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PS014 TEORIAS DA APRENDIZAGEM E BASES METODOLÓGICAS NA FORMAÇÃO

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PS014 – Teorias da Aprendizagem e Bases Metodológicas na Formação
Trabalho
INDICAÇÕES GERAIS:
O trabalho consiste em visualizar através do link a seguir, o vídeo intitulado “Contribuições para a aprendizagem”
http://www.youtube.com/watch?v=rADi9l5gcq0&feature=related
Em seguida, você deverá refletir, baseando-se tanto na leitura dos conteúdos quanto no vídeo, sobre as seguintes questões:
O que você acha da aproximação ao tema feita nesta reportagem? Justifique sua resposta.
Quais conceitos abordados na disciplina você considera que têm uma relação mais estreita com os temas tratados na reportagem? Por quê?
Você teve alguma experiência, como aluno, professor, pai e/ou profissional da educação, na qual a educação era concebida a partir da abordagem proposta no vídeo? Que balanço você pode fazer?
Formato da entrega
Extensão: 3 páginas, sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia e os anexos (se houver).
Tipo de letra: Arial.
Tamanho: 11 pontos.
Espaçamento entre linhas: 1,5.
Alinhamento: Justificado.
Nome e sobrenome: Nirvana Auxiliadora Garcia de Freitas
Usuário: BRFPMME4449851
Data: 14/05/2024
Trabalhoo: Neurociências: Contribuições para a Aprendizagem
1. O que você acha da aproximação ao tema feita nesta reportagem? Justifique sua resposta.
A aprendizagem é um processo fundamental na vida de qualquer indivíduo. É através dela que adquirimos conhecimento, habilidades e competências que nos permitem enfrentar desafios, crescer profissionalmente e contribuir para o desenvolvimento da sociedade. No entanto, para que a aprendizagem seja eficaz e significativa, é essencial que os alunos estejam motivados e engajados em seu processo de ensino e aprendizagem.
A motivação desempenha um papel crucial na aprendizagem. Quando os alunos estão motivados, eles demonstram maior interesse nas atividades propostas, estão mais dispostos a enfrentar desafios e persistir diante de dificuldades. A motivação também está diretamente relacionada ao nível de satisfação e realização que os alunos experimentam ao aprender algo novo. Portanto, é fundamental que os professores adotem estratégias para motivar e engajar seus alunos em sala de aula.
Uma das formas mais eficazes de motivar os alunos é tornar as aulas interessantes e relevantes para suas vidas. Os professores podem utilizar diferentes recursos, como vídeos, jogos educativos, debates e atividades práticas, para tornar o conteúdo mais atrativo e estimulante. Além disso, é importante que os alunos compreendam a importância do que estão aprendendo e como isso pode ser aplicado no mundo real.
Outra estratégia importante para motivar os alunos é promover a interação e a colaboração em sala de aula. O trabalho em grupo permite que os alunos compartilhem ideias, debatam diferentes pontos de vista e aprendam uns com os outros. Além disso, ao trabalhar em equipe, os alunos desenvolvem habilidades sociais, como comunicação, trabalho em equipe e resolução de conflitos, que são essenciais para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
O papel do professor como mediador desse processo é fundamental. Cabe ao professor criar um ambiente de aprendizagem estimulante, onde os alunos se sintam seguros para expressar suas opiniões, fazer perguntas e explorar novos conhecimentos. O professor também deve estar atento às necessidades individuais dos alunos, adaptando suas estratégias de ensino para atender às diferentes formas de aprendizagem e estilos cognitivos de cada um.
Além disso, o reconhecimento e o incentivo são importantes ferramentas motivacionais. Os professores podem reconhecer e valorizar o esforço e o progresso dos alunos, seja através de elogios, feedback construtivo ou recompensas simbólicas. Isso ajuda a fortalecer a autoestima dos alunos e a aumentar sua autoconfiança em relação às suas capacidades de aprendizagem.
Em resumo, a motivação dos alunos é um fator determinante para o sucesso da aprendizagem. Ao adotar estratégias que tornem as aulas mais interessantes, promovam a interação entre os alunos e reconheçam seus esforços, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem estimulante e propício ao desenvolvimento integral dos alunos.
Sant’Anna e Sant’Anna (2004) ressaltam um aspecto fundamental no processo de ensino e aprendizagem: o respeito ao limiar de atenção dos alunos e a necessidade de variar os estímulos para promover um comportamento produtivo. Essa abordagem destaca a importância de evitar a rotina e a monotonia nas atividades educacionais, pois isso pode levar a uma aprendizagem reprodutiva, na qual os alunos simplesmente repetem informações sem compreendê-las profundamente.
Ao evitar a rotina e diversificar os estímulos, os professores conseguem criar um ambiente mais estimulante e motivador para os alunos. Isso não apenas aumenta o interesse dos alunos nas atividades propostas, mas também promove uma aprendizagem mais significativa e profunda. A variedade de estímulos pode incluir diferentes métodos de ensino, recursos visuais e audiovisuais, atividades práticas, debates e discussões, entre outros.
Além disso, ao promover um ambiente de aprendizagem dinâmico e estimulante, os professores estão contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica nos alunos. A reflexão, o questionamento e a análise crítica são aspectos essenciais para o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e para a formação de cidadãos ativos e participativos na sociedade.
Portanto, ao respeitar o limiar de atenção dos alunos, variar os estímulos e evitar a rotina, os professores não apenas favorecem uma aprendizagem mais produtiva e significativa, mas também contribuem para a formação de indivíduos críticos, reflexivos e capazes de agir de forma transformadora em seu meio social e cultural.
Entre esses pontos, destacam-se a necessidade de conectar os conteúdos com a realidade dos alunos, respeitar e aproveitar o contexto em que eles estão inseridos. A abordagem do professor não pode mais se limitar a ser apenas um transmissor de conhecimento, pois os alunos de hoje são mais questionadores e têm acesso a uma variedade de informações por meio de diversos meios.
Como mencionado por Libâneo (2010), o papel do professor deve evoluir para o de mediador, proporcionando uma aprendizagem ativa em que os alunos se tornem sujeitos pensantes e capazes de utilizar seu potencial cognitivo para construir e reconstruir conceitos, habilidades, atitudes e valores. Ensinar a pensar e aprender a aprender são habilidades essenciais que os professores devem desenvolver e transmitir aos alunos.
A ideia de ensinar a pensar está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de estratégias de ensino que estimulem o pensamento crítico, a reflexão e a análise por parte dos alunos. Como salientado por Libâneo (2010), os professores também precisam possuir habilidades de pensamento e serem capazes de organizar e regular suas próprias atividades de aprendizagem, para assim auxiliar os alunos a potencializar suas capacidades cognitivas.
Além disso, a questão da avaliação é abordada como um instrumento poderoso para identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos e motivá-los a progredir. A avaliação não deve ser apenas classificatória ou punitiva, mas sim um processo contínuo e formativo que ajude os alunos a compreenderem seus pontos fortes e fracos, incentivando-os a buscar o desenvolvimento constante.
Portanto, a formação do professor deve estar centrada não apenas na transmissão de conhecimentos, mas também no desenvolvimento de habilidades cognitivas, na promoção da autonomia dos alunos e na criação de um ambiente de aprendizagem estimulante e significativo. Essa abordagem contribui para uma educação mais eficaz e alinhada às demandas da sociedade contemporânea.
O texto de Hoffmann (1994) traz à tona uma crítica importante sobre a postura conservadora dos professores em relação à avaliação. Ela aponta que a avaliação muitas vezes é vista de forma reprodutivista, ou seja, os modelos de avaliação utilizados nos cursos de formação de professores são reproduzidosnas práticas avaliativas dos próprios professores em sala de aula. Isso pode levar a uma variedade de práticas avaliativas, desde aquelas que são muito permissivas e pouco rigorosas até as que são excessivamente reprovativas, dependendo do contexto e das influências do curso de formação.
É interessante destacar que a prática vivenciada pelo estudante durante sua formação como professor influencia diretamente sua abordagem avaliativa quando ele se torna professor. Essa influência pode ser mais significativa do que as influências teóricas recebidas durante o curso. Assim, é possível que muitos professores reproduzam modelos avaliativos sem questionamento ou reflexão sobre seu significado e impacto na aprendizagem dos alunos.
Hoffmann ressalta a importância da avaliação como um instrumento para compreender e identificar as dificuldades dos alunos. Ela enfatiza que a avaliação não deve se limitar a momentos específicos, como avaliações bimestrais ou mensais, mas deve ocorrer de forma contínua e diária em sala de aula. O professor tem a oportunidade de avaliar o aprendizado dos alunos por meio de atividades pontuais, observando seu desempenho e proporcionando oportunidades para que expressem suas dificuldades e necessidades de apoio.
Dessa forma, a avaliação contínua e contextualizada no ambiente de sala de aula permite ao professor ter um olhar mais atento e sensível às necessidades individuais dos alunos. O diálogo e a abertura para que os alunos expressem suas dificuldades são fundamentais para uma avaliação eficaz e para a promoção de uma aprendizagem significativa.
2. Quais conceitos abordados na disciplina você considera que têm uma relação mais estreita com os temas tratados na reportagem? Por quê?
O video aborda sobre a recompensa e a motivação. Uma experiência muito rica que tive como professora em 2011, foi ao trabalhar com alunos de um 2º ano do Ensino Fundamental I, crianças entre 7 e 8 anos. Os alunos eram de uma escola integral, localizada em um bairro com uma realidade social muito dura, a maioria de meus alunos tinham seus pais presos ou haviam sido assassinados devido ao envolvimento com tráfico de drogas. 
As maioria das crianças não viam sentido em estar na escola, tinham muita dificuldade de aprendizagem e nenhuma vontade em aprender. A matemática era bem difícil deles entenderem, algo muito complexo para eles. Quando comecei trabalhar moeda (dinheiro) tive uma ideia: o projeto horta. Em uma área da escola fizemos canteiros plantando verduras (alface e rúcula) e plantamos também cenoura. Isso logo no início do ano mês de Março. Combinei com eles que venderíamos tudo o que foi plantado e com dinheiro arrecadado eu os levaría para um passeio, foi a melhor coisa que fiz! 
Nas aulas comecei trabalhar com eles quantidades, na horta contávamos quantas mudas plantamos de cada tipo, quantas fileiras fizemos, quantas mudas conseguíamos colocar em cada uma. Foi um semestre bastante produtivo e o resultado foi crianças feliz por estarem cuidando de uma horta e aprendendo com suas atitudes. 
No mês de Novembro colhemos tudo que foi plantado, como combinado com eles vendemos tudo em um sábado, na escola mesmo, organizamos uma feirinha, convidamos os pais e vizinhos da escola e foi tudo tudo vendido se não me engano na época arrecadamos R$ 158,00 e eu os levei tomar um lanche em uma lachonete próxima da escola que aceitou participar do projeto nos recebendo em uma tarde. 
O envolvimento deles foi muito bacana, eu pude trabalhar o valor da moeda o troco e eles se envolveram bastante, aprenderam também que antes de gastar é preciso saber o que se tem para isso, aprenderam que quando nos empenhamos em algo no caso a plantação, o resultado vem! 
3. Você teve alguma experiência, como aluno, professor, pai e/ou profissional da educação, na qual a educação era concebida a partir da abordagem proposta no vídeo? Que balanço você pode fazer?
O balanço que posso fazer de meus anos de sala de aula com esse vídeo sobre a aprendizagem é que: criança tem sentimentos aflorados, precisa ser motivada a todo momento, nós profesores precisamos antes de mais nada entender o contexto daquela criança, entender a sua realidade de vida, lembrar que para aprender nós precisamos participar, interagir com conteúdo. 
Com os adolescentes é a mesma coisa, por isso, procuro sempre trabalhar com algum projeto, algo que os alunos se envolvam e no decorrer do ano letivo possam ter algo a demonstrar de tudo que foi aprendido, ficar só passando materia na lousa não os cativa a aprender e tão pouco desperta interesse por aprender, a escola precisa ser ativa, precisa inovar seu modo de ensinar essa geração imediatista nos faz estar sempre alerta e procurar novos caminhos para se chegar a aprendizagem.
Bibliografia 
Camargo, C. A. C. M., Ferreira Camargo, M. A., & Oliveira Souza, V. de. (2019). A importância da motivação no processo ensino-aprendizagem. Revista Thema, 16(3), 598- 606. https://doi.org/10.15536/thema.V16.2019.598-606.1284.
Hoffmann, Jussara Maria Lerch (1994) Avaliação Mediadora: Uma relação dialógica na construção do conhecimento. Ideias. 
Libâneo, José Carlos (2010). Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais a profissão docente. Cortez. 
Sant’Anna, Ilza Martins e Victor Martins, (2004).Recursos educacionais para o ensino: quando e por quê?. Vozes.
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