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Apostila - Atendimento de enfermagem (Clínica)

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ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA CLÍNICA 
ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA E 
URGÊNCIA CLÍNICA 
 
 
 
 2 
Sumário 
 
APOSTILA- ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA CLÍNICA ............................................................................. 1 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................ 4 
1.1- METODOLOGIA .................................................................. 6 
1- Atendimento Pré Hospitalar ..................................................... 8 
2- PRONTO ATENDIMENTO – PRONTO SOCORRO ............. 10 
3- UNIDADE DE TERAPIA ITENSIVA – UTI ............................. 13 
4- UNIDADE DE DOR TORACICA ............................................ 16 
5- UTI – NEONATAL ................................................................. 19 
5.1 Tempo de permanência ......................................................... 20 
5.2 Quando acontece a alta......................................................... 20 
6 UNIDADE DE INTERNAÇÃO ................................................... 21 
6.1 BLOCO CIRURGICO ............................................................ 22 
6.2 MOMENTO OPERATÓRIO ................................................... 27 
6.3 FINALIDADE DO PROCESSO .............................................. 27 
6.4 RISCO CARDIOLOGICO ...................................................... 27 
6.5 DURAÇÃO ............................................................................ 27 
6.6 POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO ...................................... 28 
6.7 CME – CENTRO DE MATERIAL E ESTERELIZAÇÃO ......... 29 
6.8 CONCLUSÃO ........................................................................ 31 
6.9 REFERÊNCIAS: .................................................................... 32 
 
 
 3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade 
capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A urgência é caracterizada como um evento grave, que deve ser 
resolvido urgentemente, mas que não possui um caráter imediatista, ou seja, 
deve haver um empenho para ser tratada e pode ser planejada para que 
este paciente não corra risco de morte A emergência é uma situação 
gravíssima que deve ser tratada imediatamente, caso contrário, o paciente 
vai morrer ou apresentará uma sequela irreversível. 
Os profissionais de enfermagem devem estar atentos e preparados 
para atuarem em situações de urgência e emergência, pois a capacitação 
profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, irão fazer a 
diferença no momento crucial do atendimento ao paciente. Muitas vezes 
estas habilidades não são treinadas e quando ocorre a situação de 
emergência, o que vemos são profissionais correndo de uma lado para outro 
sem objetividade, com dificuldades para atender o paciente e ainda com 
medo de aproximar-se da situação. 
Por outro lado, quando temos uma equipe treinada, capacitada e 
motivada, o atendimento é realizado muito mais rapidez e eficiência, 
podendo na maioria das vezes, salvar muitas vidas.A enfermagem trabalha 
diariamente com pacientes em risco de morte e que dependem deste 
cuidado para que mantenham suas vidas. As ações da equipe de 
enfermagem visam sempre à assistência ao paciente da melhor forma 
possível, expressando assim, a qualidade e a importância da nossa 
profissão 
Estudar, capacitar, praticar são ações essenciais para o 
desenvolvimento profissional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de 
enfermagem, portanto estar preocupado com as ações desenvolvidas no dia 
a dia de trabalho é fundamental. Neste contexto, a enfermagem participa de 
todos os processos, tanto na urgência quanto na emergência. São diversos 
locais onde os profissionais de enfermagem podem atuar como, por 
 
Tiago Schirmer
Highlight
Tiago Schirmer
Highlight
 
 
 5 
exemplo: Unidade de atendimento pré hospitalar, Unidade de saúde 24hs, 
Pronto Socorro, Unidade de Terapia Intensiva, Unidade de dor Torácica, 
Unidade de Terapia intensiva Neo Natal, Unidade de Internação. 
 
 
 6 
1.1- METODOLOGIA 
 
Para o cuidado zeloso, autêntico, é preciso compreender aquele que 
será cuidado. Isso requer um perscrutar atento do cuidador sobre a 
experiência existencial do ser que precisa do cuidado. Exige, sobretudo, 
saber perguntar e refletir sobre o que foi revelado. Acreditando nos 
fundamentos da fenomenologia, as autoras vêm buscando construir uma 
metodologia para a arte de cuidar em enfermagem. Inspiradas nessa visão, 
procuram desenvolver habilidades de um pensar e de um fazer 
fenomenológico para ser-com-o-outro num modo autêntico de solicitude. 
Neste trabalho, são apresentadas reflexões sobre a compreensão do ser- 
paciente e sobre uma metodologia do cuidado, para que respaldem o(a) 
enfermeiro(a) em seu cotidiano. 
A Enfermagem é tida como uma atividade humana que possibilita a 
reprodução da existência e a satisfação de necessidades materiais e não- 
materiais. Como toda atividade humana pressupõe determinações históricas 
e sociais¹, o Enfermeiro por sua formação e atuação profissional desenvolve 
papéis nos âmbitos: educativo, gerencial, na coordenação e implementação 
da assistência de Enfermagem ao binômio paciente, família e comunidade. 
Para a prestação do cuidado o Enfermeiro deve fazer uso de algumas 
metodologias, pois este é um profissional que tem conhecimento 
técnico/científico voltado para o cuidado². 
Na saúde pública, foi implantando pelo Ministério da Saúde em 1994 
o Programa Saúde da Família (PSF), que é uma estratégia de reorientação 
do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de 
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde (UBS). As equipes 
atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, 
reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da 
saúde desta comunidade . 
 
 
 7 
O Enfermeiro, como integrante desta equipe, tem como principais 
atribuições: realizar cuidados diretos de enfermagem, fazendo a indicação 
para a continuidade da assistência prestada; consulta de enfermagem, 
solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações, 
estabelecidos em programas de saúde pública; planejar, gerenciar, 
coordenar, executar e avaliar a Unidade de Saúde da Família (USF); 
supervisão e coordenação das ações dos Agentes Comunitários de Saúde e 
dos técnicos de enfermagem. 
 
 
 8 
1- Atendimento Pré Hospitalar 
 
 
 
Atendimento Pré-Hospitalar ou APH, se refere ao atendimento realizado fora 
do ambiente hospitalar, em geral em regimede urgência. No caso de 
paciente graves, este atendimento pode ser o diferencial entre a vida e a 
morte. 
 
Há um sistema fixo de triagem e controle onde é feita a análise inicial do 
caso e indicado o tipo de equipe que será deslocada para o atendimento 
(básica ou avançada). Há unidades móveis que se deslocam até a área de 
socorro e prestam a assistência, cuja complexidade depende da triagem 
realizada e do material e da equipe disponíveis. 
 
 
 9 
Além de fornecer um sistema de transporte, o APH permite o primeiro 
atendimento no local onde o problema se desencadeia, antes de o paciente 
ser levado a um serviço médico. Trata-se de uma abordagem 
multidisciplinar, pois envolve a ativação pública do sistema através dos 192, 
onde um médico regulador irá acionar ambulâncias com equipes básicas ou 
avançadas, que podem estar ligados a outros serviços de referência como 
hospitais, bombeiros, defesa civil, transporte aéreo, equipes terrestres de 
salvamento, entre outros. 
 
A legislação brasileira dispõe que os profissionais de APH estão divididos 
em dois grupos: 
 
 Profissionais da área da saúde: médicos, enfermeiros; auxiliares de 
enfermagem e técnicos de enfermagem. 
 Profissionais de outras áreas: policiais, guarda municipal; bombeiros e 
motoristas de veículos de urgência e emergência. 
 
No Brasil não há um conjunto de competências definidas para cada tipo de 
profissional que trabalha no APH. Cada serviço deverá, no entanto, manter 
diretrizes capazes de definir as competências demandadas de acordo com 
seu histórico de assistência e prioridades, bem como manter treinamento 
qualificado e atualizado periodicamente nessas áreas prioritárias. 
 
Atendimento de urgência, em especial no atendimento pré-hospitalar 
(APH), não é trabalho para amadores, exige preparo técnico, físico e 
emocional. Sem lugar para a improvisação, o respeito a hierarquia, o 
treinamento em situações simuladas, o conhecimento e a experiência 
acumulada são indispensáveis. Seja qual for o seu nível de formação todo o 
profissional que participa da equipe deve estar capacitado a realizar 
procedimentos que estão dentro do seu nível de competência, de acordo e 
com respeito às normas legais. 
 
Tiago Schirmer
Highlight
Tiago Schirmer
Highlight
Tiago Schirmer
Highlight
 
 
 10 
Durante o atendimento pela equipe de APH, após a checagem de 
material e deslocamento, uma análise de necessidades e os cuidados 
fornecidos devem estar baseados em evidências clínicas amparadas pela 
literatura científica. 
 
A execução correta destas etapas costuma ser garantida por um 
exigente processo de certificação e recertificação em programas de 
treinamento reconhecidos, que fazem com que as habilidades requeridas 
sejam adquiridas, mantidas e acrescidas. Credenciais em dia garantem 
acesso a este exigente mercado de trabalho, assim como a falta de 
credenciais ou sua não atualização são fatores 
 
 
2- PRONTO ATENDIMENTO – PRONTO SOCORRO 
 
 
O Pronto Atendimento (PA) é a unidade de saúde destinada ap 
atendimento dos casos de urgência ( Paciente precisa ser atendido 
rapidamente, mas pode aguardar o atendimento dos casos mais graves) e 
emergência Paciente precisa de atendimento imediato, pois corre risco de 
morte). 
 
Apesar de destinados a esses atendimentos, o que ocorre nos Prontos 
Atendimentos é o contrário. Apenas 20% dos casos atendidos podem ser 
incluídos na definição de urgência e emergência. 
 
No PA, os pacientes são atendidos conforme o grau de gravidade de 
sua doença. Essa categorização e necessária para que apenas pessoas 
com doenças graves não tenham que ficar esperando por terem chegado 
minutos depois de alguém com problemas menos sérios. 
 
O PA deve ser usado apenas nos casos de urgência. O uso adequado 
Tiago Schirmer
Highlight
 
 
 11 
desse serviço permite que todos possam isufruir melhor do serviço de 
atendimento emergencial. Vale ressaltar que o atendimento de urgência 
combate somente os sintomas, não investiga a causa da doença. Além 
disso, não lhe dá o direito ao retorno e acompanhamento do mesmo médico. 
A atenção ambulatorial, fora das rotinas de urgência e emergência, permite 
ao médico consultar e estudar o paciente como um todo, em uma 
abordagem geral e completa, além de avaliar na consulta de retorno se o 
diagnostico e os tratamentos estão corretos. 
 
Como funciona o fluxo de atendimento no pronto socorro? 
 
 
Muitas pessoas têm dúvidas sobre como é feito o atendimento no 
pronto-socorro, especialmente no modo como é feita a triagem e como é 
definida a ordem de atendimento. Outra dúvida muito comum é quando 
procurar o Pronto-Socorro ou Pronto Atendimento. Abaixo, esclarecemos 
essas dúvidas. 
Triagem 
 
Todos os pacientes, ao chegarem ao Pronto-Socorro são 
encaminhados para a Triagem, onde são avaliados por um profissional 
capacitado em qualificar o risco e gravidade de cada caso. Essa etapa tem o 
objetivo de identificar sinais e sintomas que indicam a urgência no 
atendimento médico, por isso é sempre realizada no instante em que o 
paciente chega ao Pronto-Socorro. 
Ordem de Atendimento 
 
Para garantir a prioridade de atendimento aos pacientes com risco à 
vida, adotamos uma metodologia internacional para classificação de risco 
por meio do uso de pulseiras coloridas. Entenda o significado da cor de cada 
pulseira. É com base nela que você será atendido: 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames 
 
Durante a consulta o médico pode solicitar algum exame como apoio 
ao diagnóstico, para então definir o tratamento. Cada tipo de exame precisa 
de um tempo para ser realizado, avaliado e concluído. 
Por isso, em caso de dúvidas, é recomendado se informar com a 
equipe sobre o tempo específico do seu exame. Ao receber alta, os 
pacientes devem solicitar os exames realizados ou se informar sobre como 
retirá-los depois. 
Acompanhantes 
 
A permanência de acompanhantes nas salas de observação (adulto e 
infantil) e na sala de medicação é permitida apenas para pacientes menores 
de 15 anos e maiores de 60 anos de idade. Alguns casos podem ser 
considerados exceções e será avaliados e tratados pela equipe assistencial 
presente. 
Pronto Socorro X Pronto Atendimento 
 
 
 13 
O Pronto Socorro do hospital se destina ao atendimento a pacientes 
em estado de urgência ou emergência, com risco eminente de morte. Dessa 
forma, pessoas acidentadas, com suspeita de infarto, derrames, 
apendicite, pneuminas, fraturas, entre outras complicações, devem buscar 
atendimento ou ser encaminhadas ao PS. 
Já o Pronto Atendimento é destinado ao atendimento de ocorrências 
de baixa e média complexidade que não envolvam risco de morte ou de 
lesões irreversíveis. Assim, pessoas com mal-estar, dores, febre ou gripe 
devem ser atendidas no PA. Além dos atendimentos e consultas, 
procedimentos como curativos, aplicação de injeções e inalação são 
realizadas no PA. 
 
3- UNIDADE DE TERAPIA ITENSIVA – UTI 
 
 
 
 
UTI é a Unidade de Terapia Intensiva existente nos hospitais e 
destinada ao acolhimento de pacientes em estado grave com chances de 
sobrevida, que requerem monitoramento constante (24 horas) e cuidados 
muito mais complexos que o de outros pacientes. 
 
 
 14 
O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% 
dependendo das características de cada hospital (por exemplo, hospitais de 
grandes centros costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes 
de diversos lugares) e a necessidade por mais leitos tende a crescer 
conforme aumenta a expectativa de vida da população expondo-a a maiores 
chances de complicações e traumas relacionados a doenças 
degenerativas e acidentes, além do aumento de índices como a 
criminalidade. 
A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX 
quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os 
pacientes eram levados após alguma neurocirurgiano Hospital Johns 
Hopkins (EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na 
década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com 
apenas dez leitos (1971). 
O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções 
vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de 
terapia intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as 
funções vitais dos internados como respiradores artificiais (a criação destes 
aparelhos reduziu de 70% para 10% a morte de recém-nascidos. Arquivo da 
“Superinteressante”.), aparelhos de hemodiálise que substituem a função 
dos rins e diversos outros. A criação das UTI`s representou um grande 
marco na história da medicina uma vez que possibilitou o atendimento 
adequado dos pacientes garantindo-lhes melhores condições de 
recuperação e reduzindo os óbitos em cerca de 70% 
O profissional que trabalha nas UTI`s é chamado de intensivista e a 
equipe é sempre formada por diversos profissionais como fisioterapeutas, 
psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros, além dos médicos. 
Outra função dos intensivistas, principalmente dos enfermeiros e assistentes 
sociais, é dar conforto e suporte aos familiares dos pacientes uma vez que a 
 
Tiago Schirmer
Highlight
 
 
 15 
situação de internação de algum parente em UTI é sempre delicada para 
estes. 
Alguns dos equipamentos encontrados nas unidades de terapia 
intensiva: termômetro, oxímetro de pulso (mede a oxigenação nos tecidos do 
paciente), eletrocardiográfico (mede a frequência cardíaca e a pressão 
arterial), monitor de pressão arterial, monitor cardíaco, sonda naso-enteral 
(para alimentar o paciente), sonda vesical (para coletar a urina); máscara e 
cateter de oxigênio (auxiliam a respiração), cateter (dispositivo que auxilia a 
circulação sanguínea), tubo orotraqueal (auxilia a respiração do paciente), 
ventilador mecânico (injeta e retira ar dos pulmões do paciente quando este 
não consegue respirar sozinho). 
 
 
 
 16 
4- UNIDADE DE DOR TORACICA 
 
 
 
A dor torácica aguda é um sintoma muito frequente nas unidades de 
emergência, constituindo-se em um possível sinal de alerta para as doenças 
com risco iminente de morte. Como a maioria desses pacientes é internada 
para avaliação de uma possível síndrome coronariana aguda, isso gera um 
custo hospitalar muito alto por paciente. 
Por conta dessa possibilidade diagnóstica, muitos emergencistas 
internam a maioria dos pacientes. Por outro lado, a liberação inapropriada 
daqueles com infarto agudo do miocárdio representa um risco para o médico 
e, especialmente, para o paciente. 
Outro ponto importante é a demora para o atendimento, em que há a 
influência de fatores relacionados ao paciente, assim como, pontos 
negativos na logística de atendimento dos serviços de emergência em nosso 
país. Para excelência no atendimento, é importante uma anamnese 
detalhada adicionada ao exame físico, a qual permite a elaboração das 
hipóteses diagnósticas. E para auxiliar os médicos na escolha da hipótese 
diagnóstica e na tomada rápida de decisão, escores de risco são 
disponibilizados, os quais, facilmente, identificam a probabilidade de eventos 
adversos. 
A conduta imediata de casos com risco de morte imediata tem como 
principal objetivo reduzir a morbidade e a mortalidade, aumentando, 
consequentemente, a segurança do profissional da emergência. Sugestões 
 
 
 
 17 
de fluxogramas e algoritmos para o atendimento desses pacientes na sala 
de emergência definem, de forma objetiva, quem fica e quem pode ser 
liberado. 
O sintoma de dor torácica constitui um grande desafio para o médico 
da emergência em decorrência da ampla lista de diagnósticos diferenciais.1 
Representa em torno de 5% a 10% das consultas em Pronto-Socorro. A 
síndrome coronária aguda (SCA) é responsável por quase 1/5 das causas 
de dor torácica e 2% a 10% dos pacientes com este diagnóstico são, 
inadvertidamente, liberados e podem apresentar uma evolução clínica 
desfavorável. 
Dessa forma, é importante um atendimento sistematizado por meio de 
fluxogramas e algoritmos, a fim de se obter uma alta acurácia diagnóstica, 
com o principal objetivo de reconhecer e tratar as doenças mais graves e 
com risco iminente de morte, evitando-se assim, internações e exames 
complementares desnecessários para os pacientes de baixa complexidade. 
Vários fatores interferem para o retardo de pacientes com dor torácica no 
Pronto-Socorro e que pioram o prognóstico. 
Entre eles têm-se aqueles atribuídos ao paciente, levando a 
diferenças individuais na experiência subjetiva de dor, como: conhecimento 
de experiência de outros pacientes, contribuição genética para diferenças 
individuais, interação entre fatores genéticos e sociais, fatores psicológicos 
que influenciam a sensibilidade à dor, a não valorização, pelo paciente, dos 
sintomas de dor torácica, a atribuição dos sintomas a condições crônicas 
pré-existentes (dor muscular), ausência de conhecimento dos benefícios do 
rápido tratamento. 
Salienta-se que apenas 20% dos pacientes com dor torácica e infarto 
agudo do miocárdio (IAM) procuram por atendimento nas duas primeiras 
horas. Ainda nesse contexto, vários fatores contribuem para o retardo no 
atendimento de pacientes com dor torácica, interferindo de forma negativa 
 
 
 
 18 
nos resultados, como: a não disponibilidade de atendimento pré-hospitalar 
de urgência, a demora no atendimento de grupos especiais como os idosos, 
pacientes do sexo feminino, baixa classe socioeconômica, raça negra. 
Uma anamnese detalhada é o instrumento básico e o mais relevante 
na formulação de uma causa da dor torácica que, adicionada ao exame 
físico e aos fatores de risco permitirá a elaboração das hipóteses 
diagnósticas, definindo os exames complementares mais pertinentes, 
evitando-se alta hospitalar para os casos com risco iminente de morte. 
 
 
 
 
 19 
5- UTI – NEONATAL 
 
 
A UTI Neonatal é um ambiente do hospital preparado para recebem 
bebês que nasceram antes das 37 semanas de gestação, com baixo peso 
ou que possuem algum problema que possa interferir no seu 
desenvolvimento, como alterações cardíacas ou respiratórias, por exemplo. 
O bebê permanece na UTI até que consiga respirar sem a ajuda de 
aparelhos, tenha peso ideal e consiga sugar toda a comida, sendo o 
tratamento continuado em casa. O tempo de permanência na UTI varia de 
acordo com o bebê e o motivo pelo qual foi levado à UTI, no entanto em 
alguns hospitais um dos pais pode permanecer com o bebê durante todo o 
tempo do internamento. 
5.1 Para que serve? 
 
A UTI neonatal é um local do hospital preparado para receber recém- 
nascidos que nasceram prematuros, antes das 37 semanas, com baixo peso 
ou com problemas respiratórios, hepáticos ou cardíacos, por exemplo. Logo 
 
 
 
 20 
após o nascimento o bebê é encaminhado para a UTI neonatal, recebendo 
atenção e tratamento adequados de acordo com o motivo pelo qual foi 
encaminhado para a unidade. 
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é constituída por uma equipe 
multiprofissional constituída por neonatologista, pediatra, enfermeiros, 
nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo que 
promovem a saúde e o desenvolvimento do bebê 24h por dia 
Cada UTI Neonatal é composta por equipamentos que auxiliam o tratamento 
do bebê, como: 
 Incubadora, que mantém o bebê aquecido; 
 Monitores cardíacos, que verificam a frequência cardíaca do bebê, 
informando qualquer alteração; 
 Monitores respiratórios, que indicam como está a capacidade 
respiratória do bebê, podendo ser necessário que bebê fique em 
ventilação mecânica; 
 Cateteres, que são utilizados principalmente para promover a nutrição 
do bebê. 
A equipe multiprofissional avalia o bebê periodicamente para que possa 
verificar a evolução do bebê, ou seja, se os batimentos cardíacos e a 
frequênciarespiratória estão normais, se a nutrição está adequada e o peso 
do bebê. 
5.1 Tempo de permanência 
O tempo que o bebê fica na UTI neonatal pode variar de dia a meses de 
acordo com as necessidades e características do bebê. Durante o tempo de 
permanência na UTI os pais ,ou pelo menos a mãe, pode permanecer junto 
do bebê, acompanhando o tratamento e promovendo o bem-estar do bebê. 
5.2 Quando acontece a alta 
A alta é dada pelo médico responsável, levando em consideração a 
avaliação dos profissionais envolvidos no cuidado do bebê. Normalmente 
acontece quando o bebê adquire independência respiratória e consegue 
 
 
 
 21 
sugar toda a comida, além de ter mais de 1,8 kg. Antes da alta do bebê, a 
família recebe algumas orientações para que o tratamento possa ser 
continuado em casa e, assim, o bebê poder se desenvolver normalmente. 
 
 
 
6 UNIDADE DE INTERNAÇÃO 
 
 
 
 
 
 22 
Unidade de Internação. É o conjunto de elementos destinados a 
acomodações do paciente internado e que englobam facilidades adequadas 
a prestação de cuidados necessários a um bom atendimento. 
Atividades: Assistência ao paciente, realizando higiene e conforto, 
mudança de decúbito, remoção do paciente, administração de medicação 
oral, injetável, retal e tópica, realização de curativos, administração de dietas 
por sonda e via oral, verificação de sinais vitais e temperatura, puncionar 
veias, troca de fraldas. 
Cuidados de enfermagem com a unidade do paciente. Entende-se por 
limpeza concorrente a higienização diária de todas as áreas do hospital, com 
o objetivo da manutenção do asseio, reposição de materiais de consumo 
como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco para lixo. 
 
 
 
6.1 BLOCO CIRURGICO 
 
O centro cirúrgico (CC) é um setor situado em instituição hospitalar, 
sendo um local onde são realizados procedimentos cirúrgicos. Ele conta com 
uma infraestrutura de alta complexidade. 
 
 
 
 23 
O CC tem como objetivo realizar procedimentos cirúrgicos em 
pacientes de forma eletiva, ou seja, previamente agendando, ou urgência- 
emergência sem agendamento prévio. 
O CC além de apresentar alta complexidade é uma área de acesso 
restrito, apresentando particularidades físicas e estruturais que são 
normatizadasA equipe de saúde que atua no setor é multidisciplinar, sendo 
composta por médicos anestesistas, cirurgiões, enfermeiros, técnicos de 
enfermagem, instrumentadores cirúrgicos, auxiliar de limpeza. Além disso, 
conta com uma equipe externa que são por exemplo, os laboratórios, 
radiologia e o banco de sangue. pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária. 
O termo cirurgia vem do grego Kheirourgia, que significa “trabalho 
manual” • Pode ser definido como a especialidade que se destina ao 
tratamento de doenças e traumatismos por meio de processos operativos 
manuais e instrumentais. 
IDADE MEDIA – cirurgias realizadas nos campos de batalha, casas 
dos cirurgiões ou debaixo dos convés dos navios ✓Amputação de membros 
✓ Drenagem de abscessos ✓Retirada de tumores ❖Uso das mãos ou auxílio 
 
de instrumentos ❖Superar a dor, a hemorragia e a infecção ❖A hemorragia 
era estancada utilizando-se cauterização com óleo fervente ou ferro em 
brasa. 
1846 – descoberta da anestesia, com a narcose sendo realizada pela 
inalação de éter ❖ Tornava-se real a possibilidade de realizar um 
procedimento cirúrgico indolor ❖ 1890 – o uso de luvas nas salas de 
operação foi introduzido por William Halsted, não para proteção do paciente, 
e sim para proteger a enfermeira, sua noiva, que era alérgica a antissépticos 
 
 
 24 
Século XX – com o desenvolvimento científico, ocorreu a evolução das 
técnicas cirúrgicas e da ligadura vascular, a criação de instrumentos próprios 
para melhor acesso às áreas operadas, a introdução da anestesia geral e de 
técnicas assépticas para a realização de intervenções cirúrgicas ❖Com o 
atual avanço tecnológico, as mais diversas especialidades médicas 
passaram a utilizar robótica e computadores de última geração nas cirurgias 
Durante toda a história da cirurgia, a enfermagem em centro cirúrgico 
esteve presente, desde as primeiras amputações realizadas pelos 
“cirurgiõesbarbeiros” até as cirurgias robóticas. 
O CC é dividido em áreas específicas por ser uma área crítica, com 
maior risco de transmissão de infecções, em virtude dos procedimentos ali 
realizados. 
 
 
❖ ÁREAS IRRESTRITAS – são aquelas cuja circulação de pessoas 
élivre, não exigindo cuidados especiais nem uso de uniforme privativo ❖ 
Elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de 
transferência de macas 
 
 
 
 
 
 
 
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ÁREAS SEMI-RESTRITAS – permitem a circulação de pessoal e de 
equipamentos, de modo que não interfira no controle e na manutenção da 
assepsia cirúrgica ❖Nesses locais é necessário o uso de uniforme privativo 
e de propés ou calçados adequados ❖Secretaria, copa, salas de conforto e 
de guarda de equipamentos. 
 
 
ÁREAS RESTRITAS – são as que têm limites definidos para a 
circulação de pessoal e de equipamentos, onde se devem empregar rotinas 
próprias para controlar e manter a assepsia local ❖ Além do uniforme 
privativo,é necessário o uso de máscaras que cubram a boca e o nariz ❖ 
Salas cirúrgicas, ante-salas,lavabos e corredores internos. 
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As estruturas necessárias apresentam normas para a sua estrutura, 
sendo que os tetos conforme a Portaria 1.884/94 do Ministério da Saúde, 
deve ser continuo, sendo proibido o uso de forro falso removível (BRASIL, 
1994); as paredes devem ser lisas e laváveis, de cor neutra, tinta fosca, 
cantos arredondados sem rodapé, com acabamento côncavo, para reduzir a 
deposição de microrganismos; as portas devem ser sem maçanetas e com 
visores, para evitar o trânsito desnecessário dentro da sala de operação; as 
janelas tipo basculante, sem parapeitos, dentro e fora, com vidro fosco, 
vedadas e teladas, para evitar a passagem de insetos; ventilação segundo a 
Portaria 1.884/94 do Ministério da Saúde deve ser de temperatura mínima 
de 19ºC e máxima de 24ºC, com umidade relativa do ar correspondente a 
45% a 60%. 
 
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6.2 MOMENTO OPERATÓRIO 
 
ELETIVA: tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode 
aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Ex: 
(Mamoplastia) URGENTE: tratamento cirúrgico que requer pronta atenção, 
deverá ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Ex: (Apendicectomia) 
EMERGÊNCIA: tratamento cirúrgico que requer atenção imediata, por se 
tratar de uma situação crítica "salvar a vida". Ex: (Ferimento precordial por 
arma de fogo). 
6.3 FINALIDADE DO PROCESSO 
 
PALIATIVO: tratamento cirúrgico que visa compensar os distúrbios 
para melhorar as condições do paciente ou aliviar sua dor. Ex: Vagotomia 
RADICAL: tratamento cirúrgico do qual se faz a remoção parcial ou total do 
órgão. Ex: Gastrectomia total PLÁSTICA: tratamento cirúrgico realizado com 
a finalidade estética ou corretiva. Ex: Mamoplastia. DIAGNÓSTICA: 
finalidade de fazer um diagnóstico Ex: Laparotomia exploradora. 
6.4 RISCO CARDIOLOGICO 
 
GRANDE PORTE: cirurgias com grande probabilidade de perda de 
fluido e sangue. Exemplificando: cirurgias de emergências (ferimento na 
região precordial), cirurgias vasculares arteriais (correção de aneurisma 
aorta abdominal). MÉDIO PORTE: cirurgias com média probabilidade de 
perda de fluido e sangue. Exemplificando: vascular (endarterectomia de 
carótida), cabeça e pescoço (ressecção de carcinoma espino celular), 
ortopedia (prótese de quadril) PEQUENO PORTE: cirurgias com pequena 
probabilidade de perda de fluido e sangue. Exemplificando: 
otorrinolaringologia (timpanoplastia), plástica (mamoplastia). 
 
 
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6.5 DURAÇÃO 
CIRURGIAS DE PORTE I: cirurgias cujo tempo de duração encontra- se no 
intervalo de 0 a 2 horas. Ex: Timpanoplastia CIRURGIAS PORTE II: cirurgias 
cujo tempo de duração encontra-se no intervalo acima de 2 horas até 4 
horas. Ex: Colecistectomia CIRURGIAS PORTE III: cirurgias cujo tempo de 
duração encontra-se no intervalo acima de 4 horas até 6 horas. Ex: 
Gastrectomia; CIRURGIAS PORTE IV: cirurgias cujo tempo de duração 
encontra-se no intervalo acima de 6 horas. Ex: Transplante de Fígado.
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6.6 POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO 
As infecções pós-operatórias devem ser analisadas conforme o 
potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de 
microorganismos presentes no tecido a ser operada. A classificação das 
cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico. 
OPERAÇÃO LIMPA ✓São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou 
passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e 
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas e 
traumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. ✓ 
Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório 
ou urinário. Ex: Mastectomia, Enxertos cutâneos. 
POTENCIALMENTE CONTAMINADA ✓ São aquelas realizadas em 
tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de 
difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e 
com falhas técnicas discretas no trans operatório. Ex: Histerectomia 
abdominal. 
CONTAMINADA ✓São aquelas realizadas em tecidos traumatizados 
recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja 
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que 
tenham ocorrida falha técnica grosseiras, na ausência de supuração local. 
Ex: Cirurgia intranasal, Cirurgia bucal e dental. 
 
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INFECTADA ✓São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em 
qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração 
local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: 
Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon 
 
 
6.7 CME – CENTRO DE MATERIAL E ESTERELIZAÇÃO. 
Setor complexo. Sua essência consiste em promover materiais livres 
de contaminação para serem utilizados nos mais diversos procedimentos 
Neste serviço são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e 
distribuídos todos os materiais para as Unidades de Internação, Centro 
Cirúrgico Central e Ambulatorial, Ambulatórios. 
A CME é definida pelo Ministério da Saúde como um conjunto de 
elementos destinados à recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e 
a distribuição dos materiais. 
A Central de Material Esterilizado (CME) é o conjunto de áreas 
destinadas à recepção, limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição 
do material a todos os departamentos de um hospital. 
Compreende o serviço dentro do hospital que prepara, controla, 
prover e distribui os materiais esterilizados, requeridos por todas unidades e 
setores que prestam assistência ao paciente. 
A CME contribui em grande parte para o controle da Infecção 
hospitalar, portanto o trabalho realizado deve ser seguro, a equipe deve ser 
composta por profissionais capacitados por treinamento e supervisão 
constantes de enfermeiros, e que os princípios de técnicas assépticas 
devem ser rigorosamente seguidas. 
A CME é responsável pelo material de todas as unidades do hospital, 
isto é pela limpeza, preparo, esterilização, guarda, distribuição e controle. 
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Antes de chegar aos métodos e técnicas assépticas utilizadas 
atualmente, o homem ao longo do tempo, tentou de várias maneiras reduzir 
os microorganismos patogénicos, fosse na pele, no instrumental ou na área 
a ser incisionada. 
Índia 1400 A.C.: Os povos banhavam-se, limpavam os dentes e 
pingavam colírio nos olhos para adoração aos deuses. ➢ Palestina: Moisés 
para evitar as doenças criou o expurgo. Isolando os materiais contaminados 
em um lugar inacessível. ➢ Idade Média: Antigos fizeram uso de enxofre 
como desinfetante. ➢ Grécia-Roma: Costumavam queimar nas ruas madeira 
 
aromática (canfora), para combater a Lepra e a Peste. ➢ 1827-Alcook: Fez 
os primeiros estudos racionais. Experimentou a ação desinfetante do 
hipoclorito de sódio. 
1833-Boinet: Utilizou a tintura de iodo para cura de processos 
infecciosos. ➢ 1847-Semmelweis: Continuou os estudos sobre hipoclorito, 
utilizando-o na lavagem das mãos e das salas de cirurgias. ➢ 1854-Florence 
 
Nigtingale: Fez uso de medidas mais rígidas. ➢ 1865-Lister: Introduziu a 
cirurgia asséptica, usando como desinfetante o ácido fênico borrifando-o 
sobre o campo operatório. 
1891- Pasteur: Aprofundou estudos sobre microorganismos; assim fez 
também Koch. ➢ 1896 - Ernest Von Bergmam: Introduziu a esterilização 
com vapor nas gazes e tecidos utilizados nas cirurgias. ➢ 1909: O campo 
operatório começou a ser lavado com iodo. ➢ 1950: Aparecem as autoclaves 
a vapor e a redução do tempo de esterilização. ➢ 1960: Aparecem as 
autoclaves à oxido de etileno. 
 
 
 
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6.8 CONCLUSÃO 
Em virtude dos fatos, a enfermagem é uma ciência cujo objetivo é a 
implantação do tratamento de doenças e o cuidado ao ser humano, 
individualmente, na familia ou em comunidade de modo integral e holístico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.9 REFERÊNCIAS: 
www.saudeeducacao.com.br 25/03/2020 
 
www.ministeriodasaude.com.br 25/03/2020 
 
www.scelo.com.br 25/03/2020 
 
www.tuasaude.com.br 25/03/2020 
 
 
 
1- PICHINI, Paulo Henrique. Inovação é um processo 
comportamental e a colaboração é essencial para isso. 12 março 2018.
 Acessado em: 25/03/2020. Disponível 
em:<https://administradores.com.br/noticias/inovacao-e-um- processo-
comportamental-e-a-colaboracao-e-essencial-para- isso>. 
POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Grande Tratado de Enfermagem Prática: Clínica e 
Prática Hospitalar. 3.ed. São Paulo: Santos, 1998. 
TIMBY, Bárbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de 
Enfermagem. 6.ed. Porto Alegre:Artmed, 2001. 
. Meneghetti JC, Smanio P, Ramos CD. Medicina Nuclear na Doença Arterial 
Coronária. Rev SOC Cardiol. 2009;19 (3): 284-302. 16.Popma JJ. Coronary 
Arteriography and Intravascular Imaging. In. Libby P, Bonow RO, Mann DL, 
Zipes DP 8. ed. Amsterdã: Braunwald’s Heart Disease. 2008. p. 465-508. 
17.Piegas LS, Feitosa G, Mattos LA, Nicolau JC, Rossi Neto JM, Timerman A, 
et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com 
Supradesnível do Segmento ST. Arq Bras Cardiol. 2009; 93 (6 supl. 2) e179-
e264. 
 
http://www.saudeeducacao.com.br/
http://www.ministeriodasaude.com.br/
http://www.scelo.com.br/
http://www.tuasaude.com.br/
https://administradores.com.br/noticias/inovacao-e-um-processo-comportamental-e-a-colaboracao-e-essencial-para-isso
https://administradores.com.br/noticias/inovacao-e-um-processo-comportamental-e-a-colaboracao-e-essencial-para-isso
https://administradores.com.br/noticias/inovacao-e-um-processo-comportamental-e-a-colaboracao-e-essencial-para-isso
https://administradores.com.br/noticias/inovacao-e-um-processo-comportamental-e-a-colaboracao-e-essencial-para-isso