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Reclamação Trabalhista em Natal/RN

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ESTÁGIO II
AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN.
SUZANA, nacionalidade..., estado civil..., doméstica..., inscrita sob CPF nº..., inscrita sob RG nº..., CTPS nº/série..., PIS..., endereço eletrônico..., residente e domiciliada na rua..., nº..., bairro...., na cidade de NATAL/RN, CEP..., vem perante Vossa Exa., por intermédio de seu advogado adiante assinado, titular do endereço eletrônico xxxxx, com escritório profissional à Rua xxxx, n° xxxx, bairro: xxxx, estado: xxxx CEP: xxxx, com fulcro no art 840, 840 §1 ambos da CLT e art 319 do CPC, propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de Família Moraes, pessoa física..., inscrita no CPF sob o nº..., com endereço na rua..., nº..., bairro, CEP..., na cidade de Natal/RN, pelos fatos e fundamentos que a seguir expostos:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A reclamante informa que é hipossuficiente economicamente, estando atualmente desempregada, razão pela qual não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais com base no art 790 da CLT e art 98 do NCPC. 
“Art. 790. Nas varas do Trabalho, nos Juízes de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
§3º. É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, Brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”.
Neste sentido requer o deferimento da Gratuidade de Justiça.
II - DO MÉRITO
A reclamante foi admitida por contrato de experiência no período de 45 (quarenta e cinco) dias em 15/06/2015 para exercer a função de empregada doméstica, cumprindo uma carga horária de 07:00 horas às 16:00 horas, de segunda-feira a sexta-feira, com intervalo de 30 (trinta) minutos, entretanto, após o período de experiência não houve alterações no tipo de contrato e a reclamante continuou trabalhando.
Em determinada ocasião a reclamante viajou com a família durante 4 (quatro) dias para Gramado/RS, onde trabalhou como babá das 08:00 horas às 17:00 horas, tendo de uma 1 (uma) hora de almoço.
Na data de 15/09/2015, a reclamante foi demitida imotivadamente e a reclamada não cumpriu o pagamento de todas as verbas rescisórias.
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA PARA CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO
A reclamante teve sua admissão por contrato de experiência, pelo período inicial de 45 dias, passado esse período o contrato não foi modificado.
Conforme o Artigo 5º, §2º da Lei complementar nº 150/15, por ter havido prorrogação do contrato de experiência, o contrato de trabalho da reclamante mudou para contrato de trabalho por prazo indeterminado.
§2º. O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado”
DO AVISO PRÉVIO
A reclamante foi dispensada imotivadamente e não recebeu aviso prévio. 
“Art.23. Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção.
Portanto, de acordo com o Artigo 23, §1º da Lei 150/15 a reclamada deverá ser condenada a pagar o aviso prévio de 30 (trinta) dias, bem como reflexos em 13º salário e férias proporcionais + 1/3, no valor de R$... 
Além disso, a reclamada deverá retificar a CTPS para constar saída em 15/10/2015.
DAS HORAS EXTRAS
A reclamante trabalhava das 7:00 horas às 16:00 horas, com intervalo de 30 minutos, totalizando 8 horas e 30 minutos de trabalho diário. 
Conforme o Artigo 2º, da Lei 150/15 é claro ao dispor que o limite da jornada de trabalho diário da empregada doméstica é de 8 horas diárias e 44 horas semanais.
Desse modo, o excesso de horas trabalhadas deverá ser remunerado com adicional de 50% (cinquenta por cento), conforme Artigo 2º, §1º da LC 150/15.
“Art. 2º. A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanas, observando o disposto nesta lei.
§1º. A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal”.
A reclamante faz jus ao pagamento de 30 (trinta) minutos por dia de hora extra, desde sua admissão até a extinção do contrato de trabalho, com adicional de 50% (cinquenta por cento), bem como reflexos em verbas contratuais e rescisórias pelo contrato ser por tempo indeterminado, no valor de R$...
SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA
A reclamante usufruía apenas de 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. 
Conforme exposto no Artigo 13, da LC nº 150/15 e Súmula 437, inciso I do TST, é obrigatório a concessão de intervalo mínimo de 1 (uma) hora.
Art. 13. “É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo- se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução de 30 (trinta) minutos.”
Sendo assim, deverá a reclamada ser condenada ao pagamento de 1 (uma) hora por dia do intervalo suprimido, de todo o contrato de trabalho, com adicional de 50% (cinquenta por cento), no valor de R$...
HORAS TRABALHADAS EM VIAGEM
A reclamante realizou viagem com a reclamada pelo período de 4 (quatro) dias úteis para Gramado/RS, trabalhando de 08:00 horas às 17:00 horas, com 1 (hora) de almoço, sem receber qualquer pagamento por isso. 
Conforme expresso no Artigo 11, §2º da LC 150/15 será devido o pagamento adicional de 25% sobre o valor da hora normal no caso de acompanhamento em viagem.
“Art.11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia.
§2º. A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário hora-normal”. 
Desse modo, a reclamante faz jus ao recebimento de adicional de viagem de 25% incidente sobre as horas trabalhadas no período (xxxx horas), no valor de R$...
DESCONTO DO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 
A reclamada descontava 25% (vinte e cinco por cento) referente à alimentação da reclamante, o que é vedado de acordo com o Artigo 18, caput da LC 150/15. 
“Art.18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene e moradia, bem como despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem”. 
Sendo assim, deverá a reclamada ser condenada a devolver os descontos realizados a título de auxílio-alimentação, no valor de R$...
EXCESSO DE DESCONTO DO VALE-TRANSPORTE 
A reclamada descontava do salário da reclamante 10% (dez por cento) referente ao vale-transporte.
De acordo com o Artigo 4º, parágrafo único, da Lei 7.418/15 dispõe que o percentual a ser descontado do empregado referente ao vale-transporte é de 6% (seis por cento) do salário-base. 
“Art.4º. (...) Parágrafo único.
O empregador participa dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder 6% (seis por cento) de seu salário base”. 
Desse modo, a reclamada deverá proceder a devolução do excesso de desconto do vale transporte de 4% (quatro por cento) por mês durante o período trabalhado, no valor de R$...
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
· A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 790, §§ 3º e 4º, da CLT, uma vez que a Requerente não dispõe de condições financeiras suficientes para arcarcom as custas processuais e eventuais. 
· Mudança do contrato de trabalho de experiência para prazo indeterminado;
· Concessão do pagamento do aviso prévio de 30 dias.;
· Retificação da baixa da CTPS, para constar saída no dia 15/10/2015;
· Pagamento de horas extras, com adicional de 50%.
· Pagamento de 1 (uma) hora extra por dia do intervalo suprimido, com adicional de 50%.
· Adicional de viagem de 25% (vinte e cinco por cento).
· Devolução dos descontos realizados a título de auxílio-alimentação.
· Devolução do excesso do desconto de vale-transporte.
IV - REQUERIMENTOS FINAIS 
A citação da Requerida para que conteste a presente ação, sob pena de revelia e confissão ficta;
Provar as alegações utilizando-se de todos os meios de prova em direito admitidas.
Requer a condenação da reclamada ao pagamento de honorário advocatício de 15% sobre o valor que resultar a liquidação da sentença, nos termos do art. 791-A da CLT.
 V - VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa do valor de R$ XXX (XXX reais).
Nestes Termos, Pede Deferimento
Local, data
Advogado/OAB.