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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Licenciatura em Pedagogia EAD Aluna: Ranny Barbosa Vaz da Silva Matrícula: 1210204334 Disciplina: Teorias e Saberes do currículo Tutor: Luciana Sobral ANÁLISE DE UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Barra da Tijuca/RJ 2024 Introdução Para a nossa sociedade, a divisão das brincadeiras por gênero está totalmente vinculada aos papéis que o homem e a mulher exercem em seus meios sociais e isso acontece ao longo dos séculos, é uma construção histórica. Entendese o brincar como forma de imitar a realidade, logo, “as mulheres, criadas para a maternidade, a doçura, o cuidado e a educação. Já os homens criados para a proteção, a virilidade e a aventura.” (FERRARI) Uma vez que essa divisão ainda se faça presente na sociedade, em ambiente escolar não será diferente, pois os dois papéis fundamentais da escola são “socializar e democratizar o acesso ao conhecimento e promover a construção moral e ética nos estudantes” (PAR, 2019), sendo a sociedade uma extensão da escola. As relações heteronormativas presentes na escola De acordo com Elian (2013), a visão tradicional das características de gênero na sociedade faz com que as diversidades sejam vistas como invisíveis e/ou erradas. As relações heteronormativas são encontradas dentro da escola das mais diversas formas, geralmente de maneira sutil, como por exemplo as “brincadeiras de meninos” e “brincadeiras de meninas”. É também usada para pautar suas condutas tanto com alunos quanto com o corpo docente. Os alunos que possuem comportamentos que não se encaixam no padrão heteronormativo, como os homossexuais, são regulados por estratégias e táticas usadas pelos professores e pela direção para repreendê-los ou mesmo invisibilizá-los. Essas atitudes contribuem para o bullying homofóbico, em que os sujeitos da sexualidade normativa se aproveitam dos oprimidos como objetos de diversão e de prazer, por meio de “brincadeiras” com o intuito de atormentar e intimidar. Articulando o modelo heteronormativo no ambiente escolar com a homofobia, o artigo aborda de maneira teórica as relações de poder que envolvem estes aspectos, bem como as conquistas e as perspectivas para uma educação nãoheteronormativa e menos homofóbica. (ELIAN, 2013) Como essa invisibilidade pode ser rompida O papel da escola na formação do cidadão é de extrema importância para a construção de uma sociedade saudável e sem preconceitos, por isso, em ambiente escolar, devem ser trabalhados temas como diversidade e inclusão. Nesse sentido, esse cenário de invisibilidade pode ser rompido na escola desde cedo, ainda na primeira infância, através do brincar, ensinando a pais e alunos que brincadeira não tem gênero e/ou mais tarde, no fundamental e médio, promovendo atividades que envolvam a todos, alunos, professores, pais, ou seja, toda comunidade escolar, de forma a desenvolver o pensamento crítico, a autonomia, a colaboração, a cooperação e a capacidade de tomada de decisões. Essas são habilidades básicas para os futuros cidadãos na construção da história social dos quais eles serão agentes. A importância de um currículo crítico e emancipatório para a formação de uma sociedade inclusiva Segundo Bassiano & Lima (2018), para Freire, uma educação capaz de permitir ao educando transitar da consciência ingênua para a consciência crítica, é chamada de Educação Emancipatória. Esse tipo de educação capacita intelectualmente o indivíduo, o tornando capaz de modificar sua realidade e a realidade de sua comunidade. Sendo assim, a importância de um currículo crítico e emancipatório se dá pela capacidade de modificar pensamentos preconceituosos, possibilitando o aprofundamento em temas como “diversidade de gênero”, levando informação e contribuindo para a formação de uma sociedade inclusiva. Conclusão O papel da escola é a formação de cidadãos éticos, sociais e responsáveis, com pensamentos críticos e autônomos, dispostos a transformar e melhorar seu meio social. Sendo assim não cabe a escola ensinar sobre a divisão de “brincadeira de menino, brincadeira de menina”, o que cabe é ensinar desde cedo sobre a importância do autoconhecimento, aceitação, diversidade e inclusão. Referências Bibliográficas FERRARI, Juliana Spinelli. Diferenças Entre as Brincadeiras de Meninos e Meninas; Brasil Escola. Disponível em:.>Acessado em: 16 de março 2024. SOMOS PAR. O papel da escola na formação do cidadão, 2019. Disponível em: Acessado em: >16 de março 2024. ELIAM, Isabella Tymburibá. A heteronormatividade de no ambiente escolar, 2013. Disponível em: Acessado em: >16 de março 2024. BASSIANO, Victor; LIMA, Claudia Araújo de. Educação emancipatória na perspectiva de Paulo Freire, 2018. Disponível em: Acessado em: >16 de março 2024.