
demonstrações contábeis, sigilo dos registros dos funcionários, sigilo do contrato 
social da empresa, entre outros). Sendo assim, não pode divulgar essas informações 
a terceiros sem que haja uma autorização pelo órgão responsável previamente.
São requisitos do auditor: ética, ceticismo, julgamento profissional, evidência 
de auditoria apropriada e suficiente; integridade; idoneidade; padrão moral elevado; 
bom senso no procedimento de revisão e sugestão e perspicácia nos exames.
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Ética Profissional
https://youtu.be/kdy4d-8V0Zc
 Leitura
O Que Faz um Auditor na Área da Saúde?
Artigo: BERNARDO, M. O.; RODRIGUES, C. I. S. O que faz um auditor na área 
da saúde? Publicado pelo Jornal Cruzeiro.
https://goo.gl/GJjysK
Código de Ética e Normas Internacionais da Profissão de Auditoria Interna
Artigo: Código de ética e normas internacionais da profissão de auditoria interna. 
Publicado por Portal de Auditoria.
https://goo.gl/6SnNYC
Auditoria: Responsabilidade Legal e Ética Profissional
Artigo: LUNELLI, Reinaldo Luiz. Auditoria: responsabilidade legal e ética profissional. 
Publicado por Portal de Contabilidade.
https://goo.gl/Awzzmc
19
UNIDADE Introdução à Auditoria
Referências
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000.
MOTTA, João Maurício. Auditoria: princípios e técnicas. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 1992.
MINISTÉRIO DA FAZENDA. Secretaria Federal de Controle Interno. Instrução 
Normativa nº. 01, de 06 de abril de 2001. Define diretrizes, princípios, conceitos 
e aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder 
Executivo Federal. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/sobre/
legislacao/arquivos/instrucoes-normativas/in-01-06042001.pdf>. Acesso em: 26 
jan. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas brasileiras de 
contabilidade: NBC TA – de auditoria independente, NBC TA estrutura conceitual, 
NBC TA 200 a 810. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2012.
SESAP. Qualidade da Informação no serviço de auditoria em saúde. Prefeitura 
da Estância Balneária da Praia Grande. Secretaria da Saúde. Disponívelem: 
<http://www.praiagrande.sp.gov.br/arquivos/cursos_sesap2/Aula%20Auditoria.
pdf>. Acesso em: 15 nov. 2016.
20