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Neonatologia em equinos A gestação do equino dura de 330 a 345 dias, assim, se nascer antes de 320 é prematuro (300-320 dias), antes de 300 dias é um potro inviável, dizemos que o parto foi a termo quando o nascimento ocorre no período normal e esperado, nem antes nem depois (320-380 dias). O potro inviável (nascimento antes dos 300 dias), não vive, pois o pulmão não esta maturado, e outras partes do metabolismo também. A partir de 320 dias pode ser dismaturo (prematuro), nasce mais magro, menor, é empírico para saber. Muares e asininos tem em média 380 dias de gestação (mais ou menos 360 dias para híbrido). Sinais de maturação no potro: Manejo sanitário da égua: Importante que a égua esteja bem nutrida, caso contrário ela não vai ciclar. Perinatologia: Inclui a parte final da gestação, parto e primeira semana de vida do neonato. Neonatologia: É o estudo das doenças que acometem o neonato. É considerado neonato até 28 dias de vida. Pelagem longa e abundante com coloração própria Molares presentes Peso médio entre 30 e 60 kg Cascos bem formados Deve-se acompanhar a gestação, examinar, avaliar, fazer palpação e ultra-som, é possível confirmar a prenhez com 15 dias. Repetir com 45 dias para saber se ela continua prenhe, pois nesse período inicial é comum reabsorção embrionária. É importante se ater ao fato de que deve ter apenas um embrião, éguas não podem ter gestação gemelar! Fornecer de preferência um capim de qualidade, feno e uma ração adequada para égua gestante. Varia de acordo com o porte do animal, e geralmente aumenta um pouco durante a gestação (15%). O piquete maternidade deve ser limpo, e a égua deve ir pra lá com antecedência, 30-60 dias antes do parto. É importante que ela vá antes para que ela adquira os anticorpos contra os organismos presentes naquele piquete, que embora seja limpo, não é estéril, e estes anticorpos passem ao potro pelo colostro. A égua deve ser vacinada contra raiva antes de emprenhar, (A primeira é feita com 4 meses de vida e depois reforço anual), deve ser vacinada contra o vírus do aborto equino (EHV1), no quinto, sétimo e nono mês da gestação, e deve ser vacinada contra tétano com 30 dias de antecedência ao parto. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: A vacina de raiva só é feita pela primeira vez com 4 meses, por que tem que esperar a maturidade imunológica para que, o potro, produza os próprios anticorpos. A mãe sendo imunizada não imuniza o potro pois os AC não passam a barreira placentária, a transferência de imunidade só ocorre via colostro e/ou depois vacinando o próprio potro. Pré parto: Manejo sanitário do pré-parto/ Parto: 2 semanas antes: Tumefação do úbere; 4-7 dias antes: Descida do colostro (vemos um liquido amarelado escorrendo na ponta dos tetos); 1-4 dias antes: Serume oleoso nos tetos da égua; 1-2 dias antes: Égua se afasta do seu grupo; + ou - 24h antes do parto: Relaxamento da vulva (dificíl de ver); Momentos antes: Égua deita e levanta com mais frequência. Importante que o piquete seja confortável, 1 animal por piquete, se possível, o parto deve ser assistido (geralmente ocorre de noite). Na avaliação da égua antes do parto deve-se, ligar cauda, lavar vulva, úbere. Manter o piso mais seco e limpo possível. 20 minutos antes de parir na égua também rompe a bolsa e expulsa de 4 a 8 L de liquido. Em seguida a égua deita, logo aparece primeiro a placenta. Pode ser posicionado um alarme na vulva que ativa pela dilatação, assim, no momento do parto ele vai ressoar. Égua com a cauda ligada, para evitar sujidades e contaminação. Égua com alarme posicionado na vulva. Manejo sanitário da égua e do potro (pós-parto): A égua tem que levantar, pois se o potro for muito grande pode comprimir os nervos e dar uma paresia pós parto, verifica se há sangamentos, laceração de períneo, parâmetros, ver se ela se interessa pelo potro (cheirar, limpar dar de mamar), se não houver interesse ela pode matar o mesmo, primíparas tem que se atentar o dobro, pois há mais chance de rejeição. Avaliar a placenta, ver se saiu tudo e características da mesma, em casos de retenção de placenta podemos ver: Endometriose, metrite. Se ficar uma parte retida tem que puxar devagar. Avaliar o potro: Se esta anatomicamente bem, o potro demora até 2 horas para levantar, verificar se ele vai procurar o teto da égua, e a égua. 2-20min: Testa o reflexo de sucção 1-2h: Posição quadrupedal, primeira mamada, e defecação. Doenças neonatais: 8h: Primeira micção. Estado mental: vivo, alerta, responsivo Temperatura corporal: 37,2-38,9°C FC: 65-135 bpm; (x80; sempre >60) FR: 60-70; após 12 hs: 20-40 mpm; Mucosas: róseas e TPC: 1 segundo. Ingestão de colostro - garantir a ingestão de colostro da égua ou de um banco. Ou utilizar plasma hiperimune, o que é dificil devido ao tamanho do animal (alta quantidade). Com 1 semana a égua ainda tem colostro. Cura do umbigo feita com iodo 2% ou clorexidine 1% na lesão, todos os dias até que a cicatrização esteja completa (+ou- 1 semana). Controle de ectoparasitas, não utilizar organofosforados, porque reduzem a motilidade gástrica e pode resultar em cólica. Falha de transferência de imunidade passiva (FTIP): Ocorre devido a uma baixa porcentagem de igG no colostro, por lactação prematura ou tardia, falha na secreção de IgG para o colostro, mastite, gestação gemelar (má divisão do colostro), égua primípara (colostro de baixa qualidade), vazamento do colostro antes do parto (mais comum), medicamentos que atrapalham (uso constante de corticoides (baixa IgG), parto prematuro, dificuldade na sucção, fraqueza, anomalias congênitas (fenda palatina), potro órfão, má absorção por estresse ou infecção. Diagnóstico: Turvação por sulfato de zinco (TSZ), aglutinação em látex, avaliação imunoenzimática, teste rápido, fracionamento de proteína por eletroforese Tratamento: Fornecer imunidade ao animal, plasma hiperimune de acordo com a gravidade do quadro do animal: Septicemia (sepses): Infecção generalizada, pode ocorrer por: fatores maternos (pré-natal), pós FTIP, cura do umbigo inadequada, pós nascimento. Sinais clínicos: Letargia, depressão, taqui/bradicardia, hiper/hipotermia, mucosas congestas ou cianóticas, diminuição ou ausência do reflexo de deglutição, oliguria (baixa produção de urina), convulsão. Diagnóstico: Anamnese completa!! Importante saber sobre o ambiente, a saúde da égua e como foi feito o parto. Exames laboratoriais: hemograma (neutrofilia, por alterações tóxicas, leucopenia, hipoglicemia, hiperfibrinogemia), hrmocultura (E. coli, Klebsiella, Enterobacter, AcGnobacillus, Pseudomonas,, Salmonella, Streptococcus). Tratamento: Plasma hiperimune, antibioticoterapia, AINEs, correção hidroeletrolítica, glicêmica e acidobásica, suporte nutricional (sucedâneo ou parenteral), anticoagulante. Síndrome da asfixia, hipóxia perinatal (conhecida como potro bobo): Prejuízo da perfusão placentária no pré/intra/pós-parto, compromete a troca de gases, placentária, pulmonar, causando hipoxemia. Resulta na falta parcial ou total de oxigêenio no sangue ou cérebro, causa uma acidose mista (respiratória e metabólica). Pré-natal: não chega muito sangue no feto e, consequentemente, tambem não chega oxigênio, pode ser devido a doenças da própria placenta. Intraparto: Distocia, separação prematura de placenta (o neonato respira dentro do útero), inércia uterina, indução do parto com ocitocina, cesariana Período neonatal: Prematuridade, doenças que causam decúbito, doenças pulmonares, choque séptico, anemia, doenças cardiovasculares congênitas, os sinais podem aparecer até 72h pós parto, é muito relacionada ao SNC, pois causa coma, semi-coma, convulsões, disfagia. Tratamento: Viabilidade das vias aéreas, decúbito esternal, estímulo mecânico (fricção), oxigenioterapia, aquecimento, suporte nutricional, correção da acidose, fluidoterapia alcalina (ringer lactato, por ex), plasma hiperimune ou colostro, poisnão sabe se mamou direito. Diagnóstico: Anamnese (parto e tempo gestacional....), APGAR modificado, hemogasometria, tem teste rápido tambem. Retenção de mecônio: O mecônio nada mais é do que as “primeiras fezes” do neonato, é constituído por secreções, fluido amniótico, células e bile, pois era apenas isso que o feto ingeria na vida intrauterina, tem coloração escura, verde amarronzada. A retenção do mecônio vai fazer com que ele fique compacto, pois o intestino grosso vai absover toda a água contida nele, gerando cólica, pois as fezes vão “fermentar” lá fazendo uma multiplicação dos microorganismos, e morte dos mesmos, o que leva a liberação de toxinas na corrente sanguínea, gerando toxemia no animal, que entra rapidamente num quadro de sepse e pode ir a óbito. Se não liberou o mecônio foi porque não comeu. Se passou +12h que o neonato mamou o colostro e ele ainda não eliminou, então está retido. Pode ser que esteja retido por atresia anal, ou má formações congênitas Sinais clínicos: Cifose, esforço pra defecar, olhar o flanco, rolar, distensão abdominal, taquicardia e taquipneia (devido a dor), toxemia. Diagnóstico: História, sinais clínicos e exames: Rx e US, laparocentese - na laparocentese verifica-se quadro de peritonite (liquido inflamatório), e no RX e US (presença de fezes e gases no intestino). Tratamento; Pode ser clínico ou cirúrgico, o clinico envolve: Enemas mornos + suporte geral, fazer enema com óleo mineral ou furanil. Fluidoterapia. O cirúrgico envolve: laparotomia e subsequente enterotomia, lembrando que o potro tem muita fibrina, no organismo, então tem altas chances da cirurgia causar aderência e cólica, no futuro. Isoeritrólise neonatal: é uma enfermidade de potros neonatos, caracterizada pela destruição imunomediada das hemácias do neonato, desencadeada por anticorpos da mãe ingeridos no colostro, geralmente ocorre se a mãe for previamente sensibilizada, como resultado de ter recebido transfusão sanguínea de um doador, que fosse positivo para antígenos clinicamente importantes, geralmente em primíparas. Sinais clínicos: 12-72 h pós-parto apresentam queda do reflexo de sucção (primeiro sc dos potrinhos), letargia, taquipneia (devido a falta de hemácias), mucosas pálidas, ictéricas (bilirrubina), ou, em casos graves, cianóticas. Anemia, hipoxia anêmica, hemoglobinúria. Tratamento: Não deixar o potro mamar o colostro, até 72 horas pós parto, porque aí o intestino não absorve mais imunoglobulinas, plasma hiperimune (repõe imunoglobulinas, não é possível em ruminantes), transfusão de sangue total, fluidoterapia, correção eletrolítica e acidobásica, corticoides (para reduzir a reação de hipersensibilidade contra as hemácias). Transfusão SEM utilizar o sangue da mãe, se possível fazer o teste de Coombs também para transfusão, tanto do plasma quanto do sangue. Diagnóstico: Anamnese (Ingestão de colostro? Quanto colostro? É o primeiro parto? O cruzamento já foi realizado, mesmo garanhão em mais de um cruzamento?), hemograma e bioquímico, anemia e hiperbilirrubinemia, teste de Coombs- Detecta anticorpos irregulares, verificando se há anticorpos ligados à hemácia e se esses anticorpos são derivados do próprio sistema imune ou recebidos por transfusão, ou, no caso, vindos pelo colostro, utiliza-se o soro sanguíneo da mãe e pinga o sangue do potro dentro, é positivo quando tem aglutinação, causada pela lise das hemácias, é fácil, dá pra fazer a campo. O sangue do cavalo sedimenta sozinho se deixar parado. Sinais são preoces ou tardios, há depender de quanto anticorpo há no colostro. No teste positivo podemos ver claramente a aglutinação. Onfaloflebite: Inflamação da veia umbilical e do umbigo, por agentes bacterianos: E. coli, Streptococcus zooepidemicus, Clostridium. Se inícia no umbigo e na veia umbilical e pode evoluir para o sistema (sepse). É uma infecção persistente. Causada pela cura mau feita do umbigo, o que leva a infecção. Sinais clínicos: edema, presença de secreção purulenta e necrose, febre, diarreia, apatia, hiporexia, ou anorexia, aumento de volume. Diagnóstico: Anamnese, pergunta, como foi realizada a cura do umbigo? Se foi feita? + sinais clínicos, hemograma e USG (vê qual a extensão da infecção, quais vasos estão acometidos). Imagem de potro com onfaloflebite, vê-se evidente aumento de volume. Imagem de potro com persistência do úraco. Tratamento: Drenagem do liquído purulento (infecção circunscrita tem que drenar!!), curetagem (devido ao biofilme produzido pelas bactérias, tem que “raspar” por dentro), cirurgia (Normalmente são cirurgicos, drenagem e curetagem já se encaixam aí). Desinfecção com iodo 2-10% (iodo mais forte pode queimar a pele), antibioticoterapia e anti-inflamatório, após drenar e curetar. Persistência do úraco: Também chamado de Uraco pérvio, é a persistência, após o nascimento, da conexão entre a bexiga e o umbigo, o que faz com que o neonato urine pelo umbigo, pode ocorrer por, rompimento precoce do cordão (rompe dentro do potro), inflamação persistente e infecção, que faz com que o tecido não cicatrize, não feche. Sinais clínicos: Urina deixando o úraco durante ou após (ao fim), da micção normal, umbigo constantemente úmido. Diagnóstico: Clínico (palpação, inspeção) e USG. Tratamento clínico: Cauterização do úraco com iodo, fenol ou nitrato de prata 2 a 7% Tratamento cirúrgico: Em casos que ocorrem o envolvimento de outras estruturas umbilicais ou dilaceração no úraco com tumefação subcutâneo. Ruptura de bexiga / uroperitônio: Consiste na ruptura da bexiga, o que leva ao extravasamento de urina pelo ureter, úraco, e uretra. Não é incomum em potros. Sinais clínicos: Após 48-72 horas de vida, causa peritonite, exusudato inflamatório, incontinência urinária ou tentativas frequentes com eliminação de pequenas quantidades de urina, distensão abdominal, depressão, principalmente por causa da uremia, taquicardia e taquipneia (preensão do diafragma devido a quantidade de líquido no abdomen), dispneia, toxemia. Achados laboratoriais: Aumento sérico de ureia e creatinina, desequilíbrio eletrolítico (K, Na, Cl, que são eliminados na urina). Diagnóstico: Abdominocentese (presença de urina, no abdomen), creatinina peritoneal 2x maior que a creatinina sérica, celularidade normal (por que tem muito líquido), radiografia, em alguns casos, nada muito relevante para perguntar na anamnese. Tratamento: Drenagem do abdomen todos os dias, fluidoterapia, antibioticoterapia, cistorrafia, após estabilizar o estado geral do neonato, pois ele tem que aguentar a cirurgia. Poliartrite séptica: É uma infecção articular de origem bacteriana. Normalmente ocorre em potros com menos de 4 meses, infecção pode vir por via hematógena: umbigo (onfaloflebite), TGI, pulmões ( Streptococcus, E. coli, Stafilococcus, Clostridium) ou direta (ferimentos). É muito importante localizar a infecção primária! Sinais Clínicos: Aumento de volume de 1 ou mais articulações, claudicação de vários graus, hipertermia, e letargia. Diagnóstico: RX, punção articular, exame do líquido sinovial: citologia e cultura, COMPLICAÇÃO: osteomielite (infecção evolui para o osso). Tratamento: Antibioticoterapia (Penicilina + Gentamicina), AINEs, lavagem articular, ácido hialurônico IA. Rhodococcus equi (visão geral): É uma zoonose! Acomete primariamente equinos além de animais domésticos, silvestres e humanos. Doença infecciosa de caráter oportunista, é considerada a doença mais debilitante na criação de potros. Causador de pneumonia grave e muitas vezes fatal em potros (1-6 meses). Rhodococcus equi Gram Positiva (Prescotella equi, Corynebacterium hoagii, Rhodococcus hoagii). Eliminado nas fezes de diversas espécies, incluindo equinos, bovinos, suínos, ovinos, caprinos e cervos, quem come pasto. Multiplica-se ativamente no ambiente, principalmente no solo e material fecal. Como é uma infecção oportunista, a ingestão deficiente de colostropelos potros pode facilitar a doença. Outros fatores predisponentes: deficiente remoção de esterco das instalações, excesso de poeira, proximidade de instalações entre diferentes faixas etárias de animais, superpopulação em piquetes, pastos sujos, clima seco, altas temperaturas. Vias de contaminação: Vias aéreas, sistema digestório, umbilical, tudo é porta de entrada para ele. Sua patogenia depende de muitos fatores, como: Higidez do susceptivel, virulência da linhagem, dose infectante. Mecanismos de evasão do sistema imune nas linhagens virulentas cápsula, ácido micólico, enzimas citolíticas e a presença de plasmídio virulento Vap A. Após a inalação, o microorganismo é fagocitado por neutrófilos e macrófagos alveolares, ele resiste a fagocitose devido ao VAP A, e vai se replicar dentro dos neutrófilos e macrófagos, dessa forma se “esconde” do sistema imune. Após a infecção respiratória e/ou intestinal, R. equi pode promover bacteremia e o estabelecimento de focos supurativos em outros órgãos, incluindo fígado, rins, tecido subcutâneo, ossos e articulações. Sinais clínicos: Curso insidioso até o aparecimento dos primeiros sinais clínicos febre, letargia, inapetência, perda de peso, tosse (produtiva ou não), secreção nasal purulenta (quando presente), Sinais pouco frequentes: osteomielite, abscessos cutâneos, uveíte imuno–mediada. Pneumonia em 60% dos casos, intolerância ao exercício, respiração abdominal, taquicardia e cianose, o pulmão fica hepatizado (com aspecto de fígado, o que significa que perdeu a capacidade de troca gasosa). Sinais entéricos (10- 30% dos casos): Colite ulcerativa e linfadenite mesentérica, faz com que o intestino grosso não absorva mais nada (devido as úlceras). Artropatias em 30% do casos: Sinovites e artrites imuno–mediadas, mais frequentemente na articulação tibio-társica. Diagnóstico: Associação dos achados clínico-epidemiológicos, com apoio dos exames subsidiários citológicos e/ou histopatológicos. Diarreias: Hemograma com leucocitose por neutrofilia, monocitose e elevação nos níveis de fibrinogênio. Radiografia torácica ou ultrassonografia, vê linfadenopatia, abcessos. Isolamento microbiano de amostras: Lavado bronquial ou traqueobrônquico, sangue e órgãos afetados colhidos após a necropsia (pulmão, linfonodos). Provas sorológicas, podem dar resultados falso positivos (anticorpos de origem materna) e falso negativos (animais em início de infecão). PCR: Detecção de linhagens virulentas de R. equi, a parGr de material obGdo de lavados bronquiais. Tratamento: Basicamente antibioticoterapia + terapia de suporte e fluido. Pode-se usar rifampicina, eritromicina, sulfa e trimetoprim, azitromicina, claritromicina e associações entre eles. O tratamento é LONGO (4 a 10 semanas), deve ser continuado até que se normalizem os parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem. Efeitos colaterais: alteração da coloração da urina, diarreia, desidratação, anorexia, A interrupção do tratamento por 24h, pode ser efetiva no controle da diarreia . Profilaxia e controle: Ingestão do colostro nas primeiras horas de vid, identificação precoce dos potros infectados (reduzem as taxas de mortalidade e disseminação de linhagens virulentas), administração de plasma hiperimune (redução de casos graves), a vacinação das éguas em propriedades onde a doença é endêmica (eficácia moderada). Potros com menos de 7 dias e sintomas de depressão ou perda do reflexo de sucção. Causam: Desidratação, cólica, distensão abdominal. Fatores importantes no Histórico do animal: Ingestão de colostro, alimentação, estabulagem, desinfecção do ambiente, vacinação e saúde maternas, uso de medicamentos. Etiologia: Bactérias, agentes virais, nutrição, parasitas, cio do potro, deslocamentos ou bloqueios mecânicos de alças intestinais, uso de antibiótico. Diarreias Bacterianas: Clostridium difficile: Potros de 2 a 5 dias de idade, diarreia aquosa (leve a grave), com cólicas abdominais e enterite necrosante hemorrágica. Diagnóstico: Coprocultura em meio seletivo, demonstração da toxina nas fezes (ausência em fezes de potros sem diarreia). Salmonela spp: Acomete potros com menos de 14 dias de idade, inicialmente sem diarreia (podem apresentar enterite com diarreia leve), depressão, cólicas leves, desidratação, mucosas congestas ou cianóticas, septicemia e bacteremia agudas, envolvimento de pulmões, articulações, corpos vertebrais, rins, olhos (uveíte) e/ou SN. Diagnóstico: Coprocultura (biópsia retal ou sangue), 5 ou mais culturas (agente não eliminado constantemente). Diarreias virais: Rotavírus: Associado a bactérias ou isolado, acomete potros < 2 meses, fica no intestino delgado nas células epiteliais vilosas (perda da absorção), proliferação compensatória de células da crista, maior secreção. Causa: Depressão e anorexia, diarreia aquosa, desidratação, perda de peso, retardo no crescimento. Diagnóstico por ELISA. Diarreias Parasitarias e Nutricionais: Strongyloides westerii: Infecção via leite, causada por hiperingestão de leite, que excede capacidade absortiva pelo intestino delgado, o que leva a fermentação do leite no cólon, que faz com que tenha a produção de açúcares que aumentam a osmolaridade, déficit de lactase Diarreia do cio do potro: Coincide com o estro pós-parto da égua, potro com 7 a 14 dias de vida, etiologia não determinada (teorias). Suspeita-se que venha da ingestão de feno e cereais, e coprofagia (?), causa uma diarreia leve. Tratamento apenas para diarreia continua, febre, depressão, utiliza-se fluidoterapia+ protetor gástrico. Exames complementares usados em caso de diarreia: Hemograma completo- vê neutropenia com desvio a esquerda; Função renal (uréia, creatinina e urinálise): Podem indicar azotemia Hemogasometria- vê hiponatremia (baixo Na no sangue) e acidose metabólica. Abdominocentese: Diferenciação dos casos cirúrgicos e não cirúrgicos. Tratamento genérico: Fluidoterapia IV: Plasma (albumina < 2g/dL e PT < 4 mg/dL). Protetores intestinais/adsorventes V.O: Caolin, salicilato de bismuto, pectina, carvão ativado. Protetores de mucosa gástrica Antibioticoterapia sistêmica de amplo espectro, não usar Aminoglicosídeos, pois são nefrotóxicos.