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Geriatria @laura.medstudies Laura Catarine – M4/Tutoria Alimentação e Nutrição para manutenção da qualidade de vida Introdução • A proposta de alimentação saudável, para prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, há de propor dietas que estejam ao alcance da sociedade como um todo e que tenham um impacto sobre os mais importantes fatores relacionados às várias doenças o Exemplo: consumo de frutas e verduras • Modificações da dieta, associada a abolição do tabagismo, reduzem em 2/3 a incidência de câncer Macronutrientes • Há discussão se existe associação entre consumo de gordura e obesidade, ou se o que realmente importa são as calorias consumida • A ingestão de carboidratos refinados, presente em produtos industrializados, pode aumentar o risco de doenças coronarianas • As gorduras líquidas são bons substitutos das gorduras trans e saturadas • Entre os carboidratos deve ser ingeridos os carboidratos com alto teor de fibras o Farinha de mandioca, amendoim, jiló, batata doce Micronutrientes • Ácido fólico: o Ingestão suficiente de ácido fólico antes da concepção e no início da gravidez diminui o risco de defeitos nos tubos neurais ▪ Diminui o risco de 50 a 75% o Redução dos níveis de homocisteína (principalmente associado à vitamina B12) o que reduz os riscos de doença cardiovascular • Vitamina E: o Diminuição dos riscos de doenças de coração ▪ Diminuição de infarto do miocárdio não fatal • Vitamina C: o Inibe a síntese química de nitrosaminas, a maioria delas é cancerígena ▪ Essa inibição ocorre no conteúdo gástrico ▪ Essa inibição só é completa quando a ingestão atinge cerca de 1000mg o Redução de riscos de doenças crônicas como problemas cardíacos e câncer • Sódio: o Indica-se a redução da ingestão de sódio para evitar a hipertensão arterial • Cálcio: o Prevenção de osteoporose com o aumento do acréscimo de cálcio no osso Laura Catarine – M4 / Tutoria Climatério Introdução • A mulher experimenta uma das mais inevitáveis consequências do envelhecimento após a instalação da menopausa • Perimenopausa: o Transição menopausal o Ocorre antes da menopausa o Caracterizada por irregularidade dos ciclos menstruais com alterações endócrinas acompanhada de fogachos, ressecamento vaginal e distúrbios do sono ▪ A caracterização é puramente clínica o Cerca de 6 meses antes da menopausa os níveis de estrogênios caem significativamente ▪ Dramáticas flutuações séricas de FSH • Menopausa: o É uma condição de ocorrência fisiológica devida ao envelhecimento da mulher o É a cessação permanente dos períodos menstruais por 12 meses consecutivos de amenorreia o Marca o fim do período reprodutivo o Precedida pela perimenopausa o De acordo com a OMS, ocorre entre 45 e 65 anos, situando-se, em média, aos 50 anos ▪ Precoce - ocorre antes dos 40 anos, com prematura insuficiência ovariana • Associa-se ao tabagismo, tratamento de depressão, exposição de substâncias químicas tóxicas, dieta vegetariana, grandes altitudes, magreza e terapêutica com radiação • Ocorre em 5% das mulheres ▪ Tardia – ocorre após os 52 anos • Associa-se à multiparidade e aumento do IMC o A falência ovariana, com cessação da produção de estrogênios, é acompanhada por uma pequena produção do hormônio masculino, a testosterona, transformada em estradiol na gordura corporal ▪ A glândula adrenal mantém a produção de testosterona, que também é transformada em estrona e estradiol ▪ Junto com o estroma cortical ovariano, essas são as únicas fontes de estrogênio após a menopausa ▪ Mulheres que retiraram os ovários ou com falência androgênica, possuem redução na libido o Doenças que se tornam altamente prevalentes na menopausa: ▪ Doenças cardiovasculares ▪ Osteoporose • Desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea ▪ Câncer o Estima-se que o efeito genético influencie de 30 a 80% dos casos na idade do aparecimento da menopausa Laura Catarine – M4 / Tutoria • A mulher nasce com um número finito de óvulos armazenados nos ovários o Com a idade, ocorre depleção dos folículos ovarianos, com consequente falência funcional dos ovários ▪ Pode ocorrer de forma não natural após a cirurgia, quimioterapia ou irradiação • Os ovários produzem 2 importantes hormônios: estrogênio e a progesterona o Estrogênios: ▪ Desenvolvimento do útero, da mama e de outras transformações associadas à puberdade, determinando características sexuais secundárias o O declínio funcional dos ovários ocorre gradativamente ▪ Raramente os ciclos menstruais são interrompidos abruptamente • Climatério: o Período de transição do declínio funcional dos ovários o Se estende dos 35 aos 65 anos o Considerado uma endocrinopatia, pois é decorrente de alterações de ordem morfológica, funcional e hormonal Sintomas da menopausa • Cérebro e sistema nervoso central: o Os estrogênios são importantes para o suprimento do fluxo sanguíneo cerebral ▪ Liga-se a receptores endoteliais, promovendo liberação de ácido nítrico, com consequente vasodilatação ▪ Ação protetora anti-inflamatória na parede vascular contra a atuação de citocinas e radicais livres, impedindo a formação de placas o Os sintomas da perimenopausa são, na sua maioria, de natureza neurológica o As ondas de calor constituem o sintoma mais comum da menopausa ▪ Ocorre em 75% das mulheres ▪ Esse sintoma vasomotor da menopausa se atribui à síndrome de retirada do opioide endógeno ▪ A duração e a intensidade variam em cada mulher • Duração média de 3,8 anos • Pode perdurar entre 1 e 5 minutos ▪ Decorrentes da instabilidade vasomotora por variação no centro termorregulador hipotalâmico, sugerindo alterações no metabolismo de catecolaminas • A queda do estrogênio e da inibina B, e o aumento do FSH alteram os neurotransmissores cerebrais e a reatividade vascular periférica ▪ São súbitas sensações de calor na parte superior do corpo, seguida por diaforese (transpiração intensa) e arrepio frio ▪ Ligada à sudorese noturna, palpitações, cefaleias e vertigens ▪ O tabagismo é considerado um fator de risco para o aparecimento dos calores • Efeito no metabolismo estrogênico ou efeitos termogênicos da nicotina ▪ As ondas de calor podem ocorrer durante a noite, causando insônia, contribuindo para fadiga, irritabilidade e redução da capacidade de concentração ▪ Tratamento por meio do aumento da atividade do sistema opioide endógeno Laura Catarine – M4 / Tutoria • Uso de fármacos neuroativos, como os antidopaminérgicos, estrogênios, progestógenos e clonidina o Atrofia do volume do cérebro ▪ Ocorre mesmo em mulheres sem qualquer doença evidente ▪ A atrofia ocorre no hipocampo e nos lobos parietais, regiões relacionadas à memória e à cognição ▪ Queixas na perimenopausa: • Perda de memória • Redução na agilidade mental o Efeitos no humor: ▪ A serotonina tem papel fundamental na regulação do humor ▪ Experiencias demonstram que a imipramina, substância antidepressiva, não tem efeito terapêutico sobre a concentração sináptica de serotonina sem estrogênio ▪ Níveis de serotonina diminuem na menopausa ▪ A maior frequência de depressão e variações no humor ocorre em mulheres com queixas anteriores de depressão pré-menstrual ou pós-parto, e mulheres submetidas a menopausa cirúrgica pois houve queda brusca do estado hormonal o Os estrogênios estão relacionados com a diferenciação dos neurônios, durante a vida fetal, formação das sinapses das células nervosas e ação no hipocampo, com importante papel na memória o Tratamento com estrogênio: ▪ Inconsistência na melhora das funções cognitivas o Os estrogênios parecem desempenhar mecanismos de proteção na doença de Alzheimer,como a inibição da formação de placas beta-amiloides nos neurônios, efeitos anti-inflamatórios, produzindo aumento de fluxo sanguíneo cerebral o Há aumento da demência no período da menopausa porque o estrogênio possui efeito protetor no cérebro • Alterações urogenitais: o Provoca sintomas em 1/3 das mulheres o Recebem a denominação de síndrome geniturinária da menopausa o Sintomas de irritação, secura e queimação genital o Sintomas sexuais por falta de lubrificação – desconforto, dor e prejuízo na função o Sintomas urinários de urgência, disúria e infecções recorrentes o Vulva: ▪ Perde panículo adiposo ▪ Glândulas de Bartholin se atrofiam ▪ Diminuição das glândulas sudoríparas e sebáceas ▪ Pelos pubianos escassos e quebradiços ▪ Retração no introito vaginal, principalmente em mulheres com escassa atividade sexual ▪ Adelgaçamento da vulva e parede vaginal, tornando esses tecidos mais propensos a traumas ▪ Redução do fluxo sanguíneo o Vagina: ▪ Menos rugosa e elástica ▪ A vagina perde alguns bacilos e passa a ser repovoada por uma flora inespecífica, incluindo organismos patogênicos ▪ pH torna-se mais elevado, acima de 6 • O aumento do pH associado ao adelgaçamento, origina vaginite atrófica ▪ Aparecimento de secreção vaginal, por vezes com odor desagradável, pode ter origem inflamatória causando irritação, rubor e prurido ▪ Redução do fluxo sanguíneo Laura Catarine – M4 / Tutoria • Maior causa de redução da lubrificação vaginal o Atrofia do útero, trompas e ovários o O sistema de sustentação do assoalho pélvico torna-se atrófico e menos elástico ▪ Redução da musculatura pélvica e do tecido colágeno, ocasionando prolapso genital o Neuropatia do nervo pudendo, resultando em menor sensibilidade so clitóris e da área vulvar ▪ Esse processo parece ser reversível com o uso de estrogênio o A produção de androgênio se reduz e pode resultar em perda de libido o Sistema urinário: ▪ Adelgaçamento da parede da uretra ▪ A musculatura pélvica ao redor da uretra pode enfraquecer ▪ Redução do tecido conjuntivo que envolve a uretra e a bexiga, pois eram hormônio- dependente do estrogênio • Com isso há perda da elasticidade e atrofia da mucosa uretral e do colo vesical, com menor irrigação sanguínea e menor resposta muscular ▪ As alterações anatômicas resultam em aumento da frequência e urgência urinária, além de incontinência urinária ▪ A infecção urinária é mais frequente no período pós- menopausa • Fatores que contribuem: o Infecção vaginal o Resíduos pós- miccional o Deficiência imunológica decorrente de hipoestrogenis mo o A menopausa não necessariamente afeta a sexualidade • Alterações do tecido conjuntivo: o Conteúdo colágeno da pele e dos ossos reduz pela deficiência de estrogênio ▪ Isso contribui para o envelhecimento e formação de rugas na pele pelo aumento de extensibilidade e perda da elasticidade o A pele se torna mais suscetível ao trauma, com maior facilidade de contusão e lacerações o As mudanças no colágeno são atenuadas pela reposição estrogênica, que aumenta a espessura da pele e da derme ▪ É um dos mecanismos de prevenção de fraturas osteoporóticas • A maior quantidade de colágeno na matriz óssea resulta em aumento na flexibilidade e força, independente da densidade mineral óssea • Osteoporose pós-menopáusica: o A osteoporose se tornou a doença osteometabólica mais comum em mulheres pós-menopausadas o Perda de massa óssea com deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, resultando em fragilidade dos ossos, aumento o risco de fraturas ▪ Principal causa de colapso vertebral e maior causa de fraturas nos idosos o O pico de massa óssea na idade adulta é determinado geneticamente ▪ Na pós-menopausa o seu controle é hormonal o A deficiência estrogênica é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose o Após a menopausa, a densidade mineral óssea diminui cerca de 2,5% por ano Laura Catarine – M4 / Tutoria ▪ Nos primeiros anos da menopausa ocorre a redução de massa óssea de 3% ao ano o Na menopausa ocorre problema de remodelação óssea, com aumento da reabsorção devido ao aumento na atividade dos osteoclastos o A densitometria é o exame mais utilizado para monitoramento da massa óssea o O limiar de fraturas depende de fatores como genética, medicamentos, estado nutricional, atividade física e estilo de vida ▪ Mulheres altas e magras, fumantes e que tomam hormônio da tireoide tem maior risco de desenvolvimento da osteoporose o Reposição hormonal: ▪ Os benefícios são maiores quanto mais precocemente for iniciado o tratamento ▪ Doses baixas são benéficas ▪ Não é recomendado iniciar o tratamento hormonal em pacientes com mais de 60 anos com o intuito de remineralização óssea ▪ Reduz a incidência de fraturas no pulso e no quadril em até 50% ▪ A associação da reposição hormonal com o bifosfonatos é favorável à melhora da densidade óssea • O bifosfonato mais utilizado é o alendronato de sódio o 1x por semana em dose de 70mg ou 1x ao dia em dose de 10mg o É importante ter cuidado para evitar irritação ou ulceração de esôfago ▪ Calcitoninas são uma alternativa para mulheres com osteoporose com fratura e que apresentam quadro doloroso • Via intramuscular ou spray nasal • Alterações cardiovasculares: o Na menopausa há aumento expressivo da prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) o O aumento do risco de DCV pode se dar por alterações durante a perimenopausa, como mudança no perfil lipídico o O estrogênio tem um efeito cardioprotetor o Acredita-se que esse aumento de DCV é devido a alterações desfavoráveis do metabolismo das lipoproteínas e dos carboidratos, sobre os mecanismos de coagulação e ações vasculares diretas o O estrogênio estimula a vasodilatação, então na menopausa ocorre uma vasoconstrição o A prevalência de diabetes melito aumenta com a idade ▪ Principal fator de risco da aterosclerose e de suas complicações ▪ Mulheres diabéticas possui maior risco de DCV ▪ A hiperglicemia assintomática e a insulinemia elevada estão associadas a um maior risco de aterosclerose • Frequentemente relacionada à vida sedentária e a obesidade • Comum nas mulheres após a menopausa • Acredita-se que em mulheres menopausadas há aumento significativos dos níveis plasmá Diagnóstico da síndrome do climatério • O climatério ocorre entre 35 e 65 anos Laura Catarine – M4 / Tutoria • Essa transição menopausal é clínica e deve se basear em uma história bem conduzida • Suspeita-se de perimenopausa quando, na faixa etária entre 45 e 50 anos, começam as irregularidades no ciclo menstrual, como: o Polimenorreia o Hipermenorreia o Espaniomenorreia • Investigação dos antecedentes pessoais e familiares para classificar o risco de DCV, osteoarticular e neoplásicas • Análise laboratorial: o Hemograma completo o Glicemia em jejum o Ureia e creatinina o Colesterol total o Urina tipo 1 • Densitometria óssea • Colposcopia e colpocitologia oncótica o Para realização desses exames nenhum tratamento hormonal deve ser iniciado o Se houver suspeita de neoplasia, deve haver investigação complementar antes da TH • Mamografia de alta resolução ou digital o Exame obrigatório antes do início da reposição hormonal, para afastar a possibilidade de neoplasia • Ultrassonografia transvaginal: o Possibilita a avaliação do endométrio uterino Tratamento do climatério • O climatério é o momento para se garantir um envelhecimento ativo e saudável • Medidas gerais: o Orientação alimentar ▪ Restrição de gorduras saturadas ▪ Aumento da ingesta de alimentos à base de cálcio, para prevenção da osteoporose e DCV ▪ Redução do peso contribuipara redução do tecido denso da mama, fator de risco para o desenvolvimento de câncer ▪ Alimentos à base de derivados de soja, ricos em isoflavona, possuem efeitos benéficos nos sintomas vasomotores e nos ossos ▪ Ingestão de vitamina D, para auxiliar na absorção e utilização do cálcio ▪ Evitar café e álcool, pois aumentam o risco de osteoporose o Encorajamento da atividade física ▪ Exercícios aeróbicos ▪ Minimiza os riscos de osteoporose e DCV ▪ Melhora o aporte psicológico • Tratamento medicamentoso: o A terapia hormonal (TH) pode ser prescrit como medicação sistêmica, patch transdérmico ou creme vaginal o Contraindicações da terapia hormonal: ▪ História de câncer de mama e de endométrio ▪ Grave doença hepática em atividade ▪ Hipertrigliceridemia ▪ Antecedentes de tromboembolismo venoso ▪ Sangramento vaginal sem diagnóstico ▪ Porfiria ▪ Endometriose o O esquema da TH e a melo via de administração depende de cada mulher o Efeitos adversos: ▪ Náuseas, edema, ganho de peso, retenção hídrica, alterações de humor, sangramento e sensibilidade das mamas o Eventos clínicos com risco aumentado: ▪ Ataques cardíacos ▪ Acidente vascular encefálico ▪ Câncer de mama ▪ Tromboembolismo venoso Laura Catarine – M4 / Tutoria Dislipidemia em idosos Introdução • A hipercolesterolemia nos idosos é mais prevalente em mulheres do que em homens e mais frequente na faixa etária dos 65 a 74 anos o A partir dos 75 anos a frequência de hipercolesterolemia declina gradualmente Dislipidemia e doença arterial coronariana (DAC) em idosos • As dislipidemias são consideradas fator de risco para DAC em indivíduos idosos, apesar do risco diminuir com a idade o Em idosos com mais de 70 anos ainda é controversa a relação da hipercolesterolemia com a DAC o Essa relação entre dislipidemia e DAC se dá entre 40 a 70 anos • Na avaliação do benefício do tratamento com estatinas no idoso, é fundamental compreender a diferença entre a redução do risco relativo e do risco absoluto o A redução do risco absoluto com uso de estatinas é maior em idosos do que em pacientes mais jovens • Prevenção secundária: o Para indivíduos com DAC preexistente o O uso de estatinas causou: ▪ Redução na mortalidade total ▪ Revascularização cárdica ▪ Redução de eventos cardiovasculares maiores o É confirmado o benefício de redução dos níveis de LDL-c com estatinas em idosos de 65 a 80 anos com DAC preexistente • Prevenção primária: o Há benefício em tratar idosos dislipidêmicos, sem DAC, com estatinas para reduzir eventos cardiovasculares nesta faixa etária o Recomenda-se o uso de escore de Framinghan e avaliação clínica para decidir quando iniciar estatinas em idosos sem manifestações clínicas de doença coronariana Orientação prática • Pacientes com manifestações clínicas de DAC: o Nesses pacientes, aconselha-se modificação intensiva dos fatores de risco o O risco de evento coronariano nesses pacientes é geralmente acima de 20%, podendo chegar até mais de 40% • Prevenção primária: o Uso de escore de risco global: ▪ Calcula as chances de ocorrer eventos coronários, cerebrovasculares, doença arterial obstrutiva periférica e insuficiência cardíaca congestiva, fatais ou não fatais em 10 anos o Avaliação clínica ▪ Em idosos acima de 75 anos, a avaliação clínica é o instrumento norteador para recomendar ou não o uso de estatinas • A DAC é uma das maiores causas de morte entre a população idosa o A origem da DAC é multifatorial, por isso para estimar seu risco deve-se considerar todos os fatores de risco presentes de maneira simultânea ▪ O médico precisa avaliar o paciente como um todo, tendo uma visão global do risco coronariano o Indivíduos com baixo risco devem receber orientação para manter o seu estado de risco em níveis baios o A orientação deve ser intensificada com o aumento do risco ▪ Homens com risco acima de 20% em 10 anos, e mulheres com risco acima de 10% em 10 anos, a modificação dos fatores de risco deve ser intensiva, ainda que estes se apresentem assintomáticos • Se mudanças de estilo de vida não conseguirem alcançar as metas estabelecidas de LDL-c, as estatinas devem ser utilizadas o A efetividade no alcance de metas e tolerabilidade varia entre as estatinas Laura Catarine – M4 / Tutoria o Terapia de alta intensidade: ▪ Em casos de redução de LDL-c em 50% ou mais ▪ Atorvastatina – 80mg ▪ Rosuvastatina – 20 mg o Terapia de intensidade moderada ▪ Em casos de redução de LDL-c em 30 a 50% ▪ Atorvastatina – 10 mg ▪ Rosuvastatina – 5 mg Laura Catarine – M4 / Tutoria A Doença de Alzheimer (DA) é considerada uma doença neurodegenerativa progressiva, heterogênea nos seus aspectos etiológico, clínico e neuropatológico É uma doença comum no idoso que acarreta declínio funcional progressivo e perda gradual da autonomia o Isso ocorre pela deterioração das funções cognitivas, do comprometimento para desempenhar atividades de vida diária e da ocorrência de uma variedade de distúrbios de comportamento e de sintomas neuropsiquiátricos Agravantes: o Falhas no diagnóstico e na detecção precoce da DA o Falta de treinamento dos médicos na avaliação rotineira da função cognitiva Manifestação: o A doença se manifesta geralmente com início insidioso de prejuízo da função intelectual superior e alterações de humor e comportamento o Com a evolução, há desorientação, perda de memória e afasia Esses achados são indicativos de disfunção cortical grave o Em 5-10 anos o paciente se torna profundamente incapacitado, mudo e imóvel Geralmente, o paciente morre por pneumonia intercorrente ou a outras infecções Fatores de risco: o A idade é um fator de risco para a DA: 3% em idosos de 65 - 74 anos 47% em idosos com mais de 84 anos de idade o Sexo feminino: Isso correlaciona-se ao fato da expectativa de vida feminina ser maior que a masculina o Síndrome de Down o História familial positiva de demência o Gene de suscetibilidade: apolipoproteína E o Hipercolesterolemia, Hipertensão arterial sistólica na meia-idade e Diabetes melito Alterações vasculares que aumenta o depósito de beta- amiloide e diminuição da sua depuração o Tabagismo, inatividade física e cognitiva, depressão e solteiros o Traumas cranianos Principais achados neuropatológicos encontrados na DA são: o Perda neuronal o Degeneração sinápticas intensas As 2 lesões principais: o Placas senis (PS) Relaciona-se com o acúmulo de beta-amiloide o Emaranhados neurofibrilares (ENF) Relaciona-se com a proteína tau hiperfosforilada As placas senis são lesões extracelulares formadas por restos celulares com um núcleo central proteico sólido constituído de beta- amiloide Um peptídeo chamado beta-amiloide se acumula no cérebro com o passar do tempo, iniciando uma cadeia de eventos que resulta na DA O beta-amiloide é criado quando uma proteína transmembrana chamada de Proteína precursora de amiloide (PPA) é clivada sequencialmente pelas enzimas: o Enzima conversora de beta-amiloide ou beta-secretase o Enzima gama-secretase Laura Catarine – M4 / Tutoria A proteína precursora de amiloide (PPA) pode ser clivada por outras duas enzimas, que produz um produto não patogênico, são elas: o Alfa e gama-secretase Mutações na PPA ou na enzima gama-secretase levam à DA familiar, pois aumentam a frequência em que o beta-amiloide é gerado O gene da PPA está localizado no cromossomo 21, por isso o risco de Alzheimer é maior em pessoas que tem trissomia desse cromossomo, ou seja, portadores de síndrome de Down Outro fator de risco genético é a apoliproteina E4, em que cada alelo a mais aumenta em 4x o risco de desenvolvimento do Alzheimer, além de diminuir a idade do aparecimento da doença o Nãose sabe o mecanismo de ação, mas a ApoE4 ou aumenta o depósto de beta-amiloide ou diminui sua degradação Pequenos agregados de beta-amiloide já são prejudiciais para o sistema nervoso, uma vez que alteram a neurotransmissão e são tóxicos para os neurônios e terminações sinápticas Grandes depósitos levam à morte neuronal, desencadeando uma resposta inflamatória local que pode resultar em mais lesão celular e pode causar alteração na comunicação de região para região A presença de beta-amiloide também leva à hiperfosforilação da proteína tau de ligação ao microtúbulo neuronal o O aumento da fosforilação faz com que essa proteína forme um emaranhado, causando disfunção neuronal e a morte celular o Esse achado forma inclusões intraneurais chamadas de Emaranhado Neurofibrilares Exame macroscópico: o Atrofia cortical, com alargamento dos sulcos cerebrais Acontece principalmente nos lobos frontal, temporal e parietal Exame microscópio: o Presença de placas e emaranhados neurofibrilares Queixa de piora do desempenho cognitivo com o envelhecimento A DA se inicia, frequentemente, após 60 anos de idade A demência da DA possui 3 fases: o Fase inicial: Dura, em média, 2 a 3 anos Caracterizada por sintomas vagos e difusos O comprometimento da memória é o sintoma mais proeminente e precoce Alguns indivíduos apresentam alterações de linguagem precocemente, como dificuldade para encontrar as palavras Dificuldades no trabalho e para o aprendizado de fatos novos Perdem objetos, esquecem os alimentos em preparo no fogão Desorientação progressiva com respeito ao tempo e ao espaço Perda de concentração, desatenção, mudanças no humor, retraimento social, abandono dos passatempos Raramente possui ideias delirantes o Fase intermediária: Duração de 2 a 10 anos Caracterizada por deterioração mais acentuada dos déficits de memória e pelo aparecimento dos sintomas focais Sintomas focais: afasia, apraxia, agnosia, alterações visuoespaciais e visuoconstrutivas Distúrbios da linguagem progridem para dificuldades de acesso léxico, empobrecimento do vocabulário, perda de conteúdo e dificuldade de compreensão Sintomas neuropsiquiátricos: agitação, perambulação, agressividade, questionamentos Laura Catarine – M4 / Tutoria repetidos, reações catastróficas, distúrbios do sono e a síndrome do entardecer Sintomas psicológicos: apatia, ansiedade, depressão, ideias delirantes, alucinações, paranoias o Fase final: Duração média de 8 a 12 anos Todas as funções cognitivas estão gravemente comprometidas Dificuldade de reconhecer faces e espaços familiares Os pacientes tornam-se totalmente dependentes Agravamento das alterações da fala Há redução drástica da fluência até alcançar o mutismo Acamados, com incontinência fecal e urinária Laura Catarine – M4 / Tutoria O parkinsionismo é uma síndrome clínica caracterizada por tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade O parkinsonismo pode ser induzido por medicamentos, como os antagonistas da dopamina ou as toxinas que lesionam seletivamente os neurônios dopaminérgicos A principal doença do parkinsionismo é a Doença de Parkinson (DP), a qual está associada com inclusões neuronais caraterísticas contendo alfa- sinucleína o Outras doenças: atrofia sistêmica múltipla e paralisia supranuclear progressiva Na maioria dos casos a DP é esporádica mas há formas autossômicas dominante e recessiva da doença o DP autossômica dominante: Causada por mutações pontuais e duplicações do gene codificado de alfa-sinucleína, uma proteína envolvida na transmissão sináptica A característica de diagnóstico da doença é o corpúsculo de Lewy o Esse corpúsculo é uma inclusão contendo alfa-sinucleína o São inclusões eosinofílicas intracitoplasmáticas constituídas de várias estruturas proteicas, em neurônios remanescentes, na parte compacta da substância negra A causa da DP permanece desconhecida Teorias que explicam os mecanismos envolvidos na lesão neuronal: o Teoria do estresse oxidativo: Há evidências do estresse oxidativo na DP, o que não se sabe é se é uma causa ou consequência da mesma Acúmulo de radicais livres na substância negra o Teoria da deficiência e anormalidades das mitocôndrias da substância negra o Teoria da excitotoxicidade: Atividade aumentada dos neurotransmissores excitatórios o Presença de fatores gliais e inflamatórios o Neurotoxinas ambientais o Fatores genéticos Palidez da substância negra Perda de neurônios pigmentados Corpúsculos de Lewy nos neurônios remanescentes A DP se manifesta normalmente como um transtorno de movimento na ausência de exposição tóxica ou outra etiologia subjacente conhecida o Esses movimentos anormais ocorrem por alterações na espontaneidade e rapidez dos movimentos voluntários ou por movimentos involuntários adicionais o Esses distúrbios ocorrem por problema nos gânglios da base A doença progride ao longo de 10 – 15 anos Quando há início das manifestações clínicas motoras, geralmente já há perda de 60% dos neurônios das regiões responsáveis por essas funções e 80% da dopamina do estriado Produz desaceleração motora grave até o ponto de quase imobilidade No início da doença a L-DOPA é o tratamento mais eficaz na manutenção da função motora, mas não retarda a evolução da DP o Com o passar do tempo, esse tratamento se torna menos eficaz Laura Catarine – M4 / Tutoria Podem ser encontradas lesões na parte inferior do tronco encefálico antes de haver o envolvimento da substância negra o Isso corrobora para a teoria de que a disfunção autonômica e os distúrbios de comportamento muitas vezes estão presentes antes dos problemas motores A demência tem curso flutuante e com alucinações o É relacionada com o comprometimento do córtex cerebral o Quando a demência surge no intervalo de um ano após o início dos sintomas motores, é chamada de Demência dos Corpúsculos de Lewy (DCL) Sinais cardinais da DP: o Bradicinesia: Alentecimento ou dificuldade de iniciar o movimento voluntário ou automático Dependendo da parte do corpo pode causar: fácies inexpressivas, hipomimia, fala hipofônica, micrografia, acúmulo de saliva na cavidade bucal e dificuldade de realizar atividades de vida diária o Rigidez muscular: É plástica Resistência à movimentação passiva dos membros, pescoço e tronco Traduz-se pela fragmentação do movimento, que ocorre de forma entrecortada o Tremor de repouso: Geralmente é assimétrico, acometendo um ou mais membros Forma mais comum é a de movimentos rítmicos dos dedos das mãos O tremor tende a piorar com o estresse e desaparecer durante o sono o Instabilidade postural: Decorrente das alterações dos reflexos posturais Aumenta o risco de quedas, que pode chegar a levar à morte do paciente Alguns outros sinais e sintomas: o Postura parkinsoniana: Postura flexionada para a frente o Marcha parkinsoniana: Deslocamento em blocos, com passos curtos e arrastados, sem a participação dos movimentos dos braços o Transtornos de humor: Depressão maior ou menor Distimia Ansiedade Laura Catarine – M4 / Tutoria • A principal função do sistema digestório é transferir as substâncias nutritivas, vitaminas, minerais e líquidos para o sangue, alcançando os tecidos e excretando o conteúdo não absorvido • É importante a identificação precoce dos problemas orais para evitar problemas na boca e as suas repercussões sistêmicas • Cáries: o Um dos principais problemas dos idosos o Ocorre principalmente na raiz do dente devido a retração das gengivas o As cáries radiculares e coronais são as causas mais importantes de perdadentária ▪ Isso justifica a aplicação de flúor nos idosos em paralelo à adição de flúor na água o Outra causa de perda dentária é a perda de osso alveolar, devido à baixa mineralização óssea, associada à gengivite o Por volta dos 40 anos a circunferência da arcada dentária poderá estar um centímetro menor, fazendo os dentes terem mais atritos entre si com lesão do esmalte, provocando cáries e amarelamento dos dentes ▪ O amarelado da dentina, associado a manchas do esmalte, origina o escurecimento dos dentes, característico do envelhecimento o Ocorre alteração na maxila e mandíbula com a idade ▪ Resulta das extrações dentárias que causam atrofia do osso alveolar ▪ Isso acaba mudando o perfil facial da pessoa, diminuindo a força de mastigação pela redução da massa muscular do masseter e pterigoide • Mucosa oral: o Se torna fina, lisa e seca o Perda de elasticidade o Fica edemaciada o Língua: ▪ Se torna lisa, devido à perda das papilas ▪ Alterações no paladar e sensação de queimação ▪ Aparecimento de varicosidades o As mudanças podem ocorrer devido à deficiência de ferro e das vitaminas B o A capacidade de cicatrização não muda com o envelhecimento • Glândulas salivares: o Não havendo doenças e consumo de medicamentos, então a função das glândulas salivares permanece inalteradas o Xerostomia: ▪ Falta de saliva ▪ É uma queixa atribuída aos efeitos colaterais de medicamentos ▪ Pode provocar problemas na mastigação e deglutição ▪ O uso de estimuladores das glândulas salivares ou de substitutos de saliva podem aliviar esse sintoma o Estomatodinia: ▪ Ardência na boca ▪ Causas: • Baixa quantidade de vitaminas do complexo B • Candidíase oral subclínica Laura Catarine – M4 / Tutoria o Queilite angular: ▪ Inflamação com ulceração das comissuras ▪ Causas: • Má oclusão da mandíbula • Deficiência de vitaminas • Xerostomia ▪ Pode ser porta de entrada para fungos e bactérias levando à infecções o Exame clínico: ▪ Inspeção: • Pode identificar infecções, lesões e até câncer • Observar face e pescoço à procura de assimetria • Inspeção de toda a mucosa oral ▪ Palpação: • Linfonodos cervicais e glândulas da face • Lábios, mucosa oral, soalho da boca, palato duro e língua o Estimular a escovação diária para prevenção das cáries, da gengivite e das doenças periondontais • Mudanças: o Adelgaçamento da camada epitelial da mucosa o Retração gengival o Exposição das raízes dentárias predispondo a cáries o Alterações na musculatura • A alteração da musculatura esofágica promove um aumento da resistência da passagem dos alimentos pelo esfíncter esofágico superior o Essa modificação associada a menor eficiência mastigatória, aumenta o risco de aspiração o Disfagia • Mudanças: o Hipertrofia da musculatura esquelética do terço superior do esôfago o Diminuição das células ganglionares mioentéricas, que coordenam a peristalse o Aumento da espessura da musculatura lisa • Repercussões: o A motilidade esofágica se torna anormal devido a redução da contração muscular após a deglutição e pelas contrações terciárias ▪ Peristalse anormal associada a contrações repetitivas não peristálticas, são chamadas de presbiesôfago ▪ Em 35% das pessoas entre 50 e 75 anos, pode ocorrer a incompetência esfincteriana distal do esôfago • Isso faz com que haja refluxo do ácido gástrico e resulte em esofagite • Pode apresentar dor torácica, tendo que ser diferenciada de problemas cardíacos • Mudanças: o Diminuição das células parietais o Aumento dos leucócitos intersticiais • Repercussões: o Diminuição de secreção de ácido clorídrico e de pepsina, dificultando a digestão dos alimentos, principalmente das proteínas o Outras enzimas gástricas sofrem modificações, como na sua resposta devido a alterações dos receptores o Pode ocorrer ruptura da barreira da mucosa gástrica, fazendo com que o HCl e a pepsina entrem em contato com as células da mucosa, destruindo- as Laura Catarine – M4 / Tutoria ▪ Isso também pode ocorrer com o excesso de uso de anti- inflamatórios, álcool, cafeína e por ação das bactérias o Mais de 50% dos idosos estão infectados com H. pylori, com a prevalência aumentando com a idade o Diminuição de prostaglandinas, o que diminui a secreção de bicarbonato que protege as células da mucosa o Gastroparesia – diminuição da motilidade normal do estômago ▪ Provoca uma dificuldade de esvaziamento gástrico • O idoso é mais suscetível a lesões, como gastrite e úlcera péptica • Mudanças: o Diminuição da altura das vilosidades • Repercussões: o Diminuição na absorção de várias substâncias o Diminuição da absorção de cálcio devido à redução dos receptores de vitamina D ▪ Mulheres acima de 75 anos absorvem 25% menos cálcio que mulheres jovens o Menor absorção de ferro o Diminuição da sensibilidade e dos neurônios mioentéricos, contribuindo para a presença de úlceras indolores o Malformações vasculares são comuns no trato digestivo alto, provocando sangramentos • Mudanças: o Atrofia da mucosa o Anomalias estruturais das glândulas da mucosa o Hipertrofia da camada muscular da mucosa o Atrofia da camada muscular externa • Repercussões: o A perda de neurônios sensoriais pode contribuir para a diminuição da resposta visceral à perfuração ou isquemia intestinal o Constipação intestinal ▪ Ocorre por alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral, falta de prática de exercícios físicos regulares, coordenação das contrações alterada e aumento da sensibilidade aos opioides o Incontinência fecal: ▪ Diminuição do tônus e da força do esfíncter anal ▪ Ocorre mais em mulheres que em homens o Presença de divertículos: ▪ Surgem devido a um aumento da pressão intraluminal, herniando a mucosa entre as camadas das fibras musculares lisas ▪ Complica com sangramentos digestivos baixos e processos inflamatórios ▪ Tratamento: mudança da dieta com mais fibras • Mudanças: o Diminui de tamanho o Endurecimento pelo aumento da fibrose o Torna-se mais amarelado pelo depósito de lipofucsina • Repercussões: o Diminuição da concentração de lipase e tripsina ▪ A amilase se mantém em um volume constante ▪ Sem grandes repercussões clínicas • Entre os 24 e 90 anos, o fígado diminui de volume em aproximadamente 37% e diminui o fluxo sanguíneo em 35% • Escurecimento pelo depósito de lipofucsina o Isso pode ocorrer no cérebro Laura Catarine – M4 / Tutoria • O sistema reticuloendotelial liso dos hepatócitos diminui e está associado com a redução da capacidade de metabolizar substâncias o O idoso se torna mais suscetível a intoxicação medicamentosa o Diminuição de citocromo P-450 • Diminuição da síntese do colesterol e redução da bile total o Como a bile é responsável por garantir uma boa digestão e absorção dos lipídios, a diminuição da bile total pode agravar a deficiência de vitaminas lipossolúveis • A composição biliar tem alto índice litogênico, predispondo o idoso à formação de cálculos biliares • Diminuição da síntese de fatores de coagulação vitamina K-dependentes Laura Catarine – M4 / Tutoria Envelhecimento do Sistema Endócrino Hormônio do crescimento • O GH é secretado pela hipófise, sob estímulo hipotalâmico positivo pelo GHRH, e negativo pela somatotastina o A somatotastina é regulada pelo próprio GH e pelo IGF-1 ▪ A somatotastina inibe a produção de GHRH, que consequentemente inibe o estímulo para produção de GH ▪ Sofre influência de neuropeptídios (CCK e glucagon), endorfinas e neurotransmissores, como acetilcolina e serotonina o A produção de GHRH é estimulada positivamente pela grelina • Exercício e hipoglicemia são capazes de estimular GH o Ocorre a estimulação pois, nessescasos de exercício e hipoglicemia, há a necessidade de mais fonte de energia e de síntese de proteína nos tecidos, efeitos diretos do GH o O fenômeno da hipoglicemia estimulando GH é a base para o teste padrão para avaliação de deficiência de GH (DGH), contraindicado em idosos, cardiopatas e epilépticos • Outros estímulos fisiológicos para a produção de GH: o Atividade sexual o Sono profundo o Jejum • Estímulos inibitórios do GH: o Ácidos graxos livres o Cortisol o Hiperglicemia o Hipotireoidismo o Obesidade ▪ A obesidade contribui para uma menor produção de GH por estar associada a maiores níveis de AGL e pela maior secreção de leptina ▪ A obesidade também se associa à apneia do sono, induzindo alterações diretas na oxigenação hipofisária, levando à hipofunção o Hiperinsulinemia: ▪ A hiperinsulinemia leva a maior produção de IGF-1, que funciona como feedbak negativo para a secreção de GH • Repercussões no idoso: tema de discussão o A produção de IGF-1 pelo fígado está inalterada o A resposta fisiológica aos estímulos, a pulsatilidade hormonal e o ritmo estão mantidos o O que se altera no idoso é a intensidade dos pulsos, o que faz com que a secreção total diária esteja diminuída ▪ Cai 14% a cada década após a puberdade ▪ Homens de 60 anos, a queda do GH pode chegar a 35% o Deficiência de GH: ▪ Redução da massa maga ▪ Aumento da adiposidade visceral ▪ Redução da síntese proteica ▪ Redução na lipólise ▪ Oxidação de AGL ▪ Resistência à insulina ▪ Aumento de LDL ▪ Hipertensão ▪ Redução da fração de ejeção cardíaca ▪ Anemia ▪ Redução da capacidade aeróbica para o exercício ▪ Queda na qualidade de vida ▪ Depressão • As alterações no GH são consequências de um estilo de vida com: o Privação de sono, lazer e atividade física o Dieta inadequada Laura Catarine – M4 / Tutoria • Reposição de GH: o Benefícios: ganho funcional muscular/qualidade de vida ▪ Há aumento da massa magra e redução da adiposidade visceral, mas o aumento da força só ocorre quando associado à testosterona nos homens o Malefícios: incidência de malignidades e alterações glicêmicas ▪ Estudos de reposição de GH em idosos saudáveis demonstram que os malefícios se sobrepuseram aos potenciais efeitos benéficos ▪ Efeitos colaterais: • Edema, artralgia, síndrome do túnel do carpo e disglicemia o Sem melhora da massa óssea o A reposição só é indicada na presença de deficiência comprovada de GH • Diagnóstico da deficiência de GH: o A DGH só pode ser estabelecido a partir do IGF-1 se este se encontrar diminuído na presença de 2 ou mais deficiências hormonais de origem hipofisária o Necessário fazer um teste de estímulo: ▪ Em idosos, realiza-se GHRH- arginina o Pacientes que devem ser pesquisados a DGH: ▪ Lesão estrutural, cirurgia ou irradiação no hipotálamo ou hipófise ▪ História de trauma craniano ▪ Evidências de outras disfunções hormonais hipofisárias • Tratamento da DGH no idoso: o Deve ser administrado doses mais baixas de GH do que no adulto jovem o A dose inicial é de 100 a 200 micrograma/dia o O uso de reposição oral de estrogênio é um fator de aumento da dose de GH, pois o estrogênio inibe a geração hepática de IGF-1 o Não há tempo máximo de tratamento estabelecido Hipogonadismo masculino • O eixo HHG masculino é regulado pela secreção hipotalâmica de GnRH, que controla os pulsos de LH e FSH, que por sua vez estimulam as funções gonadais de produção de testosterona e espermatogênese • O testículo possui duas populações celulares: o Células de Sertoli – influenciadas pelo FSH e auxiliares da espermatogênese o Células de Leyding – influenciadas pelo LH e produtoras de testosterona • O núcleo arqueado, local de produção do GnRH, possui subpopulações neuronais sensíveis à kisspeptina o A kisspeptina determina a secreção de GnRH, que vai ativar o eixo HHG o A kisspeptina pode ser modulada pela leptina ▪ Nesse caso, em idosos com uma quantidade muito baixa de leptina não há a formação de kisspeptina • Regulação do GnRH: o Altos níveis de testosterona inibe a pulsatilidade do GnRH e dos hormônios hipofisários • Regulação hormonal da hipófise: o A hipófise sofre ação da ativina e da inibina B ▪ Esses hormônios são produzidos nas células de Sertoli sob estímulo do FSH ▪ A inibina diminui os hormônios hipofisários e a ativina estimula a secreção dos mesmos • Testosterona: o O feedback negativo realizado pela testosterona no hipotálamo depende do estrogênio ▪ Assim que a testosterona é produzida, parte é convertida em estrógeno antes de realizar seu feedback, mas como as células produtoras de GnRH não contêm receptores estrogênicos, o estrógeno age por meio da via da kisspeptina Laura Catarine – M4 / Tutoria o A produção de testosterona decai com a idade ▪ Entre 40 e 79 anos, a testosterona total (TT) apresentou queda de 0,4% ao ano e a testosterona livre (TL) teve queda de 1,3% ao ano ▪ Essa queda é ainda maior quando associada à obesidade o Ocorre uma elevação reacional de FSH e LH com a idade ▪ Aumento de 0,9% ao ano de LH e de 3,1% ao ano de FSH ▪ Essa elevação não é proporcional a ponto de compensar a disfunção da testosterona • No idoso, doenças que geram estresse crônico podem ser responsáveis pela modulação do eixo HHG • Diagnóstico do Hipogonadismo masculino: o Sintomas de alta suspeição: ▪ Redução de libido ou do número de ereções espontâneas ▪ Ginecomastia ▪ Redução dos pelos corporais ou da frequência do ato de se barbear ▪ Redução progressiva do volume testicular ▪ Infertilidade/azoospermia ▪ Baixa massa óssea ▪ Fogachos o Sintomas mais inespecíficos que podem estar presentes: ▪ Falta de energia, motivação e autoconfiança ▪ Tristeza e depressão ▪ Distimia ▪ Perda de memória e concentração ▪ Alterações do sono ▪ Anemia leve ▪ Perda de força ▪ Aumento de gordura corporal e IMC ▪ Redução da capacidade de trabalho o Testes de triagem: ▪ O teste de triagem inicial é a testosterona da manhã • Se for coletado em outro horário pode apresentar falsos- positivos para o hipogonadismo ▪ Em caso de resultado positivo, o teste deve ser refeito para confirmação ▪ Em caso de suspeita de falsos valores de TT, prega-se a avaliação da TL • A dosagem de TL é apenas confiável pelo método de diálise de equilíbrio • Pode ser obtida por cálculo das dosagens da TT, SHGB e albumina o Após a constatação do hipogonadismo, deve-se diferenciar se este é primário ou secundário ▪ Hipogonadismo primário: • Decorre de falência gonadal • Valores do FSH e LH altos • Deve ser solicitado um exame de cariótipo na suspeita de síndrome de Klinefelter ▪ Hipogonadismo secundário: • Possui origem HH • Valores de FSH e LH baixos ou normais • Tratamento do hipogonadismo: o Indicado apenas para paciente com hipogonadismo sintomático e diagnóstico laboratorial da condição o Contraindicações de tratamento: ▪ Câncer de mama ou próstata • PSA maior que 4ng/ml ▪ Hematócrito maior que 50% ▪ Apneia do sono grave não tratada Laura Catarine – M4 / Tutoria ▪ Sintomas de obstrução da via urinária inferior ▪ Insuficiência cardíaca descompensada o A reposição de testosterona está sob a forma de medicações intramusculares, géis e comprimidos ▪ Uso tópico – géis a 1% de testosterona • 5 a 10g por aplicação diária em área extregeniral e coberta • Poucos efeitos adversos • Permite suspensão com rápido retorno aos níveis basais de testosterona • Androgel ou Axeron ▪ Uso intramuscular – enantato, cipionato ou undecanoato de testosterona • Cipionato de testosterona: tem como vantagem o custo, mas pode causar picos suprafisiológicos nos dias seguintes à aplicação • Undecanoato de testosterona: altocusto, mas não provoca picos de testosterona ▪ Uso oral – undecanoato de testosterona o Benefícios do tratamento: ▪ Melhora da massa óssea após 1 ano de reposição ▪ Melhora da massa magra • Sem benefício na força ▪ Queda na massa adiposa ▪ Melhora nas queixas sexuais o A avaliação do risco cardiovascular é uma variável a ser considerada antes da prescrição de testosterona Função adrenal • A glândula adrenal é dividida em córtex e medula o Cortéx: ▪ Zona glomerular – produção de aldosterona ▪ Zona fasciculada – produção de cortisol ▪ Zona reticulada – produção de andrógenos como o DHEA o Medula: ▪ Produção de epinefrina • Quanto ao cortisol: o A produção de cortisol aumenta ou se mantém com a idade o Resposta ao estresse mais prolongada no idoso o Alterações no sono, com menor nadir noturno, que provavelmente são alterações fisiológicas do envelhecimento • Quanto aos andrógenos: o A produção total de andrógenos é composta por 40 a 60% de origem adrenal nas mulheres, apenas 5% nos homens o Há queda de produção de andrógenos ao longo da vida ▪ Cerca de 2 a 5% ao ano, e aos 70 a 80 anos a queda é de 80 a 90% em relação ao pico de produção na juventude ▪ Essa queda é devido à menor atividade na enzima da esteroidogênese que dá origem aos andrógenos, e à perda de volume da zona reticulada • Não existe base científica para reposição de DHEA Laura Catarine – M4 • O tecido ósseo está em constante remodelação, fruto dos processos de formação (osteoblastos) e reabsorção (osteoclastos) • Até os 20 anos – predomínio da formação e incremento da massa óssea o 90% da massa óssea é alcançada próximo dos 18 anos de idade • Após o fechamento das epífises, ainda há processo de formação, mas em menor ritmo • Até os 40 anos ocorre o pico de massa óssea o A partir desse momento há a estabilização das taxas de formação e aumento das taxas de reabsorção • Osteopenia fisiológica: após o pico de massa ósseas, ocorre a perda progressiva, absoluta, da massa óssea • A atrofia óssea não é homogênea o Antes dos 50 anos, perde-se osso trabecular o Depois dos 50 anos, perde-se osso cortical • A cada 7 a 10 anos renovamos todo nosso esqueleto • A perda de massa óssea por involução ocorre principalmente na mulher após a menopausa e no idoso o Na mulher pós-menopausada, a falta de freio estrogênico promove uma grande atividade dos osteoclastos • Involução óssea nos idosos: o Os idosos são vulneráveis a um balanço cálcico negativo e à osteoporose devido a uma hipovitaminose D ▪ A vitamina D pode ser obtida por alimentação e pela produção endógena da pele sob exposição solar ▪ A hipovitaminose D pode se dar devido à pouca exposição solar e ao fato de a pele envelhecida produzir menor quantidade de vitamina que a pele jovem ▪ A hipovitaminose D se relaciona com fraqueza muscular e depressão na velhice • A cartilagem articular é um produto dos condrócitos • É formada de colágeno tipo 2 altamente hidratado e proteoglicanos o O colágeno tipo 2 constitui cerca de 85% do conteúdo de colágeno existente na CA o A composição e organização estrutural desses compostos são os responsáveis pelas características de resistência, elasticidade e compressibilidade da CA o O principal tipo de proteoglicano é o agrecano • A CA é um tecido que amortece e dissipa forças recebidas, além de reduzir fricção entre superfícies • Mudanças produzidas pelo envelhecimento: o O envelhecimento cartilaginoso faz com que haja menos agregação dos proteoglicanos, promovendo menor resistência mecânica da cartilagem o Com o envelhecimento, o colágeno adquire menor hidratação, maior resistência à colagenase e maior afinidade pelo cálcio ▪ O colágeno se torna cada vez mais rígido o A rede colágena apresenta níveis elevados de pentosidina que são um conjunto de moléculas capazes de modificar, irreversivelmente, propriedades químicas e funcionais de diversas estruturas biológicas ▪ Quanto mais pentosidina, menor a taxa de síntese de proteoglicanos; isso explica o declínio na capacidade de síntese cartilaginosa • Os condrócitos sofrem ação reguladora de mediadores pré-catabólicos e pró-anabólicos Laura Catarine – M4 o Principais agentes da degradação cartilaginosa: ▪ Metaloproteases – MMP ▪ Enzimas zinco-dependentes: colagenases, gelatinases e estromelisinas ▪ Citocinas: Interleucina 1 e 6, e fator de necrose tumoral alfa o Principais agentes da formação cartilaginosa: ▪ Inibidores tissulares das MMP ▪ IGF-1 e TGF-beta o A síntese e degradação cartilaginosa sofrem influência da idade e do local de origem • A estabilidade da CA depende da biossíntese dos condrócitos e da degradação normal das macromoléculas da matriz • Embora estresses mecânicos e químicos possam ter efeitos desastroso sobre a integridade estrutural da cartilagem, eles são determinantes apenas para alguns indivíduos o Esses fatores não são idade- dependente • Condrócitos de idosos tem menor capacidade de proliferação e de formar tecido novo o Hipótese de envelhecimento celular regulado por um relógio biológico intrínseco associado a alterações nos telômeros ▪ Diminuição da atividade mitótica e do comprimento médio do telômero ▪ Isso explica, em parte, a associação entre idade e osteoartrite (OA) • A CA possui uma capacidade reparadora limitada, ainda mais nos idosos o Essa capacidade diminui com a idade o Estresses oxidativos contribuem para o envelhecimento dos condrócitos ▪ Outro fator que relaciona a idade com a AO • Variação entre homens e mulheres: o O volume da cartilagem do joelho do homem é maior que da mulher ▪ Essa diferença se acentua mais ainda na velhice • No discos intervertebrais a degeneração aumenta com o envelhecimento o Há um aumento de fibronectina, que aumenta a quantidade de MMP e citocinas de degradação cartilaginosa o Estudos apontam que sobrecargas mecânicas e repetidas, em indivíduos de 50 a 70 anos, podem ser a causa inicial da degeneração discal o Fatores genéticos também são importantes na patogênese da degeneração discal na velhice ▪ O genótipo COLIA1Sp1 é um fator de risco genético para a discopatia na velhice • A proteína YKL-40 tem importante papel na remodelação da cartilagem • A articulação diartrodial possui membrana sinovial, um tecido conjuntivo vascular que reveste a superfície interna da cápsula articular e é responsável pela elaboração do líquido sinovial • É local dos principais processos reumáticos na velhice • O líquido sinovial pode ser considerado um dialisado do plasma sanguíneo com a adição de um mucopolissacarídeo, o ácido hialurônico o Lubrifica a articulação o Faz a nutrição da CA • A membrana sinovial possui 3 camadas, no sentido de dentro para fora: o Camada íntima: ▪ Zona avascular formada por uma camada superficial de células o Camada subíntima: ▪ Rica em células e vasos o Camada subsinovial: ▪ Separa a camada subíntima do tecido fibroso capsular ▪ Formada por tecido conjuntivo frouxo • O líquido sinovial circula livremente entre as camadas • Envelhecimento da articulação diartrodial: Laura Catarine – M4 o Considera-se que a membrana sinovial não se altera com a idade o Após os 20 anos de idade, há maior quantidade de estroma abaixo das células limitantes, que se apresenta mais espesso e denso o Estudo do envelhecimento da membrana sinovial do joelho: ▪ Aumento do colágeno ▪ Hipertrofia das células limitantes do tipo secretor ▪ Aumento do número de células limitantes do tipo macrofágico ▪ Vilosidades mais numerosas ▪ A rede vascular e a distribuição celular se tornam mais irregular o Os compostos do líquido sinovial decrescem progressivamente com o envelhecimento ▪ Em mulheres os sulfatos de condroitina estão em concentraçõesmenores que em homens • Maior massa tecidual do corpo humano • Com o envelhecimento, há uma diminuição lenta e progressiva da massa muscular, sendo o tecido substituído por colágeno e gordura o Diminui aproximadamente de 50% dos 20 aos 90 anos o Diretamente relacionado à diminuição da força muscular • Observou-se que a força do quadríceps aumenta progressivamente até os 30 anos, começa a declinar após os 50 anos e diminui acentuadamente após os 70 anos • A força muscular diminui mais ou menos 15% por década até a 6ª ou a 7ª década e aproximadamente 30% após esse período • Sarcopenia: declínio muscular relacionado à idade o Denota o complexo processo do envelhecimento muscular associado a diminuições da massa, da força e da contração muscular o Causas: ▪ Alterações no metabolismo do músculo ▪ Alterações endócrinas ▪ Fatores nutricionais, mitocondriais e genéticos o O grau de sarcopenia varia em cada músculo ▪ É mais evidente em membros inferiores que superiores • Pode afetar o equilíbrio, a ortostase e a marcha dos idosos o Após os 60 anos, a prevalência de sarcopenia é de 30%, aumentando com o envelhecimento o A sarcopenia aumenta o risco de quedas, levando a um estado de dependência cada vez mais grave o A sarcopenia contribui para uma menor densidade óssea, menor sensibilidade à insulina e menor capacidade aeróbica • O envelhecimento está associado a uma diminuição da altura, do peso e do índice de massa corpórea • Idosos possuem uma menor musculatura esquelética, fruto do desuso, de doenças, da subnutrição e dos efeitos acumulativos da idade • A força muscular e a área de secção transversal do músculo diminuem com o envelhecimento o Essas alterações explicam parcialmente a perda de força idade-relacionada • No idoso, a excitabilidade do músculo e da junção mioneural está diminuída, o que resulta em menos força e desenvolvimento lento das funções mecânicas o Contração duradoura, relaxamento lento e aumento da fadiga • A diminuição da força muscular na cintura pélvica e nos extensores do quadril resulta da dificuldade para a impulsão e o levantar-se • Exercícios mantidos durante a vida podem evitar em grande parte as deficiências musculares idade-relacionadas • Ingestão proteica diária inadequada resulta em maior perda de massa muscular • A diminuição da resistência muscular devido ao envelhecimento associado a situações estressantes, como doença aguda, pode ser causa de rápido descondicionamento, com risco de imobilidade, menor estabilidade estrutural e quedas Laura Catarine – M4 • Marcha do idoso: o Menor comprimento dos passos o Menor extensão dos joelhos o Menor força da flexão plantar dos tornozelos o Menor velocidade dos passos o Muitas patologias podem ser identificadas por alterações na marcha • A menor capacidade de trabalho muscular é um dos primeiros sinais da velhice o Exercícios que melhoram a função muscular contribuem para a manutenção da independência e de uma melhor qualidade de vida para os idosos • O envelhecimento diminui a velocidade de condução nervosa • Aumento no balanço postural • Diminuição dos reflexos ortostáticos • Aumento do tempo de reação • Perda do olhar fixo para cima • Prejuízo dos movimentos dos tornozelos e da sensibilidade vibratória dos pés • O centro de gravidade das pessoas idosas muda para trás do quadril • A idade avançada está associada à disfunção dos nervos periféricos, o que compromete a força distal e a sensação espacial, além de determinar ataxia e hipotrofia muscular • Anormalidades na marcha Laura Catarine – M4 / Tutoria Farmacocinética e farmacodinâmica em idosos Introdução O envelhecimento altera a sensibilidade e o efeito de vários fármacos Deve haver cautela na prescrição de medicamentos a fim de evitar iatrogenia Farmacocinética Farmacocinética é o conjunto de processos sofridos pelos fármacos no corpo humano a partir de sua administração Abrange absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos medicamentos Absorção: o Alterações observadas: Menor número de células de absorção Maior ph gástrico Menor motilidade do sistema digestório Menor trânsito intestinal o Consequências: Absorção sem alterações significativas desde que mantenha a integridade da mucosa gástrica, pois os fármacos normalmente são absorvidos por transporte passivo e não há evidências de alterações nessa via Distribuição: o Alterações: Maior massa de gordura Menor massa hídrica Menor albumina sérica o Consequências: Maior meia-vida de fármacos lipossolúveis Isso pode promover um maior tempo de ação medicamentosa e risco de efeitos colaterais Menor volume de distribuição de fármacos hidrossolúveis Isso ocorre porque há menor água corporal total Maior fração livre de fármacos ligados à albumina Metabolismo: o Alterações: Menor massa hepática e fluxo sanguíneo hepático Menor atividade do citocromo P-450 o Consequências: Menor metabolismo de fármacos fluxo-dependentes, ou seja, que tem alto grau de depuração hepática Menor metabolismo oxidativo Excreção: o Alterações: Menor massa renal total Menor fluxo plasmático renal Menor taxa de filtração glomerular o Consequências: Menor clearence dos fármacos de excreção renal Baixo efeito sobre a meia-vida de eliminação de fármacos Maior risco de toxicidade do fármaco Farmacodinâmica Alterações em mecanismos homeostáticos: o Alterações: Diminuição de várias funções orgânicas o Consequências: Laura Catarine – M4 / Tutoria Maior risco de hipotensão ortostática pelo uso de anti- hipertensivos Receptores: o Alterações: Diminuição da maioria dos receptores o Consequências: Sensibilidade alterada Laura Catarine – M4 / Tutoria • O exercício intenso provoca um estresse extremo o Se ele for mantido por um período moderadamente longo, pode ser letal • A fisiologia do esporte trata dos limites máximos aos quais diversos mecanismos corporais podem ser mobilizados • Os principais valores quantitativos para as mulheres, como força muscular, ventilação pulmonar e débito cardíaco correspondem a dois terços ou três quartos dos valores do homem • O músculo da mulher pode alcançar quase a mesma força máxima de contração que os homens • A testosterona possui efeito anabólico, o que causa aumento do depósito de proteínas em todos tecidos corporais, principalmente nos músculos o Homens com baixa atividade física e níveis normal de testosterona tem crescimento muscular cerca de 40% a mais que as mulheres • O estrogênio aumenta a deposição de gorduras nas mulheres, especialmente nos seios, quadril e tecido subcutâneo o Isso explica a diferença das taxas de gordura corporal entre homens e mulheres nas mesmas condições • A força de um músculo é determinada principalmente pelo seu tamanho o A força de contração máxima varia entre 3 a 4 kg/cm2 o Um homem com níveis adequados de testosterona, ou que tenha aumentado seu tamanho muscular, possuirá um aumento correspondente na força muscular o Quando a força muscular age sobre tendões e superfícies articulares, se atingirem seu máximo, podem provocar rompimento de tendão e articulação, deslocamento de cartilagens, fraturas de compressão, entre outros • A força de sustentação dos músculos é cerca de 40% maior que a força de contração o Se um músculo estiver contraído e uma força for aplicada na tentativa de alongar a musculatura, isso requer 40% mais força do que apenas a de contração ▪ Exemplo: contato com o solo após um salto o Um alongamento forçado de um músculo em contração máxima pode levar a um grau máximo de lesão muscular • Potência muscular: o É uma medida da quantidade totalde trabalho que o músculo realiza em uma unidade de tempo o É determinada pela força da contração muscular, distância da contração e número de vezes que o músculo se contrai por minuto o Unidade: quilogramas metro por minuto ▪ 1 kg-m/min: um músculo que consegue levantar ou mover lateralmente um objeto de 1 kg por 1 metro em 1 minuto o Potência máxima dos músculos é aproximadamente: ▪ Primeiros 8 a 10 segundos: 7000 kg-m/min ▪ Minuto seguinte: 4000 kg- m/min Laura Catarine – M4 / Tutoria ▪ Próximos 30 minutos: 1700 kg- m/min o Uma pessoa tem a capacidade de surtos de extrema potência por curtos períodos ▪ Isso não quer dizer que a eficiência de um exercício rápido seja maior que a de um exercício lento e sustentado, na verdade a eficiência é muito menor • Resistência: o Depende do aporte nutricional para o músculo, principalmente da quantidade de glicogênio previamente armazenada no músculo ▪ Pessoas com dieta rica em carboidratos possui maior quantidade de glicogênio armazenado, o que melhora muito a resistência muscular o Tempo em que um atleta pode sustentar o exercício até a exaustão completa: ▪ Dieta rica em carboidratos – 240 min ▪ Dieta mista – 120 min ▪ Dieta rica em gorduras – 85 min • Medidas quantitativas especiais da atividade de 3 sistemas são importantes para o entendimento dos limites da atividade física: o Sistema da fosfocreatina-creatina o Sistema do glicogênio-ácido lático o Sistema aeróbico • Trifosfato de adenosina: o A fonte de energia utilizada para causar a contração muscular é o ATP o A cada remoção de fosfato de um ATP há a liberação de 7300 calorias de energia para o processo de contração muscular ▪ A remoção do primeiro fosfato transforma o ATP em ADP e a remoção do segundo fosfato o transforma em AMP o A quantidade de ATP presente nos músculos mesmo em um atleta bem treinado é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas 3 segundos ▪ Para perdurar a potência muscular máxima é necessário que novo ATP seja formado continuamente • Sistema da fosfocreatina-creatina: o A fosfocreatina possui fórmula: creatina- PO3 o A ligação de fosfato da fosfocreatina libera 10300 calorias o A fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstituir a ligação do ATP o A maioria das células musculares possui de 2 a 4 vezes mais fosfocreatina que ATP o A fosfocreatina armazenada no musculo está quase instantaneamente disponível para a contração muscular o A combinação da quantidade de ATP e de fosfocreatina existente na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno ▪ Pode fornecer energia para potência máxima muscular por 8 a 10 segundos ▪ Esse sistema é suficiente para pequenas solicitações de potência muscular máxima ▪ Libera 4 moles de ATP/min ▪ Utilizado em atividades físicas de curta duração • Sistema do glicogênio-ácido lático: o O glicogênio armazenado no músculo pode ser quebrado em glicose que vai ser usada como energia o 1 – Glicólise anaeróbica ▪ Cada glicose dá origem a duas moléculas de ácido pirúvico e liberação para formar 4 moléculas de ATP o 2 – Se houver oxigênio suficiente ocorre a fase oxidativa, se não (como no caso do exercício) o ácido pirúvico é Laura Catarine – M4 / Tutoria transformado em ácido lático, que é difundido para o sangue o O sistema glicogênio-ácido lático produz ATP 2,5 vezes mais rapidamente que o mecanismo oxidativo da mitocôndria ▪ Esse mecanismo anaeróbico da glicólise pode ser usado como uma fonte rápida de energia o O sistema glicogênio-ácido lático pode fornecer de 1,3 a 1,6 minuto de potência muscular máxima, somando-se aos 8 a 10 segundos fornecidos pelo sistema fosfágeno o Libera 2,5 moles de ATP/min • Sistema aeróbico: o É a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia o Nesse sistema a glicose, ácidos graxos e aminoácidos combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia que são utilizadas para converter AMP e ADP em ATP o Esse sistema libera energia enquanto houver nutrientes o Libera 1 mole de ATP/min o Sistema utilizado em atividades atléticas prolongadas • A energia do sistema aeróbico pode ser usada para reconstituir todos os outros sistemas • Reconstituição do sistema do ácido lático: o Significa a remoção do excesso de ácido lático acumulados nos líquidos corporais ▪ Necessário porque o ácido lático causa fadiga extrema o Feitas de duas maneiras: ▪ 1 – Uma pequena porção é convertida novamente em ácido pirúvico e é então metabolizada oxidativamente por todos os tecidos corporais ▪ 2 – O ácido lático remanescente é convertido em glicose, principalmente no fígado, e essa glicose vai constituir o glicogênio muscular • Recuperação do sistema aeróbico após o exercício: o Mesmo nos estágios iniciais de um exercício intenso, uma porção da capacidade aeróbica de um indivíduo é exaurida o Resulta do déficit de oxigênio e do esgotamento dos estoques de glicogênio muscular o Déficit de oxigênio: ▪ O corpo humano normalmente possui 2 litros de oxigênio estocados, mesmo sem inalação de nenhum oxigênio • 0,5 litros no ar dos pulmões • 0,25 litro dissolvido nos líquidos corporais • 1 litro combinado com hemoglobina no sangue • 0,3 litro nas próprias fibras musculares, combinado principalmente com a mioglobina ▪ No exercício intenso esse oxigênio armazenado é usado dentro de cerca de 1 minuto pelo metabolismo aeróbico ▪ Após o término do exercício, esse estoque tem que ser reposto com a inalação de doses extras de oxigênio ▪ Cerca de 9 litros a mais de oxigênio devem ser consumidos para reconstituir o sistema fosfágeno e do ácido lático ▪ É necessário inalar cerca de 11,5 litros de oxigênio para suprir o déficit de oxigênio ▪ Déficit de oxigênio alático: • Porção inicial do déficit de oxigênio • Representa cerca de 3,5 litros Laura Catarine – M4 / Tutoria • Corresponde ao momento que o corpo está reconstituindo o sistema do fosfágeno e retornando a porção do oxigênio armazenado ▪ Déficit de oxigênio lático: • Porção fina do déficit do oxigênio • Representa cerca de 8 litros • Corresponde ao momento em que o ácido lático é removido, dura cerca de 40 minutos • Recuperação do glicogênio muscular: o Geralmente é uma recuperação que dura dias o Em uma pessoa com dieta rica em carboidratos, a recuperação total ocorre em cerca de 2 dias ▪ É importante um atleta possuir uma dieta rica em carboidratos antes de uma atividade exaustiva o Pessoas com uma dieta rica em gorduras, proteínas ou sem alimentação, não mostram recuperação mesmo depois de 5 dias • Nas fases iniciais do exercício há o grande uso de carboidratos • Os músculos também usam gordura na forma de ácidos graxos e ácido acetoacético, além de usar proteínas na forma de aminoácidos • Em atividades físicas que duram mais de 4 a 5 horas, o glicogênio armazenado no musculo se esgota quase que completamente e não possui eficácia em promover contração muscular • Com o esgotamento do glicogênio há a utilização das gorduras como fonte de energia o Após a exaustão, cerca de 60 a 85% da energia é derivada das gorduras • A energia fornecida pelos carboidratos é relacionada com o armazenamento de glicogênio no fígado, que libera glicose no sangue, sendo esta mobilizada para os músculos para promover a contração muscular o Ou seja, se há glicogênio e glicose disponível, eles são as primeiras fontes de energia a serem utilizadas • Importância do treinamento de resistência máxima: o Músculos que funcionam sem nenhuma carga, mesmo que sejam exercitados por horas, aumentam pouco a sua força o Músculos que se contraem a mais de 50% da carga máxima desenvolverão a força rapidamente, mesmoque sejam poucas contrações diárias o Pesquisas afirmam que 3 séries de 6 contrações musculares quase máximas, três vezes por semana, aumentam de forma quase ideal a força muscular, sem produzir fadiga crônica o A força muscular e a massa muscular aumentam cerca de 30% durante as primeiras 6 a 8 semanas, mas permanecem inalterável após esse tempo ▪ O aumento da massa muscular se chama hipertrofia muscular • Hipertrofia muscular: o O tamanho médio dos músculos de uma pessoa é determinado pela hereditariedade e pelo nível de secreção de testosterona, o que em homens contribui para músculos consideravelmente maiores do que em mulheres o Com treinamento, os músculos podem ser hipertrofiados de 30 a 60% o Resulta do aumento do diâmetro das fibras musculares ▪ Algumas fibras dividem-se, formando fibras novas Laura Catarine – M4 / Tutoria o Mudanças que ocorrem dentro da fibra muscular hipertrofiada: ▪ Aumento no número de microfibrilas proporcional ao grau de hipertrofia ▪ Aumento nas enzimas mitocondriais – 120% ▪ Aumento de ATP e fosfocreatina – 60 a 80% ▪ Aumento no estoque de gordura – 75 a 100% ▪ Aumento no estoque de glicogênio – 50% • Fibras de contração rápida e fibras de contração lenta: o Todos os músculos têm porcentagens variadas de fibras de contração rápida e de contração lenta o Fibras de contração rápida tem cerca do dobro do diâmetro o As enzimas que promovem rápida liberação de energia nos sistemas do fosfágeno e do glicogênio-ácido lático são 2 a 3 vezes mais ativas nas fibras de contração rápida que as de contração lenta ▪ Isso faz com que a potência máxima seja atingida em um curto período o Fibras de contração lenta são organizadas principalmente para resistência ▪ Possuem mais mitocôndrias ▪ Possuem mais mioglobina, que aumenta a taxa de difusão de oxigênio ▪ As enzimas do sistema aeróbico são mais ativas o O número de fibras de capilares é maior ao redor das fibras de contração lenta do que nas fibras de contração rápida • Diferenças hereditárias entre atletas para fibras de contração rápida vs fibras de contração lenta: o A quantidade de fibras de contração rápida e lenta varia em cada pessoa ▪ Isso determina a capacidade atlética dos indivíduos o Não é comprovado que treinamento muda as proporções das fibras • A respiração tem grande importância em modalidades de resistência • Consumo de oxigênio e ventilação pulmonar no exercício: o O consumo de oxigênio de um homem jovem em repouso é de 250 mL/min o Consumo em condições de esforço máximo: ▪ Homens destreinados – 3600 mL/min ▪ Homens treinados – 4000 mL/min ▪ Maratonistas masculinos – 5100 mL/min o O consumo de oxigênio e a ventilação pulmonar aumentam cerca de 20 vezes entre o estado de repouso e a intensidade máxima do exercício em atletas bem-treinados • Limites da ventilação pulmonar: o Ventilação pulmonar no exercício máximo – 100 a 110 L/min o Capacidade respiratória máxima – 150 a 170 L/min o A capacidade respiratória máxima é cerca de 50% maior que a ventilação pulmonar real durante o exercício ▪ Essa ventilação extra é um fator de segurança para o atleta, sendo utilizada em exercícios em altitudes elevadas, lugares muito quentes ou em caso de anormalidades no sistema respiratório • Efeito do treinamento sobre a Vo2 máxima: o Vo2 máx: taxa de oxigênio utilizada sob condições máximas do metabolismo aeróbico o A curto prazo, maratonistas aumentaram em 10% a Vo2 máx. ▪ Esse valor pode aumentar em treinamento a longo prazo o A Vo2 máx. de uma pessoa destreinada é 45 vezes menor que a de um maratonista Laura Catarine – M4 / Tutoria • Capacidade de difusão do oxigênio de atletas: o É a medida que avalia a difusão do oxigênio dos alvéolos para o sangue o Ocorre um grande aumento na capacidade de difusão entre o estado de repouso e o exercício máximo ▪ Isso ocorre porque no exercício máximo há o aumento no fluxo sanguíneo dos capilares pulmonares, o que aumenta a área que o oxigênio pode ser difundido para o sangue o Atletas que exigem maiores quantidades de oxigênio por minuto têm maior capacidade de difusão o É provável que o treinamento de resistência aumente a capacidade de difusão do oxigênio • Gases sanguíneos durante o exercício: o Os níveis de oxigênio e dióxido de carbono se mantém próximo aos níveis normais, mesmo durante exercícios pesados o Os gases sanguíneos não têm que se tornarem anormais para que o processo respiratório seja estimulado no exercício físico o A respiração é estimulada por mecanismos neurogênicos durante o exercício ▪ Uma parte dessa estimulação resulta da estimulação direta do centro respiratório pelos mesmos sinais neurais que são transmitidos do cérebro para o músculo em exercício ▪ Outra parte dessa estimulação resulta de sinais sensoriais transmitidos dos músculos em exercício para o centro respiratório • Efeitos do tabagismo na ventilação pulmonar durante o exercício: o A nicotina causa constrição dos bronquíolos, o que aumenta a resistência ao fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões o Os efeitos irritativos da fumaça causam um aumento da secreção de líquidos na árvore brônquica e um edema dos revestimentos epiteliais o A nicotina paralisa os cílios das células epiteliais respiratórias, o que promove o acúmulo de secreção e restos celulares na via, dificultando a respiração o Em fumantes crônicos: ▪ Ocorre bronquite crônica ▪ Obstrução de muitos bronquíolos terminais ▪ Destruição de muitas paredes alveolares o Até um fumante moderado sente um cansaço respiratório durante o exercício máximo, e o desempenho pode ser reduzido • Fluxo sanguíneo muscular: o A função fundamental do sistema cardiovascular durante o exercício é prover oxigênio e nutrientes para os músculos que estão se exercitando, por isso o fluxo sanguíneo muscular aumenta muito durante o exercício o O processo contrátil diminui temporariamente o fluxo sanguíneo para o músculo porque ele se contrai e comprime os vasos sanguíneos intramusculares ▪ Contrações musculares tônicas intensas causam uma rápida fadiga muscular, por causa da falta de oferta de oxigênio e nutrientes o O fluxo sanguíneo para os músculos durante o exercício aumenta ▪ Pode aumentar até 25x durante exercícios extenuantes ▪ Isso ocorre pela vasodilatação causada pelo aumento do metabolismo muscular, e pelo aumento moderado na pressão arterial que ocorre no exercício • O aumento da pressão força a passagem de mais sangue e diminui a resistência vascular Laura Catarine – M4 / Tutoria • Trabalho realizado, consumo de oxigênio e débito cardíaco durante o exercício: o O trabalho realizado por um músculo aumenta o consumo de oxigênio e este dilata os vasos musculares, aumentando o retorno venoso e o débito cardíaco o Pessoas destreinadas podem aumentar o débito cardíaco em 4 vezes e atletas bem treinados aumentam o DC em 6 vezes • Efeitos do treinamento na hipertrofia cardíaca e no débito cardíaco: o Durante o treinamento o coração também sofre hipertrofia o Maratonistas aumentam em 40% o tamanho das câmaras cardíacas e a massa cardíaca ▪ O DC em repouso, do maratonista, é quase igual ao da pessoa destreinada ▪ A eficácia do bombeamento de sangue em maratonistas é quase que 50% maior que em pessoas destreinadas ▪ Ocorre uma diminuição da FC em repouso o Essa hipertrofia é quase que totalmente em treinamentos de resistência e não no treinamento de potência • O papel do volume sistólico e da frequência cardíaca no aumento do débito cardíaco: o O aumento da FC conta muito mais para o aumento do débito cardíaco do que o aumento do volume sistólico durante exercícios pesados • Relação entre desempenho cardiovascular e VO2 Máx. o