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Atividades de Academia (1)

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ATIVIDADES DE 
ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof.a Mariana Ardengue
ATIVIDADES 
DE ACADEMIA
Marília/SP
2023
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
ATIVIDADES DE ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
08
19
31
43
54
67
79
93
108
122
133
147
INTRODUÇÃO SOBRE A GINÁSTICA DE 
ACADEMIA 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GINÁSTICA DE 
ACADEMIA
A FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NA GINÁSTICA 
DE ACADEMIA 
A MUSICALIDADES NAS AULAS DE 
GINÁSTICA DE ACADEMIA
PRÁTICAS DE FLEXIBILIDADE E 
ALONGAMENTO EM GINÁSTICAS DE 
ACADEMIA
PRÁTICAS RÍTMICAS DE GINÁSTICAS DE 
ACADEMIAS
PRÁTICAS AERÓBICAS DE GINÁSTICAS DE 
ACADEMIA
TREINAMENTO FUNCIONAL, CICLISMO 
INDOOR, PUMP E GINÁSTICA LOCALIZADA
TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA 
INTENSIDADE - HIIT
MODALIDADES AQUÁTICAS DE GINÁSTICA DE 
ACADEMIA
PRÁTICAS DE COMBATE DE ACADEMIA
CROSSFIT 
ATIVIDADES DE ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
160
173
184
PERIODIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DE UMA 
AULA DE GINÁSTICA DE ACADEMIA 
METODOLOGIA DO ENSINO NA GINÁSTICA DE 
ACADEMIA
GESTÃO E EMPREENDEDORISMO NA 
ACADEMIA DE GINÁSTICA
ATIVIDADES DE ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
INTRODUÇÃO
Prezado aluno(a), seja bem vindo(a) ao estudo sobre a disciplina de atividades de 
academia! 
O livro da disciplina traz uma ampla abordagem sobre as atividades de academia. 
No livro foi abordado desde o histórico da modalidade, contemplando seu surgimento 
e os passos da ginástica de academia até os dias de hoje. Foram apresentadas sobre 
a musicalidade na ginástica de academia e as suas principais modalidades, trazendo 
sobre suas características,benefícios e formas de realização e execução de suas 
aulas. Abordamos os aspectos fisiológicos das ginásticas de academia, seu processo 
de elaboração de treinamento e montagem e organização das aulas. Por fim, foi 
abordado sobre a parte administrativa e de gerência de uma academia de ginástica. 
Desejo uma leitura muito produtiva e que ao final, seus conhecimentos sobre a 
modalidade sejam ampliados e melhorados, bons estudos! 
ATIVIDADES DE ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO SOBRE A 
GINÁSTICA DE ACADEMIA 
Olá aluno (a), para iniciarmos o estudo sobre as atividades de academia, neste 
primeiro capítulo falaremos sobre a história da Ginástica de academia. A história da 
ginástica de academia é fascinante e reflete a evolução das práticas físicas ao longo 
do tempo. Vamos explorar brevemente as origens, a evolução dos programas de 
treinamento e os principais métodos associados à ginástica de academia. As raízes da 
ginástica remontam à Grécia Antiga, onde o termo “gymnós” significava “nu” em grego, 
enfatizando a prática física despida de roupas. Os gregos valorizavam a harmonia entre 
o corpo e a mente. Os romanos também adotaram exercícios físicos, associando-os 
ao treinamento militar.
Durante o Renascimento, houve um ressurgimento do interesse nas atividades físicas, 
que destacava a importância da educação física. No século XIX, surgiram também 
os movimentos ginásticos com as escolas de ginásticas. A ginástica de academia 
evoluiu de uma abordagem militar e rígida para uma variedade de métodos que atendem 
a diferentes necessidades e preferências. Hoje, as academias oferecem uma gama 
diversificada de programas, refletindo a compreensão crescente da importância da 
saúde física e mental.
1.1. Origem e histórico das ginásticas 
Iniciaremos nosso estudo sobre as ginásticas de academia, realizando um breve 
resgate histórico sobre a origem das ginásticas de academia, desde a prática da desta 
como aprimoramento dos componentes da aptidão física, até a prática conhecida 
atualmente. Contudo, antes de entrarmos nesta discussão, é importante entender a 
origem da expressão “academia de ginástica”, utilizada, aqui no Brasil, para designar 
estabelecimentos deste tipo.
A palavra “academia” tem suas raízes na Grécia Antiga e remonta à escola fundada 
por Platão em 387 a.C. chamada de academia devido ao local ter um bosque que 
era chamado de “Academos” (GAARDER, 1995). Essa instituição era um centro 
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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de aprendizado que abrigava filósofos, estudiosos e atletas onde juntamente com 
a educação do intelecto, o cuidado com o corpo e a boa forma faziam parte do 
pensamento da época. Já a expressão “ginástica” refere-se a um conjunto de exercícios 
físicos com o propósito de manutenção ou aprimoramento físico (FONTANA; REPPOLD 
FILHO, 2014).
ANOTE ISSO
Em 10 de Fevereiro de 1984 através da Resolução nº 104963 do Ministério do 
Trabalho, Publicada no Diário Oficial da União, fica estabelecido que:
ACADEMIA pode ser conceituada como empresa que se dedica a 
ministrar cursos de ginástica, balé, danças, musculação, lutas e cultura 
física de modo geral, lecionados por professores diplomados em cursos 
Superiores de Educação Física, além da aplicação de duchas, saunas e 
massagens, mediante orientação de médicos diplomados em Medicina 
Desportiva (CAPINUSSU; DA COSTA, 1989, p. 31). 
Desde sua origem, a ginástica teve como objetivo a melhora ou manutenção da 
saúde, destacando o movimento corporal como central. Em grego, o termo “ginástica” 
significa arte de exercitar o corpo nu, algo que pertence à história do homem. Na 
Pré-História, os movimentos básicos (correr, nadar, lutar, cavalgar, atirar, arremessar 
etc.) eram essenciais para a sobrevivência, mas ao longo do tempo, passaram a ter 
importância também para a estimulação da saúde física, rituais religiosos, preparação 
para a guerra, entre outros fins (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 
2012).
Na Grécia, desenvolveu-se o ideal de beleza humana, em que a ginástica era utilizada 
como preparação para esse tipo de corpo. Em Roma, o foco do exercício físico era a 
preparação militar. A ginástica, por muito tempo, foi praticada por diferentes povos com 
diversas abordagens (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
A estruturação da ginástica ou do exercício ocorreu a partir do século XVIII em quatro 
grandes escolas (alemã, sueca, francesa e inglesa), cada uma espalhando suas estruturas e 
métodos para outros lugares. Apesar de ideais distintos, essas escolas tinham em comum 
a finalidade de promover a melhora da saúde humana, não como meio de subsistência, 
mas para estimulação da saúde física, rituais religiosos, preparação para guerra, entre 
outros fins (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
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1.1.1 As escolas de ginásticas 
No contexto histórico da ginástica, quatro escolas de ginásticas (alemã, sueca, 
francesa e inglesa) de diferentes países influenciaram na prática da ginástica, A 
seguir relembraremos brevemente algumas características das escolas, onde cada 
uma dessas teve um estilo de abordagemúnica para a ginástica e o exercício físico, 
refletindo as influências culturais, históricas e filosóficas de seus respectivos países. 
No contexto brasileiro, as escolas sueca e francesa foram as mais influentes, com 
destaque para a ginástica calistênica, que chegou ao Brasil por volta de 1893, nas 
proximidades da Associação Cristã de Moços (ACM) no Rio de Janeiro. A ginástica 
calistênica tinha objetivos educativos e higiênicos (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; 
OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
Escola Alemã: Era estruturada na ideia de ginástica natural, com corrida, saltos, 
arremessos e lutas, incluía a realização de trabalhos manuais e jogos sociais, utilizando-se 
de aparatos como barra de suspensão e envolvia a realização de exercícios militares com 
finalidade pedagógica (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
Nota: Método Ginástico Escola Alemã
Fonte: https://images.app.goo.gl/eorTvgDgPyd8J3mK6
https://images.app.goo.gl/eorTvgDgPyd8J3mK6
https://images.app.goo.gl/eorTvgDgPyd8J3mK6
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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Escola Sueca: Misturava literatura com exercício, enfatizando a força e coragem 
para a defesa do povo, era dividida em quatro estruturas: militar, médica, pedagógica 
e estética. Utilizava aparelhos como espaldar e banco sueco (MARINHO, 1980; LIZ et 
al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
Nota: Método Ginástico Escola Sueca
Fonte: https://images.app.goo.gl/qCs7QAGypGUQFj1V6
Escola Francesa: Apresentava uma estrutura militar com o objetivo de melhorar 
o potencial dos jovens, utilizando-se de aros, escadas de corda, máquinas para 
quantificar a força e trapézio. A prática de exercícios e ginásticas eram focadas na 
parte médica higienista. O Método Francês preconiza algumas formas de trabalho: 
jogos, flexionamentos, exercícios educativos, exercícios mímicos, aplicações, esportes 
individuais e coletivos (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012). 
Escola Inglesa: Dentre as escolas, a inglesa foi a menos difundida, enfatizando jogos 
coletivos como promotores da educação. A prática envolvia trabalho com organização, 
regras, técnicas e padrões de conduta (MARINHO, 1980; LIZ et al., 2010; OLIVEIRA; 
NUNOMURA, 2012). 
https://images.app.goo.gl/qCs7QAGypGUQFj1V6
https://images.app.goo.gl/qCs7QAGypGUQFj1V6
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Nota: Método Ginástico Escola Francesa
Fonte: https://images.app.goo.gl/kFADqXGVQ9bksyQZ9
Nota: Método Ginástico Escola Inglesa.
Fonte: https://images.app.goo.gl/1kxBYqb2c2wrybnj8
https://images.app.goo.gl/kFADqXGVQ9bksyQZ9
https://images.app.goo.gl/kFADqXGVQ9bksyQZ9
https://images.app.goo.gl/1kxBYqb2c2wrybnj8
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1.2. As academias de ginásticas 
A história das academias de ginástica remonta ao século XIX na Europa, 
especificamente na Alemanha e na Bélgica. Esses espaços, inicialmente chamados 
de ginásios ou Turnkunst na Alemanha, tinham como objetivo educar e condicionar 
fisicamente homens e mulheres por meio de exercícios físicos e aparelhos específicos. 
No século XX, as academias se expandiram na Europa e nos Estados Unidos, com 
destaque para as práticas de halterofilismo e ginástica (CAPINUSSU; COSTA, 1989; 
ANDREASSON; JOHANSSON, 2014).
Apesar do grande destaque que a ginástica recebeu no século XIX, em decorrência do 
movimento ginástico europeu foi no início do século XX, que dois fisiculturistas, Eugen 
Sandow (1867-1925) e Charles Atlas (1892- 1972), desempenharam um papel crucial 
na globalização da academia e da cultura fitness, através de palestras internacionais, 
revistas e materiais sobre técnicas e treinamento físico, esses atletas contribuíram 
para disseminar o movimento fitness globalmente (ANDREASSON; JOHANSSON, 2014). 
Nota: Eugen Sandow e Charles Atlas
Fonte:https://images.app.goo.gl/F4sagSiycZ3C3WdQ7 / https://images.app.goo.gl/ZnFZveKqjL9ASYML8 
O movimento ganhou força na década de 70 com as publicações da Federação 
Internacional de Bodybuilding e Fitness (IFBB) e o surgimento de figuras influentes 
como Arnold Schwarzenegger, bem como de franquias notáveis, como a Gold ‘s Gym. 
Paralelamente ao desenvolvimento do halterofilismo, na década de 70, os exercícios 
https://images.app.goo.gl/F4sagSiycZ3C3WdQ7%20/
https://images.app.goo.gl/ZnFZveKqjL9ASYML8
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aeróbicos sugeridos pelo pesquisador norte-americano Dr. Kenneth H. Cooper ganhou 
destaque. Esses exercícios inspiraram uma forma específica de ginástica, conhecida 
como Aerobic Dancing, que envolvia movimentos coreografados ao som de música. 
Essa forma de ginástica contribuiu para o surgimento das modalidades contemporâneas 
de ginástica de academia (SWANSON, 1996).
Entre os anos 1980 e 1990, uma academia clássica consistia em uma sala com 
diversas máquinas e equipamentos de treinamento, espaço para pesos livres (barras, 
anilhas e halteres) e uma sala para atividades de ginástica em grupo. Atualmente, 
muitas academias seguem esse padrão, mas algumas oferecem espaços adicionais, 
como piscinas, tatames e quadras esportivas.
Nota: Ginástica Aeróbica nos anos 80/90
Fonte: https://images.app.goo.gl/vadnTEpfZYESsj5k6
A expansão massiva das franquias de academias e modalidades de exercícios ocorreu 
a partir dos anos 90, impulsionando o crescimento da cultura fitness. Esse fenômeno 
é evidenciado pelo grande número de academias em todo o mundo, ultrapassando 
201 mil, com cerca de 34 mil delas localizadas no Brasil até 2018. Esse crescimento 
demonstra o impacto significativo da cultura fitness na sociedade contemporânea 
(ANDREASSON; JOHANSSON, 2014; CORONA, 2018). 
https://images.app.goo.gl/vadnTEpfZYESsj5k6
https://images.app.goo.gl/vadnTEpfZYESsj5k6
ATIVIDADES DE ACADEMIA
PROF.a MARIANA ARDENGUE
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1.2.1 A prática das ginásticas de academia no Brasil 
A ginástica de academia no Brasil inicialmente, nas décadas de 1930 e 1940 tinha 
uma abordagem mais militarista. Com o tempo, os objetivos da ginástica foram 
modificados, e a prática começou a se concentrar nas academias, onde a abordagem 
inicial se assemelhava à ginástica localizada, com base em musculação e movimentos 
calistênicos. Nesse momento a ginástica passava por um período de manutenção sem 
grandes estímulos (MARINHO, 1980; AYOUB, 2004; BALBINOTTI; CAPOZZOLI, 2008; 
LIZ et al.,2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012). No início, o significado da ginástica 
se confundia com o de exercício, mas ao longo do tempo, dissociou-se dessa ideia. 
As aulas de ginástica foram influenciadas localmente pelas principais escolas que 
moldaram a cultura do exercício em diferentes países. A calistenia, que se refere a 
exercícios físicos que utilizam o peso do corpo, é considerada uma forma antiga de 
treinamento que remonta à Grécia Antiga. No entanto, a incorporação da música como 
parte integrante da prática da ginástica teve um papel significativo no desenvolvimento 
e popularização dessa atividade (VIDAL, 2018).
O relato sobre a primeira academia de ginástica no Rio de Janeiro na década de 
1930, sob a responsabilidade da professora Gretch Hillefeldm e fundamentada no 
método de ginástica analítica, destaca um marco importante na história da atividade 
física no Brasil. A introdução desse conceito inovador e adaptado às necessidades 
locais contribuiu para o crescimento das academias de ginástica em todo o país. 
É interessante notar que, mesmo com o surgimento dessas academias, os clubes 
esportivos e escolas ainda eram os locais preferidos para a prática de atividades 
físicas naquela época. Isso pode refletir as tradições estabelecidas e a preferência 
por ambientes mais consolidados para a prática esportiva. Ao longo do tempo, o 
cenário pode ter evoluído, e as academias de ginástica podem ter ganhado mais 
popularidade,desempenhando um papel significativo na promoção da atividade física 
e condicionamento físico. O desenvolvimento desses espaços reflete as mudanças 
nas atitudes em relação à saúde e ao condicionamento físico ao longo das décadas 
(NOVAES, 1991).
Na década de 1960 e 1970, surgiram programas de treinamento que combinavam 
elementos da calistenia, como exercícios com o peso do corpo, com passos de dança 
e música. Essa abordagem tinha como objetivo não apenas promover a atividade física, 
mas também torná-la mais atrativa e envolvente para as pessoas. A introdução da 
música não só proporciona um ritmo e uma cadência aos exercícios, mas também 
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 16
contribui para criar uma experiência mais prazerosa e motivadora. Essa fusão de 
elementos da calistenia, dança e música pode ter influenciado o surgimento de 
diferentes formas de ginástica aeróbica e programas de exercícios coreografados que 
se tornaram populares nas décadas seguintes. Essas práticas não apenas enfatizavam 
a melhoria da aptidão física, mas também a expressão artística por meio da dança e 
da música, proporcionando uma abordagem mais holística à atividade física (VIDAL, 
2018).
Na década de 1970 as ideias Revolucionárias de Kennedy Cooper impactaram o 
cenário da ginástica no Brasil proporcionando um grande aumento do número de 
academias no Brasil. Cooper enfatizava que todos os indivíduos poderiam realizar 
algum tipo de exercício, promovendo a atividade aeróbia para melhorias cardíacas, 
pulmonares e vasculares. Diante disto as academias passaram a ser vistas como 
centros de condicionamento físico, com profissionais habilitados para a prática de 
programas de exercício/ginástica. Entre o final da década de 1970 e o início da de 
1980, a ginástica aeróbica ganhou grande destaque. Nesse momento a ênfase estava 
em melhorar a qualidade de vida dos praticantes, promovendo uma vida mais ativa 
e saudável. A ginástica aeróbica tornou-se popular com a promessa de alto gasto 
energético, aproximadamente 500 kcal por hora (MARINHO, 1980; AYOUB, 2004; 
BALBINOTTI; CAPOZZOLI, 2008; LIZ et al.,2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012). 
A ginástica de academia, especialmente nos anos 80, atraiu mais adeptos, 
principalmente mulheres, devido à popularização da ginástica aeróbica, divulgada por 
figuras como a atriz Jane Fonda. Esse panorama destaca como a ginástica no Brasil 
passou por transformações, desde uma abordagem mais militar até uma ênfase na 
atividade aeróbica e condicionamento físico nas academias, moldando-se de acordo 
com as influências globais e locais (MARINHO, 1980; AYOUB, 2004; BALBINOTTI; 
CAPOZZOLI, 2008; LIZ et al.,2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012). . O boom da ginástica 
aeróbica nas décadas de 1970 e 1980 foi, de fato, marcado por uma popularidade 
crescente em todo o mundo. Organizações internacionais desempenharam um papel 
crucial na promoção e regulamentação dessa modalidade, contribuindo para a criação 
de competições e eventos que destacaram talentos locais e internacionais (VIDAL, 
2018).
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17
Nota: Competição de Ginástica aeróbica anos 1980
Fonte: https://images.app.goo.gl/SGBMQCFoctkBo7hz7
ISTO ESTÁ NA REDE
A primeira competição de ginástica aeróbica no Brasil aconteceu em 1985, com a 
realização do campeonato nacional, o Cristal Live. Com o passar do tempo, o sucesso 
desses eventos, impulsionado por fortes patrocinadores, levou à conquista de espaço 
na mídia e nas academias. A ginástica aeróbica, conhecida como o “fenômeno 
ginástica aeróbica”, alcançou lares distantes do Brasil, conquistando um público leigo. 
A profissionalização dos atletas brasileiros e suas conquistas sucessivas em títulos 
mundiais contribuíram para elevar o status do Brasil nesse cenário, resultando na 
importação e imitação de suas características por outros países. 
https://www.libraf.com.br/2022web/aerobica.php 
A ginástica aeróbica envolveu coreografias dinâmicas, muitas vezes combinando 
elementos de dança, exercícios aeróbicos e música. O caráter energético e envolvente 
dessas práticas atraiu muitos praticantes, especialmente em academias de ginástica. 
No Brasil, assim como em outros lugares, atletas começaram a se destacar em 
https://images.app.goo.gl/SGBMQCFoctkBo7hz7
https://images.app.goo.gl/SGBMQCFoctkBo7hz7
https://www.libraf.com.br/2022web/aerobica.php
ATIVIDADES DE ACADEMIA
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18
competições internacionais, elevando o status da ginástica aeróbica no país. O 
reconhecimento desses atletas e as competições internacionais contribuíram para 
a consolidação da ginástica aeróbica como uma modalidade popular e respeitada. 
O boom da ginástica aeróbica também reflete a crescente conscientização sobre a 
importância da atividade física para a saúde e o condicionamento físico, além da 
busca por formas de exercício mais dinâmicas e divertidas. Embora a popularidade da 
ginástica aeróbica tenha diminuído ao longo do tempo, seu impacto na cultura fitness 
e na diversificação das opções de exercícios físicos ainda é perceptível nas diversas 
modalidades de treinamento disponíveis atualmente (VIDAL, 2018). 
Com o tempo, as academias se transformaram em espaços especializados para a 
realização de atividades físicas, oferecendo uma variedade de equipamentos e programas 
de treinamento. Hoje, as academias desempenham um papel crucial na promoção 
da saúde e na busca pelo condicionamento físico, oferecendo espaços equipados, 
orientação profissional e uma variedade de opções para pessoas de diferentes idades 
e níveis de condicionamento físico. Elas continuam a ser centros importantes para o 
desenvolvimento e manutenção da aptidão física em muitas comunidades ao redor 
do mundo. (MARINHO, 1980; AYOUB, 2004; BALBINOTTI; CAPOZZOLI, 2008; FURTADO, 
2009; LIZ et al.,2010; OLIVEIRA; NUNOMURA, 2012).
Ao explorar esse capítulo sobre a ginástica de academia, conseguimos traçar uma 
linha histórica desde suas origens até o momento em que se tornou uma prática 
consolidada e popular. A modalidade evoluiu desde os primeiros métodos de ginástica 
analítica no Brasil na década de 1930, passando pela introdução da música nas décadas 
de 1960 e 1970, até o boom da ginástica aeróbica nos anos 1980. Destacamos o papel 
das academias como espaços centrais para a prática da atividade física, o surgimento 
de competições internacionais que impulsionaram a ginástica aeróbica. Além disso, a 
incorporação de elementos de dança, música e exercícios aeróbicos contribuiu para a 
popularidade e diversificação da ginástica de academia. É fascinante observar como 
essa modalidade continuou a se transformar ao longo do tempo, influenciando e sendo 
influenciada por tendências globais na área de fitness e bem-estar. O aprendizado sobre 
a história da ginástica de academia fornece insights sobre a evolução das práticas de 
exercício físico e destaca a importância da inovação e adaptação às necessidades e 
preferências do público ao longo das décadas.
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CAPÍTULO 2
CONSIDERAÇÕES SOBRE A 
GINÁSTICA DE ACADEMIA
Caro aluno, neste capítulo abordaremos sobre como os temas os temas “Fitness” e 
“Wellness” desempenham papéis fundamentais no contexto das academias de ginástica, 
indo além do simples condicionamento físico. Como mencionado anteriormente, 
o fitness não se limita à condição física, abrangendo também aspectos sociais, 
emocionais e intelectuais. Exploraremos agora a dimensão física do fitness, que envolve 
os componentes da aptidão física, destacando a importância de abordar a saúde de 
maneira holística.
Além disso, o conceito de “Wellness” surge como uma extensão da ideia de academia, 
focando no desenvolvimento da aptidão física, mas com uma ênfase maior no bem-estar 
geral. Isso reflete uma abordagem mais abrangente em direção à saúde, considerandodiversos aspectos da vida dos indivíduos. A discussão sobre a evolução dos programas 
de treinamento ao longo do tempo e os principais métodos de ginástica de academia 
será valiosa para compreender como essas práticas foram se adaptando e incorporando 
novos conhecimentos e abordagens para atender às necessidades em constante 
mudança dos praticantes.
2.1 Os termos Fitness e Wellness 
A expansão da visão que antes estava restrita ao fitness para incorporar conceitos 
mais abrangentes de bem-estar é uma tendência importante na indústria do fitness. O 
termo “wellness” engloba não apenas a aptidão física, mas também outros aspectos 
do bem-estar, incluindo a saúde mental, emocional e social. Várias academias e 
profissionais do setor estão adotando essa abordagem mais holística para atrair e 
atender a uma gama mais ampla de clientes.
A ideia de wellness considera que a saúde não é apenas a ausência de doenças, 
mas um estado de equilíbrio físico, mental e social. Isso levou ao desenvolvimento de 
programas e serviços que vão além do treinamento físico tradicional. Essa abordagem 
mais ampla visa não apenas atrair um público diversificado, mas também atender 
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às crescentes demandas por um estilo de vida saudável e equilibrado. O conceito de 
wellness reflete uma compreensão de que a saúde e o bem-estar são multidimensionais, 
e as academias estão ajustando suas ofertas para refletir essa perspectiva mais 
abrangente.
2.1.1 O Fitness
O termo “fitness” é frequentemente utilizado para descrever a aptidão ou 
condicionamento físico de um indivíduo. No entanto, etimologicamente, o termo 
tem origem na língua inglesa e é composto pela palavra “fit”, que significa “apto” 
ou “adaptado”, e o sufixo “ness”, que forma substantivos abstratos de condição. 
Assim, “fitness” corresponde ao estado de estar apto (ter aptidão) para atender às 
necessidades individuais. Consequentemente, o conceito de fitness não está restrito 
apenas à condição física, abrangendo também aptidões emocionais, intelectuais e 
sociais (DANTAS et al., 2009).
O fitness pode ser compreendido em várias dimensões, influenciadas pelo ambiente 
e pelas circunstâncias de vida, contribuindo para o estado geral de adaptação do 
indivíduo (ARMBRUSTER; GLADWIN, 2001). Essas dimensões incluem:
Nota: Dimensões do fitness
Fonte: a autora 
A aptidão física relacionada à saúde desempenha um papel crucial na motivação 
dos indivíduos para frequentar uma academia de ginástica, visando a manutenção ou 
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melhora da saúde e qualidade de vida (PORTUGAL et al., 2017; VILELA; ROMBALDI, 
2015; TAHARA; SCHWARTZ; SILVA, 2003). A atividade física e a aptidão física estão 
associadas positivamente a fatores como longevidade e autonomia, além de reduzirem 
os riscos de doenças crônico-degenerativas associadas à inatividade (NAHAS, 2013).
Os componentes da aptidão física relacionada à saúde incluem:
• Aptidão Cardiorrespiratória: Refere-se à capacidade do organismo resistir à fadiga 
em esforços de média e longa duração, dependendo da captação e distribuição 
eficientes de oxigênio para os músculos durante o exercício. Baixos níveis 
deste componente estão relacionados a riscos elevados de morte prematura, 
especialmente por doenças cardiovasculares.
• Força e Resistência Muscular: A força muscular é a quantidade de força externa 
que um músculo pode aplicar contra uma resistência, enquanto a resistência 
muscular é a capacidade de um músculo ou grupo muscular realizar repetidas 
contrações sem reduzir a eficiência do trabalho realizado. Ambas contribuem 
para a melhoria ou manutenção da massa óssea, tolerância à glicose, integridade 
musculotendínea, capacidade de realizar atividades diárias e massa livre de 
gordura.
• Composição Corporal: Expressa como a porcentagem relativa dos tecidos 
adiposos e magros que compõem a massa corporal. O acúmulo excessivo de 
gordura corporal está associado a diversas doenças, enquanto baixos níveis de 
gordura corporal também representam risco à saúde.
• Flexibilidade: Refere-se ao grau de amplitude nos movimentos de diversas 
partes do corpo, dependendo das estruturas articulares e da elasticidade de 
músculos e tendões. Preservar a flexibilidade facilita os movimentos, mantendo 
a independência funcional e o desempenho de atividades diárias.
Os programas de exercícios físicos desenvolvidos em academias de ginástica são 
direcionados principalmente para promover esses componentes relacionados à saúde, 
embora também estimulem componentes relacionados à performance, como agilidade 
e equilíbrio, com menor ênfase.
 
2.1.2 O Wellness
O conceito de wellness surge como uma extensão da ideia de fitness nas academias de 
ginástica. Inicialmente, as academias foram estabelecidas com o propósito de aprimorar 
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o condicionamento físico dos indivíduos, muitos dos quais eram atletas ou envolvidos em 
práticas corporais. Com o desenvolvimento das academias, a visão original, centrada na 
aptidão física, foi se ampliando para incorporar o ideal de saúde e bem-estar, especialmente 
a partir dos anos 70. Nesse contexto, o termo “wellness” ganha destaque.
Etimologicamente, “wellness” é composto pela palavra “Well”, que significa “bem”, e o 
sufixo “Ness”, formador de substantivos abstratos de condição. Assim, “wellness” pode ser 
entendido como “estar bem” ou “bem-estar” (DANTAS et al., 2009). Proposto por Charles 
B. Corbin, o conceito de wellness implica na integração de todos os aspectos da saúde 
e do fitness, desenvolvendo o potencial para viver e trabalhar plenamente, contribuindo 
significativamente para a sociedade (SABA, 2006). Enquanto o foco inicial das academias 
era o aprimoramento físico, o wellness direciona a busca para a qualidade de vida.
É fundamental ressaltar que o conceito de wellness não negligencia o condicionamento 
físico, mas atribui a ele valores relacionados à saúde e bem-estar. Essa abordagem 
mais holística reflete uma compreensão mais ampla e integrada da saúde, indo além 
do simples condicionamento físico para incluir outros elementos que contribuem para 
uma vida equilibrada e satisfatória.
 
2.2 A indústria do fitness 
Entre os diversos setores da economia mundial, a indústria do Fitness está relacionada 
ao entretenimento, estética e saúde. Indivíduos buscam academias por motivos como 
saúde, estética, diversão, socialização, entre outros. A conscientização sobre a relação 
entre atividade física e qualidade de vida é crescente, diante disso os clientes percebem 
a atividade física como um investimento na qualidade de vida, visando viver mais e com 
mais saúde, sendo assim a busca do fitness inclui academias de ginástica, serviços 
de qualidade, profissionais qualificados e tecnologia de ponta é evidente.
O mercado de ios de Personal Trainer, estúdios de pilates, treinamento funcional, 
assessorias esportivas, centros de fitness em hotéis e clubes, além de profissionais 
de educação física e esportes. Esse setor é caracterizado por uma diversidade de 
estabelecimentos e profissionais, desde grandes redes até pequenas e médias 
academias. A prática de exercícios sob orientação profissional, em ambientes alegres 
e descontraídos, atrai um público cada vez mais amplo, abrangendo todas as faixas 
etárias, o que movimenta o mercado fitness (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
A busca por academias está relacionada à consciência de que a atividade física 
contribui diretamente para uma vida mais saudável e duradoura, diante disto os 
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clientes valorizam não apenas a oferta de atividades físicas, mas também a experiência 
proporcionada, incluindo a interação com profissionais qualificados, a atmosfera 
positiva e a qualidade dos serviços. No geral, o setor defitness está alinhado com a 
crescente valorização da saúde e do bem-estar, refletindo a busca por um estilo de 
vida ativo e saudável.
Os dados apresentados na pesquisa IHRSA (2017) destacam a relevância do setor 
de fitness no cenário global, com ênfase nos Estados Unidos e no Brasil. Os Estados 
Unidos são líderes globais no segmento do fitness, refletindo a importância desse 
setor na cultura e no estilo de vida americano. O Brasil se destaca como o segundo 
país com o maior número de academias por habitantes, representando 61% do total 
global. Isso indica a significativa presença e popularidade das academias no país.
O Brasil é responsável por mais da metade do número de academias na América 
Latina, apesar de apenas 4,6% da população frequentar estes estabelecimentos. Isso 
sugere que, embora muitos se matriculem, há uma taxa considerável de desistência ou 
inatividade. A pesquisa revela que a faixa etária predominante entre os frequentadores 
de academias é de 20 a 35 anos, indicando um forte apelo para adultos jovens. O 
tempo médio de permanência diária é de 90 minutos, e a frequência semanal média 
é de 2 vezes por semana. Esses números fornecem insights sobre os hábitos de 
exercício do público-alvo.
Esses dados refletem não apenas a popularidade das academias de ginástica, mas 
também destacam alguns desafios, como a taxa de desistência e a baixa frequência 
semanal média. Isso sugere a importância de estratégias para manter o engajamento 
dos alunos e promover a consistência na prática de exercícios.
Número de academias País
36.540 Estados Unidos
34.500 Brasil
12.376 México
8.648 Alemanha
7.910 Argentina
7.500 Itália
6.839 Coreia do sul
6.728 Reino Unido
6.156 Canadá
5.979 Japão
Nota: Ranking dos dez maiores mercados mundiais em números de academias
Fonte: Adaptado de IHRSA (2017) 
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De acordo com dados do conselho federal de Educação Física (CONFEF), em 04 
de janeiro de 2022, o Brasil contava com 539.710 profissionais de Educação Física e 
65.665 empresas cadastradas (academias, estúdios, clubes esportivos (CONFEF,2022).
A indústria do fitness também é movida por novidades em serviços, produtos e 
modalidades, visando à atração de novos clientes e a retenção dos praticantes, bem 
como à competitividade e à lucratividade das empresas. O Colégio Americano de 
Medicina Esportiva (American College of Sports Medicine -ACSM), pesquisa todos os 
anos o setor do fitness, e os resultados apresentados direcionam os investimentos 
na área, refletindo diretamente nas tendências para este mercado. As 10 principais 
tendências do fitness em 2023 foram (THOMPSON, 2023). 
• Tecnologia Wearable (tecnologia vestível): Equipamentos como relógios e 
smartbands que monitoram diversos aspectos, como frequência cardíaca, 
calorias, tempo sentado, sono e atividades físicas.
• Treinamento de Força com Pesos Livres: Foco no movimento adequado e na 
técnica de levantamento, utilizando barras, halteres e/ou kettlebells para melhorar 
a aptidão muscular.
• Treinamento com Pesos Corporais: Enfatiza o uso do peso corporal como 
sobrecarga para o exercício, dispensando equipamentos. Técnicas que envolvem 
movimentos neuromotores e peso corporal como resistência primária.
• Programas de Fitness para Idosos: Tendência que atende às necessidades de 
condicionamento físico de pessoas mais velhas, enfatizando a importância da 
saúde e da atividade física ao longo da vida.
• Treinamento Físico Funcional: Programas que visam a melhora das capacidades 
físicas utilizadas no cotidiano, como força, resistência, flexibilidade, estabilidade 
e mobilidade.
• Atividades ao ar livre: Oferece mais opções de atividades ao ar livre, como 
caminhadas em grupo, cavalgadas, eventos de um dia ou excursões planejadas, 
promovendo a conexão com a natureza.
• Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT): Sessões repetidas de 
exercícios de alta intensidade intercaladas com períodos de descanso. Pode 
ser aplicado a várias atividades físicas.
• Exercício para perda de peso: Incorpora programas de perda de peso com exercícios, 
combinando atividade física, treinamento e dieta para obter benefícios adicionais.
• Profissionais de Fitness Certificados: Ênfase na contratação de profissionais de 
fitness certificados, buscando especialização e certificações em áreas específicas.
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• Treinamento Pessoal: Personal Training com metas, avaliação e acompanhamento 
individual, onde os personal trainers fornecem instruções técnicas, monitoram 
o progresso e ajustam os exercícios conforme necessário.
Essas tendências refletem as demandas e interesses em constante evolução 
dos praticantes de atividades físicas, influenciando a forma como as empresas e 
profissionais do setor planejam e entregam seus serviços.
2.3 Objetivos das ginásticas de academias 
A ginástica coletiva é uma prática que atrai especialmente aqueles que preferem não 
realizar exercícios de forma solitária. Essa modalidade combina atividade física com 
diversão, exercendo um impacto significativo na retenção de alunos nas academias. 
Além disso, tem a capacidade de criar relacionamentos entre os participantes e motivá-
los a continuar frequentando as aulas. A mesma oferece às academias a oportunidade 
de diversificar suas opções, inovar e, consequentemente, fidelizar os clientes. Sua 
implementação é vantajosa, pois o investimento é relativamente baixo, permitindo 
que muitos alunos participem da mesma aula.
Para garantir uma maior adesão às aulas, é crucial proporcionar uma experiência 
adaptável a diferentes níveis de condicionamento físico e consciência corporal. As 
aulas devem ser projetadas para atender tanto homens quanto mulheres de diversas 
faixas etárias. O papel do professor é essencial para alcançar esses objetivos, podendo 
ministrar aulas no estilo livre, pré-coreografado ou pró-coreografado, de acordo com 
suas habilidades, características e competências. A flexibilidade nas abordagens 
permite uma maior inclusão e engajamento por parte dos alunos (VIDAL; RIBEIRO; 
KERBEJ, 2018) 
Nas aulas ministradas no estilo livre o professor é o próprio autor da mesma, onde 
ele deverá planejar a aula conforme as características, necessidades e objetivos de seus 
alunos. Nesse modelo de aula o professor tem autonomia para escolher as músicas, 
os exercícios que serão realizados, como será a coreografia, o número de repetições 
utilizadas nos exercícios/coreografias, as estratégias didáticas, os materiais utilizados 
entre outros fatores relacionados a construção da aula.
Nas aulas pré-coreografadas o professor que ministra a aula não participa da 
montagem e elaboração da mesma, ele receberá então o material da aula que 
contém um vídeo, as músicas da aula e um roteiro que deve ser seguido, o mesmo 
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é bem detalhado e contém a ordem das músicas, os exercícios a serem realizados, a 
quantidade de repetições de cada exercício, bem como as coreografias já prontas, as 
estratégias didáticas das aulas, as dicas de execução e de instrução para reproduzi-
las para seus alunos sem modificações.
No estilo de aulas pró-coreografadas, segue a mesma base das aulas pré - 
coreografadas, onde o professor receberá um material a ser seguido, porém nessa 
modalidade o professor pode realizar alguns ajustes na dinâmica da aula e adequar 
a coreografia ou os exercícios de acordo com a realidade da turma.
As aulas pré e pró coreografadas, de forma geral são comercializadas por empresas 
especializadas, como exemplo as empresas Les Mills e Body Systems, o professor 
deve realizar o treinamento de capacitação oferecido pelas empresas e com isso o 
mesmo se torna filiado a ela, após isso, a cada três meses o professor deverá realizar 
um curso de atualização onde receberá um novo kit de material para as aulas.Independente do estilo de aula a ser ministrada, as aulas de ginástica comumente 
são divididas de acordo com seus objetivos, sendo elas aulas neuromusculares; aulas 
aeróbicas e aulas zen também conhecidas como body and mind (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 
2018).
Nota: Imagem descritiva dos tipos de aula em cada estilo
Fonte: a autora/adaptado de VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018
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2.3.1 Aulas neuromusculares 
Apresentam como objetivo principal o trabalho e desenvolvimento da força, a 
hipertrofia e a tonificação muscular (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
• Abdominal ou ABS: Aulas de 15 a 30, estruturadas exclusivamente na realização 
de exercícios que trabalhem a resistência muscular do abdômen.
• Core: Aulas de 30 a 60 minutos que trabalhem a capacidade funcional do corpo 
e a melhora da força muscular e do equilíbrio. Nessa aula o foco é a ativação da 
musculatura estabilizadora. São realizados exercícios livres ou com acessórios 
comumente utilizados no treinamento funcional.
• GAP (glúteo, abdômen e perna): Aulas de 45 a 60 minutos que trabalham 
exclusivamente a força e a resistência muscular localizada de membros inferiores 
e região abdominal.
• Glúteos: Aula de 15 a 30 minutos que tem como objetivo o desenvolver a 
resistência muscular dos glúteos.
• Ginástica localizada: Aulas de 45ª 60 minutos que trabalham o desenvolvimento 
da força e resistência muscular do corpo como um todo, utilizando o peso do 
corpo e sobrecarga externa com auxílio de acessórios como barras, anilhas, 
halteres entre outros.
• Treinamento suspenso: Aulas de 45 a 60 minutos onde são realizados exercícios 
utilizando tiras suspensas (TRX) e o peso do próprio corpo, objetivando trabalhar 
a resistência, força, flexibilidade, equilíbrio e condicionamento corporal. 
Nota: Imagem de diferentes aulas neuromusculares
Fonte: a autora 
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2.1.2 Aulas aeróbicas 
Apresentam como objetivo principal o condicionamento cardiovascular, o ritmo e 
a coordenação motora (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
• Aeróbica: Aulas de 45 a 60 minutos que tem como objetivo trabalhar o 
condicionamento cardiorrespiratório, o ritmo e a coordenação através de 
coreografias que combinam movimentos de baixo e alto impacto.
• Ritmos: Aulas de 30 a 60 minutos estruturadas em coreografias com exercícios 
de baixo impacto estruturados em uma coreografia. A aula pode ser realizada 
utilizando apenas um único ritmo musical ou realizando uma mistura de diversos 
ritmos. Em uma aula de ritmos é comum encontrarmos coreografias com axé, 
sertanejo, funk, forró, hip-hop entre outros estilos musicais.
• Aero Fight: Aulas de 45 a 60 minutos que é estruturada pela realização de 
movimentos de alto e baixo impacto com movimentos característicos do boxe 
ou outras lutas como chutes e socos. A aula pode ser realizada individualmente 
ou em duplas, e pode-se utilizar materiais característicos de modalidades de luta.
• Ciclismo indoor: Aulas de 30 a 60 minutos, realizadas em uma bicicleta estacionária 
específica para a modalidade, onde são simulados trajetos e percursos com 
subidas e descidas, semelhantes a uma prova de ciclismo outdoor.
• Circuito: Aulas de 30 a 60 minutos que objetivam o desenvolvimento do 
condicionamento físico geral. A aula é estruturada em estações, com exercícios 
aeróbicos ou mistos, trabalhando de forma alternada entre os estímulos aeróbicos 
e neuromusculares, pode-se utilizar diversos materiais em uma aula de circuito.
• Jump: Aulas de 30 a 45 minutos que é estruturada em coreografias simples, 
utilizando movimentos específicos da modalidade que se baseiam em saltos e 
corridas estacionárias. A aula é realizada em cima de um minitrampolim.
• Running: Aulas de 30 a 60 minutos, realizadas indoor, em esteiras, onde são 
realizados trajetos com subidas e retas simulando uma prova de corrida outdoor.
• Step: Aulas de 45 a 60 minutos, realizada em uma plataforma ajustável, onde 
são realizadas coreografias em sua maioria de baixo impacto, com movimentos 
específicos da modalidade que se baseiam em movimentos de subida e descida 
da plataforma (step).
• Street dance: Aulas de 45 a 60 minutos, estruturada em coreografias com músicas 
e passos do street dance (dança de rua) e do hip-hop. 
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Nota: Imagem de diferentes aulas aeróbicas
Fonte: a autora
ISTO ESTÁ NA REDE
A ginástica aeróbica é uma forma de exercício que combina elementos de 
dança, ginástica e movimentos técnicos, geralmente realizados em um ritmo 
acelerado e com uma demanda significativa de energia aeróbica. Essa prática 
tem diversos benefícios para a saúde e a forma física, como a melhora da função 
cardiopulmonar; a prevenção de doenças cardiovasculares; a redução de gordura 
corporal; a melhoria da forma corporal; o aumento da resistência à liberação de 
endorfinas e a melhoria da coordenação e agilidade. 
https://doi.org/10.1590/1517-8692202329012022_0670
2.1.2 Aulas zen 
Apresentam como objetivo principal trabalho da flexibilidade, a consciência postural, 
o equilíbrio e a concentração (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
• Alongamento: Aulas de 30 a 60 minutos que são estruturadas com exercícios de 
alongamentos, com ou sem material para os principais grupamentos musculares, 
enfatizando a melhora na manutenção da flexibilidade.
https://doi.org/10.1590/1517-8692202329012022_0670
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• Mat pilates: Aulas de 45 a 60 minutos, estruturada com exercícios realizados no 
solo, utilizando ou não acessórios específicos visando a consciência corporal, 
a reorganização postural global, a força e flexibilidade.
• Ioga: Aulas de 45 a 60 minutos, estruturada em técnicas respiratórias e de 
meditação (asanas), visando a concentração, o autocontrole, a força e flexibilidade. 
Nota: Imagem de diferentes aulas zen
Fonte: a autora 
Neste capítulo abordamos sobre os termos “Fitness” e “Wellness” e entendemos os 
significados amplos que vão além de simples conceitos físicos. O “Fitness” incorpora 
não apenas a aptidão física, mas também aspectos sociais, emocionais e intelectuais, 
proporcionando uma visão holística da saúde e do bem-estar. Por outro lado, o termo 
“Wellness” destaca a integração de todos os aspectos da saúde e do fitness, contribuindo 
para uma vida plena e significativa. Essa abordagem ampla reflete a compreensão de 
que a qualidade de vida não está apenas relacionada ao condicionamento físico, mas 
também à saúde mental, emocional e social.
Vimos também sobre o crescimento do mercado fitness e o impacto da economia 
mundial sobre o mercado fitness. Além disso, ao mencionar a origem e expansão da 
modalidade de ginástica de academia, percebemos como essa prática evoluiu ao longo 
do tempo, integrando conceitos de fitness e wellness. A ginástica de academia não 
é apenas sobre exercícios físicos, mas também sobre proporcionar uma experiência 
abrangente que promova o bem-estar em vários aspectos da vida das pessoas.
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CAPÍTULO 3
A FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
NA GINÁSTICA DE ACADEMIA 
Caro aluno (a), compreender a Ginástica de academia sob a ótica da fisiologia é 
fundamental para criar estratégias eficazes que maximizem os benefícios dos exercícios 
físicos. Neste capítulo vamos explorar alguns aspectos importantes relacionados aos 
sistemas de transferência de energia, monitoramento da intensidade e processo de 
recuperação, visto que ao considerar esses aspectos fisiológicos, é possível podem 
personalizar programas de treinamento em ginástica de academia de forma que atendam 
aos objetivos individuais dos praticantes, promovendo saúde, condicionamento físico 
e bem-estar geral.
3.1 Demanda e transferência de energia no exercício físico
Existem diversas formasde manifestação de energia, como a energia elétrica, a 
mecânica e a química, e todas elas podem ser convertidas umas nas outras. Durante 
a realização do exercício físico, podemos observar esse fenômeno de troca de energia, 
quando as fibras musculares (células musculares) convertem a energia química, obtida 
dos macronutrientes advindos da alimentação (carboidratos, gorduras ou proteínas), 
em energia mecânica, empregada na realização do movimento (POWERS; HOWLEY, 
2017). Esse processo de transferência de energia química para a mecânica, exige que 
diversas reações bioquímicas sejam realizadas, e as mesmas podem acontecer por três 
sistemas: o Sistema ATP-PCR, o Sistema glicolítico e o Sistema aeróbico. É importante 
lembrar que a energia advinda dos alimentos é utilizada e armazenada nas células 
na forma de um composto energético, denominado Trifosfato de Adenosina (ATP), e 
que, a degradação das moléculas de carboidratos, gorduras e proteínas, produzem 
quantidades distintas de moléculas de ATP, sendo a gordura o substrato mais rentável 
(McARDLE KATCH; KATCH, 2019). Como dito anteriormente, existem três sistemas de 
transferência, o ATP-PCR, o glicolítico e o aeróbico, cada qual atendendo de maneira 
específica às necessidades energéticas dos exercícios físicos.
• Sistema ATP-PCR (Fosfagênio): é responsável por fornecer energia de forma 
imediata e rápida, sendo utilizado em atividades de curta duração e alta 
intensidade. Durante a atividade, as moléculas de ATP são quebradas para 
liberar energia imediata. Quando o ATP se esgota, o sistema creatina fosfato 
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(PCR) entra em ação, regenerando o ATP a partir de fosfocreatina. (McARDLE; 
KATCH; KATCH, 2019).
• Sistema Glicolítico: é predominantemente anaeróbio e fornece energia para 
atividades de média intensidade e duração moderada. A glicólise, processo de 
quebra da glicose, ocorre no citoplasma, gerando ATP e ácido lático. O ácido 
lático é um subproduto que pode levar à fadiga muscular (McARDLE; KATCH; 
KATCH, 2019).
• Sistema Aeróbico: é predominantemente utilizado em atividades de longa duração 
e baixa a moderada intensidade. Envolve o metabolismo aeróbico, no qual o 
oxigênio é utilizado para queimar completamente carboidratos, gorduras e, em 
menor medida, proteínas. Esse processo produz uma quantidade significativa 
de ATP (McARDLE; KATCH; KATCH, 2019).
• Eficiência Energética dos Substratos: Carboidratos: São a fonte mais rápida de 
energia, mas sua reserva é limitada; Gorduras: Oferecem uma fonte de energia 
mais sustentável e eficiente, especialmente em atividades de longa duração; 
Proteínas: Contribuem minimamente para a produção de energia, geralmente 
sendo preservadas para funções estruturais e metabólicas (McARDLE; KATCH; 
KATCH, 2019).
Nota: Gráfico da contribuição dos macronutrientes para o fornecimento de energia
Fonte: A autora - Adaptado de McArdle, Katch e Katch (2019)
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3.1.1 Sinergia dos sistemas de transferência de energia 
Algumas atividades físicas são, predominantemente, mantidas por um único sistema 
de transferência de energia. No entanto, a maioria delas é sustentada por mais de um 
sistema de transferência de energia, dependendo de suas intensidades e durações, 
como é o caso das modalidades de Ginástica de academia. Porém pensando em uma 
aula de Ginástica de academia com intensidade moderada a vigorosa e duração de 
uma hora, o sistema aeróbio contribui significativamente mais do que os sistemas 
anaeróbicos, sendo o sistema aeróbico responsável por aproximadamente 98% da 
energia, enquanto os sistemas anaeróbios contribuíram com cerca de 2%. Isso está 
alinhado com a ideia de que atividades de intensidade moderada a vigorosa e longa 
duração são predominantemente sustentadas pelo metabolismo aeróbico (POWERS; 
HOWLEY, 2017).
Nota: Gráfico demanda de transferência de energias
Fonte: Adaptada de McArdle, Katch e Katch (2019)
3.2 Monitoramento e modulação da intensidade do exercício físico aeróbico 
A intensidade de exercícios aeróbicos pode ser facilmente monitorada pela produção 
aeróbica de ATP, estimada pelo consumo de oxigênio (VO2). O VO2 constitui uma 
medida de referência por estar diretamente relacionado com a intensidade do esforço, 
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visto que quanto maior o esforço, maior será o consumo de VO2, até chegar ao limite 
de produção de ATP pelo sistema aeróbico (McARDLE; KATCH; KATCH, 2018). Neste 
momento, é identificado o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Vale ressaltar 
que o VO2máx se correlaciona positivamente com a Frequência cardíaca máxima 
(FCmáx), ou seja, quando ocorre um aumento do VO2máx ocorre simultaneamente 
o aumento da FCmáx, permitindo assim que a mesma também seja utilizada como 
ferramenta de medida da intensidade do exercício físico aeróbico. Esta correlação 
acontece independentemente de sexo, raça, nível de aptidão física, idade ou, até mesmo, 
modalidade da atividade (McARDLE; KATCH; KATCH, 2018).
Segue um exemplo de classificação da intensidade do exercício em: muito leve, 
leve, moderada, vigorosa e próxima da máxima ou máxima, considerando os valores 
de consumo de oxigênio e frequência cardíaca, correspondentes a cada categoria:
Nota: Classificação da intensidade do exercício físico aeróbico de acordo com o percentual do consumo de oxigênio e a frequência cardíaca
Fonte: adaptada de Garber et al. (2011).
A ideia de categorizar a intensidade em níveis como muito leve, leve, moderada, 
vigorosa e próxima da máxima ou máxima é uma maneira eficaz de orientar o controle 
da intensidade durante o exercício. Isso facilita a prescrição e o monitoramento do 
esforço de acordo com os objetivos do treinamento. A consideração de fatores como 
frequência, intensidade, tempo e tipo de exercício na dose-resposta do exercício físico 
é crucial para o planejamento de programas de treinamento eficazes. A consciência 
da variabilidade na percepção da intensidade entre indivíduos, devido a fatores como 
idade, sexo e nível de aptidão física, são observações importantes. Isso destaca a 
necessidade de uma abordagem personalizada ao ajustar a intensidade do exercício 
para atender às características individuais dos participantes (POWERS; HOWLEY, 2017) .
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Considerando estes fatores, observamos que a Intensidade é o fator que mais pode 
ser controlado pelo professor, que deverá elaborar a sua aula com base no objetivo de 
intensidade a ser atingido; a Frequência é um fator que depende exclusivamente do 
aluno e de sua participação nas aulas; a Duração (em média 60 minutos), geralmente, 
é determinada pela organização dos horários da academia; e o Tipo de exercício 
corresponde à própria modalidade da aula (Step, Ciclismo indoor, entre outros). Diante 
disso é importante pensar: “Como posso controlar a intensidade da minha aula?” e 
“Qual o esforço ideal a ser exigido dos meus alunos?” Antes de nos aprofundarmos 
para responder esses questionamentos, é fundamental ter em mente que o grau 
de intensidade é relativo, ou seja, para indivíduos diferentes pode haver múltiplas 
percepções para um mesmo estímulo. Esta variedade pode acontecer devido a fatores 
como idade, sexo e nível de aptidão física.
3.2.1 Monitoramento da intensidade da aula
Atualmente existem diferentes tipos de ferramentas que permitem que seja realizado 
o monitoramento e controle da intensidade dos exercícios, porém nem todas são de 
fácil acesso e aplicabilidades, pensando nisso abordaremos duas delas: a escala de 
percepção de esforço e o monitor de frequência cardíaca, ambas de fácil acesso e 
aplicação.
• Escala de Percepção de Esforço (EPE) - Escala de Borg: Desenvolvida por Gunnar 
Borg, a Escala de Borg é uma maneira subjetiva de avaliar a intensidade doexercício 
com base na percepção do praticante. Quando a EPE é utilizada corretamente, 
ela demonstra ter grande precisão, cujo esforço percebido coincide com as 
medidas objetivas da sobrecarga fisiológica, como os percentuais do VO2máx 
e da FCmáx. A escala varia de 6 a 20 (ou 0 a 10 em uma versão modificada), 
representando a percepção de esforço, onde 6 ou 0 é nenhum esforço e 20 ou 10 
é um esforço extremo. Para responder os praticantes são instruídos a escolher 
um número que melhor descreva a intensidade percebida durante a realização 
do exercício ou aula. A EPE é uma ferramenta validada cientificamente, de fácil 
acesso e aplicação, sendo uma excelente escolha para o uso em aulas coletivas 
(McARDLE; KATCH; KATCH, 2018; KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
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Nota: Escala de percepção de esforço de Borg 
Fonte: https://images.app.goo.gl/J7gUNErGnUkmoMWE6/ 
• Monitor de Frequência Cardíaca (FC): Os monitores de frequência cardíaca são 
dispositivos que medem a frequência cardíaca do praticante em tempo real, 
eles geralmente consistem em uma faixa peitoral que detecta os batimentos 
cardíacos e transmite as informações para um relógio ou aplicativo, além da 
faixa, atualmente existem relógios de pulsos ou smartwatch que possibilitam 
a medida da FC, sendo estes meios muito comuns de uso em academias. A 
frequência cardíaca é uma medida objetiva da intensidade do exercício e está 
correlacionada com o consumo de oxigênio (VO2). A zona-alvo de frequência 
cardíaca pode ser determinada com base nos objetivos do treino (por exemplo, 
treino aeróbico, queima de gordura, melhoria do condicionamento cardiovascular) 
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
 
Nota: Monitor de frequência cardíaca em smartwatch
Fonte: https://images.app.goo.gl/yZY7eGjKvQZzrzrT6
https://images.app.goo.gl/J7gUNErGnUkmoMWE6/
https://images.app.goo.gl/J7gUNErGnUkmoMWE6/
https://images.app.goo.gl/yZY7eGjKvQZzrzrT6
https://images.app.goo.gl/J7gUNErGnUkmoMWE6/
https://images.app.goo.gl/yZY7eGjKvQZzrzrT6
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ISTO ESTÁ NA REDE
Apesar de indicado para a medição da frequência cardíaca, os smartwatches, 
em geral, não medem diretamente o consumo de oxigênio (VO2) e dependem de 
métodos indiretos para calcular o gasto calórico. Os principais métodos incluem 
a medição da frequência cardíaca, o uso do GPS para calcular a velocidade e, por 
vezes, tabelas equivalentes de gasto calórico. A precisão desses dispositivos na 
estimativa do gasto calórico pode variar significativamente. O erro mencionado, 
que varia de 27% a 92%, destaca a importância de interpretar essas informações 
com cautela. Vários fatores podem contribuir para a imprecisão, incluindo variações 
individuais na resposta fisiológica, qualidade dos sensores nos dispositivos, 
algoritmos de cálculo e o tipo de atividade física realizada. Lembrando que a 
recomendação de uso para a marcação da FC pelo smartwatch é confiável e 
recomendada para fins de cálculos de prescrição de zona de treinamento.
https://doi.org/10.3390/jpm7020003 
Uma prescrição de exercício deve considerar a intensidade adequada para o mesmo 
estabelecendo zonas de frequência cardíaca de treinamento, considerando limites 
inferiores (mínimo) e superiores (máximo) que precisam ser respeitados durante o 
exercício físico (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013). Para determinar esses limites, 
podemos utilizar o Método da reserva da frequência cardíaca ou Método Karvonen 
(FOSS; KETEYIAN, 2000).
A reserva da frequência cardíaca é uma medida que reflete a amplitude do trabalho 
cardíaco disponível para esforço físico. Ela é frequentemente utilizada para determinar 
as zonas de treinamento com base na intensidade relativa em relação à FCmáx. Por 
exemplo, a zona-alvo de treinamento pode ser determinada multiplicando a reserva 
da FC por uma porcentagem desejada e adicionando a FCrepo. Isso pode ser útil ao 
prescrever exercícios em intensidades específicas para atingir objetivos de treinamento, 
como melhorar a capacidade aeróbica, queimar gordura, ou aumentar a resistência 
cardiovascular (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
A reserva da frequência cardíaca representa a diferença entre a frequência cardíaca 
de repouso (FCrep) e a FCmáx. A frequência cardíaca de repouso (FCrep) é o número de 
batimentos cardíacos por minuto (BPM) quando o corpo está em repouso e relaxado. Já 
a FCmáx corresponde ao valor mais alto da frequência cardíaca que um indivíduo pode 
atingir, num esforço máximo até o ponto de exaustão. A reserva da frequência cardíaca, e 
a frequência cardíaca máxima são calculadas respectivamente pelas seguintes fórmulas:
https://doi.org/10.3390/jpm7020003
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ReservadaFC=FCmax−FCrep
FCmáx = 220 – Idade (anos)
O cálculo dos limites inferior e superior da zona de frequência cardíaca de treinamento 
(FCT) é feito por meio da seguinte fórmula:
FCT = FCrep + % do limite inferior ou superior x (FCmáx - FCrep).
 Para facilitar a visualização do uso dessas fórmulas, vejamos um exemplo. Imagine 
que, em uma aula de JUMP, uma aluna, que possui um smartwatch com monitor de 
frequência cardíaca, pergunta: “Professor, qual deve ser a minha frequência cardíaca 
durante a aula?” Para responder, adequadamente, o professor seguiu algumas etapas.
Primeiramente, o professor verificou a FCrepo da aluna pelo monitor de frequência 
cardíaca que, após alguns minutos de repouso, informou 60 batimentos por minuto 
(bpm). Em seguida, sabendo que a idade da sua aluna era 20 anos, ele estimou FCmáx 
da seguinte maneira:
FCmáx = 220 – Idade (anos)
FCmáx = 220 – 20
FCmáx = 200 bpm
Antes de determinar a zona de FCT, o professor estipulou os percentuais inferior e 
superior em 50% e 85%, respectivamente.
Aqui, é importante destacar que esses percentuais (50% e 85%) são, frequentemente, 
utilizados na prescrição do exercício físico (FOSS; KETEYIAN, 2000), modulando a 
intensidade entre leve e vigorosa. Contudo estes valores podem ser alterados, conforme 
a necessidade de cada indivíduo. Com essas as informações em mãos, ele determinou 
os limites inferior e superior de frequência cardíaca de treinamento, conforme os 
cálculos que se seguem.
Calculando o limite inferior:
FCT inferior = FCrep + % do limite inferior x (FCmáx - FCrep)
FCT inferior = 60 + 0,50 x (200 - 60)
FCT inferior = 60 + 0,50 x 140
FCT inferior = 60 + 70
FCT inferior = 130 bpm
Calculando o limite superior:
FCT superior = FCrep + % do limite superior x (FCmáx - FCrep)
FCT superior = 60 + 0,85 x (200 - 60)
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FCT superior = 60 + 0,85 x 140
FCT superior = 60 + 119
FCT superior = 179 bpm
Concluindo o raciocínio, o professor orientou a aluna para que, ao longo da aula, 
mantivesse uma frequência mínima de 130 bpm; que nos momentos mais fortes 
eleva se a frequência para próximo a 179 bpm; e que procurasse dosar o esforço para 
permanecer nesta zona de treino.
 3.2.2 Modulação da intensidade da aula 
É interessante observar que a eficácia da Ginástica de academia vai além do simples 
movimento físico, envolvendo aspectos como coordenação, intensidade e até mesmo 
a influência verbal durante as sessões. A abordagem desse tipo de exercício se baseia 
em alcançar benefícios específicos, como melhoria na composição corporal e aptidão 
cardiorrespiratória. A intensidade do exercício é um componente crucial para atingir 
esses objetivos. A faixa de 60% a 90% da frequência cardíaca máxima é destacada 
como ideal para obter resultados positivos. Isso corresponde a uma intensidade que 
varia de moderada a vigorosa. Portanto, é essencial que as modalidades de Ginástica 
de academia sejam planejadas e executadas de maneira a proporcionar esforços 
dentro dessa faixa para garantir que os praticantes colham os benefícios desejados 
(FOSS; KETEYIAN,2000; GARBER et al., 2011)
A modulação da intensidade durante as aulas ocorre por meio dos movimentos 
realizados e da maneira como são executados. Movimentos complexos, que exigem 
coordenação de diferentes segmentos corporais simultaneamente, aumentam o 
esforço exigido, enquanto movimentos simples demandam menos vigor. Além disso, 
a velocidade e a amplitude dos movimentos também desempenham um papel crucial, 
influenciando a quantidade de energia necessária para realizá-los. Surpreendentemente, 
a influência verbal também é mencionada como um fator importante na modulação 
da intensidade do exercício. Comandos verbais, como incentivos a aumentar a força, 
acelerar, respirar fundo e manter o ritmo, desempenham um papel motivador e podem 
influenciar diretamente o esforço que os alunos dedicam às atividades (GOMES, 2009). 
3.3 Recuperação após o exercício
Qualquer exercício físico produz um estresse agudo na homeostase do indivíduo em 
repouso. As exigências metabólicas e desequilíbrios fisiológicos gerados são reajustados 
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por processos que acontecem durante a recuperação, nesse momento, o consumo de 
oxigênio permanece elevado por um intervalo de tempo, que pode variar de acordo com 
o esforço realizado. Esse consumo adicional de oxigênio, acima da quantidade normal 
do repouso, é denominado consumo excessivo de oxigênio, após o exercício ou EPOC 
(do inglês excess post-exercise oxygen consumption). Esse fenômeno é subdividido em 
dois componentes: o rápido, relacionado à ressíntese de ATP e fosfocreatina, e o lento, 
resultante da remoção do lactato acumulado e restauração das reservas de glicogênio 
(FOSS; KETEYIAN, 2000; KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
O EPOC não é exclusivamente determinado pela atividade anaeróbica, mas é 
influenciado por vários fatores fisiológicos. Estes incluem o reequilíbrio de íons, 
restauração da frequência cardíaca e temperatura corporal, ação de hormônios como 
cortisol, insulina e norepinefrina, ressíntese de hemoglobina e mioglobina, além da 
atividade do sistema nervoso simpático. É importante ressaltar também que diferentes 
intensidades do exercício afetam o EPOC, visto que o exercício leve resulta em um 
pequeno déficit de oxigênio, com uma recuperação rápida, enquanto o exercício 
moderado a vigoroso gera um déficit maior, prolongando o período de recuperação 
(FOUREAUX; PINTO; DAMASO, 2006).
Nota: Gráfico consumo excessivo de oxigênio após o exercício ou EPOC
Fonte: https://images.app.goo.gl/CHi6A1QE9no4jkQh7
https://images.app.goo.gl/CHi6A1QE9no4jkQh7
https://images.app.goo.gl/CHi6A1QE9no4jkQh7
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3.3.1 Intervalo de recuperação entre sessões de exercício 
Com base nos apontamentos anteriores sobre a recuperação após exercícios 
moderados a exaustivos, especialmente em relação aos substratos energéticos e ao 
tempo necessário para uma recuperação adequada. Aqui estão algumas observações 
com base no conteúdo discutido:
• Restauração dos Substratos Energéticos: Durante os primeiros três a cinco 
minutos da recuperação, ocorre a restauração das reservas de ATP e fosfocreatina 
depletadas durante o exercício. A restauração do glicogênio muscular e hepático 
pode levar dias, sendo crucial uma ingestão adequada de carboidratos durante 
esse período (FOSS; KETEYIAN, 2000.
• Velocidade de Restauração do Glicogênio: A velocidade de restauração do 
glicogênio varia com o tipo de exercício físico. Para exercícios contínuos de 
60 minutos, a reparação é de 60% em 10 horas e completa em 46 horas. Em 
exercícios intermitentes de curta duração, a reparação é de 53% em 5 horas, 
completando-se totalmente em 24 horas (SILVA et al., 2013).
• Importância da Recuperação Pós-Exercício: Além da restauração de substratos, 
o organismo busca eliminar resíduos do metabolismo e restabelecer diversos 
sistemas fisiológicos, incluindo o nervoso, cardio respiratório, endócrino e 
estrutural dos músculos. Negligenciar o tempo necessário para a recuperação 
pode resultar em redução de desempenho e aumento do risco de lesões (SILVA 
et al., 2013). 
3.3.1.1 Para refletir 
Uma crença comum entre alunos praticantes de ginásticas de academias é de que 
“quanto mais, melhor” é aplicável ao exercício físico. Muitos participantes frequentam 
duas ou mais aulas intensas de Ginástica de academia consecutivas, acreditando 
que isso acelerará o alcance de seus objetivos. Contudo, será que isso é verdade? Tal 
questão levanta a reflexão sobre a eficácia de participar de múltiplas aulas intensas 
consecutivas. A resposta a essa pergunta pode ser contextualizada considerando o 
tempo necessário para recuperação fisiológica, a restauração adequada dos substratos 
energéticos e a prevenção de lesões.
Nesse sentido é fundamental reconhecer a importância do equilíbrio entre o estímulo 
do exercício e o tempo dedicado à recuperação. Participar de várias aulas intensas 
consecutivas pode sobrecarregar o corpo, comprometendo a eficácia do treinamento 
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e aumentando o risco de lesões. Um programa de exercícios bem planejado deve 
incluir períodos adequados de descanso e recuperação para otimizar os benefícios 
do treinamento e manter a saúde a longo prazo.
Neste capítulo abordamos a discussão sobre a fisiologia no contexto da ginástica de 
academia que oferece pensamentos valiosos sobre como o corpo humano responde 
aos estímulos proporcionados pelos exercícios físicos. A abordagem prática de discutir 
não apenas a execução dos exercícios, mas também a resposta fisiológica do corpo aos 
estímulos, fornece uma visão holística do treinamento na Ginástica de academia. Isso 
permite que os praticantes compreendam não apenas como realizar os movimentos, 
mas também como otimizar seu esforço para atingir metas específicas, respeitando 
os princípios fundamentais da fisiologia do exercício.
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CAPÍTULO 4
A MUSICALIDADES NAS AULAS 
DE GINÁSTICA DE ACADEMIA
Caro aluno (a), neste capítulo abordaremos sobre a integração da música na Ginástica 
de academia, que é de fato um elemento crucial para criar uma experiência envolvente 
e motivadora. A música desempenha diversos papéis importantes nesse contexto 
como a estruturação das coreografias, a música também está diretamente associada 
à motivação e energização da aula e dos alunos, além de estar diretamente associada 
também a modulação da intensidade e da marcação temporal. Para uma harmonia 
eficaz entre a música e o exercício, é fundamental ter um conhecimento dos elementos 
básicos da música, como ritmo, tempo, melodia e dinâmica. Além disso, os instrutores 
de ginástica precisam ser sensíveis às preferências e necessidades dos praticantes, 
adaptando a escolha da música de acordo com o grupo e os objetivos da sessão. 
A utilização consciente da música na ginástica de academia não só contribui para 
o aspecto físico do treinamento, mas também para a experiência global, tornando-a 
mais prazerosa e motivadora.
4.1 Elementos básicos da música 
A música é descrita como a sucessão de sons e silêncio, arranjados de forma 
cuidadosa durante o tempo determinado. A música apresenta elementos básicos 
como ritmo, melodia, harmonia, timbre, duração e a intensidade que são capazes de 
sensibilizar o organismo humano de maneira psicológica e física, fazendo com que 
o receptor da música responda corporalmente de maneira efetiva (FERREIRA, 2005). 
Abaixo encontra-se os elementos básico da música e uma breve explicação:
• Ritmo: O ritmo é a organização temporal dos sons e do silêncio. Ele é percebido 
através de padrões regulares e recorrentes de durações, criando uma sensação de 
pulsação. O ritmo é um elemento fundamental para a música e pode influenciar 
a resposta corporal e emocional.
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• Melodia: A melodia é a organização de diferentes notas musicais para criar uma 
sequência agradável de sons. Ela dá sentido musical à peça, proporcionando 
uma linha principal de destaque que guia a experiência auditiva.
• Harmonia: A harmonia refere-se à combinação de dois ou mais sons (notas 
musicais) tocados simultaneamente, resultando em acordes. Ela atua como uma 
ponte entre a melodia e o ritmo, contribuindo para a riqueza sonora da música.
• Timbre: O timbre é a característica que distingue os sons. Ele permite identificar a 
fonte emissora do som, diferenciando, por exemplo, entre instrumentos musicais. 
O timbre é crucial para a variedade e a expressividade na música.
• Duração: A duração do som se refere ao período de tempo durante o qual o som 
se estende. Pode ser curto ou longo e está relacionada à organização temporal 
da música. A harmonia entre movimento e som é alcançada quando a duração 
do som se alinha com o movimento físico.
• Intensidade: A intensidade está relacionada à energia desprendida na produção 
do som. Pode variar entre forte e fraco, contribuindo para a expressividade 
musical. Reconhecer a intensidade dos sons é importante para identificar os 
tempos fortes e fracos na música.
Esses elementos, quando combinados de maneira habilidosa, criam a riqueza e a 
complexidade que tornam a música uma forma de arte poderosa e envolvente. Na 
ginástica de academia, a compreensão desses elementos é fundamental para criar 
coreografias harmoniosas e motivadoras
4.1.1 Estrutura musical e atividade rítmica 
Tendo entendido os elementos básicos da música, continuaremos abordando sobre 
os elementos que compõem a estrutura musical que são essenciais no desenvolvimento 
de atividades rítmicas nas modalidades de ginástica de academia. Agora abordaremos 
sobre a métrica, o pulso, o andamento e a frase musical (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
4.1.1.1 Métrica 
A Métrica é entendida como medida fundamental para a contagem musical. Ela 
divide o tempo musical em partes iguais, proporcionando uma estrutura para medir 
o tempo entre a repetição de movimentos. Na ginástica de academia, a métrica é 
usada para guiar a sequência de movimentos, tornando a prática mais organizada e 
ritmada (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
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4.1.1.2 Pulso 
O pulso é a marcação ou batida da música. Nas aulas de ginástica de academia, 
os movimentos são sincronizados com o pulso da música. Ele desempenha um papel 
crucial na direção dos movimentos e na identificação de outros elementos musicais, 
como andamento e compasso (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
4.1.1.3 Andamento
O andamento refere-se à velocidade da música. Ele é determinado pelo espaço de 
tempo entre os pulsos e é medido em batimentos por minuto (BPM). O metrônomo 
é o dispositivo tradicional para medir o andamento, mas atualmente, metrônomos 
digitais e aplicativos também são amplamente utilizados. O andamento da música 
pode influenciar a intensidade da atividade física, sendo possível adaptar a velocidade 
conforme a necessidade da aula. Hoje em dia é possível utilizar metrônomos on line, 
ou aplicativos de metrônomos. As classificações comuns de andamento da música 
são incluem vagaroso/lento (40-76 BPM), moderado (76-120 BPM) e rápido (120-208 
BPM). As aulas de ginástica de academia geralmente variam de 100 a 160 BPM, com 
variações dentro da mesma aula para se adequar às diferentes fases do treino (VIDAL; 
ANIC; KERBEJ, 2018).
Classificação Características Batimento por minuto (BPM)
Vagaroso Muito lento/ Lento/ Pausado 40 a 60
Brevemente pausado/ De um modo calmo, sem pressa 61 a 76
Moderado De um modo fluente, como quem caminha 77 a 108
Moderado/ Um pouco rápido 108 a 120
Rápido Rápido/ Vivo 120 a 168
Muito rápido/ O mais rápido possível 168 a 208
Nota: Classificação do andamento
Fonte: adaptado de Artaxo e Monteiro (2003).
4.1.1.4 Compaso 
O compasso organiza os pulsos em grupos, indicando a distribuição rítmica da 
música. Ele é expresso por uma fração, onde o numerador representa o número 
de pulsos por compasso, e o denominador indica o tipo de nota que recebe uma 
pulsação. O compasso é crucial para criar uma estrutura rítmica consistente na qual 
os movimentos podem ser coreografados.
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Para entender melhor sobre o compasso é preciso entender que o tempo da música 
(ou batida) é cada unidade marcada pela cadência (ou ritmo). O tempo é caracterizado 
quando a batida da música é média ou forte, quando a batida é fraca é chamada de 
contratempo. Quanto mais próximas forem essas batidas, maior será a velocidade 
da música.
O compasso pode ser classificado em binário, quando apresenta duas batidas, uma 
de tempo (moderada ou forte) e uma de contratempo (fraca)(VIDAL; ANIC; KERBEJ, 
2018).
Nota: Exemplo de um compasso binário
Fonte: a autora
Pode ser classificado em ternário, quando apresenta três batidas, sendo uma de 
tempo de duas de contratempo:
Nota: Exemplo de um compasso ternário
Fonte: a autora
Pode ser classificado em quaternário, quando apresenta três batidas, sendo uma de 
tempo de três de contratempo. As aulas de ginástica de academias, as músicas devem 
ser editadas para ficarem em compassos binários ou quaternários, que originaram 
as oitavas: 
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Nota: Exemplo de um compasso quaternário
Fonte: a autora
Oitava ou oito musical: É a combinação de quatro compassos binários ou dois 
compassos quaternários, totalizando oito tempos. 
Nota: Exemplo de uma oitava ou oito musical
Fonte: a autora
4.1.1.4 Frase musical 
A frase musical é um grupo de compassos que formam uma unidade coesa. Ela é 
caracterizada por uma sensação de completude musical, semelhante a uma frase na 
linguagem falada. Na Ginástica de academia, a compreensão das frases musicais pode 
ajudar na criação de sequências de movimentos que se alinham de maneira natural com 
a estrutura da música. A frase musical é formada pela união de 4 oitavas ou 32 tempos. 
Reconhecer e entender esses elementos proporciona uma base sólida para a criação de 
coreografias envolventes e eficazes, garantindo uma integração fluida entre a música e 
os movimentos na prática da ginástica de academia (VIDAL; ANIC; KERBEJ, 2018).
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Como observado, dominar os elementos estruturantes da música é essencial para 
o processo de elaboração da aula de ginástica de academia. Assim sendo, que 
tal praticar um pouco essa sincronia entre música e movimento? Clique no link e 
escute a música, procurando identificar o pulso forte e o andamento. Essa é uma 
música em compasso quaternário. Repare que, a cada frase musical, há a adição 
de um instrumento musical ou efeito diferente (por exemplo as palmas).
https://www.youtube.com/watch?v=66rqabsdC_s
4.1.1.5 Vamos praticar 
Tendo ouvido a música e identificado as frases musicais, vamos adicionar movimento 
a ela, tente ouvir a música e praticar os seguintes movimentos. 
• Step touch: O step touch é um movimento realizado lateralmente. Na sua 
preparação o peso corporal está apoiado sobre uma das pernas. O movimento 
é iniciado com um passo lateral da perna contrária a de apoio. Rapidamente, o 
peso corporal é transferido para a perna que se deslocou. Em seguida, a outra 
perna é trazida junto da primeira. Este movimento todo é repetido para retornar 
à posição inicial. 
Nota: Explicação do movimento step touch 
Fonte: a autora 
https://www.youtube.com/watch?v=66rqabsdC_s
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• Elevação de pernas para trás: A elevação de pernas para trás é um movimento 
realizado lateralmente. Assim como no step touch, na sua preparação o peso 
corporal

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