Prévia do material em texto
DESCRIÇÃO Identificação das áreas de atuação do biólogo e as características comuns dos trabalhos exercidos por esse profissional. Ética e conduta na profissão. Normas de segurança, técnicas e procedimentos, sempre com responsabilidade. PROPÓSITO Entender o que é ser biólogo, em que áreas é possível exercer a profissão, e quais os passos a serem seguidos possibilita aprender, de maneira objetiva e responsável, os caminhos profissionais, as legislações pertinentes e as características comuns do trabalho. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as áreas de atuação do biólogo para o estágio supervisionado MÓDULO 2 Compreender as condutas fundamentais no ambiente de trabalho MÓDULO 3 Apontar normas de segurança, técnicas e procedimentos padrão particulares de cada área INTRODUÇÃO O ato de aprender a profissão é, sem dúvida, um grande desafio no processo de formação, tanto humana quanto profissional. O percurso para a construção dos significados da profissão de biólogo passa, necessariamente, pelo período de Estágio, onde o aluno experimentará o espaço, as cargas de responsabilidade e os momentos oportunos para decisões. Por meio dos módulos a seguir, o aluno poderá identificar as áreas pertinentes à formação do biólogo, com respaldo legal da profissão, garantidos pelo Conselho Federal de Biologia – CFBio. O aprendizado torna-se mais eficiente quando obtido por experiência na prática. Assim, o conhecimento é assimilado com eficácia, pois o estágio supervisionado deve promulgar a compreensão, a aplicação e a reflexão sobre as teorias apresentadas durante o curso. O estágio deverá proporcionar ao futuro profissional as ações imprescindíveis às adequações de estrutura e aplicações das futuras atividades profissionais. MÓDULO 1 Identificar as áreas de atuação do biólogo para o estágio supervisionado DISPOSIÇÕES LEGAIS QUE DETERMINAM AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO BIÓLOGO As áreas de atuação para o futuro biólogo são extremamente variadas, amplas e isso pode gerar muitas dúvidas. As Ciências Biológicas são consideradas profissões do futuro, uma vez que lidam com a vida em si, e tudo o que a envolve. Assim, muito já se descobriu, mas ainda estamos tateando as inúmeras possibilidades do que seja a vida e do que ela pode prover. Biólogo é uma das profissões mais promissoras do presente. Nossa demanda por bens e consumos só cresce, assim como nossa população, implicando em desafios para mantermos esse crescimento com equilíbrio e igualdade, preparando-nos para eventuais pandemias, extinções em massa, fatos já presentes em nossa história. A preocupação com a vida saudável e com o meio ambiente nunca esteve em tanta evidência quanto agora. ATENÇÃO O biólogo precisa estar legalmente habilitado para exercer a profissão escolhida. Os dispositivos legais que regulamentam a profissão são: o artigo 2° da Lei nº 6.684/79 e o artigo 3° do Decreto n° 88.438/83. O exercício das atividades profissionais e/ou técnicas, vinculadas às diferentes áreas de atuação, está condicionado ao currículo efetivamente realizado ou, se for o caso, a um curso de pós-graduação tanto lato senso quanto stricto sensu, sempre na área pretendida. Caso o biólogo tenha experiência profissional, deve comprovar, no mínimo, 360 horas como requisito pelo acervo técnico. As áreas em que o biólogo poderá atuar são: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE SAÚDE BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO É importante definirmos alguns conceitos para compreendermos melhor alguns pontos. Atividade profissional É o conjunto de ações e atribuições geradoras de direitos e responsabilidades relacionadas ao exercício profissional. Tanto as ações quanto as atribuições devem estar de acordo com as competências e habilidades obtidas pela formação profissional. Área de atuação As áreas formam conjuntos afins que caracterizam perfis profissionais. A área de atuação é aquela em que o biólogo exercerá sua atividade profissional/técnica, em função do conhecimento adquirido durante sua formação, principalmente, no que concerne o estágio. A Resolução n° 227, de 18 de agosto de 2010 regulamenta as atividades profissionais e as áreas de atuação do biólogo, como Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia e Produção, para efeitos de fiscalização dos exercícios profissionais. A autarquia federal que resolve essa Resolução é o Conselho Federal de Biologia – CFBio. RELAÇÃO DAS ÁREAS DE ATUAÇÃO De acordo com o CFBio (2010) as atividades profissionais do biólogo poderão ser exercidas no todo ou em parte, de acordo com os seguintes perfis: Assistência, assessoria, consultoria, aconselhamento, recomendação Direção, gerenciamento, fiscalização Ensino, extensão, desenvolvimento, divulgação técnica, demonstração, treinamento, condução de equipe Especificação, orçamentação, levantamento, inventário Estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental, socioambiental Exame, análise e diagnóstico laboratorial, vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo, parecer técnico, relatório técnico, licenciamento, auditoria Formulação, coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, pesquisa, análise, ensaio, serviço técnico Gestão, supervisão, coordenação, curadoria, orientação, responsabilidade técnica Importação, exportação, comércio, representação Manejo, conservação, erradicação, guarda, catalogação Patenteamento de métodos, técnicas e produtos Produção técnica, produção especializada, multiplicação, padronização, mensuração, controle de qualidade, controle qualitativo, controle quantitativo Provimento de cargos e funções técnicas Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Ainda segundo a Resolução 227/2010, as áreas de atuação do biólogo são: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE Aquicultura: Gestão e Produção Arborização Urbana Auditoria Ambiental Bioespeleologia Bioética Bioinformática Biomonitoramento Biorremediação Controle de Vetores e Pragas Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e Didáticas Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos Diagnóstico, Controle e Monitoramento Ambiental Ecodesign Ecoturismo Educação Ambiental Fiscalização/Vigilância Ambiental Gestão Ambiental Gestão de Bancos de Germoplasma Gestão de Biotérios Gestão de Jardins Botânicos Gestão de Jardins Zoológicos Gestão de Museus Gestão da Qualidade Gestão de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas Gestão de Recursos Pesqueiros Gestão e Tratamento de Efluentes e Resíduos Gestão, Controle e Monitoramento em Ecotoxicologia Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Flora Nativa e Exótica Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação e da Flora Inventário, Manejo e Comercialização de Microrganismos Inventário, Manejo e Conservação de Ecossistemas Aquáticos: Límnicos, Estuarinos e Marinhos Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio Fossilífero Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Fauna Silvestre Nativa e Exótica Inventário, Manejo e Conservação da Fauna Inventário, Manejo, Produção e Comercialização de Fungos Licenciamento Ambiental Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) Microbiologia Ambiental Mudanças Climáticas Paisagismo Perícia Forense Ambiental/Biologia Forense Planejamento, Criação e Gestão de Unidades de Conservação (UC)/Áreas Protegidas Responsabilidade Socioambiental Restauração/Recuperação de Áreas Degradadas e Contaminadas Saneamento Ambiental Treinamento e Ensino na Área de Meio Ambiente e Biodiversidade SAÚDE Aconselhamento Genético Análises Citogenéticas Análises Citopatológicas Análises Clínicas (esta Resolução em nada altera o disposto nas Resoluções nº 12/93 e nº 10/2003) Análises de Histocompatibilidade Análises e Diagnósticos Biomoleculares Análises Histopatológicas; Análises, Bioensaios e Testes em Animais Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Leite Humano Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Órgãos e Tecidos Análises, Processos e Pesquisas em Bancode Sangue e Hemoderivados Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sêmen, Óvulos e Embriões Bioética Controle de Vetores e Pragas Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos Gestão da Qualidade Gestão de Bancos de Células e Material Genético Perícia e Biologia Forense Reprodução Humana Assistida Saneamento Saúde Pública/Fiscalização Sanitária Saúde Pública/Vigilância Ambiental Saúde Pública/Vigilância Epidemiológica Saúde Pública/Vigilância Sanitária Terapia Gênica e Celular Treinamento e Ensino na Área de Saúde BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO Biodegradação Bioética Bioinformática Biologia Molecular Bioprospecção Biorremediação Biossegurança Cultura de Células e Tecidos Desenvolvimento e Produção de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos Engenharia Genética/Bioengenharia Gestão da Qualidade Melhoramento Genético Perícia/Biologia Forense Processos Biológicos de Fermentação e Transformação Treinamento e Ensino em Biotecnologia e Produção EXEMPLOS DE LOCAIS DE ESTÁGIO PARA CADA ÁREA A Resolução 227/2010 do CFBio deixa claro em seu art. 7° que o mercado de trabalho evolui em virtude do desenvolvimento da ciência e de novas tecnologias, podendo assim haver uma incorporação de outras áreas. Porém, para que isso ocorra, deve haver deliberações via plenária do CFBio. Diversos locais oferecem guarida ao estudante de biologia ávido por conhecimentos. Institutos de pesquisa são muitas vezes visados. Assim, Museus, Jardins Botânicos, Universidades Federais Brasileiras, Unidades de Conservação, Órgãos Governamentais como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, o Instituto Estadual do Ambiente – INEA no Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente no Estado de São Paulo, o Instituto Estadual de Florestas – IEF do Estado de Minas Gerais, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad também de Minas Gerais, o Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina – IMA, a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH do Estado de Pernambuco, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, o Instituto de Meio Ambiente – IMA do Estado de Alagoas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás – SEMAD, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM do Governo de Rondônia, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH do Estado de Sergipe, o Instituto Ambiental do Paraná – IAP, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, ou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA são alguns exemplos de locais que, por excelência, auxiliam e fomentam ciência. Além dos institutos de pesquisa, a iniciativa privada também é uma importante fonte de buscas. Empresas destinadas a bens e consumo são ótimas fontes para estágios. Na área de Saúde, o estudante poderá procurar por laboratórios, caso esteja interessado por Análises Citogenéticas, Citopatológicas, Clínicas de Diagnósticos Biomoleculáres, Bioensaios etc. Hospitais também podem oferecer estágios ao estudante interessado por Gestão de Qualidade, Banco de Células, Saúde Pública, Terapias Assistidas e Processos de Análises. ATENÇÃO Cervejarias e farmacêuticas são ótimas fontes para procura de estágios, principalmente, na área de biotecnologia e produção, mercado em que buscam se destacar. Temáticas como Biossegurança, Bioprospecção, Biorremediação, Biodegradação são focos que a sociedade tende a aceitar cada vez mais. Outra excelente fonte de buscas são as empresas de reciclagem, principalmente, de lixos urbanos. Nesse quesito, englobamos tanto o lixo doméstico, orgânico ou não, quanto o eletrônico. A reciclagem constitui um conjunto de técnicas e procedimentos que vão desde a separação do lixo por material até a sua transformação final em outro produto. É exatamente nesse processo de transformação do produto que o biólogo poderá se engajar. Atualmente, o processo de reciclagem é muito procurado e incentivado por empresas e governos, sendo o grande desafio das sociedades. Questões ambientais também são focos e objetos de discussões públicas, demandando conhecimento jurídico de preservação e uso sustentável dos recursos naturais. Queimadas criminosas, esgotamento de recursos hídricos, usos desenfreados de agrotóxicos são alguns exemplos a serem enfrentados, tanto na questão de gestão quanto no âmbito jurídico, tornando imperativo o conhecimento da legislação ambiental. Isso abriu espaço para biólogos atuarem em áreas outrora não pensadas, como em escritórios de advocacia ou jornalismo científico. Outra área que vem ganhando destaque nos últimos anos reside no paisagismo, um procedimento milenar que, durante muitos séculos, permeou as principais civilizações. Reis e fidalgos empenhavam grandes fortunas em projetos paisagísticos, que foram continuados posteriormente por outros governantes. Hoje, com auxílio das pesquisas, projetos paisagísticos englobam foco na saúde pública ao transformarem regiões insalubres em áreas verdes, selvas de pedra em verde urbano. O futuro biólogo pode contribuir nas questões de escolha da vegetação para compor os projetos, ou até mesmo coordenando a feitura de uma área verde. Importante ressaltar que pesquisas recentes têm demonstrado que onde o verde urbano viceja há menos pobreza e violência. RELAÇÃO DAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO BIÓLOGO COM SEUS DESAFIOS PROFISSIONAIS VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Compreender as condutas fundamentais no ambiente de trabalho ASSIDUIDADE, PONTUALIDADE E RESPONSABILIDADE Todo profissional deve ter em mente a responsabilidade do trabalho a ser executado e outros fatores que possuem relação direta com o compromisso assumido. Assim, pontualidade e assiduidade são obrigações decorrentes do contrato de trabalho mantido com o empregador. São condições preliminares para o desempenho de quaisquer relações de emprego, objetos da disciplina da gestão de pessoas. Normalmente, essas questões não são tratadas de acordo com a avaliação de desempenho da tarefa em si. As organizações em geral dão ênfase à pontualidade e à assiduidade como dimensões fundamentais do comportamento do ser humano no trabalho. Portanto, devemos entender que não há sistemas de avaliação de desempenho que não considere esses dois fatores como preponderantes. ATENÇÃO A pontualidade deve orientar a vida e funcionar como diretriz do ser humano. Caso uma pessoa se atrase a um compromisso social, como um chopinho com os amigos, provavelmente, ouvirá piadinhas, de acordo com o grupo a que pertença. Porém, estar atrasado para dar início à jornada de trabalho é outro patamar. Claro, imprevistos podem acontecer. Não temos controle sobre o trânsito ou sobre emergências familiares. Porém, esses problemas não devem se tornar um hábito! É importante ter respeito tanto pelo próprio trabalho que realiza quanto pelos colegas de profissão e pela organização a qual se está vinculado. Essa postura não vale somente para questões de emprego. Encare sempre como compromissos assumidos durante toda sua vida. É, acima de tudo, uma questão de caráter. Se você estiver no local de trabalho pouco antes do início da jornada, não só educará pelo seu exemplo como não deixará dúvidas sobre seu compromisso. O respeito ao tempo e aos outros é uma questão de cultura. É preciso estabelecê-lo desde o início e mantê-lo permanentemente, tornando-o um hábito. Os indefectíveis atrasos em solenidades, sessões de cinema e teatro, palestras, congressos e seminários no Brasil são resultado de uma cultura de atraso que se estabelece ao início na abertura dos eventos e se prolonga até o encerramento. O desrespeito aos horários também acontece nas relações de trabalho. Procure sair desse padrão insolente, seja sempre respeitoso paraser respeitado. Busque a assiduidade como padrão de conduta, imiscuído de pontualidade. ÉTICA E CONDUTA A ética no trabalho é uma questão filosófica antiga e relevante, na medida em que seu comportamento perante a tarefa a ser executada determina a validade dos resultados. Entenda que boa conduta no ambiente de trabalho pode ser a garantia de uma carreira de sucesso. A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho. A maneira como você vive em sociedade, prezando e respeitando o bem-estar do outro, deve ser norma de comportamento, influenciando sua conduta ética. Sendo assim, a ética profissional passa a ser a composição desses padrões e valores de sua conduta no ambiente em que você vive e leva para o círculo profissional. ÉTICA Proveniente do grego mediante êthos, que significa “costume”, “hábito”. A partir dessa raiz semântica, ética passa a ser a representação dos costumes que sustentam a maneira de o ser humano agir ou se comportar em sociedade. ATENÇÃO Dentre as inúmeras definições, podemos definir ética, em uma visão mais abrangente e contemporânea, como conjunto de valores e princípios que nos orientam e sustentam nosso comportamento. Se nós somos a casa, a ética são os alicerces, as paredes e vigas que nos sustentam. Se esses costumes ruírem, a estrutura fenece e a “casa” desmorona. Visando orientar a conduta prática desse profissional que lida com todos os aspectos da vida, o Código de Ética do biólogo, aprovado pela Resolução nº 2 de 2002, destaca enfoques deontológicos e bioéticos, são alguns deles: Consagrar respeito à vida, em todas as suas formas e manifestações, e à qualidade do meio ambiente. O conhecimento, a capacidade e a experiência do biólogo deverão ser instrumentos de utilização permanente para assegurar a defesa do bem comum e garantir a manutenção da qualidade de vida dos processos vitais. O biólogo, no exercício de sua profissão, observará nas suas responsabilidades, direitos e deveres, os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Não deve apropriar-se indevidamente, no todo ou em parte, de projetos, ideias, dados ou conclusões de biólogos ou de outros profissionais, devidamente publicadas ou comprovadamente divulgadas. Não pode alterar ou permitir que sejam alterados laudos, perícias ou relatórios técnicos assinados por profissionais que estejam no exercício legal da profissão. É vedado ao biólogo qualquer ato que tenha como fim precípuo a prática de tortura ou outras formas de procedimento degradantes, desumanos ou cruéis. Art.28 - É vedado ao biólogo valer-se de título acadêmico ou especialidade que não possa comprovar. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Vamos conhecer a seguir algumas características fundamentais para uma conduta ética: CONSCIÊNCIA ALTRUÍSMO SOLIDARIEDADE VIRTUDE RESPONSABILIDADE ÉTICA CONSCIÊNCIA Percepção de distinguir o errado e a capacidade de avaliar o que é certo, removendo as artimanhas do orgulho. ALTRUÍSMO Pensar no outro. É a preocupação com os interesses além do círculo interno de pensamentos egoístas. SOLIDARIEDADE Conjunto de princípios que, uma vez aplicados às relações sociais, passam a orientar a vivência e o convívio de maneira harmônica e despretensiosa. VIRTUDE É ser autêntico, pleno, isento de falsidades ideológicas. RESPONSABILIDADE ÉTICA A pessoa consciente, que vive o altruísmo e interioriza a solidariedade como meta de vida, possui virtudes inquebrantáveis. Assim, passa a viver de modo pleno, pois assume as consequências dos atos praticados, tanto pessoais quanto na coletividade. O profissional ético não oferece o que não é possível entregar e procura reverter as deficiências, afirmando que tentará encontrar alternativas rápidas. Por isso, é muito importante refletir sempre sobre o que faríamos em um tipo de situação, muitas vezes, constrangedora em um ambiente de trabalho. O QUE É ÉTICA PROFISSIONAL? Podemos definir como o conjunto de valores ou as normas de conduta que irão gerir as atitudes e os comportamentos de um profissional na organização em que se encontra. A ética profissional é de interesse da empresa, mas também do profissional que busca crescer em sua carreira. O profissional que apresenta uma conduta ética necessariamente conquista respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento dos demais. Veja bem, a conduta ética também contribui para o andamento das atividades profissionais, aumentando a eficiência e a realização de metas. Com isso, tende a melhorar os relacionamentos interpessoais, favorecendo um clima brando, realimentando a tendência à produtividade. ATENÇÃO É importante que a empresa, o instituto ou qualquer local de trabalho possua um código de conduta ética, visando orientar o comportamento de seus colaboradores, de acordo com as normas e posturas da própria organização. O código de ética profissional facilita a adaptação do colaborador e serve como um manual para boa convivência geral. É necessário respeitar os limites de sua função e ter zelo pelos instrumentos do trabalho e por todo o patrimônio de toda a organização. Essas são condições básicas para a construção de uma postura ética no trabalho. A partir dessas premissas, vamos conhecer os fatores importantes que auxiliam a manter uma postura ética no trabalho: HONESTIDADE Seja sempre honesto com você. Assuma a responsabilidade sobre suas ações, principalmente, com relação aos seus erros. Procure aprender com eles e jamais responsabilize o outro por suas falhas. PRUDÊNCIA A realização de suas tarefas deve ser sempre a prioridade, respeitando a hierarquia da empresa. Procure diferenciar as relações pessoais dos profissionais que o cerca. HUMILDADE Independentemente de hierarquia, conhecimentos e habilidades, entenda que ninguém é melhor do que ninguém, as pessoas estão em momentos diferentes. Humildade e flexibilidade são um dos pré-requisitos fundamentais para trabalho em equipe. É preciso ter respeito e cordialidade sem julgamentos. Contribua para um bom convívio, promovendo ambiente favorável. COMPROMETIMENTO É a responsabilidade mínima que se espera de um profissional. Não encare sua tarefa como obrigação. Se isso está ocorrendo, reconsidere seus propósitos nessa função, pois algo está errado! O profissional que age com ética e total engajamento com a empresa irá cumprir sua função com empenho e consciência, tendo como objetivo o melhor resultado para a organização. Consequentemente, isso agregará valor ao seu trabalho, contribuindo para promoções. POLÍTICAS DE SIGILO Tanto para o mundo científico quanto para organizações corporativas, há questões, informações e valores extremamente sigilosos. Geralmente, essas questões são expostas ao profissional em início de carreira, dentro do contrato de trabalho. Novamente, honestidade, prudência e comprometimento devem sempre reger condutas. Assim, respeite as condições de sigilo. TRABALHO EM EQUIPE O trabalho em equipe é a prática integrativa das funções de seus componentes, de forma a tornar a execução das tarefas mais simples e ágil, gerando um resultado melhor. Trabalho em equipe não é apenas um grupo de pessoas que trabalham juntas, o somatório deve ser maior do que os valores individuais. Há uma valorização pelo hábito de prezar pela convivência amigável entre os colaboradores e pelo trabalho colaborativo, buscando melhoria do ambiente de trabalho e do desempenho a que se destina. ATENÇÃO Aprender a desenvolver uma visão sistêmica sobre seu papel individual e coletivo é um dos primeiros passos para o crescimento profissional. Portanto, busque expandir sua mente e procure desenvolver as habilidades necessárias à execução conjunta das ações, tarefas e projetos. No intuito de identificar padrões de comportamento humano, podemos indicar quatro fatores que dificultam o trabalho em equipe. Obviamente, todos querem uma chance de se destacar na carreira e conquistar seuespaço. Contudo, somente quando entendemos que os resultados de uma organização são a somatória dos esforços de todos os seus membros é que finalmente podemos colher os benefícios da sinergia do conjunto. INDIVIDUALISMO FALTA DE OBJETIVOS INFLEXIBILIDADE COMUNICAÇÃO INEFICIENTE INDIVIDUALISMO Muitos profissionais acreditam que sozinhos podem ser melhores e mais fortes do que trabalhando em conjunto. Essa postura individualista acaba dificultando a formação de equipes de trabalho. Quando os interesses não estão alinhados, dificilmente, a empresa consegue alcançar os resultados esperados. FALTA DE OBJETIVOS Outro ponto que impacta diretamente na sinergia de um grupo é a falta de objetivos. Quando os alvos não estão bem definidos, maiores são as chances da equipe se dispersar e perder complemente o foco, além de aumentar a improdutividade, promove desmotivação entre os colaboradores. INFLEXIBILIDADE Cada um tem sua história e sua formação. Embora ninguém seja obrigado a pensar igual aos outros, respeito é algo que nunca pode faltar! Sendo assim, trabalhar em equipe é buscar conciliar não apenas ideias, experiências e conhecimentos, mas também os mais diferentes pontos de vista. Por isso, o grande diferencial do trabalho em equipe é justamente congregar as diferenças para tornar as ações do time mais assertivas, diferenciadas e poderosas. Entenda que discordar das ideias dos companheiros de trabalho, o tempo todo, sem procurar entendimento mútuo é garantia de não realização da atividade da qual são responsáveis. COMUNICAÇÃO INEFICIENTE A busca pelo entendimento mútuo deve primar durante a convivência entre as partes envolvidas no trabalho. A ineficiência na comunicação entre os seus integrantes, auxiliada pela inflexibilidade no trato com as pessoas, costuma garantir isolamento social e dúvidas sobre a conduta ou mesmo capacidade profissional dos colegas. Em essência, se não houver respeito, abertura e empatia, a comunicação dificilmente surtirá os efeitos desejados, pois, em uma atividade em grupo, é preciso que todos troquem constantemente conhecimentos, ideias e informações. Do contrário, a falta de comunicação acabará boicotando todo o trabalho e prejudicando tanto os profissionais como a própria equipe. ÉTICA E CONDUTA PROFISSIONAL NA ÁREA BIOLÓGICA VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Apontar normas de segurança, técnicas e procedimentos padrão particulares de cada área NORMAS DE SEGURANÇA Para qualquer trabalho envolvendo atividades biológicas, faz-se necessário atender a procedimentos de Biossegurança. Nos ambientes de trabalho biológico, procure sempre o Manual de Biossegurança. Nesse Manual, o estagiário encontrará as políticas e os procedimentos necessários para assegurar o cumprimento das Normas de Biossegurança, principalmente, em locais como laboratórios, fábricas ou em atividades que envolvam riscos biológicos. Importante notar que a segurança no local de trabalho depende de diversos fatores. Por isso, a necessidade de planejamento é imperativa, preparando com antecedência a tarefa a ser executada. O estagiário deve atender ao bom funcionamento de materiais e aparelhagens, ver a validade de reagentes e adquirir conhecimento prévio das técnicas a serem utilizadas durante o estágio. Também é necessário atender a imperativos de higiene e hábitos pessoais e, em muitos casos, observar procedimentos de descontaminação e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). ATENÇÃO Outra questão muito importante é o conhecimento da sinalização. Muitos laboratórios utilizam placas com sinalizações padrão. Cores, sinais e dizeres devem ser respeitados e identificados assim que o estagiário iniciar seu trabalho. DEFINIÇÕES O Manual de Biossegurança deve oferecer as seguintes definições básicas: Acidente Todo evento anormal no local de trabalho com danos ao patrimônio da entidade ou empresa, ferimentos leves ou graves em colaboradores. Deve ser investigado, para evitar que a repetição acarrete outras vítimas. Acidente de trabalho Ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional. Pode causar morte ou perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Agente de risco Qualquer componente de natureza física, química, biológica ou radioativa que possa vir a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Análise de risco É o processo de levantamento, avaliação e comunicação dos riscos, considerando o ambiente e os processos de trabalho, para implementar ações de prevenção, controle, redução ou eliminação dos riscos. Aerossóis São partículas microscópicas que permanecem suspensas no ar e podem carrear elementos químicos, biológicos, radioativos e outros. Biossegurança É um conjunto de medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem e animais e o meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Classe de risco É o grau de risco associado ao material biológico que se manipula. Contenção O termo descreve os métodos de segurança que devem ser utilizados na manipulação de agentes de risco no local onde estão sendo manejados ou mantidos. Espécimes ou amostras para diagnóstico Quaisquer materiais biológicos de origem humana ou animal, incluindo – mas não se limitando a – dejetos, secreções, sangue e seus componentes, tecidos ou fluidos expedidos para fins de diagnóstico. Esses materiais podem ser classificados como substâncias infecciosas da categoria A, substâncias biológicas da categoria B, espécimes humanos de risco mínimo ou material biológico isento. Incidente É uma circunstância acidental passível de ocorrer durante o trabalho, sem danos imediatos ao trabalhador, porém com possibilidades de agravos futuros se não houver medidas urgentes de bloqueio. Material biológico É todo material que contenha informação genética e seja capaz de autorreprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Inclui os organismos cultiváveis e agentes infecciosos (entre eles vírus, bactérias, fungos filamentosos, leveduras e protozoários), células humanas, animais e vegetais, as partes replicáveis destes organismos e células, príons e os organismos ainda não cultivados. Níveis de biossegurança É o grau de contenção necessário para permitir o trabalho com materiais biológicos de forma segura para os seres humanos, os animais e o ambiente. Consistem na combinação de práticas e técnicas de laboratório, equipamentos de segurança e instalações laboratoriais. Patogenicidade Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível. Profissional responsável É o profissional com formação e treinamento específicos para a área de atuação e que exerce a supervisão do trabalho. Risco ocupacional Probabilidade de ocorrerem acidentes ou agravos à saúde ou à vida do trabalhador, decorrentes de condições inadequadas durante suas atividades no trabalho. Riscos de acidentes Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, seu bem estar físico e moral. Ex: máquinas e equipamentos sem proteção etc. Riscos biológicos A probabilidade de ocorrerem danos ou agravos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente decorrentes da exposição a agentes ou materiais considerados perigosos do ponto de vista biológico, como bactérias, fungos, vírus, parasitas e todos os agentes infecciosos potenciais manuseados nos laboratórios. São distribuídos em quatro classes, por ordem crescente de riscos. Riscos ergonômicos Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Ex: postura inadequada, ritmo excessivo de trabalho, levantamento e transportemanual de peso, estresse etc. Riscos físicos São as diversas formas de energia a que possam estar expostas os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperatura externas, radiações etc. Riscos químicos São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases etc. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS PADRÃO Quando pensamos em empresas e suas linhas de produção, é necessário considerarmos sempre a Instrução de Trabalho (IT) e o Procedimento Operacional Padrão (POP). Ambos são necessários para um trabalho de maior qualidade, com melhores resultados. ATENÇÃO Assim, um aspecto importante de um sistema de qualidade é trabalhar de acordo com o Procedimento Operacional Padrão (POP). Todo o processo, desde a amostragem até o arquivamento do resultado analítico, deve ser descrito por uma série contínua de POP. Podemos definir um POP como uma instrução obrigatória, ou o que é preciso fazer. É uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma tarefa, ou seja, um roteiro padronizado para realizar uma atividade de maneira segura com metodologia própria, minimizando riscos. Se os desvios dessa instrução forem permitidos, as condições para isso devem ser documentadas, incluindo quem pode dar permissão e qual o procedimento completo. O original deve permanecer em um local seguro enquanto as cópias de trabalho devem ser autenticadas com selos e assinaturas de pessoas autorizadas. O Procedimento Operacional Padronizado visa definir regras, medidas e formulações, monitoramento, verificação e registros das etapas do processo de fabricação em estágios apropriados, tais como: chegada de matéria-prima/insumos, estoque, higienização de setores afins, processos produtivos de produção, armazenamento do produto final, liberação final e identificação e registro do produto como forma de rastreabilidade, com o objetivo de verificar sua conformidade com os requisitos especificados previamente, seja pelo cliente seja pela legislação pertinente. Por sua vez, a Instrução de Trabalho (IT) é menos gerencial e mais específica, focando na aplicação das orientações. Essas instruções podem até estar previstas no POP a fim de estabelecer um padrão técnico superior. A Instrução de Trabalho seria, portanto, uma relação de como e quando fazer. Várias categorias e tipos de POP podem ser distinguidos. Os Procedimentos Operacionais Padrão e as Instruções de Trabalho e suas Normativas ficam descritos em um documento normalmente designado como Manual de Boas Práticas. Muitas vezes, empresas adotam outros procedimentos mais apropriados à descrição de situações específicas, ou outros assuntos podem designar protocolos, instruções ou simplesmente formulários de registro mais adequados. Além disso, planilhas pertencentes a um procedimento analítico devem ser padronizadas. Todos esses documentos são descritos no Manual de Boas Práticas. Certos laboratórios podem adotar outros nomes semelhantes, ou somente Manual. MANUAIS TÉCNICOS EM PESQUISA BÁSICA O Manual de Boas Práticas define os procedimentos que atendam ao padrão de qualidade dos produtos e serviços prestados pela empresa ou pelo instituto de pesquisa. Consiste em estabelecer, entre outros, os seguintes processos: padrão de identidade e qualidade; condições ambientais; instalações e saneamento; procedimentos sobre manuseio de equipamentos e utensílios; o controle de qualidade; condições e identificação dos produtos, visando à sua rastreabilidade; instalações e edificações, visando minimizar riscos de contaminação dos produtos e de pessoal, pois as instalações não devem estar em locais perigosos ou impróprios, e o processo de produção deve seguir o protocolo específico, de acordo com a planta do edifício. Inclusive, deve conter informações a respeito dessa planta, se possui espaço adequado para instalação de equipamentos, estocagem de matéria-prima e se há espaço suficiente para circulação de pessoal, limpeza e controle de pragas. ATENÇÃO Os Manuais Técnicos enfocam tópicos da qualidade em pesquisa básica. As práticas de qualidade apresentadas fornecem as bases para um sistema de gestão da qualidade não regulatório que, se adequadamente aplicado, capacitará instituições e indivíduos a produzirem resultados de pesquisa confiáveis. Esse sistema de gestão da qualidade é elaborado com o propósito de auxiliar instituições de pesquisa e pesquisadores que almejam melhorar a qualidade de seus resultados. O sistema de gestão da qualidade descrito nesses manuais proporciona ferramentas necessárias para implementação e monitoramento de práticas de qualidade em suas pesquisas, aumentando assim a credibilidade e a aceitação de seus trabalhos. Atualmente, universidades, hospitais, instituições governamentais e indústrias utilizam sua infraestrutura para realizar estudos científicos básicos que sejam relevantes para a descoberta e o desenvolvimento de novas estratégias. Os dados gerados dessas atividades precisam ser confiáveis, a fim de garantirem bases sólidas para as decisões sobre os investimentos a serem feitos no desenvolvimento de estratégias ou produtos. Muitas dessas atividades não estão incluídas, por exemplo, nos Manuais de Boas Práticas de Laboratório. Quando isso ocorre, institutos e empresas devem fornecer orientações sobre práticas de qualidade nessas áreas mediante elaboração de manual específico, ou de Procedimento Operacional Padrão (POP) específicos. Cada POP contido nessas instruções de Boas Práticas de Fabricação (BPF) deverá descrever: Objetivos do procedimento e frequência da operação Resultados esperados Campos de aplicação Equipamentos necessários para execução Responsáveis pela execução e pelo controle (monitoramento e verificação) Procedimentos de monitorização e verificação, ações corretivas, registros e planilhas de controle (normalmente, expostos em anexos) Podemos descrever um exemplo de um POP para controle de vetores e pragas: POP PARA CONTROLE DE VETORES E PRAGAS Objetivo: Descrever procedimentos adotados para assegurar um controle integrado de pragas eficiente, prevenindo a contaminação dos ingredientes, matérias-primas e produtos acabados, bem como evitar a proliferação de pragas nas demais instalações da empresa. Campo de aplicação: Equipe de Produção e áreas circunvizinhas Referências: Resolução RDC n.º 18 de 29 de Fevereiro de 2000 Descrição: Sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir que vetores e pragas ambientais possam gerar problemas significativos. Visa minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas. Procura uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico e econômico. Ações preventivas: Telas antimosquito que revestem toda a área em contato com o meio externo, protegendo a fábrica, principalmente, contra a entrada de pequenos insetos. Casa de grãos completamente vedada. Ralo protegido por tela, impedindo a entrada de insetos e pequenos roedores. Conexão entre sistema de esgotamento e ralo vedado a insetos e pequenos roedores. Limpeza diária do setor de produção e área de recepção e depósitos. Os Manuais de Boas Práticas preconizam diversos procedimentos, inclusive Instruções de Recursos Humanos, desde a seleção de funcionários, suas admissões, seus programas de treinamento, passando pela higiene pessoal e manipulação de produtos até a segurança do trabalho, principalmente utilização de Equipamento de Proteção Individual – EPI. As Instruções de Trabalho são orientações especificas de operação (preparo, manipulação e requisitos), de modo simplificado realizado rotineiramente ou não na empresa, instituto, secretarias ou qualquer outro órgão. Uma instrução de trabalho descreve o passo a passo da execuçãode uma tarefa. Para melhor entendimento, fornecemos a seguir um exemplo de uma Instrução de Trabalho – IT para preparo de soluções: IT 01 – PREPARO DE SOLUÇÃO SANITIZANTE ÁCIDO – ÁCIDO PERACÉTICO 0,25% Medir em um béquer 3,75 litros de ácido peracético. Adicionar o ácido peracético em 1.500 litros de água. IT 02 – PREPARO DE SOLUÇÃO ALCALINA – SOLUÇÃO DE SODA A 2,5% Medir 37,5 litros de soda cáustica. Adicionar a soda em 1.500 litros de água. IT 03 – PREPARO DE SOLUÇÃO CLORADA 10 PPM Medir 10ml de hipoclorito de sódio. Adicionar em 100L de água. IT 04 – PREPARO DE SOLUÇÃO ALCALINO CLORADO – FOSFATO CLORADO 200PPM Pesar em um béquer 300g de fosfato trissódico. Medir em béquer 750mL de hipoclorito de sódio. Adicionar o fosfato e o hipoclorito em 1.500 litros de água. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal NORMAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO – OS DESAFIOS DA PROFISSÃO DO BIÓLOGO VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Aprendemos com os módulos anteriores a importância do treino da profissão, isto é, o estágio supervisionado, período em que a responsabilidade e a oportunidade para tomadas de decisões deverão ser testadas. Vimos que a profissão do biólogo é habilitada por lei e existe o Conselho Federal de Biologia – CFBio que regulamenta as atividades profissionais: Meio Ambiente e Biodiversidade; Saúde e Biotecnologia e Produção. Também vimos que os principais locais para plenamente exercer o estágio e futuramente a profissão são: institutos de pesquisa com seus laboratórios, também museus, hospitais e unidades de conservação, órgãos governamentais voltados para pesquisa e preservação ambiental. É importante também considerar a iniciativa privada, uma vez muitas empresas exploram o conhecimento sobre a vida, reciclagens dos dejetos humanos, orgânicos, lixo eletrônicos etc. Como a profissão de biólogo é um trabalho que envolve o manuseio de seres vivos, o procedimento ético é imperativo. Assim como o caráter do estudante, primando pela responsabilidade e pelo entendimento sobre riscos biológicos. Entendemos que muitos componentes da vida interferem na saúde tanto do próprio homem quanto do meio ambiente. Dessa maneira, ao se trabalhar com agentes de risco, procure sempre por Manuais de Biossegurança e de Boas Práticas, além das Instruções de Trabalho, garantindo seu trabalho e dos demais com segurança, ética e responsabilidade. Tenha uma ótima jornada profissional! PODCAST AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA - CFBio. Resolução Nº 227, de 18 de agosto de 2010. In: CFBio. Consultado em meio eletrônico em: 17 de ago. 2020. PAULA, G. T.; VILLAÇA, A. C. de M.; BARRETO, S. M. G. Estágios supervisionados no curso de bacharelado em educação física da universidade federal de juiz de fora: uma visão discente. In: XX COMBRACE e VII CONICE democracia e emancipação – Desafios para educação física e ciências do esporte na América Latina – Goiânia, GO de 17 a 21 de setembro de 2017. SCALABRIN, I. C.; MOLINARI, A. M. C. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. São Paulo: Revista UNAR, 2013. SILVA, F. D.; VERA, I.; ELIAS, R. A.; LUCCHESE, R.; FERNANDES, S. C.; LUCAS, S. S. Ética e integridade: condutas para produções científicas no Brasil. In: Cogitare Enferm. (23)3, 2018. EXPLORE+ Para conhecer um pouco mais sobre como se dispõe a regulamentação das Atividades Profissionais e das Áreas de Atuação do Biólogo, recomendamos a leitura da Resolução Nº 227 de 18 de agosto de 2010, a qual pode ser encontrada no site do Conselho Federal de Biologia. CONTEUDISTA Rodrigo Ribeiro Tarjano Leo CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);