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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) SÃO PAULO 2022 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) Lorena de Oliveira Serpa R.A: 3870423 Trabalho apresentado à Faculdades Metropolitanas Unidas para aquisição de média sob orientação do Professor Dr. Robson Kublickas. SÃO PAULO 2022 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA- DIREITO FALIMENTAR E RECUPERACIONAL FICHAMENTO: “NOVAS ATIVIDADES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL” – OSANA MARIA DA ROCHA MENDONÇA De acordo com o tema abordado, em primeira análise, o texto expõe empecilhos que a Lei nº 11.101/2005 vinha deixando, por conta do desenvolvimento prático dos casos ao longo dos seus 15 anos de existência, haja vista, ter sofrido diversas alterações pontuais em seu texto, e deixando de atentar a evolução prática adotada no dia a dia, nos casos de insolvência. Outrossim, a lei acima mencionada, trouxe o surgimento de crises de sociedade empresariais, com estruturas complexas. Dessa forma a Lei 14.112/2020 tentou abarcar de modo a positivar as novas atividades desenvolvidas da lei anterior, bem como, abranger o aumento da segurança na custódia dos bens na falência, e também novas atividades do administrador judicial aumentando para 40 atividades que o administrador pode realizar, ressalto ainda que além das atividades já desenvolvidas e não previstas em lei, o legislador por sua vez inclui atividades não testadas, na vigência da lei 11.101/2005. Por conseguinte, a autora faz menção das novas atividades do Administrador Judicial previstas no art. 22 da Lei 11.101/2005, dentre elas, a tentativa do administrador de incentivar a mediação e conciliação, já que essas alternativas encontram-se respaldadas como importância de métodos alternativos de resolução de conflitos, previstos no Código de Processo Civil de (2015). De maneira análoga a isso, a mediação é regulada pela lei 13.140/2015, onde deve constar com a participação do mediador profissional a ser escolhido pelas partes, ou pelo juiz em caráter sigiloso, em casos de insolvência, cabe destacar em relação os prazos, que devem ser seguidos pela Lei 11.101/2005. Vale enfatizar que, o administrador judicial deve apenas sugerir e instigar as partes a entrarem na mediação ou conciliação, onde o mesmo distingue-se das funções do mediador e do conciliador, previsto no nosso ordenamento jurídico, Lei 11.101/2005. Dessa maneira, cabe ao administrador Judicial identificar a possibilidade de mediação, bem como, por meio de conciliação, onde o mesmo deverá estimular seu pedido por meio de instalação de audiência de conciliação. É mencionado também, sobre a responsabilidade do administrador judicial pelas alíneas k e l do artigo 22, onde cabe a ele divulgar as informações pertinentes do processo de recuperação judicial e de falência, de forma on-line para que os credores e demais interessados tenham acesso, do mesmo modo faculte o recebimento de informações e documentos pertinentes. Na falência, compete ao administrador judicial auxiliar o Juízo na condução do processo, realizar os ativos, bem como pagar os passivos da empresa e também representar a massa falida nos processos judiciais e extrajudiciais. Diante o exposto, é mencionado a determinação do administrador Judicial, responder diretamente os pedidos de informações, provenientes de outros Juízos e Órgãos oficiais, conforme art. 22, inciso l, alínea m. No que se refere a recuperação judicial, a lei 14.112 mediante alterações relevantes, sobre a atuação do administrador judicial, efetivando a ele a obrigação de fiscalizar e assegurar o andamento do processo de recuperação judicial, em vista disso, suas obrigações estão previstas no art 22, inciso ll e alínea c, do mesmo dispositivo legal. Quanto a análise do plano de recuperação judicial, cabe ao administrador judicial verificar eventuais ilegalidades integradas, bem como, inconsistências de informações contidas nos documentos, conquanto, não é função do administrador judicial fazer análise de viabilidade econômica do plano de recuperação judicial, porque tal julgamento é de competência exclusiva dos credores. Conforme supramencionado em relação a responsabilidade do administrador judicial, como fundamento, a lei 11.101/2005, artigo 22, inciso III, “j” impõe a pena capital de destituição do administrador judicial caso não provenha a venda dos bens em 180 dias, contados da juntada do auto de arrecadação, onde o artigo exposto busca aumentar a responsabilidade do administrador na celeridade e maximização dos ativos da massa falida, para evitar depreciação dos bens. Nesse sentido, fica claro e evidente a crítica a penalização do administrador judicial, bem como alegação da autora, onde a previsão de destituição torna-se exagerada, pois o maior interessado na venda rápida dos bens da massa falida é o administrador judicial, ficando responsável pelos bens, sem que haja valor no caixa da falida para fazer frente aos custos pleiteados diante da manutenção dos bens. Conforme aludido no parágrafo anterior, o mesmo recebe, sem qualquer estrutura, a responsabilidade de gerenciar a massa falida, sem ter conhecimento a renda para bancar o passivo, diante da venda do ativo. Resignado o artigo 144 – A da lei 11.101/2005, o prazo para venda de bens móveis é de 30 dias e bens imóveis de 60 dias, na qual nota-se que apenas em casos de falências deficitárias, o legislador não previu a pena capital de destituição do administrador. Destarte, no que se refere as atividades do administrador Judicial na insolvência transnacional, coloca o mesmo em posição de destaque, já que conferiu ao auxiliar do Juízo funções de interlocução, com os Órgãos de diferentes Jurisdições, ademais, foi inserido mecanismos para facilitar a comunicação entre processos de insolvências transnacionais. Portanto, a Lei 14.112/2020, como referido procedeu inclusão de 13 novas atividades ao administrador judicial, no art 22 da Lei 11.101/2005, suas novas funções trazem responsabilidades, bem como, exige mais da sua capacidade técnica impecável, e que disponha de uma equipe multidisciplinar congruente a exercer diligência e aptidão que a lei atribui ao mesmo.