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PS ICOLOG IA ESCOLAR UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE PSICOLOGIA - IPS PROJETO INTEGRADO DE TRABALHO II ALUNAS: EVA MAGNA, ANA DA SILVA, CAMILE LEITE, LANARA MARINHO, MARIA ANTONIA ANDRADE, MILLENA G SIQUEIRA. A educação é uma prática social intencional que busca transmitir a cultura construída ao longo da história da humanidade. H I S T Ó R I A D A P S I C O L O G I A E S C O L A R N O B R A S I L XIX XX 1920 1930 A A T U A Ç Ã O C O N T I N U A A M E S M A ?1970 1962 A Psicologia da Educação é uma subárea de conhecimento que se dedica a estudar o aspecto psicológico do processo educativo. A Psicologia Escolar é um campo profissional que se concentra no processo de escolarização, envolvendo a escola e as relações estabelecidas nesse contexto. Ela se baseia nos conhecimentos da Psicologia da Educação, outras subáreas da Psicologia e outras áreas de conhecimento. *Diferentes autores possuem pensamentos conflitantes a respeito dessa divisão T E O R I A B I O E C O L Ó G I C A ( B R O N F E N B R E N N E R E M O R R I S ( 1 9 9 8 ) ) Considera os contextos e processos dos indivíduos através do tempo. Escola como um microssistema Importância de trabalhar com diversos atores P S I C O L O G I A H I S T Ó R I C O - C U L T U R A L E T E Ó R I C O - C R Í T I C A ( V Y G O T S K Y , 1 9 9 9 ) o desenvolvimento humano ocorre através de processos de mediação simbólica desencadeados pelas trocas de experiências entre os indivíduos nas suas relações sociais A T U A Ç Ã O D O P S I C O L O G O E S C O L A R A Resolução nº 13/2007, do Conselho Federal de Psicologia, define o campo de atuação do Psicólogo Escolar/Educacional Para obter o título de psicólogo escolar é necessário ter concluído a graduação em Psicologia, estar inscrito no Conselho Regional de Psicologia do estado onde deseja exercer a profissão e concluir o curso de pós-graduação em uma Instituição de Ensino Superior, reconhecida e credenciada pelo Ministério da Educação (MEC). A T U A Ç Ã O D O P S I C O L O G O E S C O L A R Ambito formal: escolas, instituições de ensino Ambito informal:empresas, instituiçoes não governamentais etc a) Atuar em uma equipe multidisciplinar; b) Estar constantemente estudando e participando de eventos da área e trocando experiências com os pares; c) Sair do gabinete para olhar a realidade tal como ela se apresenta, confusa e inexplicável, fora de controle e desafiadora Não trabalha apenas com práticas curativas ou patologizantes, mas auxilia tanto na prevenção quanto na promoção do desenvolvimento dos envolvidos no processo educativo EDUCAÇÃO FORMAL AMBITO ADMINISTRATIVO análise e intervenção no clima educacional; contribuição no processo de escolha da profissão; adaptação do indivíduo ao trabalho; aplicação de programas especiais de ensino. realiza pesquisas, diagnóstico e intervenção; ajuda na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, projetos pedagógicos, políticas educacionais e novos procedimentos educacionais. PSICOPEDAGOGIA como se tornar? Pode-se chegar à psicopedagogia não somente pela psicologia e pedagogia, mas também por outros cursos, como as licenciaturas. QUAL SUA ORIGEM? Formulada a fim de compreender o fracasso escolar. OBJETO DE ESTUDO O processo da aprendizagem; Realidade externa e interna. PSICOLOGO ESCOLAR X PSICOLOGO EDUCACIONAL X PSICOPEDAGOGO "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção" - Paulo Freire O A P A R A T O B I O L Ó G I C O “(...) os neurônios podem ser considerados as células da aprendizagem, pois são elas em si, mais a interação que recriam com as células denominadas glias, que sustentam e consolidam, somaticamente, qualquer tipo de aprendizagem, seja a mais simples de tipo sensório-motor, práxica, não-simbólica ou não-verbal, seja a mais complexa do tipo operacional, simbólica ou verbal, como são a leitura, a escrita e a matemática.” “[...] o que a natureza lhe dá quando nasce não lhe basta para viver em sociedade. É-lhe ainda preciso adquirir o que foi alcançado no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade humana”. (RODRIGUES & SILVA, 2021 apud LEONTIEV, 1978) (FONSECA, 2014) (FONSECA, 2014) E X C L U S Ã O S O C I A L E E S C O L A R Origem: contextos socioeconômicos e culturais que reproduzem as desigualdades sociais nas escolas, afetando crianças e adolescentes pobres, pretos, pardos e indígenas no Brasil. as limitações e demandas do cotidiano e as vivências escolares são obstáculos ou motivos para que crianças e adolescentes em idade de escolarização obrigatória deixem de estudar. As des igua ldades de acesso a recursos soc ia i s , cu l tura i s e econômicos ent re áreas urbanas e rura i s são re levantes para a exc lusão esco lar , po i s a esco la mu i tas vezes é o ún ico espaço de conv ivênc ia e in teração soc ia l fora da famí l ia . A manutenção dessas des igua ldades pode ter impactos s ign i f i cat ivos na v ida das cr ianças e ado lescentes , em suas comun idades e na soc iedade como um todo . fora do espaço s imbó l ico da cu l tura e economia "(...) a educação tem papel primordial no desenvolvimento, que vai muito além de um amadurecimento biológico, pois é um processo histórico e cultural, que ocorre pela apropriação do conhecimento científico e cultural criado pela humanidade. A função da escola no desenvolvimento da atenção voluntária e do ensino e aprendizagem nos leva a pensar que as dificuldades inerentes a esses processos precisam ser cuidadas em âmbito pedagógico e social.” C O M O I N T E G R A R O S A S P E C T O S S O C I A I S E B I O L Ó G I C O S ? (RODRIGUES & SILVA, 2021 adaptado) N E U R O P S I C O P E D A G O G I A O afetivo, o cognitivo e o executivo estão em interação constante no processo da aprendizagem, porque as suas funções são indissociáveis em termos neurofuncionais, e porque os seus substratos neurológicos têm de operar em sintonia. (FONSECA, 2014) É N E C E S S Á R I O M E D I C A L I Z A R ? É impor tante re lembrar que, embora o apare lho b io lóg ico es te ja dado, as hab i l idades não são inatas , mu i to menos as competênc ias Se o ambiente esco lar não proporc iona nem rea l i za a med iação externa necessár ia para o desenvo lv imento das capac idades , ta l rea l idade pode levar a lguns ind iv íduos a acred i tarem que possuem a lgum transtorno? (RODRIGUES & SILVA, 2021 ) E D U C A Ç Ã O I N C L U S I V A Necess idade de prát icas que confrontem a exc lusão e a d i scr im inação nas esco las , es t imu lando a l ternat ivas que promovam a inc lusão educação inc lus iva const i tu i um parad igma educac iona l fundamentado na concepção de d i re i tos humanos , que con juga igua ldade e d i ferença como va lores ind i ssoc iáve i s O desaf io que confronta a esco la inc lus iva d i z respe i to ao desenvo lv imento de uma pedagog ia centrada e capaz de educar com sucesso todas as cr ianças Educação Inc lus iva re iv ind icação do ingresso de a lunos , chamados de por tadores de necess idades educat ivas espec ia i s nas esco las regu lares , o que ex ig iu uma lu ta soc ia l por po l í t i cas púb l icas de educação que garant i ssem esse d i re i to aborda d iversos aspectos referentes à área das necess idades educat ivas espec ia i s . D E C L A R A Ç Ã O D E S A L A M A N C A As esco las dever iam acomodar todas as cr ianças , independentemente de suas cond ições f í s i cas , in te lectua i s , soc ia i s , emoc iona i s , l i ngu ís t i cas ou out ras . o termo 'necess idades educac iona i s espec ia i s ’ refere-se a todas aque las cr ianças ou jovens cu jas necess idades educac iona i s espec ia i s se or ig inam de def ic iênc ias ou de d i f i cu ldades de aprend izagem.P S I C O L O G I A E S C O L A R E N E C E S S I D A D E S E D U C A C I O N A I S E S P E C I A I S ( N E E ) Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. " - BRASIL, Lei n. 13.146, de 6 Jul de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência); O termo "necessidades educacionais especiais" se refere a jovens e crianças cujas necessidades especiais advém de deficiências ou dificuldades que impactam na aprendizagem. T R A B A L H O D O P S I C Ó L O G O Planejar intervenções com base na análise dos fatores ambientais e interpessoais do aluno com que lida; 2 Avaliar criticamente o resultado das ações implementadas: estão, de fato, direcionadas à garantia da permanência desses estudantes na formação educacional. 3 O trabalho do psicólogo e os alunos com NEE, sua famílias e seus professores Fornecer dados aos professores sobre o aluno com NEE; 1 Queixas escolares como construtos oriundos de uma ordem institucional1 Fracasso escolar como produto de uma lógica social2 P E R S P E C T I V A I N C L U S I V A P S I C O D I N Â M I C A E S Ó C I O H I S T Ó R I C A Historicamente, o psicólogo atua no sentido de "curar o aluno problema e devolvê-lo sadio" (OLIVEIRA- MENEGOTTO; FONTOURA, G., 2015): O aspecto social aparece apenas na preocupação de moldar o aluno ao convívio na escola. NECESSIDADE DE ENTENDER R E F E R Ê N C I A S BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Cenário da Exclusão Escolar no Brasil. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/relatorios/cenario-da-exclusao-escolar-no- brasil>. DAZZANI, M. V. M. A psicologia escolar e a educação inclusiva: Uma leitura crítica. Psicologia: ciência e profissão, v. 30, n. 2, p. 362–375, 1 jun. 2010 FERNANDEZ, L., O Psicólogo Escolar como Agente do Processo de Inclusão. Rio de Janeiro, 2023 FONSECA, Vitor da. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Revista Psicopedagogia, [s. l.], 20 dez. 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000300002. Acesso em: 25 maio 2023. OLIVEIRA-MENEGOTTO, L. M. de; FONTOURA, G. P. da. Escola e Psicologia: Uma História de Encontros e Desencontros. 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