Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conferência: DRGE
Fisiopatologia:
· O vazamento do conteúdo gástrico para o esôfago não é fisiológico, uma vez que há o esfíncter esofágico inferior que impede esse mecanismo, para que ocorra o vazamento, há uma deficiência desse esfíncter
· O esfíncter inferior é dividido em interno e externo; possui uma musculatura que faz essa “força”
· A deficiência pode ser:
· Depuração ácida esofágica ineficiente (esôfago deveria, pela produção de muco e peristaltismo, empurrar o ácido que subisse)
· Defeito na resistência epitelial esofágico: muco e mecanismos celular (mucosa do inferior possui epitélio mais justo, fazendo lesões mais superficiais, mas quando sofre muitas ondas ácidas ou por baixa produção de mecanismos de defesa, há lesão das camadas mais profundas)
· Esfíncter inferior do esôfago: relaxamento transitório e hipotensão → ondas persistentes, por alteração anatômica ou neuronal, medicamentos (xantinas) ou alguns alimentos (cafeína)
· Agressividade da natureza do material refluxo: H+, pepsina, sais biliares, tripsina 
· Defeito nos elementos anatômicos antirrefluxos: a mais comum é a hérnia de hiato 
· Esvaziamento gástrico e pressão abdominal: se tiver muita pressão na cavidade gástrica, pode sobrepor a pressão do esôfago → obesidade, gravidez, nadadores, etc
· Além desses mecanismos, para configurar DRGE, precisa determinar a exposição ácida: tempo, quantidade e extensão pelos exames (pHmetria, bioimpedância, etc)
· Se atingir o superior, caracteriza refluxo
Fatores de risco:
· Idade: aumenta com a idade
· Sexo: prevalente em mulheres
· Gestação e obesidade: aumento da pressão
· Hérnia hiatal: mais de 7 cm faz formas mais graves pela broncoaspiração
· Fatores genéticos: estudos sugerem
Dieta: 
· O uso de cafeína está mais relacionado a frequência do que a quantidade
· Não há diminuição do pH por ingerir alimentos cítricos 
· Mais têm impacto: xantina e gordura 
Classificação:
Padrão dos sintomas:
1. DRGE típico: pirose e regurgitação 
2. DRGE atípico
Marcados de alerta: com ou sem
· Anemia
· Hemorragia digestiva
· Emagrecimento
· Disfagia e odinofagia
· Sintomas de grande intensidade
· Pacientes > 45 anos
· Hx familiar de câncer de tubo digestivo
Exame físico:
· Verificar estado geral
· Peso
· Mucosas e cavidade oral
· Faringe
· Linfonodomegalia 
· Cardio, pulmonar e abdome
*Principalmente para dx diferenciais 
Investigação:
· EDA: lesão de mucosas e contribui com dx nas atípicas
· pHmetria esofágica: faz dx de certeza
· Manometria esofágica
· SEED
· Impedâncio pHmetria: padrão-ouro para dx
Para quem fazer os exames “de certeza”:
· Avaliação pré-operatória
· Dúvida diagnóstica
Teste terapêutico:
· Para pacientes < 45 anos, sem marcadores de alarme e manifestações típicas: grau A
· Também é viável fazer EDA antes do início do tratamento a depender do local 
· Se não responder ao teste em 4 semanas ou resposta negativo, indica necessidade de EDA
EDA:
· O achado mais comum é a esofagite 
· Usa classificação de Los Angeles
A: lesões < 5 mm (achado, não ajuda nem atrapalha dx)
B: lesões > 5 mm (contribui mais para o dx a depender do quadro clínico)
C: < 75% da circunferência do órgão 
D: > ou = 75% 
**C ou D, mesmo que assintomáticos, têm DRGE
· Antes de fazer pHmetria, precisa fazer manometria para localizar o esfíncter esofágico inferior 
Diagnóstico:
· Condição adquirida crônica
· Suspeita clínica, principalmente nos atípicos
· Teste terapêutico a depender da possibilidade
· Endoscopia: normal, esofagite, hérnia de hiato e complicações → avaliar mucosa
· pHmetria e impedâncio pHmetria: dúvida dx
· Manometria: diferenciais
Complicações: 
· Úlcera (atinge submucosa, mais profundas) esofágica
· Estenose esofágica: cicatrização e fibrose
· Esôfago de Barrett: maiores chances de câncer
· Metaplasia intestinal 
Tratamento inicial:
· Típico: IBM dose plena 4 a 8 semanas
· Atípico: IBP dose dobrada 12 a 24 semanas
Tempo de tto:
· Não complicado: controle dos sintomas
· Complicado: definitivo
Uso interno:
1. Omeprazol 40 mg ______________ 60 cp
 Tomar 1 comprimido pela manhã em jejum conforme demanda e se alimentar após de 20-30min
Uso interno:
1. Omeprazol 40 mg ______________ 120 cp
 Tomar 1 comprimido pela manhã e 1 pela noite por 4 meses
Uso interno:
1. Omeprazol 40 mg __________ uso contínuo
 Tomar 1 comprimido pela manhã em jejum
**Associações para manutenção: antiácidos, bloqueador H2 e pró-cinéticos para quando não há mais sintomas ou são esporádicos
Medidas comportamentais: 
· Farão parte do resto da vida
· Elevar a cabeceira da cama
· Comer em pequenas porções
· Evitar dormir com estômago cheio
· Redução do peso corporal nos sobrepeso e obesidade 
**Tratamento cirúrgico: é uma opção 
Dx diferenciais:
· Dismotilidade esofágica (feito por manometria)
· Esofagite eosinofílica (processo alérgico que pode ser intensificado pelo refluxo)
· Doença funcional: percepção alterada; tem sintomas de refluxo, mas pHmetria normal, talvez por uma sensibilidade maior 
TUTORIAL: 
· DRGE faz esofagite (não gastrite)
· Até 4% do tempo, podemos ter refluxo fisiológico
· É uma doença crônica e orgânica
· Classificação da DRGE:
· Dividido em erosivo (Classificação de Los Angeles) ou não-erosiva (não apresenta lesão)
· Quanto aos sintomas: típico (pirose ou regurgitação) e atípicos (tosse, dor torácica, sintomas de asma, destruição do esmalte dentário) 
· Sinais de alarme: emagrecimento, disfagia, anemia, sangramento, linfonodomegalia e visceromegalia
· Complicações: estenose de esôfago (processo de cicatrização, com aumento de colágeno), esôfago de Barrett (metaplasia intestinal, o que aumenta a chance de adenocarcinoma de esôfago inferior. CEC não tem relação), úlcera e HDA
Investigação: 
· Melhores exames para ver quanto de ácido sobe: bioimpedanciometria e pHmetria (ácido por mais de 4-6% do tempo do exame, confirma patologia) 
· Exame para ver a mucosa: EDA (de preferência sedado e precisa estar em jejum; é feita até a 2a porção do duodeno)
Tratamento:
· MEV: comer até 2h antes de dormir, elevar cabeceira da cama, evitar alimentos que promovam o relaxamento do esfíncter, mastigar mais o alimento, não tomar líquidos enquanto come 
· IBP: dose dobrada em atípico e esôfago de Barrett