Prévia do material em texto
Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 1 🩹 Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana qual a causa mais frequente de AIT e AVC? aterosclerose é a causa mais frequente de ataque isquêmico transitório e acidente vascular cerebral em doentes com lesões de artérias extracranianas; o que é a aterosclerose? processo degenerativo de parede arterial que se inicia com a formação da placa de ateroma e que evolui com estreitamento progressivo da luz do vaso; em sua localização extracraniana os pontos mais atingidos são a bifurcação carotídea, seguida pelas artérias carótida comum, subclávia e vertebral; o mais comum é extracraniana- território carotídeo e vertebrobasilar (se comunicam por meio do polígono de Willis) como identificar qual a artéria lesada? de acordo com a manifestação clínica (vertebral ou carótida vão apresentar sintomas diferentes), se por exemplo for uma isquemia do polígono de Willis a área pode ser compensada pela circulação colateral → por isso AIT é rápido e não deixa sequela; do que a isquemia cerebral resulta? não só do estreitamento provocado pela placa aterosclerótica, mas também por fenômenos que ocorrem em seu interior, como acidentes interplacas, que podem levar ruptura da íntima, exposição das camadas subjacentes e aderência de elementos figurados do sangue, principalmente plaquetas, esse processo desencadeia a formação de trombos murais e possível microembolização; Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 2 o que é a insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana? isquemia de território carotídeo ou vertebral extracraniano; qual o mecanismo da isquemia extracraniana por redução de fluxo? estenose crítica, oclusão crônica, originados pela placa de ateroma que cresce de forma lenta e oclui a luz arterial → lento e gradativo → redução crônica de fluxo → isquemia cerebral; qual o mecanismo da isquemia extracraniana por trombose em placa? Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 3 normalmente leva a AVC, turbilhonamento do fluxo → alteração hemodinâmica → pode formar trombo em cima da placa de ateroma (trombose em placa); ou placa de ateroma que fragmenta (pode causar embolia), ou coagulo dentro da placa de ateroma, causando oclusão; qual o mecanismo da isquemia extracraniana por alteração hemodinâmica? placa de ateroma leva a distúrbio de fluxo, que leva a turbilhonamento, agregação plaquetária, formação de coágulo em cima da placa de ateroma, temos fragmentação(placa sofre processo de ulceração, expondo espaço subendotelial) temos a formação de coágulo em cima da placa de ateroma, depois a hemorragia intraplaca, expansão súbita e posteriormente a oclusão total ou parcial da luz arterial → isquemia; qual o mecanismo da isquemia extracraniana por embolia em placa? placa instável → fragmentos de placa podem ocluir a.intracerebrais de menor calibre, levando a isquemia cerebral; Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 4 como é feito o diagnóstico de insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana? sempre auscultar as carótidas! em doença assintomática as suspeitas são feitas através do exame físico, como SOPROS na CARÓTIDA e na subclávia, ou seja, precisa investigar. em pacientes sintomáticos, história, exame físico, exame neurológico, os exames complementares e os exames de imagem vascular são essenciais; quais as manifestações clínicas de insuficiência vascular cerebral ? variam desde episódios de ligeira disfunção cerebral com rápida recuperação, até quadros de comprometimento de funções cerebrais, que deixam sequelas definitivas ou culminam com o óbito; os sintomas variam se oclusão em carótidas ou vertebrais, consideramos um paciente sintomático se duração 6meses, e assintomático 6 meses; o que é o AIT? clinicamente o AIT tem sintomatologia súbita, de curta duração, resolução espontânea sem deixar sequelas clínicas perceptíveis; já o AVC é o oposto, de início súbito, mas os sintomas tem duração mais prolongada e o paciente acaba evoluindo com algum grau de sequela; Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 5 quando podemos caracterizar como sendo AIT? condição diagnóstica → quando não há, no exame de neuroimagem, infarto cerebral; curtos episódios de perda de funções cerebrais localizadas em territórios como hemisfério direito ou esquerdo ou território vertebrobasilar; duram menos de 24h, habitualmente de 2 a 15 minutos; como é a sintomatologia do AIT? depende do território (carotídeo ou vertebral), e de onde houve a isquemia; temos alterações sensitivas (formigamento ou ausência de sensibilidade) ou motoras (ligerio cansaço ou fraqueza e até parestesias ou paralisias), distúrbios visuais (amaurose ou hemianopsia) e disfasia ou afasia quando o hemisfério dominante é afetado; quais as características do AVC? súbito, mas os sintomas tem duração mais prolongada e o paciente acaba evoluindo com algum grau de sequela → dano cerebral; história clínica → HAS, DM, obesidade, doença cardíaca; origem → aterosclerótica, cardioembólica e lacunar; quais os sintomas em carótida devido ao AVC? visuais → perda de visão por isquemia na artéria central da retina, que é ramo da artéria oftálmica, que é ramo da artéria carótida, pode causar anopsia ou amaurose; sensitivo motor → contralateral (pela decussação das pirâmides) outros → cognitivo, fala (disfagia, afasia de Wernicke ou Broca; quais os sintomas de um AVC vertebrobasilar? visuais → diplopia (visão dupla) equilíbrio → afasia, ataxia, tonturas, desmaios (por atingir o cerebelo) outros → parestesias alternantes (braço de um lado e perna do outro lado); como investigar estenose carótida/vertebral? Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 6 auscultar carótidas + subclávias → quando temos um sopro na região de carótidas ou subclávia, estamos diante de possibilidade de estenose; imagem vascular → ecodoppler - mais barato, menos agressivo, mede o grau de estenose e avalia características da placa de ateroma (quando há sopros na ausculta) → complementar com Angio Tc ou Angio RNM; exame de imagem SNC TAC/RNM qual exame escolher na investigação da estenose carótida/vertebral? iniciar pelo exame mais barato, com menos agressividade e que dê informações importantes ECODOPLER; esse exame tem certas limitações pra ver o arco da aorta e circulação intracraniana; ecodopler é o melhor exame pra avaliar a placa de ateroma → não invasivo (indolor) medida precisa do grau de estenose; avalia as características da placa de ateroma e risco de embolia limitações → estudo intracraniano; Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 7 ARTERIOGRAFIA NÃO É DIAGNÓSTICO , usada pra planejamento cirúrgico ou até mesmo intraoperatório; qual a conduta de tratamento clínico em estenose carótida extracraniana aterosclerótica? cessar o tabagismo; dieta e exercícios físico estatinas LDL 70mg/dL controle da glicemia HAS 140/90mmHg antiagregantes plaquetários → assintomáticos: AAS 75 a 325 mg sintomas : clopidogrel 75mg/dia sintomas recentes sem indicação cirúrgica em estenose de carótida? AAS clopidogrel 75mg 21 dias) manutenção: clopidogrel 75mg/dia; como é definido se paciente é ou não assintomático em estenose? ACC/AHA Stent 70% eco-doppler Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 8 60% angiografia SVS endarterectomia (cirurgia aberta da retirada da placa de ateroma) Estenose 70% (expectativa de vida maior que 5 anos) ESC endarterectomia estenose 60% expectativa de vida superior a 5 anos; alto risco de AVC, complicações 3% Stent é uma alternativa em paciente 70 anos, preferencialmente; quando fazer cirurgia em caso de estenose? estenose sintomática 70% 5070%; estenose assintomática 60% alto risco de AVC isquemia contra-lateral, AVC silencioso ipsi-lateral, imagem: progressão e tipos de placasde ateroma; expectativa de vida>5 anos; o que fazer em pacientes assintomáticos? estenose assintomática 60%, expectativa de vida 5 anos e alto risco de AVC → cirurgia; diagnóstico da HAS? 2 medidas e 2 consultas = 140/90mmHg 1 medida 180/110mmHg MRPA ou MAPA; para auscultar subclávia: região supra ou infra clavicular → em região média; quais os possíveis diagnósticos sindrômicos do caso? ataque isquêmico transitório; sindrômico → insuficiência cerebrovascular se manifestando na forma de ataque isquêmico transitório AIT ou isquemia cerebrovascular extracraniana; doença arterial obstrutiva periférica; hipertensão renovascular; o que diferencia o AIT de um acidente vascular encefálico permanente? Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 9 diferença é a presença da neuroimagem, se tiver necrose AVC, se for AIT não é recomendado tratamento com trombolítico; o que é o AIT? ataque isquêmico transitório, é uma isquemia cerebral focal que causa déficits neurológicos transitórios repentinos e não é acompanhada de infarto cerebral permanente (resultados negativos na RM de pontos de necrose); hipertensão renovascular quais as características? nos extremos de idade; em idoso por aterosclerose e em crianças e jovens por displasia fibromuscular, hipertensão de difícil controle; uma hipertensão que já se inicia com insuficiência renal e aquela que está relacionada ao edema pulmonar; quais os territórios topográficos desse paciente? artéria carótida esquerda, territórios femoro-poplíteo direito (obstrução parcial) e esquerdo (oclusão); a obstrução arterial sempre ocorre um território antes de onde está a redução/ausência de pulso; quando a cirurgia é indicada em casos de estenose? em grau de estenose 70% sintomático; stent reservado a pacientes com menos de 70 anos e complicações 6%; estenose sintomática 5070% tratamento clínico - cirurgia casos selecionados; estenose sintomática 50% tratamento clínico; quando a cirurgia é indicada em pacientes assintomáticos devido a estenose? sem sintomas vamos analisar a estenose maior que 60%, com expectativa de vida maior que 5 anos e alto risco para AVC (isquemia contralateral, ou acidente de AVC silencioso do mesmo lado, ou imagem com progressão e tipos de placas de ateroma; quais os possíveis diagnósticos sindrômicos do caso? ataque isquêmico transitório; sindrômico → insuficiência cerebrovascular se manifestando na forma de ataque isquêmico transitório AIT ou isquemia cerebrovascular Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 10 extracraniana; doença arterial obstrutiva periférica; hipertensão renovascular; o que diferencia o AIT de um acidente vascular encefálico permanente? diferença é a presença da neuroimagem, se tiver necrose AVC, se for AIT não é recomendado tratamento com trombolítico; o que é o AIT? ataque isquêmico transitório, é uma isquemia cerebral focal que causa déficits neurológicos transitórios repentinos e não é acompanhada de infarto cerebral permanente (resultados negativos na RM de pontos de necrose); hipertensão renovascular quais as características? nos extremos de idade; em idoso por aterosclerose e em crianças e jovens por displasia fibromuscular, hipertensão de difícil controle; uma hipertensão que já se inicia com insuficiência renal e aquela que está relacionada ao edema pulmonar; quais os territórios topográficos desse paciente? artéria carótida esquerda, territórios femoro-poplíteo direito (obstrução parcial) e esquerdo (oclusão); a obstrução arterial sempre ocorre um território antes de onde está a redução/ausência de pulso; quando a cirurgia é indicada em casos de estenose? em grau de estenose 70% sintomático; stent reservado a pacientes com menos de 70 anos e complicações 6%; estenose sintomática 5070% tratamento clínico - cirurgia casos selecionados; estenose sintomática 50% tratamento clínico; quando a cirurgia é indicada em pacientes assintomáticos devido a estenose? sem sintomas vamos analisar a estenose maior que 60%, com expectativa de vida maior que 5 anos e alto risco para AVC (isquemia contralateral, ou acidente de AVC silencioso do mesmo lado, ou imagem com progressão e tipos de placas de ateroma; diagnóstico da HAS? Insuficiência cerebrovascular aterosclerótica extracraniana 11 2 medidas e 2 consultas = 140/90mmHg 1 medida 180/110mmHg MRPA ou MAPA;