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Cardápio - objetivo o Distinguir cardápios; o Identificar a estrutura de um cardápio; o Esclarecer suas regras; o Conhecer e aplicar as principais recomendações. Cardápio - conceito o Significa uma sequência de pratos, a serem servidos em uma refeição, ou todas as refeições de um dia ou por um determinado período (DOMENE, 2011); o É uma ferramenta que inicia o processo produtivo, visto que seu objetivo é servir como instrumento gerencial para a administração de restaurantes; o Pode ser chamado de menu, lista ou carta; o Em estabelecimentos comerciais, é um veículo de informação que tem por finalidade auxiliar os clientes na escolha de alimentos e/ou bebidas. Cardápio: critérios para determinar estrutura e planejamento o Atender às exigências nutritivas individuais por meio do cálculo de dietas; o Apresentar os alimentos de forma apetecível, sem prejudicar o valor nutritivo, obedecendo a critérios econômicos e disponibilidade de gêneros; o Observar regras de preparo e maneira de servir os alimentos; o Estimativa do número de refeições. Servirão para: ✓ dimensionar os recursos humanos e materiais; ✓ controlar custo; ✓ planejar as compras; ✓ definir os níveis de estoque; ✓ determinar os padrões a serem utilizados na confecção de receitas; ✓ servir para pesquisa de satisfação dos clientes Nos casos onde a estrutura física e dimensionamento de equipamentos já exista, o nutricionista deve ajustar o cardápio a estas condições ou criar as condições para o cardápio desejado. Cardápio Outros critérios que devem ser levados em consideração pois quando controlados podem facilitar o processo de construção: ✓ Planejamento antecipado -Metas a serem traçadas e atingidas ✓ Sazonalidade X necessidade ✓ Reavaliação periódica dos cardápios ✓ Criação e teste de novas preparações ✓ Avaliação dos fornecedores ✓ Supervisão do cumprimento das atividades programadas ✓ Treinamento de mão de obra ✓ Elaboração de fichas técnicas de preparação ✓ Avaliação constante de todo o planejamento OUTROS CRITÉRIOS IMPORTANTES: - Requisitos contratuais - Cardápio do PAT - Cardápio PNAE Cardápio: tipo de refeições o As refeições compõem os cardápios e estão relacionadas a uma programação diária de preparações que podem ser consumidas por indivíduos ou pela coletividade, de acordo com o padrão do cardápio. PRINCIPAIS REFEIÇÕES Tipos/padrões de Cardápio o Os cardápios apresentam padrões que estão diretamente associados ao custo para a produção das refeições, bem como ao poder aquisitivo do cliente/ paciente. São classificados em: POPULAR/SIMPLES/ TRIVIAL/ POPULAR/ BÁSICO/ TIPO C Preparações mais simples, pouca variedade e um preço mais acessível. Geralmente não há opção de prato principal ou o cliente pode optar por ovo/omelete. MÉDIO/ TRIVIAL FINO/ INTERMEDIÁRIO/ TIPO B Preparações mais elaboradas e variadas. Custo intermediário. Normalmente variam o prato proteico, a guarnição, as saladas e sobremesa. FORMAL/ LUXO/ SUPERIOR/ TIPO A Preparações com requinte no modo de preparo, apresentação e distribuição dos alimentos. O custo é elevado. O cliente dispõe de maior variedade de preparações. Exemplo de diferentes padrões de cardápio POPULAR/SIMPLES/ TRIVIAL/ POPULAR/ BÁSICO/ TIPO C MÉDIO/ TRIVIAL FINO/ INTERMEDIÁRIO/ TIPO B FORMAL/ LUXO/ SUPERIOR/ TIPO A Componentes do Cardápio o Ao planejar o cardápio para uma refeição principal (almoço ou jantar), sugere-se obedecer à seguinte ordem: entrada, prato principal, guarnição, prato base, sobremesa e complementos; o Os componentes podem ou não compor o cardápio, o que vai determinar sua utilização será o desejo ou necessidade de quem o planeja. Componente do Cardápio: ENTRADA o Pode ser composta de sopa, salgado (frio ou quente) e salada (crua ou cozida). Podem fazer parte da entrada antepastos, torradas, pães (chamados couvert) ou salgadinhos. A composição da entrada dependerá dos hábitos da clientela atendida e do custo estabelecido; o São planejadas após os Pratos Protéicos, Guarnições e Acompanhamentos por três motivos principais: evitar a ocorrência de repetições de hortaliças ou frutas equilibrar as calorias do cardápio e diversificar as cores do cardápio; Componente do Cardápio: ENTRADA o Atente para o uso de cebolinha, salsinha e coentro. Considerados apenas como decoração para as preparações, são pontilhadas nos alimentos quase no momento de servir, e quando se dá conta, praticamente quase todos os itens do cardápio contém essas hortaliças; o Caso o usuário não aceite bem os citados, deixará de usufruir de boa parte do seu cardápio e, lembre-se de que seu objetivo maior como nutricionista, que trabalha com coletividades, só é alcançado quando ele ingere a refeição. Componente do Cardápio: PRATO PRINCIPAL E OPÇÃO o O prato principal é composto pela preparação que mais contribuirá com o aporte de proteínas da refeição. Pode ser à base de carnes ou ovos; o Em virtude da carne onerar o custo de uma refeição, todas as outras preparações são planejadas com base no prato principal, a fim de controlar o orçamento e equilibrar sabor, textura e aroma; o Geralmente, se o primeiro for carne vermelha, a opção será carne branca; Componente do Cardápio: PRATO PRINCIPAL E OPÇÃO o Caso o Prato Principal tenha molho, a Opção não terá, é preciso atentar que, os dois itens do cardápio deverão ser “opostos”, pois, deve-se oferecer escolhas; o Dispor dos dois pratos protéicos com cortes diferentes também intensifica o aspecto de diversidade do cardápio. Componente do Cardápio: GUARNIÇÃO o Deve acompanhar, “guarnecer” o Prato Principal e a Opção, ou seja, ela precisa “combinar” com as duas preparações ao mesmo tempo; o Pode ser dividido em: vegetais, farináceos e massas; o Caso em sua unidade tenha duas Guarnições, uma acompanha o Prato Principal e a outra a Opção. É ideal que a Guarnição tenha a consistência e a coloração diferentes da sobremesa, para que o cardápio não fique monótono, além de que algumas preparações são muito parecidas (Angu e Curau de Milho Verde ou Mousse de Maracujá; Pirão de Leite e Cuscuz de Tapioca; Creme de Milho e Pudim de Baunilha); Componente do Cardápio: GUARNIÇÃO o Caso o Prato Principal seja assado e não seja acrescido de molho, planeje uma Guarnição que favoreça a boa deglutição (Frango Assado e Creme de Milho; Chã de Fora Assada e Creme de Espinafre). Componente do Cardápio: ACOMPANHAMENTO/PRATO BASE o Considerado de grande importância pelo ajuste de energia no cardápio; o Consiste, geralmente, de arroz e feijão. Atualmente, é comum a oferta de arroz integral, além do convencional, que também aparece como opção quando adicionado de complementos (ex., arroz à grega); o A princípio, pensa-se que é possível modificar os tipos de Arroz e Feijão apenas com a incorporação de outros ingredientes, muitas vezes tornando-os mais calóricos; Componente do Cardápio: ACOMPANHAMENTO/PRATO BASE o Você pode utilizar feijão de cores diferentes (roxo, vermelho, branco, preto, verde), e o arroz com o acréscimo de pequenas porções de especiarias (cúrcuma e urucum), além de hortaliças compactas (cenoura, vagem) leguminosas (lentilha, grão-de-bico, milho verde, ervilha); o Atenção apenas para que a coloração não seja repetida em outro item do cardápio ou o ingrediente (Ex: Souflê de Cenoura e Arroz com Cenoura). Componente do Cardápio: SOBREMESA o Pode ser uma fruta e/ou um doce, que poderá ser preparado na própria UAN ou adquirido de terceiros; o O mais comum é que se tenha a opção de doce ou fruta para o usuário escolher. Caso só seja possível servir um ou o outro, o ideal é alternar a oferta de doce e fruta entre os dias da semana; o Um cuidado importante com as frutas é a apresentação. Componente do Cardápio: COMPLEMENTOS o Variados, dependem da composição e do padrão estabelecido para o cardápio e da aceitaçãodos clientes; o Na maioria das UAN, servem-se pães, farinha de mandioca, molho de pimenta, sucos industrializados, refrigerantes, leite, água mineral. Temperos e molhos para salada são apresentados separadamente ou como vinagrete. Além disso, existem itens convencionais de complementação, como limão para peixes e carne suína, queijo ralado para massas e café; Componente do Cardápio: COMPLEMENTOS o Em serviços com cardápio de padrão superior, é frequente a inclusão de chás, bombons, balas e licores. Deve-se considerar que muitos desses complementos não contribuem para um cardápio balanceado, porém fazem parte do hábito dos clientes; o Planeje as bebidas de acordo com o contrato firmado. Caso seja polpa, pense nas cores já incididas no cardápio e brinde a última cor que falta com os sucos. Ao elaborar cardápios: o Servir pratos mais sofisticados ou festivos, uma vez por mês. Às segundas-feiras, fazer preparações mais simples (no caso de restaurantes que não têm atividade no fim de semana, para desenvolver o pré-preparo); o Distribuir pratos com frituras durante a semana: não usar mais de um alimento frito na refeição, seja por imersão ou fritura rasa. Variar entre grelhados, assados e cozidos; o Colocar acompanhamentos e sobremesas, contrabalanceando o custo com o prato principal; Ao elaborar cardápios: o Variar receitas diferentes para alimentos iguais, bem como o tipo de corte e apresentação; o Evitar cardápios com muitos alimentos de mesmo preparo; o Diversificar os sabores (doce, salgado, azedo, apimentado), evitando-se as chamadas rotinas semanais, como feijoada às quartas-feiras e macarrão às quintas-feiras; o Observar a padronização das receitas e os utensílios: observar as per capitas e porções que serão usadas para elaborar o cardápio, a fim de garantir as necessidades calóricas e nutricionais. Instrumentos para auxiliar na montagem de cardápios Instrumento para apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, bem como para subsidiar políticas, programas e ações que visem a incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população MS,2014. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos, MS,2019. Ferramenta para avaliação de cardápios o Método AQPC – Avaliação qualitativa das preparações do cardápio: auxilia o na construção de um cardápio adequado no ponto de vista nutricional e sensorial (Veiros e Proença,2003). Pontos de avaliação do AQPC Ferramenta para planejamento de cardápios o A Ficha técnica de preparação – FTP, é fundamental para o planejamento de cardápio e permite a padronização dos pratos, de modo que o cliente encontre os produtos a seu gosto sem auxílio do funcionário que executou a preparação. Média per capita das preparações • As quantidades per capitas de alimentos consumidos não são fixos. • Para cada unidade de alimentação e nutrição deve-se considerar todos os fatores que podem influenciar no consumo de alimentos per capita. • Faz-se necessário cada unidade criar seu receituário padrão contendo as fichas técnicas de preparações de receitas para cada alimento. Média per capita das preparações Quantidades médias serviço com um tipo de carne e porcionada: Carnes vermelhas Almôndegas: 130 g de carne ou 5 unidades prontas de 25 g cada Carne assada: 120 g Bife: 120 a 160 g Bife à milanesa: 90 a 120 g Bisteca grelhada: 220 g Carnes em cubos: 160 g Carne moída: 130 a 150 g Costela bovina: 280 a 350 g Cupim assado: 120 a 200 g Estrogonofe de carne: 110 g Isca de carne: 120 g Picadinho simples: 160 a 180 g Carne suína Costela suína assada: 250 a 330 g Espetinho de linguiça: 110 a 130 g Lombo assado: 160 a 200 g Lombo grelhado: 150 a 180 g Aves Coxa/ sobrecoxa de frango: 250 a 300 g Espetinho de frango: 150 a 200 g Moela: 180 g Panqueca de frango: 150 a 180 g Peito de frango sem osso: 160 a 210 g Peito de frango com osso: 250 a 300 g Torta de frango: 150 a 180 g (coxa de frango) Peixe Filé de peixe à doré: 90 a 120 g Filé de peixe ao molho: 140 a 160 g Filé de peixe grelhado: 150 g Peixe em posta frito: 140 a 160 g Posta de peixe ao molho: 220 a 250 g Torta de peixe: 130 a 150 g Para consumo livre das preparações com carnes, aumentar de 20 a 30% dos valores per capita descritos anteriormente. Média per capita das preparações Quantidades médias per capita de guarnições para consumo livre: Batata frita palito (in natura): 150 a 190 g Batata frita chips: 140 a 180 g Batata frita palito (congelada): 110 g Batata palha (in natura): 150 g - (porção pronta: 40 g) Macarrão: 25 a 50 g / molho: 50 a 100 ml (porção pronta) 120 a 240 g Purê de batata (porção de 140 g): batata (in natura):110 g/ margarina: 2 g/ leite 66 ml/ sal: 2 g Batata a portuguesa: 140 g (in natura) – porção pronta: 110g Batata sauté: 140 g (in natura) – porção pronta: 116g Farinha de mandioca: 20 - 40 g Farinha de milho: 20 – 30 g Média per capita das preparações Quantidades médias per capita de saladas in natura para consumo livre Alface: 30 a 40 g Acelga: 35 g Abóbora: 95 g Abobrinha: 78 g (ralada e refogada) Berinjela à doré: 30 g Berinjela cozida e temperada: 43 g Beterraba crua: 55 g Brócolis: 36 g Cebola em rodelas à doré: 22 g Cebola em rodelas temperada: 20 g Cenoura cozida: 80 a 90 g Cenoura ralada crua: 55 g Chuchu: 80 a 90 g Couve manteiga refogada: 50 g Ovo de codorna: 5 unidades Pepino: 55 g Pimentão: 5 - 15 g Repolho cru: 36 g Repolho refogado: 40 g Tomate: 110 g Vagem: 40 a 55 g Salada mista cozida: 150 g (dividir entre os vegetais) Salpicão de frios: 75 g (acrescentar 15 de maionese) Batata com atum: batata 107g/ atum: 6 g/ maionese: 9 g Legumes com maionese: 150 g (acrescentar 9 g de maionese) Média per capita das preparações Quantidades médias per capita: Arroz e feijão Arroz cru: 80 -120 g Feijão cru: 40-60 g Fruta para sobremesa (porções) in natura Banana: 1 unidade Laranja: 1 unidade Mamão: 220 g Melão: 200g Tangerina: 1 unidade Salada de fruta (porção pronta): 130 g a 160 g Para temperar: Alho: 0,5 – 1,0 g Colorau: 0,3 g Cebola: 3 – 5 g Cheiro verde: 2 - 5 g Pimentão: 3 – 5 g Pimenta do reino: 0,3 g Tomate: 3 – 5 g TRABALHO MONTE SEU CARDÁPIO ▪ Em grupo: mínimo de 5 alunos ▪ Para cinco dias de serviço, com os componentes do cardápio vistos em aula ▪ Público alvo: clientela variada de um restaurante comercial, localizado em Macaé/R.J ▪ Tipo de cardápio: intermediário ▪ Refeições servidas: almoço e jantar (todos os componentes) ▪ Crie um layout atrativo e interessante para o cardápio, para chamar a atenção dos clientes ▪ Entregar na próxima aula impresso – colocar o nome e matrícula do grupo, no cardápio desenvolvido Slide 1: Cardápio - objetivo Slide 2: Cardápio - conceito Slide 3: Cardápio: critérios para determinar estrutura e planejamento Slide 4: Cardápio Slide 5: Cardápio: tipo de refeições Slide 6: Tipos/padrões de Cardápio Slide 7: Exemplo de diferentes padrões de cardápio Slide 8: Componentes do Cardápio Slide 9: Componente do Cardápio: ENTRADA Slide 10: Componente do Cardápio: ENTRADA Slide 11: Componente do Cardápio: PRATO PRINCIPAL E OPÇÃO Slide 12: Componente do Cardápio: PRATO PRINCIPAL E OPÇÃO Slide 13: Componente do Cardápio: GUARNIÇÃO Slide 14: Componente do Cardápio: GUARNIÇÃO Slide 15: Componente do Cardápio: ACOMPANHAMENTO/PRATO BASE Slide 16: Componente do Cardápio: ACOMPANHAMENTO/PRATO BASE Slide 17: Componente do Cardápio: SOBREMESA Slide 18: Componente do Cardápio: COMPLEMENTOS Slide 19: Componente do Cardápio: COMPLEMENTOS Slide 20: Ao elaborar cardápios: Slide 21: Ao elaborar cardápios: Slide 22: Instrumentos para auxiliar na montagem de cardápios Slide 23: Ferramenta para avaliação de cardápios Slide 24: Ferramenta para planejamento de cardápios Slide 25: Média per capita das preparações Slide 26: Média per capitadas preparações Slide 27: Média per capita das preparações Slide 28: Média per capita das preparações Slide 29: Média per capita das preparações Slide 30: TRABALHO MONTE SEU CARDÁPIO