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Aula 3 - Colaboração UE - Alexandre

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COOPERAÇÃO EMPRESA - UNIVERSIDADE
Programa de Pós Graduação em Administração das Organizações - PPGAO
ADMINISTRAÇÃO DE P&D
 NA EMPRESA
Agenda
Parte I – Compreendendo as interfaces entre empresa-universidade e governo
Antecedentes da CEU
Modelos conceituais para a interação empresa-universidade-governo
Exemplos de parcerias
Parte II – Implementando e analisando a CEU
Motivadores e barreiras à CEU
Engajamento acadêmico
Redes de colaboração tecnológica
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Parte I – Compreendendo as interfaces entre empresa-universidade e governo
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Sociedade industrial
Sociedade do conhecimento
Ingredientes para a CEU
Tendência à eliminação de linhas claras entre ciência e negócios.
Instituições baseadas em conhecimento têm se tornado um importante motor da inovação.
Mudança nos papéis da universidade.
Substituição do tradicional modelo Torre de Marfim (Ex.: MIT, Stanford).
Universidades e governos tornam-se reconhecidos como importantes atores no processo de inovação
Discussões para fomentar a economia (local).
Fonte: Etzkowitz (2008)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Compreender as relações entre universidades, empresas e governo permite que se desenvolva uma estratégia de inovação bem-sucedida nos níveis local, regional e nacional.
Metodologias e modelos
Análise de pontos fortes e fracos
Identificação de lacunas
Melhores práticas
Etzkowitz e Zhou (2017)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
MODELO DO 
HÉLICE TRIPLA
TRIÂNGULO DE 
SÁBATO
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
7
TRIÂNGULO DE SÁBATO
INFRA-ESTRUTURA C&T
ESTRUTURA PRODUTIVA
POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS
AMBIENTE
EXTERIOR
Extra-relações
Intra-relações
Inter-relações
Sábato e Botana (1968)
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O modelo da Hélice Tripla
“Modelo de inovação em que a universidade/academia, a indústria e o governo, como esferas institucionais primárias, interagem para promover o desenvolvimento por meio da inovação e do empreendedorismo”.
Etzkowitz e Zhou (2017, p. 24-25)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Princípios da Hélice Tripla
Etzkowitz e Zhou (2017, p. 24-25)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Universidade empreendedora
Criação de empresas de base tecnológica
Papel moderador (e não controlador) do governo
Capital de risco
Incubadoras, aceleradoras e ETTs
Estímulo ao desenvolvimento econômico e social
Ranking de Universidades Empreendedoras
REDES TRILATERAIS 
E ORGANIZAÇÕES HÍBRIDAS
INDUSTRIA
GOVERNO
ACADEMIA 
HÉLICE TRIPLA III
HÉLICE TRIPLA II
INDUSTRIA
ACADEMIA 
GOVERNO
GOVERNO
INDUSTRIA
ACADEMIA 
HÉLICE TRIPLA I
PLONSKI (2006)
MODELO DA HÉLICE TRIPLA
14
Modelo estatista
O governo é a esfera institucional dominante.
Liderança no desenvolvimento de projetos e financiamento.
Supressão das ideias que vem de baixo.
Indústria e universidades estão subordinadas ao governo.
As universidades são fundamentalmente instituições de ensino, distantes da indústria.
A liderança do governo tende a crescer em períodos de emergência (Ex.: Projeto Manhattan).
Ex.: ex-União Soviética, França (Groupe Bull), países latino-americanos, incluindo o Brasil militar anos 70
Etzkowitz e Zhou (2017)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Modelo laissez-faire
Cada instituição atua em sua própria dimensão
Preservação de fronteiras e papeis.
O papel do governo:
O papel do governo é o de apenas regulamentar.
Atua quando há falhas de mercado, inclusive por meio de fomento à pesquisa.
O papel da universidade:
A universidade produz pesquisa e pessoas treinadas.
O papel da indústria:
Cabe à indústria procurar ajuda na universidade.
Etzkowitz e Zhou (2017)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Rumo a uma Hélice Tripla efetiva
Será o paradigma dominante
Relações trilaterais com fronteiras menos definidas.
Ex.: O governo regula (Lei de inovação), a universidade regula (política de inovação), a universidade atua na criação de empresas e participa de ambientes de inovação (parques e incubadoras)
Desafios: conflitos de interesse.
Atores atuando em diferentes dimensões com interesses conflitantes
Necessidade de criar mecanismos para eliminá-los
Ex.: Universidade de Newcastle e os professores de 
prática
Etzkowitz e Zhou (2017)
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Adaptado de Etzkowitz e Leydesdorff (2000).
 Investimento privado P&D
 Colaboração com P&D público
 Emprega e treina RH
 Capital de Risco
 Implementa inovação
 Investimento público C&T&I
Incentivo fiscal
Regulação
Formação de RH
Spin-off
Desenvolvimento e Colaboração P&D
 Fronteira do conhecimento
Atores e seus papéis na CEU
Avanços...
Hélice Quadrupla
Inclui atores da sociedade civil organizada (Carayannis e Campbell’s, 2009)
Hélice Quíntupla
Inclui o ambiente e a sustentabilidade (Carayannis e Campbell, 2010, 2012, 2014)
InGTeC - Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
Vale do Silício: um caso de sucesso
A fonte original deu-se com a atuação da liderança de Stanford. Incentivo aos bacharéis a abrirem empresas de tecnologia (David Jordan).
Novas demandas tecnológicas foram criadas cujas soluções pediam a colaboração com a universidade.
O governo financiava as pesquisas em larga escala.
Os professores foram incentivados a exercerem cargos duplos (no campus e nas empresas).
Desenvolvimento de um conjunto de atores coadjuvantes cada vez mais complexo.
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Modelo conceitual da Cooperação empresa-Universidade
Adaptado de Bercovitz e Feldmann (2006)
AMBIENTE DA Universidade
CARACTER
Í
STICA DAS FIRMAS
-
Caracter
í
sticas da ind
ú
stria
-
-
Objetivos da Firma
-
Tamanho e capacidade da Firma
-
-
Localiza
ç
ão geogr
á
fica
PESQUISADOR 
INDIVIDUAL
TRANSA
Ç
ÕES
-
Pesquisa patrocinada
-
Licen
ç
as
-
Firmas Spin
-
offs
-
Contrata
ç
ão de estudantes
Mudan
ç
as 
ex
ó
genas de 
parâmetros 
Atributos 
Comportamentais 
Resposta 
estrat
é
gica e 
aprendizagem
Resposta 
estrat
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gica e 
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Ambiente 
Pol
í
ticos e 
estrutura legal
AMBIENTE DA Universidade
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Tamanho e capacidade da Firma
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Comportamentais 
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gica e 
aprendizagem
Resposta 
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aprendizagem
Ambiente 
Pol
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ticos e 
estrutura legal
Tipologia dos cientistas para a orientação para a CEU
Lam (2010)
Grupos de Pesquisa
Empreendedores
Fluxo de conhecimento
Publicações
Egressos
(Indivíduos)
Escritórios de Interação
Consultoria
Pesquisa
Contratos
USP e Unicamp contam com interfaces desde a década de 80 (GADI e CPPI, respectivamente)
Escritórios de Transferência de Tecnologia
Gestão da PI
Negociação 
Inteligência e treinamento
Política de inovação
Incubadoras
Tecnologia
Empreendedorismo
Criação de empresas
Egressos
(Organizações)
Etzkowitz (2004)
Evolução da Gestão das 
Relações Universidade-Indústria
Nível Macro da Cooperação Empresa-Universidade
Adaptado de Eun et al. (2006).
Mais Empreendedorismo
Menos Empreendedorismo
Mecanismos 
de mercado
Mecanismos 
hierárquicos
Universidade Empreendedora 
Universidade Pesquisadora 
Universidade Educadora 
Venda de 
Tecnologia
Licenciamento
de patente 
Empresas dirigidas 
por universidadesIncubadora
Parques Científicos 
e Tecnológicos
Spin
-
off
Educação mais aplicada
e mais pedagógica
Conferências 
conjuntas
Centros 
colaborativos 
de pesquisa 
Pesquisa 
colaborativa 
Fonte: PINTEC, IBGE (2017)
Importância atribuída aos parceiros das relações de cooperação, pelas empresas que implementaram inovações de produto ou processo
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Clientes ou consumidores	Fornecedores	Concorrentes	Outra empresa do grupo	Empresas de consultoria 	Universidades e	
institutos de pesquisa	Centros de capacitação profissional	
e assistência técnica	Instituições de testes,	
ensaios e certificações	3461	2730	563	639	1057	1111	567	1080	
EXEMPLOS DE PARCERIAS ...
NATURA 
Com a USFC (Prof. J. B. Calixto) – Natura Chronos Spilol
PRATI DONADUZZI + FMRP/USP
Centro de Pesquisas em Canabinoides
ACHE - UFSC (prof. Calixto) 
ACHEFLAN
PETROBRAS – GRUPOS DE PESQUISA
Mais de 1200 GP em mais de 3000 projetos em parceria
POLI/USP + ANP + SHELL + FAPESP
Research Centre for Gas Innovation 
Parte II – Implementando e analisando a CEU
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Benefícios x Custos da interação
Retornos
Barreiras
Fatores que afetam a CEU e a TCT
Vries et al. (2019)
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Diferenças cognitivas
Base de conhecimento
Diferenças institucionais
Objetivos organizacionais 
Cultura organizacional
Capital social
Confiança
Comunicação
FATORES MOTIVADORES DA CEU
Universidade é percebida como um reservatório de conhecimento e tecnologia
A universidade detêm conhecimentos fundamentais para a inovação. O seu potencial tecnológico é uma competência reconhecida.
Existem tecnologias já desenvolvidas, as chamadas tecnologias de prateleira, a serem repassadas às empresas.
A cooperação permite o acesso à tecnologia de que a empresa não dispõe naquele momento, alavancando-a a um patamar tecnológico mais elevado
As firmas não possuem internamente todos os recursos necessários para desenvolver sozinhas as pesquisas.
O acesso ao conhecimento e à tecnologia, gerados pela universidade, e o suporte técnico especializado, constitui uma forma de complementar o P&D interno destas organizações.
A empresa busca desenvolvimento e absorção de tecnologia mais eficaz, utilizando a ciência como um modo de gerar vantagens competitivas, alavancando-a a um patamar tecnológico mais elevado.
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FATORES MOTIVADORES DA CEU
Gerenciamento eficaz dos projetos cooperativos reduz dificuldades
O conflito ideológico, nem sempre explícito, tende a ser superado, o que possibilita um incremento na confiança mútua.
A intensificação da comunicação entre as universidades e as empresas constrói canais de comunicação sobre as capacidades científicas e tecnológicas existentes.
Gestor tecnológico que viabilize as condições exigidas de negociação, coordenação e elaboração de um plano de trabalho adequado. 
Mecanismos de acompanhamento e gerenciamento dos contratos de cooperação por ambas as organizações.
Experiências bem sucedidas favorecem o surgimento de novos acordos cooperativos
Experiências anteriores bem sucedidas facilitam novos projetos.
A existência de um contato anterior (na universidade ou na empresa) torna mais rápido o processo de aproximação.
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FATORES MOTIVADORES DA CEU
Valorização da inovação associada à redução de riscos intrínsecos a este processo
Possibilidade de acesso à infraestrutura tecnológica, (acesso às instalações universitárias, pesquisadores) e informações de base tecnológica atualizadas.
A necessidade de compartilhar o risco das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental.
A otimização do desenvolvimento de produtos com menor risco 
A cooperação contribui para o reconhecimento do trabalhado das entidades envolvidas, tanto as empresas quanto as universidades, melhorando a imagem das mesmas e de seus profissionais 
O aumento do prestígio social do pesquisador e a melhora da imagem da universidade.
Legitimação do trabalho acadêmico junto à sociedade
Melhoria da imagem da empresa 
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FATORES MOTIVADORES DA CEU
Contribuição para a formação de quadros (estudantes e funcionários), bem como ao acesso a RH qualificado
Melhor formação dos estudantes de pós-graduação e exposição dos estudantes à realidade.
Acesso a RH qualificado, tanto de estudantes quanto de consultores especialistas.
A parceria garante treinamento e opções de desenvolvimento para o futuro para estudantes.
Acesso a mercados e oportunidades de desenvolvimento de novos produtos e serviços
O acesso a novos mercados, principalmente mercados internacionais.
Novas oportunidades são geradas para as firmas, em virtude da cooperação em projetos de P&D, com melhoria do potencial mercadológico da empresa.
Desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo. 
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FATORES MOTIVADORES DA CEU
Disponibilidade de recursos financeiros voltados à cooperação e redução de custos.
Acesso a recursos financeiros para suprir a carência de equipamentos de laboratório, ou de recursos para projetos de pesquisa.
Elevação dos gastos com pesquisas e a necessidade de redução de custos levou a indústria a buscar conhecimento externo
Custo menor da pesquisa realizada em parceria. 
A dificuldade crescente para obtenção de recursos públicos para a pesquisa universitária e a expectativa de que estes possam ser proporcionados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção.
Os governos devem encorajar ativamente a colaboração como um modo de aumentar a eficiência da inovação e assim gerar ganhos. 
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FATORES MOTIVADORES DA CEU
Intensificação da dinâmica da inovação e o aumento da interface entre ciência e indústria
Elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e a redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos primeiros resultados de pesquisa e sua aplicação.
Aumento do relacionamento entre ciência e tecnologia, a integração de ciência e indústria, o surgimento de indústrias baseadas em ciência, a globalização da economia e a internacionalização da tecnologia.
Nem sempre a busca por tecnologias é o objetivo central do processo de cooperação; entretanto, a cooperação com instituições públicas tem um impacto maior no depósito de patentes.
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BARREIRAS A CEU
Processo de cooperação envolve questões operacionais suscetíveis a problemas
Os projetos de P&D têm elevado custo e longa duração.
A distância física entre as empresas e a universidade é um fator que influencia fortemente o comportamento de interação. Os contatos face a face ainda são de crucial importância e seus custos aumentam com a distância.
Falta de tempo por parte da empresa, devido à pressão dos negócios.
Há um maior distanciamento entre os que dominam a tecnologia e aqueles que não a dominam.
As empresas são avessas ao risco e a universidade não valoriza a incerteza dos projetos.
Assimetria de informação e diferenças no nível de conhecimento dos parceiros
Falta de interesse por parte das empresas para a aquisição e utilização das tecnologias desenvolvidas nos centros de pesquisa, devido à carência da difusão da informação sobre a produção dos centros de pesquisa.
A cooperação ocorre quando há reciprocidade de competências entre os participantes a fim de haver a absorção de conhecimento dos parceiros.
Diferença no nível de conhecimentos entreos parceiros.
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BARREIRAS A CEU
Institucionais
Normas universitárias que em geral não prevêem procedimentos de rotina para realização de acordos.
Ausência de normas que regulamentam este tipo de relação.
Falta de acordos adequados para desenvolvimento do produto e indefinições em relação ao registro de patentes. 
Orientação da universidade para publicação científica, necessidade das empresas, de desenvolvimento de produtos/serviços com confidencialidade dos resultados
Os pesquisadores das áreas básicas, não vêem a invenção como uma prioridade, e a empresa está interessada na possibilidade de lucro oriunda de uma idéia ou de uma inovação.
Gestão da cooperação frágil e pouco profissionalizada
Carência e/ou falha de comunicação.
Falta de confiança na capacidade dos RH de ambas as organizações.
Necessidade intensa de gestão dos acordos associada à escassez de competências e habilidades dos parceiros na gestão da cooperação. 
estruturas muito diversas que não permitem a gestão do acordo de forma integrada, associada à falta de tempo dificultam o alcance dos objetivos estipulados.
Tendência das companhias em assumir o papel de meras observadoras, enquanto a pesquisa é levada adiante pelas universidades.
Conflitos financeiros, na momentos e nas metodologias de mensuração do valor da tecnologia.
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BARREIRAS A CEU
Aspectos culturais cristalizados que polarizam as percepções
Visão de que as pesquisas realizadas por universidades são lentas; focadas no longo-prazo; buscam somente desenvolvimento da ciência básica e a realização das necessidades sociais.
Visão de que as empresas buscam resultados de pesquisas no curto-prazo, para a obtenção de lucratividade. 
Visão que o empresário tem de que o pesquisador é um ser descolado da realidade; e que as universidades são descomprometidas com as necessidades das empresas. 
Visão do pesquisador de que o empresário despreza a ciência.
Crença de que somente o Estado deve financiar pesquisas universitárias.
O setor produtivo suspeita das contribuições aos seus problemas e atribui valor técnico ou comercial apenas ao que é realizado internamente.
Os empresários latino-americanos são resistentes à inovação e à internacionalização.
Receio de que um maior envolvimento com as empresas afetaria a integridade da pesquisa acadêmica
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Novas abordagens para o estudo da CEU: engajamento acadêmico
Engajamento acadêmico (EA) são “instâncias de colaboração interorganizacional, geralmente envolvendo "interações pessoa a pessoa", que ligam universidades e outras organizações, particularmente empresas” 
(PERKMANN et al., 2013, p. 424)
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Atividades de EA
Pesquisa colaborativa
Contratos de pesquisa
Consultoria
Aconselhamento
Treinamento para funcionários das empresas
Ampliação de instalações
Participação em conferências 
Treinamento de estudantes de pós-graduação em empresa(s)
Participação em reuniões patrocinadas por empresas
Atividades de engajamento acadêmico
Zhao et al. (2020)
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Determinantes do EA
Vide Dantas (2023)
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Nível individual
Gênero
Nível na carreira
Nível organizacional
Apoio do departamento
Missão empreendedora
Reputação acadêmica
Experiência prévia
Experiência não acadêmica
Estruturas de apoio
Áreas de conhecimento
EA nos laboratórios de pesquisa universitários no estado de SP
Fonte: Dantas (2023)
A COOPERAÇÃO DECORRE FREQUENTEMENTE DE REDES COMPLEXAS
EMPRESAS
ASS. 
EMPRESARIAIS
ONG’S
UNIVERSIDADES
AGÊNCIAS 
FINANCIAMENTO
COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL
Escritórios
Transf. Tecnologia
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Redes de Cooperação Tecnológica - RCT
Cooperação Tecnológica envolve a relação de apoio mutuo entre organizações (empresa, ICT, Governo) que resultam no deposito de uma patente em co-titularidade. 
Podem ser construídas utilizando a ARS (analise de redes sociais) adotando-se a proxy: 
titulares = nós da rede / atores
Patente = arestas /relações não direcionadas
O mapeamento da rede de cooperação tecnológica ocorre com diferentes focos:
De uma área tecnológica 
De uma organização (empresa ou ICT)
De uma tecnologia específica
De um setor
De países e de mercados alvo
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Análise de Redes Sociais - ARS
Aplicação das métricas
Nós (atores)
Arestas (ligações)
Grau e grau médio 
Diâmetro 
Modularidade 
Densidade
Intermediação 
Triangulações
Componente Gigante, etc
(Newman, 2010; Easley e Kleinberg, 2010)
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O mapeamento das redes de cooperação tecnológica nos permite identificar: 
Área tecnologica (IPC) em que as organizações se destacam e/ou priorizam seus projetos P&D&I
Identificar o papel dos atores envolvidos na cooperaçãoo
principais players 
principais inventores
Elos de ligacao (intermediadores IA)
Centralizam o desenvolvimento da tecnologica (centralidade)
Natureza dos atores
Empresas (matriz / subsidiarias – start-up)
Universidades 
Governo
Analisar a Cooperação sob diferentes óticas
Setores econômicos
Empresas
Tecnologias especificas
Caracterizar as relações de cooperação tecnológica em termos de:
Complexidade das interações (configuração das parcerias que formam a rede)
Mercados alvos tanto para uma organização em particular quanto para uma tecnologia 
Grau de inovação aberta que as organizácões adotam 
Evolução dos relacionamentos ao longo do tempo (analise dinâmica das redes)
Monitorar a força da colaboração mútua 
A formação de clusters e o entrelaçamento destes atores
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Rede Cooperação Tecnológica das empresas brasileiras mais inovadoras que resultou em patentes
Porto et al. (2011)
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Rede de Cooperação tecnológica que resultou em Patentes com a USP
	parceiro	Classificação Institucional	Quantidade de Patente
	FAPESP	Instituição de Fomento Governamental	101
	GSK (GlaxoSmithKline)	Empresa	33
	NerreTherapeutics	Empresa	11
	Unicamp	Universidade	11
	InprenhaBiotec	Empresa	9
	Suzano Papel & Celulose	Empresa	8
	FINEP	Instituição de Fomento Governamental	7
	Fundação UFSCAR	Fundação de Suporte	7
	Ouro Fino	Empresa	6
	UFSCAR	Universidade	6
51
Rede de Cooperação tecnológica que resultou em Patentes com a UNICAMP
	Nome do parceiro	Classificação Institucional	Quantidade de Patentes
	BUNGE	Empresa	59
	UFRJ	Universidade	15
	UNESP	Universidade	12
	FAPESP	Instituições de Fomento Governamental	11
	USP	Universidade	10
	BRASKEM	Empresa	6
	CARGIL	Empresa	6
	EMBRAPA	Instituto de Pesquisa	6
	PADTEC	Empresa	5
	JOHNSON &JOHNSON BR	Empresa	4
Rede de Cooperação tecnológica que resultou em Patentes com a UNESP
	Nome do parceiro	Classificação Institucional	Quantidade de Patentes
	FAPESP	Instituição de Fomento Governamental	12
	UNICAMP	Universidade	10
	UFRJ	Universidade	9
	UNIV GENEVE	Universidade	6
	OXFORD (Isis) INNOVATION	Empresa	6
	UFSCAR	Universidade	5
	USP	Universidade	5
	UNIV. OXFORD INNOVA	Universidade	4
	EMBRAPA 	Instituto de pesquisa	3
	EMS SA	Empresa	3
Rede de Cooperação Tecnológica da Novartis
	Nome	N° de colaborações
	Novartis	122
	Chiron	27
	Syngenta Participações	10
	Nektar Therapeutics	9
	Mitsubishi Pharma	9
	Novartis (Incorporada)	9
	Universidade de Murdoch	9
	Universidade do Oregon	9
	Instituto Americano de Saúde	8
	GlaxoSmithKline (GSK)	8
Fonte: Basso e Porto (2016)
InGTeC - Núcleode Pesquisas em Inovação, Gestão Tecnológica e Competitividade
GESTÃO ESTRATÉGICA DA COOPERAÇÃO: 
DESAFIOS...
 DILEMA UNIVERSIDADE E INSTITUTO DE PESQUISA
Balancear pesquisa livre e dirigida
Viabilizar TT para as PME’s
 DILEMA EMPRESA
Adquirir X desenvolver conhecimento
 ORGANIZACIONAL
Centralizar ou descentralizar
Como profissionalizar a interface
INSTITUCIONAL
Entidades de interface acadêmicas
Entidades de intermediação
Adoção do marco legal 
CULTURAL
Articular Cooperação com ensino e pesquisa
Respeitar posições
Dissonância de linguagem
NEGÓCIO
Como “valorizar” a tecnologia
Como “valorar” a tecnologia
55
COMO PROMOVER E ASSEGURAR 
UMA CULTURA DE INOVAÇÃO PERMANENTE?
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA
DESAFIO
56
- ESTIMULO À PARTICIPAÇÃO DE INSTITUIÇÕES DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (ICT) NO PROCESSO DE INOVAÇÃO;
- INCENTIVO À INOVAÇÃO NA EMPRESA;
- ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS COOPERATIVOS ENTRE UNIVERSIDADES, INSTITUTOS TECNOLÓGICOS E EMPRESAS NACIONAIS;
- ESTRUTURAÇÃO DE REDES E PROJETOS INTERNACIONAIS DE PESQUISA TECNOLÓGICA;
- CRIAÇÃO DE INCUBADORAS (EBT) E PARQUES TECNOLÓGICOS.
ESTRATÉGIAS PARA SUPERAR O DESAFIO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
INOVAÇÃO 
TECNOLÓGICA
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