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CURSO: Farmácia 
DISCIPLINA: Estágio de Assistência Farmacêutica
PROFESSOR: Fabiely Gomes da Silva Nunes
ENCONTRO: 5 – Estruturação de serviço farmacêutico – Farmácia pública;
1
Estrutura e organização serviço de farmácia 
As US devem contar com uma estrutura condizente com a realização adequada dos diversos serviços de saúde, incluindo o de farmácia. 
A planta da US deve contemplar:
uma área específica para o serviço de farmácia: administrativa, de armazenamento, de dispensação e de atenção farmacêutica. 
O local de armazenamento deve ter espaço suficiente para comportar os diversos tipos de medicamentos, prevendo áreas e equipamentos para aqueles que possuem características específicas. 
O serviço de farmácia tem um papel essencial no funcionamento das US, pois a grande maioria dos atendimentos realizados nos diferentes tipos de US – Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Saúde da Família (USF) ou Pronto Atendimento (PA) – resulta em uma prescrição medicamentosa, que deverá ser atendida pela farmácia.
Características do serviço da farmácia 
Grande demanda de farmácias das US: torna imprescindível a necessidade, por parte do farmacêutico, de ser auxiliado por outro profissional de nível técnico, o assistente do farmacêutico. 
• A natureza do serviço: exige a existência de protocolos, procedimentos e até mesmo um regimento interno. Esses documentos devem ser de conhecimento geral e permanecer disponíveis a todos os profissionais das US.
Documentos Gerenciais 
POP ou instrução normativa: estabelece o modo de execução de uma atividade expedida pelo superior hierárquico, ou seja, fixa normas e/ou ensina como fazer.
Ordem de Serviço: ato normativo que estabelece a execução de providências a serem tomadas, ou seja, determina o que é para ser feito.
Regimento Interno (Manual de Boas Práticas): ato normativo que especifica disposições complementares de um Regulamento.
Recursos Humanos
Um farmacêutico responsável técnico por cada estabelecimento farmacêutico.
Assistentes de farmacêuticos devidamente capacitados e em número suficiente para o atendimento de até 80 usuários/dia para cada assistente.
Recursos Humanos
Um farmacêutico responsável técnico por cada estabelecimento farmacêutico.
Assistentes de farmacêuticos devidamente capacitados e em número suficiente para o atendimento de até 80 usuários/dia para cada assistente.
RDC Nº 44/2009
RDC Nº 44/2009 - Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. 
BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS 
Organização Mundial da Saúde: 
Mais de 50% dos medicamentos são prescritos, dispensados ou utilizados de forma inadequada. 
 Progresos realizados en el uso racional de los medicamentos. Informe de la Secretaría. Genebra; WHO, 2007. [60th World Health Assembly] 
Os países devem estabelecer normas nacionais para a promoção da saúde, o abastecimento de medicamentos, os produtos para a saúde, o autocuidado do paciente e o aprimoramento da prescrição e do uso dos medicamentos. 
Boas práticas em farmácia (BPF): em ambientes comunitários e hospitalares [WHO/PHARM/DAP/96.1]. Genebra: OMS, 1996. 
DISPENSAÇÃO
A dispensação é uma atividade estratégica, pois é uma das últimas oportunidades de identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapia medicamentosa (OPAS, 2003).
Oportunidade para orientar o paciente sobre o uso correto, seguro e racional de medicamentos, dando ênfase à dosagem, possíveis interações (com medicamentos e/ou com alimentos), reações adversas potenciais e condições de conservação dos medicamentos
RDC 44/2009
Farmácias e Drogarias são Estabelecimentos Diferenciados!
• se aplica às farmácias e drogarias em todo território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e às unidades volantes.
 • não se aplica aos estabelecimentos de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica, sujeitando-se às disposições contidas em legislação específica.
RDC 44/2009 – CONDIÇÕES GERAIS 
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) da Anvisa; 
II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias; 
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pela VISA local;
 IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo CRF; 
V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as especificidades de cada estabelecimento. 
O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. 
Da comercialização e dispensação de produtos 
O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos. 
São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto. 
No momento da dispensação dos medicamentos deve ser feita a inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de validade e a integridade da embalagem. 
O usuário deve ser alertado quando for dispensado produto com prazo de validade próximo ao seu vencimento. 
É vedado dispensar medicamentos cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída no prazo de validade. 
Serviços Farmacêuticos Permitidos
Os estabelecimentos poderão oferecer os seguintes serviços: 
I – Atenção farmacêutica: 
• parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal; 
• parâmetro bioquímico: glicemia capilar (auto-teste);
• administração de medicamentos: injetáveis, inalatórios, VACINAS; 
Vedada a administração de medicamentos de uso exclusivo hospitalar. 
• atenção farmacêutica domiciliar: deve possuir dois farmacêuticos. 
II – Perfuração de lóbulo auricular: colocação de brinco. 
III – Aplicação de vacinas: RDC 197/17 e Res. CFF 654/18
Planejamento como ferramenta de gestão
O planejamento é um instrumento gerencial que deve estar apoiado no conhecimento exato da nossa realidade, das nossas condições e das nossas dificuldades
PLANEJAMENTO É UMA FORMA DE ORGANIZAÇÃO PARA A AÇÃO!!! 
CORRENTES DO PLANEJAMENTO 
Planejamento Tradicional ou normativo 
1) Diagnóstico
2) Prognóstico
3) Fixação de objetivos e metas. 
4) Seleção. 
5) Formulação do plano.
6)Programação dos recursos: 
7) Execução. 
8) Avaliação e controle. 
Planejamento Estratégico 
1) apostar em um futuro que se deseja, considerando outros atores e variáveis em jogo; 
2) minimizar o efeito surpresa por meio de ações planejadas; 
3) orientar a ação do presente, considerando a mediação entre passado, presente e futuro; 
4) valorizar as habilidades existentes visando a melhorar a resolutividade ou a eficácia das ações propostas.
Normativo x Estratégico 
No planejamento tradicional, uma atitude correta e inteligente o abandono de um plano, em qualquer fase, sempre que ele se tornar inviável técnica, econômica ou financeiramente
X
O Planejamento estratégico é um método de raciocínio capaz de verificar a coerência das proposições possíveis em relação ao objetivo perseguido. Busca definir um conjunto de operações que devem ser realizadas com a finalidade de mudar a realidade
Planejamento e Gestão no SUS
O planejamento segue a prática do PES; 
Ascendente; 
Deve ser o instrumento que direciona as ações; 
Planejamento deve ser uma prática na AF 
2005 - descentralização de recursos financeiros do SUS para a aquisição de medicamentos implica na necessidade de planejamento das ações de assistência farmacêutica.
Os instrumentos de gestão pública e do SUS: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA); Plano Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão (RAG). 
Interface entre legislação e prática
COMPONENTE BÁSICO
COMPONENTEESTRATÉGICO 
COMPONENTE ESPECIALIZADO 
INSTRUMENTOS 
Plano Plurianual de Saúde;
Lei Orçamentária Anual – LOA
Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO
Programação Anual de Saúde
Relatório de Gestão 
Fonte: Rover, 2016
Modelo lógico da gestão da Assistência Farmacêutica
E tem receita de bolo???
Conhecer legislação 
Avaliação situacional 
Construir um Planejamento
Implementar as ações 
Articular Alianças
Monitorar, avaliar e replanejar 
Vamos praticar ?
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL 
https://www.siteware.com.br/blog/gestao-estrategica/o-que-e-planejamento-estrategico-situacional/
Definindo o problema 
Quais problema nós podemos ter em uma farmácia pública? Vamos pensar? 
Vamos pensar em um problema e depois pontuar de 0 a 5 a 
A MAGNITUDE; 0 -5
 A TRANSCENDÊNCIA; 0 – 5 
A VULNERABILIDADE; 0 -5 
 A URGÊNCIA; 0-5 
A FACTIBILIDADE. 0- 5
Referências 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 17 de agosto de 2009. http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_44_2009_COMP.pdf/2180ce5f-64bb-4062-a82f-4d9fa343c06e
BUSATO, I. M. S. Planejamento Estratégico em Saúde. Curitiba: Intersaberes, 2017. Capitulo 1. https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/52004/pdf/0 
DALLA NORA, L. C. et al. Análise da assistência farmacêutica no planejamento: participação dos profissionais e a qualificação da gestão. Cadernos Saúde Coletiva, [s. l.], v. 27, n. 3, p. 278–286, 2019. DOI 10.1590/1414-462X201900030359. Disponível em: http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=foh&AN=139108467&lang=pt-br&site=ehost-live. Acesso em: 6 mar. 2021.
Lacerda, J.T., et al. Gestão da Assistência Farmacêutica. Módulo transversal. Unidade 2 - Planejamento em saúde. Disponível em: E2_ModTran_Un2_final.pdf (unasus.gov.br). 
PASSARELLI, G. C. Assistência farmacêutica. Porto Alegre: Grupo A, 2019. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595027909/assignment/a7a3b2fc7a514928ae0c511cf0a9bf33
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