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A Revolução Digital

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DESCRIÇÃO
Evolução da internet no Brasil e no mundo, no cenário de transformação digital;
Apresentação dos conceitos básicos sobre Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas
(IOT) e Big Data.
PROPÓSITO
Compreender a evolução da internet e seu panorama atual e descrever os conceitos
básicos de Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual da
internet no Brasil e no mundo
MÓDULO 2
Identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de consumidores e
organizações
MÓDULO 3
Identificar os conceitos básicos de IoT e seus impactos nas rotinas de consumidores e
organizações
MÓDULO 4
Identificar os conceitos básicos de Big Data e seus impactos nas rotinas de
consumidores e organizações
INTRODUÇÃO
Para entender o processo de transformação digital pelo qual estamos passando, é
necessário conhecer a evolução e o panorama atual da internet no Brasil e no mundo.
A partir do entendimento dos conceitos básicos de Inteligência Artificial (IA), Internet das
Coisas (IoT) e Big Data, é possível identificar as mudanças inevitáveis que a evolução
digital vem causando em nosso cotidiano e na cadeia de valor das organizações.
É importante, ainda, refletir sobre os impactos e as questões éticas que envolvem essa
nova relação estabelecida com a internet e os dispositivos conectados, que passam a
tomar decisões e executar atividades, antes exclusivas dos seres humanos.
MÓDULO 1
 Descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual
da internet no Brasil e no mundo
REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS
Um dos grandes marcos para a evolução histórica da humanidade foi o surgimento da
indústria.
O mundo assistiu a alguns processos de revolução industrial, que foram ocasionados
pela busca de trabalhos mais dinâmicos, eficientes e qualificados.
Em outras palavras, a evolução industrial buscou alavancar o processo produtivo,
adequando as tecnologias existentes em cada época.
Para entender o processo de transformação digital, é importante conhecer um pouco das
revoluções industriais que proporcionaram mudanças tecnológicas e quebras de
paradigmas definitivos e radicais na sociedade, com impactos econômicos, sociais e
políticos em todo o mundo do trabalho e da produção.
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU
INDÚSTRIA 1.0
Aconteceu entre meados dos séculos XVIII e XIX, inicialmente na Inglaterra e, em
seguida, abrangendo os demais países da Europa, EUA e Japão.
Foi marcada pela descoberta do carvão como fonte de energia, aplicado às tecnologias
mecânicas como máquinas a vapor e as ferrovias.
Essas máquinas substituíram processos manuais e o uso de animais para gerar força.
Nesse período, o processo de produção atingiu patamares nunca vistos na época.
 
Fonte: oluuuka/Shutterstock.com
 
Fonte: M. Unal Ozmen/Shutterstock.com
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU
INDÚSTRIA 2.0
Ocorreu entre o final do século XIX e início do século XX, na Europa, nos Estados
Unidos, e no Japão.
Foi marcada pelo surgimento da eletricidade e seu emprego na produção de bens de
consumo e eletrodomésticos.
A linha de montagem e a difusão da produção em massa também tiveram início nesse
período.
Mudou o modelo do trabalho, que passou a separar o trabalho intelectual do trabalho de
massa.
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INDÚSTRIA
3.0 OU REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-
INFORMACIONAL
Teve início após a Segunda Guerra Mundial, inicialmente nos Estados Unidos, no Japão
e na Alemanha e, posteriormente, se expandiu para o mundo todo.
Os avanços tecnológicos vividos no período da guerra passaram a abranger o campo da
ciência, integrando-o ao sistema produtivo.
Segundo Castells (2002), a Terceira Revolução Industrial nos apresentou os
computadores de uso pessoal, a tecnologia da informação e, mais tarde, nos anos 1990,
a internet e as plataformas digitais.
 
Fonte: Oleksandr Lysenko/Shutterstock.com
O avanço tecnológico provocou uma mudança na relação entre tempo e espaço,
influenciou as relações sociais e as relações entre o homem e o meio. Foram derrubadas
barreiras físicas e temporais em função da internet, e pessoas de culturas, tradições,
línguas e história distintas passaram a se falar instantaneamente.
A competitividade e a busca pelo lucro moldaram uma nova economia informacional,
global e em rede.
 
Fonte: shutting/Shutterstock.com
QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INDÚSTRIA
4.0 OU REVOLUÇÃO DIGITAL
Neste momento de nossa história, estamos vivendo a Quarta Revolução Industrial, um
conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum
Econômico Mundial.
De acordo com o Weforum (2016), Cingapura lidera o índice de preparo tecnológico,
seguido por Finlândia, Suécia, Noruega e Estados Unidos.
A Quarta Revolução Industrial é a transição em direção a novos sistemas eletrônicos, à
tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando essas tecnologias como
base, a Indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que
combinam máquinas com processos digitais.
Agora é a vez dos dispositivos inteligentes e conectados através de sensores − Internet
das Coisas ( IoT), gerando, processando e armazenando dados como nunca antes − Big
Data, somados a evoluções na área de Inteligência Artificial (IA) através do aprendizado
de máquinas, computação na nuvem, informática, impressão 3D, drones, biotecnologia,
blockchain, dentre outros.
BLOCKCHAIN
Blockchain (ou “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia de registro distribuído
que visa à descentralização como medida de segurança. Sua função é criar um
índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado,
como um livro-razão, mas de forma pública, compartilhada e universal. Desta forma,
cria consenso e confiança na comunicação direta entre duas partes, ou seja, sem o
intermédio de terceiros.
Fonte: Wikipedia
O desenvolvimento e a incorporação dessas inovações tecnológicas vêm mudando os
modelos de trabalho, as cadeias de produção industriais e o nosso próprio cotidiano.
A EVOLUÇÃO DA INTERNET
Desde a sua criação, a internet aponta para uma realidade hiperconectada, na qual
nossa existência não é mais passível de separação entre universos físicos e digitais.
A seguir, um pouco da história da internet:
ONDE TUDO COMEÇOU
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No final da década de 1960, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por meio
de sua agência de pesquisa, a Defense Advanced Research Projects Agency
(DARPA) criou a ARPANET, uma rede de computadores interconectados que se
destinava a aplicações militares e científicas. Essa rede deu início ao que se conhece
atualmente por internet. Inicialmente, as primeiras conexões realizadas pela ARPANET
ocorreram entre instituições acadêmicas.
EXPANSÃO
Entre as décadas de 1970 e 1980, seu alcance foi ampliado para grande parte das
instituições de ensino dos Estados Unidos, interligando grupos de pesquisa de Ciência
da Computação aplicada. No começo da década de 1980, com o início da
comercialização dos primeiros computadores pessoais, houve um crescimento
exponencial da utilização da internet como ambiente digital tecnológico.
A CRIAÇÃO DA WORLD WIDE WEB
No final da década de 1980, o cientista Tim Berners-Lee − com os cientistas do CERN
(Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) − criou um protocolo eficiente para
distribuição de informação: a world wide web, o famoso www. O termo web simplificou a
nomenclatura, mas vale ressaltar que web em si não é a internet, ela é uma aplicação
criada para compartilhamento de arquivos (HTML, por exemplo). Para isto, ela se utiliza
de:
(1) Navegadores (browsers como Internet Explorer, Safari e Chrome) como ferramentas
de acesso.
(2) Linguagens usadas para criar um website (HTML, CCS, JavaScript, entre outras).
(3) Servidor web, onde os arquivos ficam hospedados.
AS TRÊS GERAÇÕES DA INTERNET
Costuma-se dividir a web em três gerações:WEB 1.0
Nessa primeira versão, os websites eram estáticos, não havia interação entre produtores
e consumidores de conteúdo (ready-only web). Mas vale ressaltar que foi a primeira vez
que o mundo teve acesso a uma quantidade tão grande e tão diversa de informações, de
forma gratuita.
Um exemplo são os primeiros sites de e-commerce que disponibilizavam seus catálogos
online apenas para ampliar o acesso dos consumidores.
WEB 2.0
A web evoluiu rapidamente e ganhou novas ferramentas que a tornaram mais dinâmica,
dando início à fase 2.0. Foi assim nomeada por Tim O’Reilly, da O´Reilly Media, em uma
conferência, em 2004. A web 2.0 é marcada pela interação, compartilhamento,
colaboração e cocriação constante entre usuários. Ou seja, nesse momento as
conversas na internet são múltiplas e simultâneas e não há mais um único dono do
discurso. Esse novo paradigma comunicacional é marcado pelo surgimento de
plataformas Wiki, como a Wikipedia, redes sociais e blogs.
Na read-write web, agora surgem os prosumers: Quem só consumia também produz
conteúdo. E nesse mar de informações, os mecanismos de busca, como o Google,
criado em 2004, tornaram-se imprescindíveis.
De acordo com REID (2020), estima-se que atualmente o Google tenha uma média de
5,5 bilhões de buscas por dia, ou seja, mais de 63.000 buscas realizadas por segundo,
com um número de 8.910.000.000 de resultados disponíveis para acesso.
Ainda na década de 1990, surgiram as redes sociais, que elevaram a internet a um novo
patamar de usabilidade e interação entre milhões de usuários espalhados pelo globo.
WEB 3.0
Estamos a caminho do que se entende por web 3.0 ou web semântica, baseada em um
consumo de conteúdo mais inteligente e relevante, com o propósito de disponibilizar o
acesso às informações mais alinhado aos interesses e hábitos dos usuários.
A web 3.0 foi assim nomeada pelo jornalista John Markoff, do The New York Times, com
base na evolução do termo web 2.0, e é marcada pelo uso da internet para cruzamento
de dados e pela conexão não só de pessoas, mas de objetos que interagem com
pessoas e também com outros objetos.A web 3.0 foi assim nomeada pelo jornalista John
javascript:void(0)
Markoff, do The New York Times, com base na evolução do termo web 2.0, e é marcada
pelo uso da internet para cruzamento de dados e pela conexão não só de pessoas, mas
de objetos que interagem com pessoas e também com outros objetos.
USABILIDADE
Usabilidade é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas podem
empregar uma ferramenta ou um objeto a fim de realizar uma tarefa específica e
importante. A usabilidade pode também se referir aos métodos de mensuração da
usabilidade e ao estudo dos princípios por trás da eficiência percebida de um objeto
Fonte: Wikipedia
A seguir, as principais diferenças entre a web 1.0, 2.0 e 3.0:
web 1.0 web 2.0 web 3.0
usuários
empresas/milhares
de usuários
comunidades
virtuais/bilhões de
usuários
sistema virtual,
realidades mistas
− pessoas e
objetos
interação
individual, a partir
de uma lista de
amigos
compartilhamento nas
redes sociais na
internetcompartilhamento
nas redes sociais na
internet
Inteligência
Artificial
viabilizando
distribuição e
compartilhamento
de conteúdo
personalizado
participação leitura escrita e leitura internet pessoal
do usuário portátil
aplicações
centralização nas
organizações, com
sites institucionais
descentralização e
participação do público,
com blogs e mídias
sociais
personalização
através de busca
semântica
conteúdos
portais de
informação, sites
institucionais
estáticos
plataformas, conteúdo
orgânico, com pessoas
conectadas em
comunidades virtuais
experiência
personalizada em
sistema virtual e
realidades
mistas, com
pessoas,
conteúdos e
objetos.
comunicação unilateral multilateral multilateral
publicidade banners interativa comportamental
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: EnsineMe
PANORAMA DA INTERNET NO BRASIL E
NO MUNDO
A internet continua crescendo, no Brasil e no mundo. É, sem dúvida, com as tecnologias
de comunicação, a responsável pelas grandes mudanças sociais, econômicas e culturais
pelas quais estamos passando. Inclusive pelas nossas relações com empresas e
organizações das mais variadas naturezas.
INTERNET NO MUNDO
Atualmente, aproximadamente quatro bilhões de pessoas têm acesso à internet no
mundo. O Cisco Annual Internet Report (2020) traz as projeções para 2023 e
dimensionam a presença digital em nossas vidas:
 
Fonte: fizkes/Shutterstock.com
Serão 5,3 bilhões de usuários de internet, quase 66% da população global.
Mais de 70% da população mundial, 5,7 bilhões de pessoas, terá conectividade
móvel (2G, 3G, 4G ou 5G).
Haverá 3,6 dispositivos/conexões em rede por pessoa, e quase 10 dispositivos e
conexões por residência.
Quase metade (47%) desses dispositivos e conexões suportarão vídeo.
As conexões máquina a máquina (M2M) com suporte para uma ampla gama de
aplicações de Internet das Coisas (IoT) representarão cerca de 50% (14,7 bilhões)
do total mundial de dispositivos e conexões.
Fonte: Cisco Annual Internet Report
 
Fonte: Anton Balazh/Shutterstock.com
INTERNET NO BRASIL
Veja agora as mesmas projeções para o Brasil, até 2023:
199,8 milhões de usuários totais da internet (92% da população).
181,1 milhões de usuários móveis totais (84% da população).
Haverá 199,8 milhões de usuários totais da internet (92% da população).
Serão 181,1 milhões de usuários móveis totais (84% da população).
4% de todos os dispositivos em rede terão conexão móvel até 2023 e 56% serão
conectados ou conectados via Wi-Fi.
Fonte: Cisco Annual Internet Report
 COMENTÁRIO
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic) realiza, anualmente, a pesquisa TIC Domicílios, uma das principais
do Brasil.
A pesquisa afere dados sobre a posse, a utilização, o acesso e os hábitos do brasileiro
em relação às tecnologias da informação e comunicação.
A seguir, dados referentes ao Brasil, disponíveis na TIC Domicílios de 2019.
Vale destacar que cada pesquisa possui um método de coleta e análise de dados, o que
pode, eventualmente, gerar números de usuários diferentes.
134 milhões de usuários de internet (74% da população).
Domicílios na área rural com internet passam dos 50%.
Atividades de comunicação são as mais comuns, com crescimento de chamadas por
voz ou vídeo (73%).
Apenas um terço (33%) realiza atividades de trabalho pela internet.
39% compraram pela internet nos últimos 3 meses.
Do total de usuários, as principais atividades multimídia realizadas na internet são:
Assistir a vídeos, programas, filmes ou séries (74%); ouvir música (72%); ler jornais
revistas ou acessar notícias (56%); jogar pela internet (37%); ouvir podcasts (13%).
27% da população total criou e postou conteúdos próprios na internet.
Fonte: Pesquisa TIC Domicílios.
Nesse ambiente dinâmico e com um volume gigantesco de informações e interações,
não é mais aceitável que uma empresa fique alheia à evolução do mercado, das
preferências de seus consumidores e das melhores práticas para relacionamento com
seus públicos de interesse.
A internet e as tecnologias da comunicação são fundamentais para as empresas nesse
processo.
IMPACTO DAS TRANSFORMAÇÕES
DIGITAIS PARA AS ESTRATÉGIAS DAS
EMPRESAS
Depois de conhecer um pouco do cenário atual da internet no Brasil e no mundo, talvez
surja o questionamento:
QUAL É O IMPACTO DE TODO ESSE
ECOSSISTEMA DIGITAL NAS PRÁTICAS E
ROTINAS DAS ORGANIZAÇÕES?
Levando em conta, ainda, que todas as atividades de uma organização são atos de
comunicação e de construção de valor, tanto para o público interno quanto para o
externo, identificamos cinco dimensões que fundamentam a transformação digital e,
consequentemente, impactam em suas estratégias:
 
Fonte: Aisyah Az Zahra/Shutterstock.com
CONSUMIDORES
 
Fonte: bioraven/Shutterstock.com
CONCORRENTES
 
Fonte: Pensiri/Shutterstock.comDADOS
 
Fonte: Vectorr Icon/Shutterstock.com
INOVAÇÃO
 
Fonte: eViola/Shutterstock.com
VALOR
Fonte: Adaptado de Rogers, 2017.
A partir dessas cinco dimensões, as tecnologias digitais estão redefinindo as premissas
dos modelos de negócios e práticas de marketing, o que pressupõe que os gestores
devem estar atentos às novas dinâmicas do mercado.
O quadro a seguir mostra os principais desafios e as premissas que devem ser
consideradas no processo de transformação digital dos negócios:
De Para
Consumidores
Consumidores como um
mercado de massa.
Comunicação de massa é
a utilizada.
A empresa é a principal
influenciadora de
marketing para a
persuasão de compra.
Dinâmica unilateral de
criação de valor.
Lucros pela escala.
Os consumidores como
uma rede dinâmica de
relações.
Comunicação é
multilateral.
Os consumidores são os
influenciadores e
advogados de marca.
Dinâmica recíproca de
criação de valor.
Lucros pela satisfação.
Concorrentes
Concorrentes de uma
mesma indústria.
Concorrentes claramente
identificados.
Concorrência como um
jogo de “soma zero”.
Os recursos de maior
valor estão dentro das
empresas.
Concorrentes em
diversas indústrias.
Falta de separação clara
entre parceiros e
concorrentes.
Cooperação entre
concorrentes em
determinadas áreas.
Produtos com atributos e
benefícios únicos.
Concentração de
mercado em poucos
concorrentes.
Os recursos de maior
valor estão nas redes
fora das empresas.
Plataformas de negócio
com parceiros para gerar
valor.
Maior simetria na
competição dada a
lógica de rede.
Dados
Aquisição e tratamento de
dados onerosos.
O desafio é o
armazenamento e
manipulação.
Uso apenas de dados
estruturados.
Os dados são utilizados
somente em algumas
áreas da empresa.
Os dados são vistos
como uma ferramenta
para aumento de
efetividade operacional.
Dados gerados em todos
os ambientes – dentro e
fora da empresa.
O desafio é transformar
o dado em informação.
Dados não estruturados
são a base para as
discussões.
O valor dos dados está
na utilização por toda a
empresa.
Os dados são fontes de
criação de valor.
Inovação
Decisões baseadas em
intuição e senioridade.
Teste de ideias e
conceitos é oneroso,
lento e difícil.
Baixa frequência na
realização de
experimentos conduzidos
por especialistas.
O desafio é encontrar a
solução correta.
A falha é evitada a todo
custo.
O foco é no produto final.
Decisões baseadas em
testes e validações.
Testar é fácil, rápido e
barato.
Alta frequência na
condução de
experimentos por
qualquer profissional.
O desafio é resolver o
problema certo.
Os erros são
considerados
aprendizados.
O foco é no protótipo e
melhoria contínua após
lançamento no mercado.
Valor
A proposição de valor é
definida pela indústria.
Realização da proposição
de valor.
Otimização do modelo de
negócios o quanto antes.
Gestores são trocados
em função da oferta atual.
A proposição de valor é
definida pelas
necessidades e desejos
dos consumidores.
Descoberta da próxima
necessidade ou desejo
do consumidor.
Evoluir antes do
necessário para se
O sucesso no mercado
promove complacência.
manter relevante e
único.
Gestores são
direcionados para a
criação de novos
negócios.
Apenas os mais
proativos sobrevivem.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Adaptado de Rogers ,2017.
Como será apresentado nos módulos seguintes, tecnologias como a Inteligência
Artificial, a Internet das Coisas e o Big Data estão diretamente relacionadas à inovação, à
solução de problemas e à geração de valor e vantagem competitiva para as empresas.
Fica claro, então, que transformação digital tem a ver mais com estratégia e inovação do
que com tecnologia.
PARA REFLETIR
Não há dúvidas de que a transformação digital afetou não só a nossa vida, como a
dinâmica de negócios para organizações de todos os tamanhos e setores de atividade.
Mas é preciso pensar sobre as questões do ciberespaço que o tornam um ambiente
vulnerável.
No final de 2019, o criador da web, Tim Berners-Lee, apresentou o “Contract for the
web” (“Contrato para a rede”), de sua ONG, a World Wide Web Foundation.
Com uma série de boas práticas online para governos, indivíduos e organizações, a
proposta do documento é lutar contra cyberbullying, fake news, manipulações e melhorar
a privacidade na rede, ao mesmo tempo em que propõe a garantia do acesso global e
irrestrito à internet.
A iniciativa não é uma solução para as questões éticas e morais relacionadas ao uso da
internet, mas representa um importante passo para que essas discussões sejam
ampliadas e ganhem força globalmente, ajudando a transformar a internet em um lugar
mais inclusivo.
 
Fonte: Ekaphon maneechot/Shutterstock.com
A INTERNET E AS TECNOLOGIAS DA
COMUNICAÇÃO SÃO FUNDAMENTAIS
NESSE PROCESSO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REPRESENTA:
A) A transição em direção a novos sistemas tecnológicos automatizados que combinam
máquinas com processos digitais.
B) A evolução dos computadores de uso pessoal, o crescimento da tecnologia da
informação e o surgimento da internet e das plataformas digitais.
C) Uma mudança na relação entre tempo e espaço, que influenciou as relações sociais e
as relações entre o homem e o meio.
D) Uma mudança no modelo do trabalho, que passou a separar o trabalho intelectual do
trabalho de massa.
E) A expansão da cadeia de valor, agregando novas metodologias em seus processos
organizacionais.
2. LEVANDO EM CONTA O IMPACTO DO ECOSSISTEMA DIGITAL
NAS PRÁTICAS E ROTINAS DAS ORGANIZAÇÕES, PODEMOS
CONSIDERAR CINCO DIMENSÕES QUE ESTÃO REDEFININDO AS
PREMISSAS DOS MODELOS DE NEGÓCIOS E PRÁTICAS DE
MARKETING. SÃO ELAS:
A) Consumidores, plataformas digitais, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big
Data
B) Dados, inovação, interação, compartilhamento, colaboração
C) Consumidores, concorrentes, dados, inovação, valor
D) Concorrentes, consumidores, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data.
E) Dados, plataformas digitais, Internet das Coisas, interação, valor
GABARITO
1. A Quarta Revolução Industrial representa:
A alternativa "A " está correta.
 
A Quarta Revolução Industrial representa a transição em direção a novos sistemas
eletrônicos, tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando essas
tecnologias como base, a Indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de
sistemas que combinam máquinas com processos digitais.
2. Levando em conta o impacto do ecossistema digital nas práticas e rotinas das
organizações, podemos considerar cinco dimensões que estão redefinindo as
premissas dos modelos de negócios e práticas de marketing. São elas:
A alternativa "C " está correta.
 
As cinco dimensões que estão redefinindo as premissas dos modelos de negócios e
práticas de marketing a partir da transformação digital são: Consumidores, concorrentes,
dados, inovação e valor. Elas impõem novos desafios e premissas que devem ser
consideradas no processo de transformação digital.
MÓDULO 2
 Identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de
consumidores e organizações
O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
O QUE É INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Essa é, sem dúvida, um dos pilares da transformação digital.
Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) (ou AI (Artificial Intelligence) ) pode
ser definida como um campo da Ciência da Computação destinado à automação do
comportamento inteligente.
Ou seja, a IA – como chamaremos a Inteligência Artificial daqui para frente – busca criar
mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres humanos: Aprendam,
percebam e decidam, diante de uma determinada situação, quais caminhos seguir, de
forma racional. Tudo isso baseado em padrões enormes de Big Data.
ENTÃO, SEREMOS CAPAZES DE REPLICAR A
NÓS MESMOS? OU NOSSA INTELIGÊNCIA É
UM FENÔMENO ÚNICO E ORIGINAL NO
UNIVERSO?
O homem ainda não foi capazde reproduzir um mecanismo totalmente semelhante ao
cérebro, com as células e as ligações nervosas que existem entre elas.
Por isso, a imitação que podemos obter é apenas aproximada. Ou seja, os
pesquisadores da IA conseguem replicar programas computacionais que imitam nossa
capacidade de raciocinar, de perceber o mundo e, até mesmo, que sejam capazes de
falar e compreender a nossa linguagem. Mas eles ainda dependem da alimentação de
dados feita pelas mãos humanas.
QUAL É A ORIGEM DA IA?
Apesar de ter uma recente popularização na mídia, o interesse do homem por criar
autômatos que agissem e pensassem à sua semelhança é antigo.
A profusão de películas para o cinema que abordaram esse tema evidenciam essa
fascinação e trouxeram o eterno conflito homem versus máquina, em que robôs,
computadores e programas computacionais agem ora para nos ajudar, ora para destruir
a humanidade.
Ainda no século XVII, por exemplo, Gottfried Wilhelm von Leibniz concluiu uma máquina
funcional que ficou conhecida como Roda de Leibniz, que integrava um tambor e uma
manivela que impulsionavam as rodas e os cilindros para realização de operações
complexas de multiplicação e divisão.
 
Fonte: pathdoc/Shutterstock.com
RODA DE LEIBNIZ
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Fonte:Wikipedia
Mas a IA como campo de pesquisa consolidou-se a partir da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945). Em um encontro conhecido como o Simpósio de Hixon, nos Estados
Unidos, ao final da guerra, pesquisadores apresentaram suas descobertas acerca de
mecanismos que imitavam ações humanas e estudos desenvolvidos sobre o cérebro. As
décadas seguintes foram de grande desenvolvimento.
Veja alguns marcos importantes para os avanços da IA:

DÉCADA DE 1950
O matemático inglês Alan Turing descobriu o princípio fundamental do funcionamento
dos computadores modernos, desenvolvendo uma forma de avaliar se uma máquina
consegue se passar por um humano em uma conversa por escrito. Esse experimento é
conhecido como o Teste de Turing.
DÉCADA DE 1960
É criado O DOCTOR, um programa de computador capaz de imitar um psicanalista, que
analisava frases e respondia utilizando a máquina de escrever.


DÉCADA DE 1980
Edward Feigenbaum propôs softwares que realizam atividades complexas de um campo,
fazendo o papel de humanos, mas com velocidade de raciocínio e base de dados bem
mais vasta. Assim se deu a aproximação da IA do mercado corporativo, que percebeu a
utilidade de programas de computador inteligentes e direcionados.
DÉCADA DE 2000
A DARPA (parte do departamento de defesa dos EUA) criou os primeiros assistentes
pessoais inteligentes, muito antes da voz Siri, da Apple, ou Alexa, da Amazon,
começarem a fazer parte do nosso dia a dia.

CAMPOS DE ESTUDOS DA IA
A IA pode ser dividida em:
WEAK AI (IA FRACA)
Dispositivos capazes apenas de raciocinar e tomar decisões baseadas em programações
prévias pelo modelo IFTTT (if this then that – se isso, então aquilo).
Na Weak AI, não há vontades da máquina, uma vez que o conhecimento da IA depende
do fator humano.
STRONG AI (IA FORTE)
A IA chamada de forte discute a criação de computadores capazes de autoconsciência e
que possam pensar nos mesmos moldes que um humano.
Aqui, será possível que, por exemplo, o sistema escreva uma poesia não apenas pela
composição das palavras, mas pela intenção de construção de significados em uma
dada cultura, da mesma maneira que um humano o faz. Nesse cenário, a IA atingiria o
estado que é chamado de singularidade.
Atualmente, a IA disponível para nosso uso se encontra no estágio de fraca (Weak AI).
Os bots rodam uma série de rotinas previstas pelos programadores para fundamentar e
alimentar o aprendizado contínuo da IA.
Lembrando que os bots são alimentados por uma programação de dados feita por um
ser humano, pois, como já mencionamos, os dispositivos de IA não têm capacidade de
autonomia e nem independência do fator humano.
Ensinar os computadores a pensar, porém, não é tão simples assim. A SAS, empresa
americana pioneira em Business Intelligence, descreve a IA como um campo de estudo
vasto e complexo, englobando diversas teorias, métodos de desenvolvimento e
tecnologias, e está baseada em três pilares:
BOTS
Programas de computador criados para rodar pela internet realizando tarefas
repetitivas e automatizadas
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MACHINE LEARNING (APRENDIZADO DE
MÁQUINA)
DEEP LEARNING (APRENDIZAGEM PROFUNDA)
COMPUTAÇÃO COGNITIVA
MACHINE LEARNING (APRENDIZADO DE
MÁQUINA)
De maneira simplificada, é o processo de coletar dados de naturezas diversas, aprender
com eles e, com isso, determinar uma ação ou realizar uma predição sobre um evento.
DEEP LEARNING (APRENDIZAGEM PROFUNDA)
Pode ser compreendido como um método para a implementação do machine learning.
Em essência, é pautado por um aprendizado baseado em redes neurais, que podem ser
compreendidas como um tipo de algoritmo para ganho de conhecimento sobre algo. Os
sistemas do Google Translate e Cortana (assistente da Microsoft) são baseados em deep
learning.
COMPUTAÇÃO COGNITIVA
Tratado como um subcampo da IA, objetiva a melhoria da interação entre pessoas e
máquinas. Aqui, a ideia é que, a cada interação entre as partes, o sistema aprenda e
melhore a interpretação do que é falado, como no caso da BIA, o sistema utilizado pelo
Banco Bradesco no aplicativo para atendimento dos seus clientes.
A IA JÁ ESTÁ ENTRE NÓS
TODOS OS ASPECTOS DAS NOSSAS VIDAS
SERÃO TRANSFORMADOS, E ISSO PODE SER O
MAIOR EVENTO NA HISTÓRIA DA NOSSA
CIVILIZAÇÃO”.
HAWKING, 2011
Nessa frase, o brilhante físico e cientista Stephen Hawking profetizava o futuro da IA.
Ainda não chegamos lá, mas ela está evoluindo rápido, tornando-se cada vez mais
presente em nossas vidas e se expandindo para diferentes setores do trabalho e dos
negócios.
É possível, por exemplo, que você já esteja utilizando dispositivos e plataformas de IA
sem nem mesmo ter percebido. Veja só:
Já experimentou procurar fotos a partir de objetos e situações específicas no Google
Fotos, como “abraços”, “cores”, “árvore”? E aqueles GIFs, montagens ou efeitos nas
fotos sugeridas pelo aplicativo? Isso é IA.
Sabe aquele texto em inglês que você não estava conseguindo traduzir e colocou no
Google Tradutor? Isso é IA.
Já consultou seu feed do Facebook hoje? Atualizações de status, fotos, vídeos,
links, atividades do aplicativo e curtidas de pessoas, páginas e grupos que você
segue no Facebook. Isso é IA.
Sabe quando você visita o site de uma empresa e uma janela pop-up surge no canto
da tela, colocando-se à disposição para tirar dúvidas? Isso é IA.
A APLICAÇÃO DA IA NAS
ORGANIZAÇÕES
A IA tem evoluído para fornecer diversos benefícios específicos para todas as indústrias.
As aplicações da IA nas empresas são variadas e, sem dúvida, de alto impacto, tanto no
processo de criação e captura de valor como no processo de tomada de decisão − desde
o lançamento de produtos, passando pelo seu abastecimento nas lojas, até o
relacionamento com os clientes.
De fato, as ferramentas de IA disponíveis para aplicação em estratégias de negócios
estão cada vez mais eficientes e ajudam a transformar a jornada de compras de cada
cliente em uma experiência praticamente única e exclusiva. Os consumidores, porém,
estão mais exigentes e esperam mais das empresas, que precisam se adequar para
conquistá-los.
O consumidor 3.0 é um desafio para as organizações:
Bem informado.
Está sempre conectado.
Preza pelo conforto em suas experiências de compra.
Exige ser bem atendido, com eficiência e agilidade.
Está disposto a pagar mais, caso perceba valor.
Tem como hábito pesquisar, comparar preços e consultar outras pessoas por meio
das redes sociais.
Na loja física, já entra conectado ao celular, sabendo que ali irá encontrar uma
determinada marca e modelo do produto que deseja, sabendo suas principais
características e com uma boa noção de preço.
 
Fonte: Chaay_Tee/Shutterstock.com
Veja como a IA pode ser aplicada para agregar valorpara o cliente:
Perfil do consumidor e comportamento do consumidor
Mapear o comportamento dos consumidores e prever suas próximas ações já é possível
rastreando praticamente todos os seus passos pela rede. Dados de navegação em lojas
online ou nas redes sociais podem mostrar que tipo de anúncios e páginas o cliente já
visitou, por exemplo. Combinando a base de dados própria e as bases de dados da
internet, as empresas trabalham com mais precisão de resultados, conseguindo
classificar seus clientes em clusters, monitorar seu comportamento e até mesmo −
através de análises preditivas − identificar quando estarão mais propensos a mudar seus
hábitos de consumo. Assim é possível, por exemplo, disparar uma campanha de
marketing personalizada.
Transformação da jornada do cliente
A Inteligência Artificial é uma das principais responsáveis por transformar a jornada de
compras do cliente em algo único. Através do conhecimento do perfil e do
comportamento do consumidor, é possível às empresas gerar uma abordagem mais
personalizada, como em ações de:
MARKETING PROGRAMADO
Anúncios programados para oferecer exatamente aquele produto que o cliente estava
procurando, naquele momento, através de uma pesquisa relacionada − feita pelo cliente
ou por algoritmos de IA que calculam corretamente os fatores demográficos da sua
região.
CURADORIA E RECOMENDAÇÕES
PERSONALIZADAS
Através de soluções de IA, é possível acompanhar as compras dos clientes e,
consequentemente, seus gostos, oferecendo, assim, recomendações personalizadas de
compras. O sistema de recomendações da Netflix, por exemplo, usa os dados de
consumo dos usuários como base para sugerir programas.
OTIMIZAÇÃO DA NAVEGAÇÃO EM AMBIENTES
VIRTUAIS (E-COMMERCE)
A IA pode ser utilizada para guiar a própria jornada de compras no ambiente virtual. Se o
cliente tem preferência por agilidade, o botão de compra pode estar sempre disponível,
por exemplo.
MELHORA DO POSICIONAMENTO DE SITES
O Google consegue entender melhor o que os usuários estão tentando localizar em suas
buscas através de um sistema de Inteligência Artificial denominado RankBrain.
RANKABRAIN
O RankBrain é um algoritmo de mecanismo de pesquisa baseado em aprendizado
de máquina, cuja utilização foi confirmada pelo Google em 26 de outubro de 2015.
Ajuda o Google a processar resultados de pesquisa e fornecer resultados de
pesquisa mais relevantes para os usuários.
Fonte: Wikipedia
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Isso contribui para melhorar a otimização de sites e o conjunto de estratégias, com o
objetivo de potencializar e melhorar o posicionamento de um site (SEO − Search Engine
Optimization) nas páginas de resultados nos sites de busca.
PREÇO DINÂMICO
Os preços flutuantes das passagens de avião ou a tarifa dinâmica do Uber, que varia de
acordo com horário e dia em que o cliente utiliza o serviço, são calculados graças ao
machine learning.
Essas ferramentas permitem determinar um preço dinâmico, com base em fatores
diversos, entre eles:
Análise da concorrência.
Comportamento do consumidor.
Período do ano.
Giro de mercadorias.
Nível do estoque.
Margem de lucro.
ATENDIMENTO AO CLIENTE PERSONALIZADO
O chatbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano ao conversar
com pessoas. Ou seja, estamos falando de um robô virtual que dá informações, tira
dúvidas e automatiza algumas etapas do atendimento ao cliente. Um dos mais populares
chatbots do varejo no Brasil é a Lu, do Magazine Luiza. Utilizando deep learning, ela
consegue entender a linguagem natural, compreender gírias e até mesmo erros de
português. A Lu está à disposição dos clientes 24h por dia, 7 dias por semana, está
diretamente integrada aos dados da empresa e o cliente pode consultá-la diretamente,
não dependendo de interface humana para consulta.
RETENÇÃO DE CLIENTES
Um exemplo é o chamado pop-up de retenção. Durante uma navegação para uma
compra, uma IA coleta dados das pesquisas do cliente. Ao fechar o pedido, a página
dispara um pop-up em sua tela com uma foto do produto com um valor promocional ou
um cupom de desconto com uma contagem regressiva. Ou seja, é uma promoção
vinculada ao carrinho de compras com o objetivo de estimular o cliente a fechar a
compra.
OMNICHANNEL
A IA tem um impacto positivo de ponta a ponta na cadeia de suprimentos. Seu
funcionamento é todo voltado à otimização dos processos, desde sistemas de
reabastecimento autônomos até softwares que calculam com precisão o momento de
disparar um novo pedido.
Para otimizar estoques, por exemplo, a IA é utilizada na captura de dados do consumo
real das lojas e propõe o reabastecimento de acordo com a demanda, indicando a
quantidade de produtos que deve ser comprada ou distribuída, especificando por cada
item e loja.
PARA REFLETIR
Em sua obra clássica da ficção científica –Eu, Robô −, Isaac Asimov, considerado um
dos maiores escritores desse gênero literário da história, criou as Três Leis da Robótica,
que serviram como base para outras obras de ficção e, em algumas circunstâncias, até
para a realidade. São elas:
1ª
Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra
algum mal.
2ª
Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto nos casos em que
tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
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3ª
Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em
conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.
Alguns cientistas defendem que o medo que a humanidade tem dos robôs é infundado e
construído, entre outras coisas, pelos estereótipos criados pela literatura sobre robótica e
Inteligência Artificial.
Mas, tratando da realidade, segundo o We Forum (2016), há, sim, desafios éticos e
morais que se impõem ao desenvolvimento da IA e que precisam ser discutidos e
considerados pelos governantes e pela sociedade:
DESEMPREGO
DESIGUALDADE ECONÔMICA
RESPONSABILIDADE
SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS
LIMITES DA APRENDIZAGEM DAS MÁQUINAS
DESEMPREGO
Há uma automação crescente das atividades (estima-se que 45% dos empregos que
existem atualmente serão automatizados em apenas 20 anos) e máquinas já estão
migrando, inclusive, para trabalhos cognitivos e estratégicos.
DESIGUALDADE ECONÔMICA
Como distribuir a riqueza criada pelas máquinas?
RESPONSABILIDADE
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Não existe uma legislação com regras para a IA. Quem reponde por acidente causado
por um carro autônomo, por exemplo? O dono do carro ou a empresa de tecnologia?
SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS
Os dados serão coletados indistintamente? Como serão armazenados?
LIMITES DA APRENDIZAGEM DAS MÁQUINAS
Quem determinará os limites de aprendizado de uma IA? Como ensinar ética e moral a
uma máquina?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEGUNDO LUGER (2013), A IA (INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL) PODE
SER DEFINIDA COMO:
A) Um campo da Ciência da Computação destinado a reproduzir um mecanismo
totalmente semelhante ao cérebro, com células e ligações nervosas que permitem
máquinas a pensarem como seres humanos, sem depender da alimentação de dados
pelos mesmos.
B) Um campo da Ciência da Computação destinado a criar máquinas autônomas, que
não dependem da alimentação de dados pelas mãos humanas.
C) Um campo da ciência destinado a produzir programas computacionais que imitam
nossa capacidade de raciocinar, de perceber o mundo e, até mesmo, de falar e
compreender a nossa linguagem, que não são baseados e alimentados por padrões de
Big Data.
D) Um campo da Ciência da Computação destinado à automação do comportamento
inteligente, que busca criar mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como
seres humanos, baseados e alimentados por padrões de Big Data.
E) Um campo da Ciência da Computação destinado a buscar autonomia dos agentes
mecânicos a partir da inserção de linhas de comando, programaticamente estruturadas −
as quais viabilizam estes agentes a raciocinar e tomar decisões independentes de
estímulos externos, de maneira a viabilizara substituição dos seres humanos em tarefas
que exigem raciocínio e pensamento lógico.
2. DE ACORDO COM O CONTEÚDO DISPONIBILIZADO, PODEMOS
IDENTIFICAR TRÊS PILARES DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL:
A) Machine learning (aprendizado de máquina), deep learning (aprendizagem profunda)
e Weak IA (Inteligência Artificial fraca).
B) Strong IA (Inteligência Artificial forte), machine learning (aprendizado de máquina),
deep learning (aprendizagem profunda).
C) Machine learning (aprendizado de máquina), deep learning (aprendizagem profunda)
e computação cognitiva.
D) Weak IA (Inteligência Artificial fraca), Strong IA (inteligência artificial forte); deep
learning (aprendizagem profunda).
E) Deep IA (Inteligência Artificial profunda), machine learning (aprendizado de máquina)
e computação cognitiva.
GABARITO
1. Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) pode ser definida como:
A alternativa "D " está correta.
 
Segundo Luger (2013), a IA (Inteligência Artificial) pode ser definida como um campo da
Ciência da Computação destinado à automação do comportamento inteligente. Ou seja,
a IA busca criar mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres
humanos: Que aprendam, percebam e decidam, diante de uma determinada situação,
quais caminhos seguir, de forma racional. Tudo isso baseado em padrões enormes de
Big Data.
2. De acordo com o conteúdo disponibilizado, podemos identificar três pilares da
Inteligência Artificial:
A alternativa "C " está correta.
 
IA é um campo de estudo vasto e complexo, englobando diversas teorias, métodos de
desenvolvimento e tecnologias. Está baseado em três pilares: machine learning
(aprendizado de máquina), deep learning (aprendizagem profunda) e computação
cognitiva.
MÓDULO 3
 Identificar os conceitos básicos de IOT e seus impactos nas rotinas de
consumidores e organizações
O IMPACTO DA INTERNET DAS COISAS
O QUE É A INTERNET DAS COISAS (IOT)
Atualmente, há, aproximadamente, quatro bilhões de usuários de internet em todo o
mundo (ITU, 2018), sendo cada acesso vindo de um smartphone, desktop ou tablet.
Essencialmente, a internet faz a conexão das pessoas via máquinas e digitaliza, em
muitos casos, as relações sociais que existem no mundo físico.
As plataformas digitais para a comercialização de produtos feitos por pessoas, como o e-
commerce, são diversas, e fazem a conexão entre fabricantes e compradores.
NO ENTANTO, SERÁ QUE A COMUNICAÇÃO
ENTRE HUMANOS É A ÚNICA VIABILIZADA
PELA INTERNET?
SERIA POSSÍVEL PENSAR EM PROCESSOS
DE COMPRA E VENDA SEM A INTERVENÇÃO
DIRETA DAS PESSOAS?
A RESPOSTA É SIM.
De acordo com o Gartner (2017) − consultoria norte-americana −, em 2020 seriam mais
de 20 bilhões de equipamentos conectados, formando o que é chamado de Internet das
Coisas (Internet of Things) , ou IoT, como chamaremos aqui.
Não há uma unanimidade em relação ao conceito de IoT.
De maneira geral, pode ser entendida como um ambiente de objetos físicos,
interconectados com a internet, criando um ecossistema de computação onipresente
(ubíqua), para executar de forma coordenada uma determinada ação.
Ou seja, a IoT conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns
com os outros no espaço e no tempo − conforme explica Magrani (2018) − e se
materializa em:
PRODUTOS IOT
como uma secadora de roupas conectada, por exemplo.

SISTEMAS IOT
como um sistema inteligente para abastecimento de lojas.

AMBIENTES INTELIGENTES
como um edifício ou uma casa.
Diariamente, objetos se conectam à internet com capacidade de compartilhar, processar,
armazenar e analisar um enorme volume de dados. Por isso, o conceito de IoT está
diretamente relacionado ao de Big Data, que conheceremos mais adiante.
 COMENTÁRIO
Aliada à IA e à Big Data, a IoT possibilita o que conhecemos como inovação disruptiva,
ou seja, inovações que transformam um mercado ou setor existente apresentando uma
solução inovadora superior para um produto ou serviço.
Para os consumidores, essa superioridade deve ficar evidente pela maior acessibilidade,
conveniência ou simplicidade, a ponto de resultar em uma quebra de paradigma, uma
mudança no comportamento de consumo da sociedade em geral, resultando no total ou
parcial desaparecimento da solução anterior.
 EXEMPLO
Um exemplo clássico de inovação disruptiva é o Netflix e outros serviços de streaming
que praticamente extinguiram as videolocadoras no Brasil e no mundo.
ORIGEM DA IOT
A IoT é, de forma simplificada, uma evolução da internet, e reflete também a evolução da
sociedade.
 VOCÊ SABIA
Kevin Ashton, do MIT, que propôs o termo Internet das Coisas, em 1999, apontou que as
pessoas precisavam se conectar com a internet, a partir de meios variados, em função
da falta de tempo imposta pela contemporaneidade.
Segundo ele, através da IoT, deverá ser possível armazenar dados, até sobre
movimentos dos nossos corpos, com uma precisão cada vez maior.
Desenvolvida no contexto da Revolução Digital, é considerada, por muitos, um novo
paradigma relacionado à web 3.0, já que representa um momento inédito para toda a
sociedade, com impactos em nossas vidas que ainda não temos como estimar.
Em sua base, trata-se de uma revolução tecnológica, mas configura-se como uma
transformação definitiva nas relações entre pessoas e objetos.
A IOT JÁ ESTÁ ENTRE NÓS
Do ponto de vista dos consumidores, há produtos integrados à IoT nas mais variadas
áreas.
De fato, objetos interconectados podem nos ajudar nas resoluções das questões do
nosso dia a dia.
WEARABLES
Uma das categorias mais vendidas no mundo são os wearables ou tecnologias
vestíveis. Ou seja, trata-se de peças de vestuário com conectividade de IoT que
produzem informações sobre os usuários. Destacam-se na categoria pulseiras e tênis
que monitoram a atividade física do usuário. Todas essas tecnologias vestíveis geram
uma tonelada de dados que as empresas começam a entender para pensar em
aplicações futuras.
 
Fonte: Kaspars Grinvalds/Shutterstock.com
 
Fonte: M. Unal Ozmen/Shutterstock.com
CARROS AUTÔNOMOS
Os carros autônomos são outra categoria de produtos conectados. Eles se comunicam
entre si e definem o melhor momento (velocidade e trajeto, por exemplo) de fazer um
cruzamento em vias urbanas.
A montadora Tesla já possui em sua frota carros com diversos recursos para
comunicação com outros equipamentos portadores de sensores e Inteligência Artificial.
Com o objetivo de produzir carros cada vez mais autônomos, a Tesla possui uma
vantagem competitiva que as outras montadoras não têm: A atualização e eventuais
ajustes nos seus carros de maneira remota, sem custos aos seus clientes.
Por causa desse dispositivo, durante o furacão Irma, que atingiu o estado americano da
Flórida, em 2017, a Tesla, baseada nas informações de sensores nas ruas, alterou,
remotamente, a maneira como os automóveis no caminho da tempestade consumiam as
suas baterias. Desse modo, não foi preciso parar e recarregar o carro elétrico. Esse
pequeno ajuste fez com que os clientes conseguissem chegar em locais seguros a
tempo. Em outra situação, a montadora fez a manutenção de um erro no sistema de
carga dos carros sem que os clientes precisassem ir até uma concessionária apenas
enviando a atualização pela internet, como se faz com um smartphone.
CASAS INTELIGENTES
As casas inteligentes também estão na lista de produtos com conectividade IoT que já
estão entre nós. A automação da casa é um cenário mais próximo do mercado brasileiro
em se tratando de IoT, pois já é possível encontrar diversos dispositivos para a formação
de uma pequena rede doméstica de objetos inteligentes, como: lâmpadas Philips Hue,
cafeteiras Nespresso, Apple HomeKit e outros mais.
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Fonte: REDPIXEL.PL/Shutterstock.com
LÂMPADAS PHILIPS HUE
As lâmpadas Philips Hue permitem um sistema pessoal de iluminação sem fio,
controlando com facilidade as luzes usando dispositivos como celular ou tablet.
APPLE HOMEKIT
OHomeKit é a plataforma da Apple para automação residencial. Ele permite aos
usuários configurar, comunicar-se e controlar eletrodomésticos inteligentes usando
dispositivos Apple, inclusive a Siri, assitente de voz da Apple.
Acompanhe e imagine a sequência de eventos a seguir para entender a dinâmica da IoT
em uma casa inteligente:

Um poste na rua envia uma mensagem para o carro do João, avisando sobre bloqueio
no caminho. Automaticamente, o Waze calcula uma rota alternativa, o que acrescenta 60
minutos na previsão de chegada em casa para jantar com a sua família.
O carro informa ao condutor sobre a alteração na rota e sugere uma pausa para lanchar,
tendo em vista a última refeição registrada pela Apple Watch.


O motorista aprova a nova rota e segue para uma padaria no caminho. Baseando-se nas
informações dos postes, das calçadas e da rua, o carro informa à padaria que haverá
uma parada e já exibe a informação de uma nova fornada de pães para o motorista.
O iPhone envia uma mensagem para as pessoas na casa e informa do atraso. Como a
Nespresso Expert está programada para preparar um café exatamente no momento da
chegada do João, a máquina verifica se há cápsula para ser consumida no momento da
sua chegada, uma vez que o seu filho consumiu café minutos antes das mensagens.


Devido à falta de cápsulas, a máquina envia um pedido de compra para a Nespresso
que, com o seu serviço de entrega no mesmo dia, já realiza a entrega.
Ao chegar em casa, com a temperatura automaticamente ajustada para 21° pelo
termostato conectado pelo Apple HomeKit, João acompanha a entrega das suas
cápsulas e aguarda o jantar com a sua família.

Fonte: EnsineMe
APLICAÇÃO DA IOT NAS
ORGANIZAÇÕES
Além de oferecer produtos e possibilidades para os consumidores, a IoT também vai
impactar profundamente a forma como as organizações se estruturam e fazem negócios.
Segundo Kotler (2018), as empresas precisarão identificar maneiras de utilizar a IoT para
criar valor, especialmente através do uso de dados para alinhar seu modelo de negócios
aos interesses do cliente.
Observar como a tecnologia e os preceitos de sustentabilidade têm mudado a forma
como os clientes consomem, adequando novos e diferentes meios para distribuir ofertas
e serviços, é criar e distribuir valor com sucesso.
VAREJO
A SAS (empresa americana pioneira em Business Intelligence) aponta cinco aplicações
possíveis da IoT no varejo:
MANUTENÇÃO PREDITIVA
Usada no gerenciamento de energia, na prevenção de falhas ou na detecção de outros
problemas. Em um supermercado, por exemplo, sensores acoplados a produtos dos
setores de frios e laticínios podem monitorar as possíveis variações de energia a fim de
garantir a qualidade dos alimentos.
TRANSPORTE INTELIGENTE
Manutenção, rastreamento e otimização de rotas com mais precisão do que o uso de
GPS.
ARMAZENAMENTO SOB DEMANDA
A IoT possibilita monitorar as vendas em tempo real e também na gestão de inventário.
O RFID, por exemplo, é um item da IoT muito bem testado em estocagem. Trata-se de
um dispositivo eletrônico, normalmente em forma de etiqueta (tag) adesiva, que recebe
uma série de informações, através de um chip, com uma antena microscópica embutida,
capaz de receber, registrar dados e retransmiti-los quando acionado. Na prática, funciona
como um código de barras eletrônico, com a grande diferença de não utilizar um leitor
ótico, mas, sim, um sensor de radiofrequência (RF), capaz de armazenar mais
informações do que o código de barras.
CLIENTE CONECTADO
Serviços com base na geolocalização podem oferecer de forma personalizada a um
cliente que já está dentro de uma loja física, por exemplo, um desconto ou uma oferta
especial.
LOJA INTELIGENTE
Em um shopping center, por exemplo, a IoT pode analisar o tráfego de pessoas, o que
ajuda a entender sua jornada de compras completa, possibilitando a personalização
desta.
INDÚSTRIA
No caso das indústrias fabricantes de produtos IoT, é preciso que tenham em mente que
um produto, simplesmente porque se conecta à internet e pode ser acessado e
controlado a distância, não cria valor por si só. Ou seja, só porque podemos conectar um
produto, não necessariamente queremos e vamos conectá-lo.
Esta é uma questão importante, tendo em vista que os custos para produção de um
dispositivo com conectividade são mais altos e a organização precisa criar valor
suficiente para cobrir esses custos extras.
E COMO CRIAR VALOR PARA O CLIENTE EM
UM PRODUTO DE IOT?
Bruce Sinclair (2018), em seu livro IoT: como usar a Internet das Coisas para alavancar
seus negócios, sugere quatro maneiras de criar valor em IoT:
Tornar os produtos melhores, através da inovação. Ou seja, entregar ao cliente
um produto que faça de uma maneira nova ou melhor algo que para ele é valioso.
Pode ser um produto totalmente novo ou uma evolução de um que já existe.
Aumentar a eficiência operacional de um produto. Um exemplo são algumas
empresas fornecedoras de eletricidade que usam um SCADA (Supervisory Control
and Data Acquisition), o que possibilita a conexão entre os sensores da linha de
energia e o comando central, evitando que as faltas de energia sejam descobertas
somente após a reclamação dos clientes.
Suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e
prescritiva, contra uma manutenção reativa ou preventiva, apenas. Os carros
autônomos da Tesla, já apresentados aqui, são um bom exemplo de criação de valor
com a manutenção a distância.
Criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três
ou quatro meses de uso, como acontece com alguns wearables, como as pulseiras
da marca FitBit. Visivelmente, há espaço para melhorias ou até para novos produtos.
É possível identificar para que eles estão sendo utilizados e comparar ao uso
pretendido, por exemplo. A proposta aqui, então, é usar os dados coletados de um
produto para inspirar novos, sejam físicos ou digitais.
SETOR PÚBLICO
A IoT pode ser aplicada também para inovar ou otimizar soluções no setor público, como
a implementação de dispositivos para transformar a cidade em um espaço inteligente ou
melhorar o atendimento à saúde pública.
 
Fonte: metamorworks/Shutterstock.com
Cidades inteligentes
Na mobilidade urbana, os meios de transporte podem ser monitorados por GPS para
otimização conforme a demanda; e também é possível organizar os sinais de
trânsito conforme informações coletadas do tráfego.
Na coleta de lixo, sensores podem avisar aos responsáveis sobre a necessidade de
coleta e otimizar a logística dos caminhões.
Na segurança, é possível prever a ocorrência de situações com a necessidade de
maior policiamento.
Saúde pública
Na saúde pública, a IoT pode ajudar:
No registro eletrônico de histórico de saúde dos pacientes.
No monitoramento de pacientes e alertas em tempo real.
Nos diagnósticos mais precisos e antecipados.
Na análise de imagens.
PARA REFLETIR
A IoT pode trazer grandes benefícios para o mundo e já é possível ver suas aplicações
na organização do trânsito, na agilização de tratamentos médicos e também na
preservação do meio ambiente. Mas há questões relacionadas ao seu uso que podem
provocar distorções que precisam ser consideradas com cautela.
INTERNET DAS COISAS INÚTEIS
Será que as tecnologias digitais sempre facilitam a vida das pessoas? Alguns estudos
apontam para uma diferenciação entre internet “das coisas úteis” e internet “das coisas
inúteis”, ou seja, produtos que não apresentam caráter de real utilidade e novidade, mas
que são considerados inovadores simplesmente por serem digitais. Um exemplo é o Egg
Minder, uma bandeja Wi-Fi para ovos que se comunica com o celular, informando
quando seus ovos acabaram. Talvez uma lista de compras fosse mais útil e mais barata,
levando em conta os altos custos dos dispositivos de IoT.
E-WASTE
Parece piada, mas esses produtos incomuns e de utilidade duvidosa para a vida prática
contribuem para um dos grandes problemas relacionadosà IoT: o e-waste, ou seja, o lixo
gerado pelo descarte desses produtos, que se tornam obsoletos mais rapidamente em
relação aos não inteligentes.
PRIVACIDADE E SEGURANÇA DOS DADOS
Outro problema relacionado à IoT é a confiança dos consumidores em relação ao destino
dos seus dados coletados. As empresas ainda não conseguem garantir aos usuários a
proteção e a segurança aos seus dados com a mesma velocidade com que desenvolvem
os produtos de IoT. Os dados coletados são armazenados em nuvens e são suscetíveis
a ataques de hackers e vazamentos. Alguns estudiosos alertam, inclusive, que essa
pode ser uma ameaça à evolução da indústria.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DE ACORDO COM O CONTEÚDO, NÃO HÁ UMA UNANIMIDADE EM
RELAÇÃO AO CONCEITO DE IOT. MAS, PARTINDO DO
ENTENDIMENTO DE MAGRANI (2018), PODEMOS DIZER QUE A IOT:
A) Conecta somente objetos e dados em ambientes virtuais, que interagem uns com os
outros no espaço e no tempo.
B) Conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns com os
outros no espaço e no tempo.
C) Conecta objetos e pessoas que interagem uns com os outros no espaço e no tempo.
D) Conecta dados e ambientes virtuais que interagem uns com os outros no espaço e no
tempo.
E) Conecta as pessoas através de ambientes virtuais, que interagem uns com os outros
no espaço e no tempo.
2. TENDO EM VISTA QUE OS CUSTOS PARA PRODUÇÃO DE UM
DISPOSITIVO COM CONECTIVIDADE SÃO MAIS ALTOS, AS
ORGANIZAÇÕES PRECISAM CRIAR VALOR SUFICIENTE PARA
COBRIR ESSES CUSTOS EXTRAS. BRUCE SINCLAIR (2018) SUGERE
QUATRO MANEIRAS DE CRIAR VALOR EM IOT, SÃO ELAS:
A) Tornar os produtos melhores, através da inovação; aumentar a eficiência operacional
de um produto; suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva,
proativa e prescritiva; criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam
engavetados após três ou quatro meses de uso.
B) Rastrear e otimizar rotas com mais precisão; armazenar dados sob demanda;
suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e prescritiva;
criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou
quatro meses de uso.
C) Analisar o tráfego de clientes nas lojas para oferecer os novos produtos; aumentar a
eficiência operacional de um produto; analisar o tráfego de pessoas nas lojas físicas; o
que ajuda a entender sua jornada de compras completa, possibilitando a personalização
desta.
D) Tornar os produtos melhores, através da inovação; monitorar as vendas em tempo
real; suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, proativa e
prescritiva; criar melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após
três ou quatro meses de uso.
E) Tornar os produtos melhores, através da inovação; monitorar as vendas em tempo
real; suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva, apenas; criar
melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou quatro
meses de uso.
GABARITO
1. De acordo com o conteúdo, não há uma unanimidade em relação ao conceito de
IoT. Mas, partindo do entendimento de Magrani (2018), podemos dizer que a IoT:
A alternativa "B " está correta.
 
De maneira geral, a IoT pode ser entendida como um ambiente de objetos físicos,
interconectados com a internet, criando um ecossistema de computação onipresente
(ubíqua), para executar de forma coordenada uma determinada ação. Ou seja, como
propõe Magrini (2018), a IoT conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que
interagem uns com os outros no espaço e no tempo.
2. Tendo em vista que os custos para produção de um dispositivo com
conectividade são mais altos, as organizações precisam criar valor suficiente para
cobrir esses custos extras. Bruce Sinclair (2018) sugere quatro maneiras de criar
valor em IoT, são elas:
A alternativa "A " está correta.
 
Bruce Sinclair (2018), em seu livro IoT: como usar a Internet das Coisas para alavancar
seus negócios, sugere quatro maneiras de criar valor em IoT: Tornar os produtos
melhores, através da inovação, ou seja, entregar ao cliente um produto que faça de uma
maneira nova ou melhor algo que para ele é valioso; aumentar a eficiência operacional
de um produto; suportar melhor os produtos, a partir de uma manutenção preditiva,
proativa e prescritiva, contra uma manutenção reativa ou preventiva, apenas; criar
melhor os novos produtos, para que eles não sejam engavetados após três ou quatro
meses de uso, como acontece com alguns wearables.
MÓDULO 4
 Identificar os conceitos básicos de Big Data e seus impactos nas rotinas de
consumidores e organizações
O IMPACTO DO BIG DATA
O QUE É BIG DATA
A mudança mais significativa no mundo dos negócios tem relação com a ideia de dados.
Empresas que já usavam dados em suas operações agora estão sentindo uma
revolução. O Big Data não é um conceito novo e já estava presente nas empresas, que
utilizavam dados na avaliação e gerenciamento de processos e nas previsões e
planejamento em longo prazo. Mas o surgimento da internet o impulsionou, dando uma
nova dimensão para seu volume e armazenamento.
Rogers (2018) descreve o Big Data como qualquer quantidade volumosa de dados
estruturados, semiestruturados ou não estruturados que podem fornecer algum tipo de
informação.
Veja os V´s que identificam as propriedades que envolvem o Big Data:
 
Fonte: Jirsak/Shutterstock.com
VOLUME
É a definição mais tradicional do Big Data, representada pela grande quantidade de
dados que são gerados e os desafios relacionados com seu armazenamento, acesso e
proteção. Segundo a Cisco (2017), nos próximos anos o cálculo de dados passará a ser
feito a partir de zettabytes e yottabytes, e não mais de gigabytes.
VARIEDADE
Dados estão cada vez mais desestruturados, vindos de fontes distintas e com tipos de
informações e formatos diferentes (textos, imagens, sons, vídeos etc.). Estima-se que
quase 90% dos dados gerados sejam não estruturados, o que impõe um desafio, que é
transformá-los em informações úteis.
VELOCIDADE
A capacidade de coleta e análise dos dados e tomada de decisão precisa ocorrer muito
rapidamente, às vezes em tempo real.
VALOR
Qual o valor agregado dos dados? O valor para coleta e uso dos dados justifica os
custos de sua obtenção?
VERACIDADE
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O quão íntegros, exatos, confiáveis, relevantes e consistentes são os dados? De nada
adiantam os outros V’s se os dados estiverem errados.
GIGABYTE
A nomenclatura dos dados parte de um sistema binário:
A Nomenclatura→→→Bytes
Quilobyte (KB)→→→→1.024
Megabyte→→→→→→1.048.576
Gigabyte→→→→→→1.073.741.824
Terabyte→→→→→→1.099. 511. 627. 776
Petabyte →→→→→→ 1.125.899.906.842.620
Exabyte→→→→→→→1.152.921.504.606.850.000
Zettabyte →→→→→→1.180.591.620.717.410.000.000
Yottabyte→→→→→→1.208.925.819.614.630.000.000.000
Menor unidade: bit (assume somente 2 valores – ligado ou desligado)
Um byte é a composição de 8 bits, capaz de assumir valores diferentes.
Uma letra tem o tamanho de um byte.
Em outras palavras, Big Data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com
dados digitais em volume, variedade, velocidade, valor e veracidade inéditos até os dias
atuais.
ORIGEM DO BIG DATA
No começo da década de 1990, próximo ao nascimento da web, o cientista chefe da
Silicon Graphics, John Mashey, lançou o termo Big Data. Mas ele só ficou mais popular
em 2010, quando empresas de vários segmentos começaram a manipular a vasta oferta
de dados gerados pelos avanços tecnológicos.
Armazenar e analisar dados não é um fenômeno novo, mas as empresas faziam (e a
maioria ainda faz) isso a partir de dados estruturados, que contêm uma organização para
serem recuperados.
Ou seja, etiquetas, linhas e colunas que facilitam o trabalho da tecnologia, identificando
diversos pontos sobre uma informação. Assim, a partir de planilhas eletrônicas
estruturadas as empresas utilizavam dados para otimizar processos, planejamentos e
operações em curso.
A quantidade de dadosgerados e armazenados vem crescendo desde o surgimento dos
computadores. Mas o diferencial do Big Data é explicado a partir de três tendências que
se inter-relacionam:
CRESCIMENTO RÁPIDO DE TIPOS VARIADOS DE
DADOS
Os dados atualmente estão disponíveis para as empresas em posts nas mídias sociais,
imagens geradas por smartphones, sinais de mapas e localização emitidos em tempo
real, dados de sensores dos dispositivos conectados (IoT).
EVOLUÇÃO ACELERADA NA CAPACIDADE DE
GERENCIAMENTO E COMPREENSÃO DESSES
DADOS
Tecnologias como a computação em memória (in-memory computing), que permite à
anunciantes identificar os sites mais frequentados por um visitante ou selecionar, por
exemplo, os anúncios acessados por cada visitante de uma página na internet,
considerando variáveis como clima e localidade. O Hadoop é outra tecnologia de
estrutura de software que permite que grande quantidade de dados, armazenada em
servidores distintos e distantes, possam ser processados paralelamente.
DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURA DE
COMPUTAÇÃO NA NUVEM
O Big Data quebrou o paradigma dos altos investimentos em infraestrutura própria para
coletar, armazenar e analisar dados. Atualmente, pequenas empresas podem ter acesso
a ferramentas de análise fornecidas por provedores de serviços na nuvem, como SAP e
IBM, e pagam apenas pelos dados e pelo armazenamento. Houve, portanto, uma
democratização no uso dos dados.
Especialmente com o casamento entre Big data, IoT e IA, as possibilidades de geração
de dados são aparentemente ilimitadas. Temos visto que a contínua hiperconectividade e
interação entre diversos aparelhos, sensores e pessoas vêm mudando a forma como nos
comunicamos e também como as empresas se comunicam entre si, com seus clientes e
como tomam decisões.
A seguir, um quadro comparativo entre as mudanças provocadas pelo Big Data nas
estratégias empresariais:
Mudanças nos pressupostos estratégicos, da era analógica para a Era Digital
De Para
Dados são dispendiosos de gerar nas
empresas
Dados são gerados continuamente em
todos os lugares
O desafio dos dados é armazená-los e
gerenciá-los
O desafio dos dados é convertê-los em
informações valiosas
As empresas usam apenas dados
estruturados
Os dados não estruturados são cada
vez mais úteis e valiosos
Os dados são gerenciados em
departamentos operacionais
O valor dos dados é conectá-los entre
os departamentos
Os dados são ferramentas para
gerenciar processos
Os dados são ativo intangível importante
para criar valor
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Adaptado de Rogers, 2017.
O BIG DATA JÁ ESTÁ ENTRE NÓS
Temos oferecido de graça às organizações nossos dados pessoais, ao fazermos check-
in em lugares que frequentamos, ao avaliarmos voluntariamente serviços, como no Trip
Advisor, ou ao marcarmos amigos nas fotos de nossas redes sociais.
É só observar a rapidez com que os algoritmos de reconhecimento facial fazem isso
automaticamente nas imagens publicadas. Ou como as diferentes plataformas se
comunicam entre si (por exemplo, o catálogo de endereços do Gmail, listas de amigos do
Facebook, contatos do WhatsApp e Facetime e a agenda de telefones do smartphone) e
sugerem novos amigos, adicionam nomes automaticamente e mandam notificações de
atividades da sua rede de contatos.
O aplicativo Waze, de geolocalização, por exemplo, construiu os dados sobre mapas e
também sobre as condições do trânsito, em tempo real, com a colaboração dos usuários.
Depois de atingir 30 milhões de usuários, o Waze foi comprado pelo Google por US$1,3
bilhão.
Segundo Rogers (2017), nós nos disponibilizamos a compartilhar nossas informações
com as empresas a partir de quatro fatores-chave:
Se temos alguma recompensa e que tipo de recompensa a receber.
A confiança que depositamos na empresa que solicita os dados.
Que tipo de dados está sendo solicitado.
E a que setor de atividade pertence à organização.
Fato é que quem não é extremamente atento, ou capaz de configurar sua privacidade em
todas essas plataformas, está ainda mais vulnerável no ambiente digital.
APLICAÇÃO DO BIG DATA NAS
ORGANIZAÇÕES
Há uma tendência atual de que o Big Data participe de todos os processos de tomadas
de decisões nas empresas: Desde o serviço aos clientes, passando pela detecção de
fraudes até o planejamento de comunicação e mídia. As empresas precisam mudar,
assim, sua forma de pensar os dados. Eles devem ser entendidos como ativos
estratégicos.
Vejamos algumas possibilidades e exemplos de utilização do Big Data e suas
ferramentas de análise nas organizações:
ESTRATÉGIAS DE MARKETING E FIDELIZAÇÃO
DOS CLIENTES
É possível, através das ferramentas de Big Data, coletar dados que são determinantes
para avaliar a interação dos consumidores com a empresa e desenvolver estratégias
para fazer o cliente retornar mais vezes através de ofertas personalizadas. O Big Data
também permite integrar as informações do cliente às suas mídias sociais, possibilitando
mapear o comportamento e o sentimento do mesmo em relação à marca e permitindo
um contato ainda mais personalizado.
PERSONALIZAÇÃO DE OFERTA
A Netflix é um exemplo de empresa que, a partir dos próprios dados, avalia, renova e
personaliza sua grade de programação. Coletando dados de quem assistiu quais
programas, em que horário, em qual dispositivo, se assistiu até o final, pausou, assistiu
mais de uma vez, por exemplo, a empresa retém cerca de 80% dos clientes com seu
sistema de recomendações.
INOVAÇÃO
Atualmente, a possibilidade de inovação baseada em ferramentas tecnológicas, sejam
para pesquisa ou mesmo teste, permite um processo criativo e de experimentação como
nunca foi possível. A prototipagem e o teste em pequenas comunidades, os sites de
crowdsourcing para geração de ideias − como o Dell IdeaStorm e o My Starbucks Idea
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− são viabilizadores de projetos inovadores a partir da participação do público na solução
de problemas e novas versões de produtos antes mesmo do lançamento oficial no
mercado.
PREVISÃO DE DEMANDAS E TENDÊNCIAS
O desenvolvimento de ferramentas com modelos preditivos de análise pode ajudar, por
exemplo, a identificar as principais causas de cancelamento de um serviço e encontrar
maneiras de reduzir esses índices.
OTIMIZAÇÃO DO E-COMMERCE
Quando fazemos uma compra e o site nos mostra informações como “quem comprou
esse produto comprou também” ou “esses outros produtos podem interessar”, as
empresas de e-commerce estão utilizando ferramentas de Big Data para indicar produtos
baseados no perfil de cada consumidor e, assim, ampliar suas oportunidades de vendas.
EXEMPLO
A Amazon é um exemplo de otimização de cross selling ou venda cruzada, ao analisar
os hábitos de leitura dos clientes e recomendar outros livros.
Segundo a empresa, 30% de suas vendas são derivadas das recomendações “you might
also want” (você pode querer também).
LOCATION BASED MARKETING OU MARKETING
BASEADO EM LOCALIZAÇÃOS
Identificar que um cliente está passando perto do ponto de vendas e convidá-lo para
entrar através de uma promoção pode aumentar sua propensão de visita à loja.
A empresa americana PlaceCast oferece um serviço chamado Shopalerts para envio de
mensagens aos clientes próximos às lojas físicas.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Como já vimos, em parceria com a IA, o Big Data ajuda a otimizar as operações
logísticas, como o controle da frota da empresa por telemetria e o rastreamento por
satélite para coletar dados.
CROWDSOURCING
Modelo de produção e estruturação de processos que utiliza a sabedoria e os
aprendizados coletivos para a resolução de problemas ou desenvolvimento de uma
solução.
PARA REFLETIR
Esse volume extraordinário de dados circulando livremente pela internet gera um debate
importante que envolve algumas questões éticas quanto ao seu uso e armazenamento:
PRIVACIDADE E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
A privacidade é outro grande desafio para o uso do Big Data. As cyberameaças − como
costumam ser chamadaspelas áreas de Tecnologia da Informação as ações como roubo
de dados de consumidores, ataques a dados como arma de guerra entre empresas e
espionagem de dados por governos − crescem a cada dia.
FILTRO BOLHA
Essa concentração de dados sobre os usuários nas mãos de poucas empresas de alta
tecnologia e o uso de algoritmos para organizar, classificar e sugerir conteúdos – o
chamado “filtro bolha” – podem nos tirar a possibilidade de relacionamento com as
pessoas diferentes de nós, fazer descobertas ao acaso, descobrir novas informações.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. DE ACORDO COM ROGERS (2017), PODEMOS DESCREVER O BIG
DATA COMO:
A) Qualquer quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não
estruturados que podem fornecer algum tipo de informação.
B) Dados estruturados utilizados na avaliação e no gerenciamento de processos e nas
previsões e no planejamento em longo prazo.
C) Qualquer quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não
estruturados que circulam nas redes sociais.
D) Volume grande de dados que ficam disponíveis na internet e são armazenados na
nuvem.
E) Volume exponencial apenas de dados estruturados, que podem ser convertidos em
informações valiosas, auxiliando, assim, tomadas de decisões.
2. COM RELAÇÃO ÀS TRÊS TENDÊNCIAS QUE EXPLICAM O
DIFERENCIAL DO BIG DATA, É CORRETO AFIRMAR QUE
A) Não se identifica uma evolução acelerada na capacidade de gerenciamento e
compreensão desses dados.
B) Atualmente, apenas grandes empresas têm acesso ao armazenamento e análise dos
dados disponíveis para coleta.
C) Não há grande variedade de dados disponíveis atualmente para acesso das
empresas.
D) Há um crescimento rápido de tipos variados de dados, que atualmente estão
disponíveis para as empresas em posts nas mídias sociais, imagens geradas por
smartphones, sinais de mapas e localização emitidos em tempo real, dados de sensores
dos dispositivos conectados (IoT).
E) Não é necessário tratar e normalizar os dados. Apesar do seu grande volume, sua
natureza é homogênea e padronizada.
GABARITO
1. De acordo com Rogers (2017), podemos descrever o Big Data como:
A alternativa "A " está correta.
 
O Big Data não é um conceito novo e já estava presente nas empresas, que utilizavam
dados na avaliação e no gerenciamento de processos e nas previsões e no planejamento
em longo prazo. Mas o surgimento da internet o impulsionou, dando uma nova dimensão
para seu volume e armazenamento. Rogers (2018) descreve o Big Data como qualquer
quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não estruturados que
podem fornecer algum tipo de informação.
2. Com relação às três tendências que explicam o diferencial do Big Data, é correto
afirmar que
A alternativa "D " está correta.
 
O crescimento rápido dos tipos de dados disponíveis para as empresas atualmente é
uma das três tendências que diferenciam o Big Data.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme visto neste tema, as tecnologias vêm sendo introduzidas em velocidade
exponencial. A antiga internet 1.0, tal qual criada nos anos 1990 pelo físico Tim Berners-
Lee, basicamente formada por sites, ficou para trás com sua interatividade de mão dupla.
Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) e Big Data influenciam e impactam
nossa vida em sociedade e nossas relações no mundo dos negócios.
Para nós, usuários, a internet aliada às novas tecnologias traz conforto e agilidade para
nosso modelo de vida acelerado. É cada vez mais difícil não estar conectado a
plataformas digitais e dispositivos inteligentes.
Para as empresas, a Era Digital representa o futuro dos negócios, a possibilidade de
inovar. Um cenário cheio de oportunidades para gerar valor, entender e atender, da
melhor forma, às expectativas e necessidades dos clientes.
Por isso, é importante refletir sobre as questões éticas e morais que perpassam a
internet, o aprendizado das máquinas, os dispositivos conectados e os grandes volumes
de dados disponíveis nas redes nos dias atuais. Afinal, ainda não temos plena
consciência dos potenciais benefícios e riscos trazidos pela Era Digital.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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WIKIPEDIA. Usabilidade. Consultado em meio eletrônico em: 25 nov.2020.
WORLD ECONOMIC FORUM. Consultado em meio eletrônico em: 24 nov. 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
A quarta revolução industrial, de Klaus Martin Schwab.
Marketing e comunicação na era pós-digital: As regras mudaram, de Walter Longo.
O artigo How Netflix used big data to generate billions, SeleritySAS (em inglês).
Pesquise na internet:
Para acessar mais dados sobre a internet no Brasil, acesse os sites do IBGE e da
Cetic.
Para conhecer a agenda brasileira para a Indústria 4.0, acesse o site Industria 4.0.
Assista:
Web 2.0 Expo NY 09: Tim O'Reilly − The O'Reilly Radar, para aprofundar seus
conhecimentos sobre web 2.0 (em inglês).
Para conhecer a agenda brasileira para a Indústria 4.0, acesse o site Industria 4.0.
Os filmes de ficção-científica Metrópolis (1927); Frankenstein (1931); 2001: Uma
odisseia no espaço (1968); Blade Runner: O caçador de androides (1982); A.I.:
Inteligência Artificial (2001) ; Matrix (1999); Eu, Robô (2004); Ela (2014); e
Ex_Machina: Instinto Artificial (2015).
Conheça um pouco da história de Alan Turing, matemático inglês que descobriu o
princípio fundamental do funcionamento dos computadores modernos, no filme O
jogo da imitação.
O documentário O dilema das redes, disponível na plataforma Netflix, propõe uma
vasta discussão sobre as questões éticas envolvendo a utilização e a manipulação
de nossos dados.
CONTEUDISTA
Flávia Barroso de Mello
 CURRÍCULO LATTES
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