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AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS COMO PRÁTICA 
PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO 
 
Dayane Aparecida Dias de Sousa 
Monnei Leticia Borges da Silva 
Jarbas Lopes 
 
RESUMO 
Este estudo pretende analisar as formas como os professores utilizam as tecnologias digitais 
em sua prática docente. Por se tratar de um estudo bibliográfico, importantes contribuições 
foram dadas por diversos autores que sintetizaram os efeitos positivos para os professores que 
utilizam as tecnologias digital, bem como os desafios para implementação de uma prática 
docente, baseado na nova realidade digital. O presente artigo alcançou os resultados de coletas 
de informações por meio de levantamentos e reflexões abordadas em artigos científicos e 
livros, com relação direta com a temática abordada na pesquisa. Assim, cabe uma reflexão 
importante sobre o impacto que o uso das tecnologias digitais pode proporcionar na atividade 
docente de professores que aderem os recursos digitais como ferramenta de apoio às suas 
abordagens metodológicas. É evidente que os professores precisam ser treinados e 
aprimorados para o uso das Tecnologias de informação e comunicação, assumindo o papel de 
facilitadores da construção do conhecimento dos alunos e não apenas de transmissores de 
informações. Conclui-se que, o uso das tecnologias por si só não representa mudança 
pedagógica, se for usada somente como suporte tecnológico para ilustrar a aula, o que se torna 
necessário é que ela seja utilizada como mediação da aprendizagem para que haja uma 
melhoria no processo ensino-aprendizagem. 
 
Palavras-chave: Educação. Ferramentas Tecnológicas. Práticas Pedagógicas. Formação 
docente. 
 
1 INTRODUÇÃO 
A tecnologia revolucionou a forma como recebemos, enviamos e usamos informações 
todos os dias. Os recursos on-line atingem quase todos os aspectos da vida moderna. Uma das 
áreas com maior potencial para o uso destas transformações é sem dúvida a área educacional. 
Mesmo que em ritmo lento ao acompanhar todos os benefícios que a tecnologia oferece, é 
certo que a invasão de computadores, tablets e outros meios tecnológicos em sala de aula já é 
um processo irreversível, criando com esse avanço novos métodos de ensino, e novas 
filosofias acerca da educação. 
No contexto escolar, a tecnologia transformou a realidade do processo de ensino e 
aprendizagem. Os alunos passaram a utilizar o computador para preparar os trabalhos, 
dispõem de softwares de apresentação de slides para exposição de seminários e podem 
relacionar os conteúdos trabalhados na escola com as notícias do mundo ao seu redor através 
da internet. 
 
 
 
 
 
 
Atualmente temos diversas mídias educacionais, o grande desafio é saber utilizá-las 
eficientemente e permitir que elas contribuam, de modo mais decisivo, para aperfeiçoar as 
práticas pedagógicas. 
Esta pesquisa tem como principal objetivo elencar resumidamente os benefícios que o 
uso da tecnologia em sala de aula pode promover, bem como relatar quais os desafios que os 
docentes precisam superar, mesmo com a conscientização de diversas classes que atuam 
direta e indiretamente na educação. 
A abordagem do tema, deve-se ao avanço na tecnologia e nas formas de comunicação, 
a tecnologia aplicada à educação é assunto a se debater e se analisar, de maneira que esta, 
ainda é alvo de grande preconceito ou pré-conceito de grande parte da população, que ainda 
não acredita que uma maneira diferente de educação possa ensinar, qualificar ou formar um 
profissional. 
O estudo aborda a existência de diferentes tecnologias em ambientes educacionais, 
analisando a necessidade de formação de educadores para lidar com essas tecnologias como 
auxiliares no processo educacional. 
Por meio de pesquisa bibliográfica, discute-se aqui que as novas necessidades 
educacionais decorrentes da revolução tecnológica vivenciada neste século, e como essas 
necessidades se refletem no ambiente educacional e, na prática educacional, exigindo do 
professor novas habilidades e conhecimentos que o habilitem a atuar como mediador na 
construção do conhecimento na era da tecnologia. 
Discutir e buscar formas de incrementar o uso das tecnologias digitais na prática 
docente é um desafio para todos os educadores, a fim de construir uma cultura digital com os 
alunos e também com todos os envolvidos com estes. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nesta seção, abordaremos a respeito da Tecnologia Digital na Educação, destacando a 
importância e as contribuições que o seu uso traz e os desafios para sua implementação no 
contexto escolar. Nas atividades do dia a dia, frequentemente usamos a tecnologia em nossas 
vidas, então por que não a trazer para sala de aula como uma ferramenta pedagógica? 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Tecnologias digitais na educação 
 
 Não se pode negar que as Tecnologias Digitais estão cada vez mais presentes em 
atividades cotidianas. O uso dos celulares, tabletes e computadores é cada vez mais comum 
tanto entre adultos, quanto nas crianças e jovens. Inserir todos esses recursos no processo de 
ensino e aprendizagem se faz necessário por se tratar de um avanço quase impositivo da 
sociedade. 
Como o uso da tecnologia está presente em nossas rotinas e desta maneira também na 
educação se torna interessante, que sejam desenvolvidos métodos que associam as 
ferramentas da tecnologia, na prática, escolar. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. No seu artigo 1º coloca, de forma 
geral, o conceito de educação, ressaltando que a educação escolar não deve ficar distante das 
questões da atualidade, no que se refere ao trabalho e relações sociais, o Art. 1° e § 2º dessa 
lei afirma que: 
 
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, 
na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos 
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. 
 
No seu artigo 2º, aponta que: 
 
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e 
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 1996, indica a inclusão das 
tecnologias de informação e comunicação na educação como forma de alfabetização digital 
em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior. 
Assim, a BNCC (2018) adota o digital como uma nova linguagem e indica que as 
tecnologias digitais sejam o alicerce das práticas pedagógicas a serem desenvolvidas 
fundamentadas neste documento, delineando um cenário favorável às práticas docentes 
inovadoras. A seguir, destacamos um dos trechos do documento que versa sobre a temática: 
 
Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais 
significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da 
multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas 
pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os 
estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores. 
 
 
 
 
 
 
Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, 
envolvendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de 
atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil (BRASIL, 2018, p. 61). 
 
Em consonância com a BNCC, é função da escola incorporar em sua comunidade 
escolar práticas pedagógicas que permitam a aproximação com o mundo atual, já que esta é 
uma das agências de letramento de relevância no meio social (MENDONÇA; SOARES, 
2019). Segundo Rossi (2015), a prática em contexto escolar precisa ter como foco a 
construção de agentesparticipativos, ativos, que saibam trabalhar em equipe, buscar soluções 
para problemas e formular hipóteses para testá-los, acumulando conhecimento. 
No contexto contemporâneo, as crianças são confrontadas com informação ilimitada e 
recursos tecnológicos que lhes permitem desenvolver-se de forma autônoma e participativa. 
Na escola, eles trazem a bagagem de conhecimentos prévios que devem ser considerados, e 
são nativos digitais ao se depararem com um contexto onde a mídia existe na experiência 
social. 
De acordo com Barbosa et al. (2014) diante dessa situação, as escolas enfrentam o 
desafio de despertar nos alunos o interesse pela aprendizagem, pois os métodos de ensino 
ainda são percebidos globalmente como centrados nos modelos tradicionais de ensino. 
Segundo Lima Júnior (2007, p. 67) “Nossas escolas, que visam contribuir para que os 
indivíduos participem ativa e criticamente da dinâmica social, podem e devem investir na 
nova eficiência e competência, baseadas numa lógica do virtualizante”. Bergmann (2010) 
também fortalece essa visão, destacando a importância de se conseguir inserir essas 
tecnologias no contexto escolar, fazendo com que o professor consiga unir conhecimento, 
informação e, consequentemente, promover novas estratégias metodológicas mediadas pelos 
usos das tecnologias digitais com a intenção de favorecer a inclusão digital na sala de aula. 
Portanto, como afirma Bergmann, (2010): 
 
A educação está diante de um desafio: inserir as novas tecnologias da informação e 
comunicação na escola com vistas a promover a alfabetização tecnológica, a 
democratizar o acesso às tecnologias da informação e comunicação para alunos e 
comunidade, e, consequentemente, para a melhoria da qualidade do ensino. Para 
tanto, não é suficiente investir apenas na infraestrutura física, com a criação de 
laboratórios de informáticas nas escolas e a compra de equipamentos sofisticados, se 
não se investir na formação dos professores, formação do educador para operá-los e 
saber utilizá-los com finalidades educativas (BERGMANN, 2010, p. 2). 
 
De acordo com autor, para efetivamente transformar as escolas em espaços 
digitalmente inclusivos, não basta o acesso às tecnologias de informação e comunicação, é 
 
 
 
 
 
 
necessário promover a alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis às tecnologias 
e as informações que circulam nos meios digitais e oportunizando a inclusão digital. Nesse 
contexto, Kenski (2008) afirma: “esse é o duplo desafio da educação: adaptar-se aos avanços 
das tecnologias e orientar o caminho de todos para o domínio e a apropriação crítica desses 
novos meios”. 
Portanto, é preciso lembrar que incorporar as tecnologias digitais na educação não se 
trata de utilizá-las somente como meio ou suporte para promover aprendizagens ou despertar 
o interesse dos alunos, mas sim de utilizá-las com os alunos para que construam 
conhecimentos com e sobre o uso dessas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação. 
Assim, Crok (2008) afirma que as ferramentas tecnológicas devem satisfazer objetivos 
específicos de aprendizagem, tais como envolver o aluno na construção do conhecimento, 
potencializar a criatividade e a expressividade, promover a interação e o trabalho 
colaborativo, explorar formas de aprendizagem autônoma e permitir a apresentação dos seus 
trabalhos a um público. 
Portanto, na visão do autor, é essencial termos iniciativa de viabilizar o aprendizado 
colaborativo através da interatividade permitida pelo uso de recursos tecnológicos. 
 
2.2 Contribuições das tecnologias digitais no processo de ensino aprendizagem 
Ao longo do último século e nas duas primeiras décadas do século XXI, a humanidade 
experimentou um crescimento tecnológico exponencial. Esses avanços provocaram mudanças 
na vida social, na forma como a arte, a cultura, os modos de produção, a interação humana, a 
saúde, a educação e muito mais são desenvolvidos. 
Para Valente (2018), “essas tecnologias estão transformando o modo como a 
humanidade desenvolve suas atividades, assim como a maneira com que as pessoas pensam, 
resolvem problemas, acessam a informação e se relacionam socialmente”. Dessa forma, pode 
se compreender que a tecnologia tem contribuído para o surgimento e desenvolvimento do 
que se conhece por cultura digital. 
O uso da tecnologia tanto no ambiente escolar quanto na vida social amplia as 
possibilidades de construção e aquisição do conhecimento, pois o acesso à informação pode 
ocorrer em qualquer tempo e espaço. 
Segundo Moran (2010, p.01), 
 
 
 
 
 
 
 
As Tecnologias Digitais hoje são muitas, acessíveis, instantâneas e podem ser 
utilizadas para aprender em qualquer lugar, tempo e de muitas formas. O que faz a 
diferença não são os aplicativos, mas estarem nas mãos de educadores, gestores (e 
estudantes) com uma mente aberta e criativa, capaz de encantar, de fazer sonhar e 
inspirar. Professores interessantes desenham atividades interessantes, gravam vídeos 
atraentes. Professores afetivos conseguem comunicar-se de forma acolhedora com 
seus estudantes através de qualquer aplicativo, plataforma ou rede social (MORAN, 
2010, p.01). 
 
Compreende-se que a relação entre tecnologia e educação é importante, e torna-se 
oportuno refletir e discutir como o uso dessa ferramenta pode facilitar os processos de 
alfabetização das crianças. 
Em relação a isso, Costa, Cassimiro e Silva (2021, p. 108) asseguram que: 
 
A utilização desses recursos tecnológicos tem impacto positivo em todo o processo 
de aprendizagem em sala de aula, com melhores índices de aprendizagem, maior 
atenção e motivação dos alunos pelo conteúdo ensinado, potencializando o 
desenvolvimento da leitura e escrita (COSTA, CASSIMIRO, SILVA, 2021. p.108). 
 
Quando se fala em recursos tecnológicos, é importante mencionar que o professor 
precisa tê-los à sua disposição, pois esses recursos podem auxiliá-lo tanto em sua prática 
docente quanto em atividades extracurriculares. 
 
A internet é considerada o um dos recursos tecnológicos mais utilizados atualmente, 
é um instrumento muito interessante para ser utilizado em sala de aula, pois 
proporciona uma vasta gama de informação e capacidade de propiciar uma troca de 
conhecimento, além de fornecer imagens e dados de uma maneira muito rápida 
dentro da sala de aula. Também, pode-se utilizar a internet como um meio de 
comunicação, onde o levar e o trazer informações, torna-se uma maneira de ensinar 
e aprender (FERREIRA, 1998, p.782). 
 
O autor defende que a Internet também pode servir como meio de ensino e 
aprendizagem, pois retira o professor do centro das atenções e estimula os alunos a buscar 
informações sobre determinados assuntos independentemente. 
Para Toledo (2015) há diversas formas de aperfeiçoar a transmissão do conhecimento 
nas escolas, uma delas é: 
 
O uso de recursos tecnológicos (computador, recursos multimídias, softwares 
educativos), que auxiliam tanto o professor quanto o aluno durante o processo de 
aprendizagem, proporcionando condições, ao professor, para ministrar aulas de 
forma mais criativa, acompanhando as transformações e mudanças que ocorrem 
quando o aluno passa a exercer sua independência na procura e seleção de 
informações e na resolução de problemas, tornando se assim o ator principal na 
construção do seu conhecimento (TOLEDO, 2015, p.26). 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda segundo Toledo (2015), o computador não é mais o instrumento, com total 
controle sobre quem está aprendendo, mas sim a ferramenta de qual o aluno se beneficia e 
com ela desenvolve suas atividades. 
Para Valle (2013), “o computador é uma ferramenta que veio para ficar, pois aumenta 
a produtividade e eficiência na aprendizagem, significativamente, desde que sejam bem 
aproveitados os seus recursos”. 
Portanto, para podermos incluir a contribuição dos computadores como ferramenta no 
processo de ensino-aprendizagem,precisamos conhecer e compreender como se dá o ensino 
como processo de apropriação das novas influências tecnológicas em contexto da sala de aula. 
Para Gomes (2013, p. 155), “alguns aplicativos podem ajudar no desenvolvimento das 
capacidades cognitivas, auxiliando no aprendizado de cores, formas, na coordenação motora e 
no processo de alfabetização”. 
Diante do cenário onde a atual sociedade tem vivenciado, a afirmação de Mercado 
(1999, p. 27) torna-se, além de muito atual, uma possibilidade de ensinar e aprender: 
 
As novas tecnologias criam novas chances de reformular as relações entre alunos e 
professores e de rever a relação da escola com o meio social, a diversificar os 
espaços de construção do conhecimento, ao revolucionar os processos e 
metodologias de aprendizagem, permitindo à escola um novo diálogo com os 
indivíduos e com o mundo (MERCADO, 1999, p.27). 
 
Leite (1996), comenta que as tecnologias potencializam diferentes alternativas nas 
formas de agir, pensar e sentir, fazendo parte do nosso dia a dia, sendo um instrumento para a 
inserção do cidadão na sociedade, ampliando sua leitura de mundo e possibilitando sua ação 
crítica e transformadora. 
Espera-se que as escolas cada vez mais permitam e promovam a inclusão digital, até 
porque a utilização de recursos tecnológicos na sala de aula pode ir ao encontro das 
necessidades de diferentes domínios, que exigem uma maior proficiência tecnológica dos 
indivíduos para serem praticadas com sucesso em vários domínios (pessoal, social, 
acadêmico, profissional, etc.), conforme afirma COSTA; DAL FORNO: 
 
A educação e a sociedade encontram-se em constante processo evolutivo e de 
adaptação com os avanços tecnológicos. Os meios de comunicação passaram a 
utilizar a informação de maneira virtual e, a partir disso, impuseram, de certa 
maneira, que os indivíduos também se adequassem para utilizar as novas 
ferramentas e recursos disponíveis. O acesso às novas mídias digitais passou a 
integrar o cotidiano de muitas pessoas, auxiliando em tarefas, modificando as formas 
de comunicação. A sociedade e, principalmente, seus indivíduos tiveram que se 
 
 
 
 
 
 
adaptar a esse novo modelo, buscando conhecimento para não serem excluídos 
desses novos conceitos tecnológicos. Todas essas modificações trouxeram para a 
sociedade a busca da inclusão digital na educação (COSTA; DAL FORNO, 2011, p. 
18). 
 
Portanto, fica claro na visão dos autores que a educação precisa conciliar os diferentes 
objetivos de formação do aluno e não se limitar à transmissão inconsciente de conhecimentos. 
O emprego das Tecnologias de informação e comunicação possibilita atribuir ao aluno a 
responsabilidade das suas aprendizagens. 
Nesta perspectiva, a escola já não é vista como a instituição de ensino que fornece uma 
série de conhecimentos, mas sim que desenvolve atividades de modo que os alunos se tornem 
“capazes, criativos, competitivos e inovadores” (PAIVA, MORAIS, PAIVA, 2010). 
Hanson, Burton e Guam (2006), afirmam que a inserção da tecnologia nas escolas 
proporciona a “abertura da mente” do estudante, a partir do momento em que ele começa a 
aprender conceitos e técnicas novas, possibilitando o surgimento de boas oportunidades no 
futuro profissional. 
Neste mesmo sentido, é importante destacar na visão dos autores que devido à 
habilidade das tecnologias de comunicação de registrar e representar os processos estudados, 
elas podem transformar-se em uma poderosa ferramenta de motivação aos estudantes. 
 
2.3 Desafios com o uso das tecnologias digitais na educação 
Inserir novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem é um desafio para os 
professores em sala de aula, simultaneamente, em que suas potencialidades devem ser objeto 
de pesquisa e discussão nos cursos de formação. 
Embora a tecnologia digital esteja hoje interligada a prática pedagógica, é necessário 
apresentar um objetivo pedagógico no contexto escolar, para que se torne uma ferramenta 
importante no processo de ensino e aprendizagem, por exemplo, quando um professor sugere 
o uso de computador ou algum outro meio tecnológico, é necessário planejar conforme o que 
está sendo trabalhado, conforme Rocha (2008) nos fala: 
 
Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de 
armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer 
que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é 
importante que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e que se busque, face às 
teorias e práticas pedagógicas, o bom uso deste recurso. O mesmo só será uma 
excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente 
o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, 
de entretenimento, de armazenagem de dados (ROCHA,2008, p.1). 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme o autor, os recursos tecnológicos podem proporcionar métodos inovadores 
na sala, tornando a aula mais interessante, possibilitando que as crianças aprendam de uma 
maneira divertida, dinâmica e atrativa, tornando assim o aprendizado mais prazeroso. 
Se por um lado o uso das novas tecnologias tem seus méritos, o acesso à estas 
ferramentas, conteúdos digitais e os diversos recursos que as novas tecnologias proporcionam 
ainda se revela uma tarefa desafiadora: 
 
Quanto mais avança a tecnologia, mais se torna importante termos educadores 
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, 
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, 
porque dele saímos enriquecidos (MORAN, 2010, p.12). 
 
Segundo Martinhão (2016), os professores, mesmo inseridos em um ambiente cercado 
por tecnologias digitais, subutilizam esses instrumentos na educação, sendo que há maior 
ênfase nas atividades de ensino nas quais o professor é o protagonista, do que naquelas em 
que há maior participação dos alunos. 
Muitas vezes o profissional começa um bom trabalho com o grupo de educadores e de 
alunos, mas já no ano seguinte o trabalho fica interrompido. 
 
A formação de profissionais da educação vem se constituindo cada vez mais uma 
tarefa urgente, pelo entendimento de que para a melhoria da qualidade na educação a 
formação de professores para o trabalho pedagógico é de vital importância, e é 
fundamental para o êxitona implantação de propostas curriculares (CARON, 2011, 
p.190) 
 
Portanto, a formação de professores na área de Tecnologias digitais de informação e 
comunicação se faz necessária. Com o advento das tecnologias, tornou-se possível repensar o 
paradigma do ambiente profissional. Nesse novo contexto trazido pelas tecnologias, reforça-
se a necessidade de repensar a formação de professores, embora este seja um tema bastante 
polêmico, que requer bastante debate. 
As novas tecnologias já fazem parte da maioria do cotidiano de alunos e professores, 
porém, isso não significa que o uso está sendo feito adequadamente, a falta de preparo de 
muitos docentes, as dificuldades de atualização e de uma formação continuada para estes 
torna o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação subaproveitadas se comparamos 
com dados de outros países mais desenvolvidos. 
É considerado um grande desafio a conscientização dos professores quanto a 
utilização de suas atuações no campo tecnológico com mais frequência. Ainda assim, realizar 
 
 
 
 
 
 
ações, como formações continuadas, e comprometimentos em suas novas práticas 
pedagógicas. Segundo o autor Jordão (2009), ele afirma sobre a importância da contínua 
formação do corpo docente das instituições escolares. 
 
A formação do professor deve ocorrer de forma permanente e para a vida toda. 
Sempre surgirão novos recursos, novas tecnologias e novas estratégias de ensino e 
aprendizagem. O professor precisa ser um pesquisador permanente, que busca novas 
formas de ensinar e apoiar educandosem seu processo de aprendizagem (JORDÃO, 
2009, p. 12). 
 
Porém, não apenas isso se faz suficiente. Os discentes precisam sentir-se motivados 
para amplitude de alçar novos conhecimentos. Definindo, assim, de se desenvolver um senso 
crítico. 
Por outro lado, lamenta-se que muitas escolas não possuam as tecnologias disponíveis 
suficientemente, neste caso, o professor até planeja atualizar-se, mas não dão condições para 
tal. 
De acordo com Almeida (2004), para que se possa desfrutar dos benefícios oferecidos 
pelas tecnologias de comunicação e informação no ambiente escolar, é preciso considerar as 
técnicas que envolvem seu uso, ou seja, a necessidade de ter conhecimento e domínio sobre os 
mesmos. 
As novas tecnologias visam formar alunos proativos, criativos, autônomos e críticos 
em relação à diversidade de conhecimentos que podem ser explorados em sala de aula para 
contextualizar a aprendizagem à medida que os ambientes sociais e educacionais mudam. 
Segundo Barbosa et al., (2014) a partir desse princípio, o professor precisa propor atividades 
pedagógicas que possibilitem aprendizagens significativas, contribuindo para o processo de 
desenvolvimento dos alunos de maneira autônoma e participativa, por situações e trabalhos de 
troca de saberes. 
Segundo Valente (1993) as tecnologias educativas são ferramentas que estão 
disponíveis e, quando bem utilizadas, produzem transformações significativas no processo de 
ensino e aprendizagem. 
 
As instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas 
tecnologias como conteúdo do ensino, mas também reconhecer a partir das 
concepções que os aprendizes têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver 
e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição 
reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos (MERCADO, 2002, p. 12). 
 
 
 
 
 
 
 
Ao entender a tecnologia digital como parceira no desenvolvimento do conhecimento 
dos alunos, os professores se deparam com um amplo leque de possibilidades para auxiliar o 
processo educacional, vinculando o uso da tecnologia digital à matriz curricular. Assim, o uso 
de tecnologias digitais como recursos instrucionais deve facilitar a construção do 
conhecimento coletivo mediado pelo professor, uma parte importante para orientar essa 
construção. 
Incorporar a tecnologia digital nas atividades dos alunos é benéfico porque faz parte 
da realidade das crianças hoje, então trazê-la para a sala de aula tornará o aprendizado das 
crianças mais contextualizado. Para BRITO (2006, p.20) “estamos em um mundo onde as 
tecnologias interferem no cotidiano, sendo relevante, assim, que a educação também envolva 
a democratização do acesso ao conhecimento, à produção e à interpretação das tecnologias.” 
Considerando todos esses aspectos levantados acima, fica claro que a tecnologia 
passou a fazer parte da nossa vivência e precisa estar mais presente em sala de aula, já que 
estamos em uma geração totalmente conectada à tecnologia. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
É de conhecimento que a tecnologia está em todos os lugares, inclusive nas escolas, 
mas é importante compreender que as práticas pedagógicas podem apresentar variações na 
qualidade do trabalho desenvolvido nos ambientes escolares. A utilização da tecnologia 
digital como recurso pedagógico nas escolas atuais é entendida aqui como um mecanismo de 
transformação da educação por meio de práticas inovadoras. 
A pesquisa nos fornece uma rica compreensão de qualquer assunto, e é por isso que 
pode ser considerada uma arte. Aprender a pesquisar e usar essas informações para auxiliar e 
facilitar seu aprendizado, autoconhecimento e a arte do crescimento pessoal e coletivo. 
Apontam Matos e Vieira (2002, p. 39), “O prazer de conhecer através da pesquisa não, é algo 
abstrato, requer atitudes, cuidados e procedimentos específicos, diante da realidade que se 
planeja investigar.” 
A pesquisa em questão se concretizou por meio de fontes primárias e secundárias, 
caracterizando-se como qualitativa, documental e procedimentos de uma pesquisa 
bibliográfica com caráter teórico, tendo como base a análise de documentos educacionais e 
obras referentes ao uso das tecnologias no campo da Educação, buscando compreender as 
 
 
 
 
 
 
ações que proporcionaram o conteúdo disposto pelas políticas públicas, bem como no que se 
referem às tecnologias 
Em relação à pesquisa bibliográfica, Lakatos e Marconi (2007) afirmam que esta pode 
ser considerada primeiro passo de toda pesquisa científica, tendo como finalidade colocar o 
pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto. A 
partir disso, buscou-se considerar e analisar as ideias dispostas pelas autoras, considerando 
que tais ideias são decorrentes de um determinado contexto. 
A pesquisa científica apresenta várias modalidades, uma delas a pesquisa bibliográfica 
que será abordada no presente artigo, expondo todas as etapas que devem ser seguidas na sua 
realização. 
Para Andrade (2010, p. 25): 
 
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez 
que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas. Uma pesquisa de 
laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica 
preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não 
dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na 
delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, 
nas citações, na apresentação das conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos 
os alunos realizarão pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro 
que todos, sem exceção, para elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão 
empreender pesquisas bibliográficas (ANDRADE, 2010, p. 25). 
 
A pesquisa bibliográfica está inserida principalmente no meio acadêmico, com a 
finalidade de aprimoramento e atualização do conhecimento, por uma investigação científica 
de obras já publicadas. 
Assim entende-se, que a bibliografia possui em suas fontes um alto grau de 
confiabilidade, oferecendo segurança na utilização das suas informações, dando uma real 
credibilidade a pesquisa e ao pesquisador que dela se utiliza. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os avanços tecnológicos alteram a vida das pessoas. Estas intervenções, todas elas 
realizadas em diferentes âmbitos sociais, econômicos, políticos e culturais, revolucionam o 
quotidiano, e a educação não é exceção, esta área que influencia muitos avanços tecnológicos, 
em consequência, escolas, professores e alunos precisam de se adaptar às novas tecnologias, 
além de encontrar uma forma interativa de utilizar esses recursos de forma crítica e 
intencional para que possam auxiliá-los em seu dia a dia. 
 
 
 
 
 
 
 
[...] na sociedade da informação, todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar; reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico, a 
integrar o individual, o grupal e o social. É importante conectar sempre o ensino 
com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela 
experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, 
simulações), pela multimídia, pela interação on-line e off-line. (MORAN, 2000, 
p.61). 
 
A escola tem, portanto, o papel de desenvolver a cidadania consciente, logo, é 
fundamental para que os professores acompanhem a mudança, buscando uma formação que 
ajude o professor a se desenvolver, a refletir criticamente e a poder avaliar a qualidade do 
ensino. 
Conforme Teodoro e Freitas (1992, p.28), as tecnologias de informações auxiliam 
muito no ambiente escolar e no processo de ensino e aprendizagem, pois enriquece o meio e 
proporciona maior autonomia ao estudante, visto que: 
 
Disponibilizar ferramentas que ajudam a deslocar o centro do processo 
ensino/aprendizagempara o aluno, favorecendo a sua autonomia e enriquecendo o 
ambiente onde a mesma se desenvolve. Permitem a exploração de situações, que de 
outra forma seria muito difícil realizar. Possibilitam ainda a professores e alunos a 
utilização de recursos poderosos, bem como, a produção de materiais de qualidade 
superior aos convencionais (Teodoro & Freitas, 1992, p.28). 
 
Leite et al (2003), comenta que as tecnologias potencializam diferentes alternativas 
nas formas de agir, pensar e sentir, fazendo parte do nosso dia-a-dia, sendo um instrumento 
para a inserção do cidadão na sociedade, ampliando sua leitura de mundo e possibilitando sua 
ação crítica e transformadora. 
As crianças de hoje nascem e crescem cercadas por novas tecnologias, e a facilidade 
com que são expostas às novas tecnologias nos faz questionar quais possibilidades elas trazem 
para nossos filhos. 
Segundo Barbosa et al. (2014) a tecnologia digital serve para ajudar as crianças na 
tomada de decisões e resolução de problemas, analisar e observar; é uma excelente forma de 
comunicação, pois podem estar em contato com pessoas de outros lugares; é uma janela que 
se abre para o conhecimento, com o clique de um botão as crianças podem acessar qualquer 
tipo de informação; podem ser utilizadas como ferramentas de apoio escolar e auxiliar na 
melhoria dos resultados acadêmicos e elas são uma ótima ferramenta para ajudar crianças com 
algum tipo de deficiência ou problema de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
Portanto, na visão dos autores, é importante enfatizar o papel da tecnologia no 
desenvolvimento cognitivo das crianças, no crescimento e formação de habilidades de 
desempenho acadêmico. 
Muller (2005, p. 19) afirma que: 
 
A escola deve buscar inovação, pois está inserida em uma sociedade em que a 
tecnologia avança rapidamente e a distância entre os que têm e os que não têm 
acesso ao computador, com conexão à rede mundial, cresce a cada dia. No mundo 
contemporâneo, onde as tecnologias de informação e comunicação ainda não 
chegam à maior parte da população do planeta, em que pese o ritmo veloz de sua 
disseminação, precisamos diminuir essa distância, entre os mais e os menos 
favorecidos economicamente. Esse é um dos papéis da escola, que tem como 
objetivo/meta, no seu Projeto Político Pedagógico, a formação de cidadãos 
pensantes, críticos e criativos (MULLER, 2005, p.19). 
 
Pode-se dizer que a tecnologia digital, na prática de ensino é uma ferramenta 
importante para melhoraria da qualidade de aprendizagem dos alunos, assim, torna o ambiente 
de aprendizagem mais adequado para a realidade atual, uma vez que os alunos já possuem um 
conhecimento avançado em relação à tecnologia digital. 
Assim sendo, a Base Nacional Comum Curricular contempla, o desenvolvimento de 
competências, e habilidades relacionadas ao uso crítico, e responsável das tecnologias 
digitais, em todas as áreas do conhecimento tendo como fim a expansão de competências 
relacionadas ao próprio uso das tecnologias, recursos e linguagens digitais, ou melhor, para o 
desenvolvimento de competências de compreensão, uso e criação de TDICs em diversas 
práticas sociais, como destaca a competência geral 5: 
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas 
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar 
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e 
autoria na vida pessoal e coletiva.” (BNCC, 2018) 
 
A escola tem o papel de desenvolver a cidadania consciente, pois isso é fundamental 
que os professores acompanhem a mudança e, nesse sentido, buscar capacitação ajuda os 
professores a se desenvolver, refletir criticamente e poder avaliar a qualidade do ensino, 
Lalueza et al., (2009) afirma que: 
 
A tecnologia contribui para orientar o desenvolvimento humano, pois opera na zona 
de desenvolvimento proximal de cada indivíduo por meio da internalização das 
habilidades cognitivas requeridas pelos sistemas de ferramentas correspondentes a 
cada momento histórico. Assim, cada cultura se caracteriza por gerar contextos de 
atividades mediados por sistemas de ferramentas, os quais promovem práticas que 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
 
 
 
 
 
 
supõem maneiras particulares de pensar e de organizar a mente (LALUEZA et al., 
2010, p. 51). 
 
As Tecnologias da Informação e Comunicação são ferramentas importantes que 
permitem ao professor promover a interação entre os conteúdos trabalhados em sala e as 
outras formas de conhecimentos que podem ser estendidas, além do espaço de sala de aula. 
Portanto, é preciso ressaltar que dessa forma o professor precisa se conscientizar cada 
vez mais da importância de suas intervenções em sala de aula e deve saber planejar, 
desenvolver e avaliar a aula utilizando as tecnologias digitais. 
As constatações de Souza (2009, p. 14) constataram que a inclusão digital dos 
professores não recebeu a atenção que merecia na maioria das escolas por meio da 
implantação da tecnologia da informação. A discussão deste último ponto só apareceu sob 
uma luz mais crítica em escritos científicos recentes. 
Os professores que utilizam tecnologias digitais em suas salas de aula sempre terão os 
recursos tecnológicos mais recentes ao seu alcance, para ministrar aulas mais criativas para os 
alunos e a interação entre aluno e professor será muito relevante, estimulando a 
aprendizagem. 
Diante das reflexões realizadas ao longo deste artigo, buscou-se superar alguns 
estigmas sobre o uso das TICs no contexto educacional, uma vez que muitas escolas que 
atuam no campo da educação profissional criam inúmeras expectativas por terem uma 
estrutura com tecnologia de ponta, como laboratórios, internet de boa qualidade, lousa digital, 
salas de videoconferência, entre outros, a fim de ampliarem o leque de situações de 
aprendizagens que possam dialogar com o mundo do trabalho. Entretanto, quando não se 
investem em políticas de formação docente para o uso de novas tecnologias, corre-se o risco 
de as TICs serem utilizadas como fim do processo de ensino e aprendizagem e não como 
meios de dinamizar a produção do conhecimento e propor a interatividade das redes de 
saberes. 
É compreensível, portanto, que só possamos dizer que estamos inovando no ensino 
quando passamos a utilizar as TIC em nossa prática pedagógica condizentemente visando a 
aprendizagem e suas possibilidades pedagógicas. 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os recursos tecnológicos se relacionam com as mais diversas áreas do conhecimento e 
estão presentes no cotidiano das pessoas. Na prática, computadores, tablets, celulares, etc. 
tornaram-se ferramentas de apoio à construção do conhecimento por meio da tecnologia da 
informação. 
Portanto, o uso desses recursos digitais aplicados à educação infantil pode ajudar a 
otimizar as atividades em sala de aula, tirando o aluno da posição de espectador e o colocando 
na linha de frente de seu estudo como protagonista, com a mão na massa. A facilidade que os 
alunos possuem com a tecnologia também é um fator benéfico porque os mesmos acabam 
desenvolvendo as atividades propostas rapidamente. 
A integração da tecnologia no âmbito educacional permitiu a criação de novos 
métodos e modalidades de ensino, de forma, a atender os mais diversos estilos de discentes, 
auxiliando na interação do professor com o aluno, e possibilitando um aprendizado 
alternativo. 
Portanto, a abrangência do conteúdo é um fator que precisa ser enfatizado, pois 
existem inúmeras atividades e softwares que podem ser utilizados em sala de aula e até 
beneficiar o professor, permitindo que ele trabalhe com os alunos sobre os recursos. Os 
professores também podem encontrar melhores conteúdo para apresentar em sala de aula da 
melhor maneirapossível, e também podem preparar e organizar as aulas de forma mais eficaz. 
Nesse sentido, fica claro como a tecnologia pode cumprir os objetivos educacionais, 
ajudando os professores a trabalhar e os alunos a aprender. 
Acima de tudo, portanto, a combinação de recursos para resultados positivos na 
educação só pode ocorrer enquanto as escolas abram suas portas para a moderna tecnologia 
educacional e se vejam como objetos dessa tecnologia e não como sujeitos dela. Pois 
enquanto a educação é entendida como um processo de ensino e aprendizagem, certamente 
podemos entender a tecnologia como uma aplicação que ajuda a esclarecer esse processo com 
mais eficiência. 
Com isso em mente, acreditamos que os professores têm um papel a desempenhar 
nesse processo. Trata-se de testar ferramentas existentes e outras novas para determinar com 
os alunos o quão fundamentais são tais recursos para facilitar e catalisar a produção e 
disseminar conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
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