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PEÇA 03- EXECUÇÃO DE ALIMENTOS Lorena de Oliveira Serpa R.A: 3870423 Trabalho apresentado à Faculdades Metropolitanas Unidas para aquisição de média sob orientação da professora: Ana Elizabeth Lapa Wanderley Cavalcanti. SÃO PAULO 2024 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DA LAPA DA COMARCA DE SÃO PAULO- CAPITAL Processo nº BIANCA, brasileira, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora, MARIA, viúva, professora, inscrita no CPF sob nº ... e RG nº..., residente e domiciliada na Rua do Café, 140 - Lapa – SP, com endereço eletrônico... e telefone ..., por intermédio de seu advogado, que esta subscreve, com procuração em anexo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 528 do Código de Processo Civil, propor: AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS ( RITO PRISÃO) Em face de JOÃO, brasileiro, solteiro, médico, inscrito no CPF sob nº...e RG nº ..., residente e domiciliado na rua XV de Novembro, 180 - Pinheiros – SP, com endereço eletrônico... e telefone..., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: I - DOS FATOS; O casal teve uma filha em comum, hoje com 10 anos de idade, foi homologado divórcio consensual do casal em que ficou determinada a quantia de R$2000,00 como pensão alimentícia a ser paga por João para Bianca. Ocorre que, João não pagou sua obrigação nos últimos 2 meses e Maria se viu em situação bastante complicada para prover o sustento da sua filha. Maria entrou em contato com João para propor um acordo, mas o mesmo não aceitou e alegou que não tem mais condições financeiras de fazer o pagamento e que, portanto, não pagará mais a pensão para a filha. II - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA; Nos termos dos artigos 5º LXXIV da CF e arts. 98 e 99 CPC, por meio de declaração de hipossuficiência, a autora comprova que não possui condições de pagar as custas e despesas judiciais sem prejuízo próprio e comprometimento de seu sustento, motivo pelo qual requer e faz jus a concessão da gratuidade de justiça. III - DO DIREITO; Os alimentos definitivos possuem a finalidade de prover a subsistência do Alimentado, devendo ser prestados corretamente tendo em vista as necessidades deste. Logo, visando à tutela deste direito, nosso ordenamento jurídico proporciona A OBRIGATORIEDADE DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, sem escusa plausível do Executado. O direito aos alimentos tem como objetivo primordial a preservação do direito fundamental à vida e a garantia da subsistência daquele que depende desses recursos para sua sobrevivência, com respaldo na lei (Lei 5478/68). É incontroverso que o presente caso trata do descumprimento de um título executivo judicial, o que justifica o emprego da coerção pessoal como meio adequado para compelir o executado ao cumprimento de sua obrigação. Nesse contexto, o artigo 528, caput, do Código de Processo Civil estabelece o prazo de até 3 dias para que o executado efetue o pagamento da dívida, demonstre que o realizou ou justifique a impossibilidade de fazê-lo. O pleito encontra respaldo legal no artigo 528 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, os quais regulamentam a execução de sentença que determina o pagamento de pensão alimentícia, bem como estabelecem as consequências advindas do seu descumprimento. “Art. 528 § 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.” Prisão esta que compreende até as 3 prestações anteriores ao ajuizamento do presente feito, conforme o art. 528, § 7º, do CPC. Portanto, no caso em tela, é perfeitamente cabível a medida de coerção pessoal. Reitera-se que eventual decretação da prisão civil e consequente cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações devidas, sejam as vencidas, sejam as vincendas, à luz do art. 528, § 5º, do CPC. Por fim, diante das demonstrações inequívocas do descumprimento a obrigação alimentícia deve-se proceder a sua prisão. IV - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS; Diante o exposto, requer à Vossa Excelência: a) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil e art. 1º, § 2º, da Lei nº 5.478/68; b) A intimação do executado para adimplir a obrigação no valor correspondente, no prazo de 3 dias, sob pena de ter a prisão civil decretada, nos termos dos arts. 528, § 3º e 7º do CPC, art. 19 LA e Súmula 309 STJ c) Que o executado, ao final, seja compelido a adimplir as parcelas vencidas e as que se vencerem no curso do cumprimento de sentença; d) Caso não seja adimplida a obrigação em questão que seja determinada a intimação às Instituições Financeiras por meio do Banco Central (Sistema BACEN – JUD) para que informe a existência de contas e aplicações financeiras e saldos de que seja titular o executado, fazendo-se, em caso de não pagamento, o bloqueio on- line dos valores identificados com a finalidade de quitar a presente execução. e) A intervenção do representante do Ministério Público; f) A condenação do Requerido ao pagamento das custas e honorários sucumbenciais, nos termos da Lei; g) Requer a juntada de todos os meios de provas admitidos em direito. Dá-se, à causa, o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) Nestes termos, Pede deferimento. São Paulo, data Advogado/OAB