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Complicações relacionadas ao diabetes

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Complicações relacionadas ao diabetes 1
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Complicações relacionadas ao 
diabetes
quais os tipos de diabetes?
DM I  déficit absoluto de insulina, DM II (déficit relativo de insulina), tipos 
específicos e DM gestacional.
como é o diagnóstico do diabetes?
glicemia de jejum 126 mg/dl ou TOTG  75 200 mg/dl ou HbA1c 6,5% 
em pelo menos 2 ocasiões (mesma amostra ou amostra diferentes)
glicemia casual 200 mg/dl associada a sintomas típicos.
quais os sintomas da hipoglicemia?
ativa o sistema adrenérgico, suor, palidez, irritação, fome, falta de 
coordenação, astenia, tonturas, sono, pode ter déficit focal, confusão 
mental, irritabilidade, sonolência, convulsões e coma.
quais os sintomas de hiperglicemia?
boca seca (polidipsia), sede intensa, fraqueza, enxaqueca, visão borrada e 
poliúria.
o déficit de insulina pode ser absoluto ou relativo. 
qual a principal causa da hipoglicemia?
iatrogênica (má aderência, drogas hipoglicemiantes), ocorre 
principalmente no ambiente intrahospitalar. o ideal é uma glicemia acima de 
70, abaixo disso tem que ficar alerta. 
quais as complicações agudas do diabetes?
hipoglicemia, cetoacidose diabética, estado hiperglicêmico hiperosmolar. 
Complicações relacionadas ao diabetes 2
o que é a tríade de Whipple?
como a hipoglicemia é definida → glicemia reduzida, sintomas 
compatíveis com hipoglicemia, reversão com glicose. valor da glicemia 
reduzido 45mg/dl.
a reversão dos sintomas é feita com correção da hipoglicemia.
qual o valor considerado na hipoglicemia?
valor de glicemia diminuído 45 mg/dL em diabéticos consideramos 
valores 70 mg/dL.
qual o tratamento da hipoglicemia?
em pacientes assintomáticos avaliar se está rebaixado ou não, pode tentar 
alimentação com carboidratos ou glicose via oral. 
agora se for sintomático deve-se infundir 15 a 20g considerar infusão até 
50g de glicose a 50% pode diluir em soro. repetir a glicemia a cada 15 
minutos pra manter a glicemia acima de 70, e orientar a dieta oral, evitar 
jejum prolongado. 
como a CAD (cetoacidose diabética) é definida?
temos ausência relativa de insulina, e é definida pela tríade:
glicemia maior que 250 mg/dL
pH arterial  7,3 ou bic abaixo de 15. 
cetonemia positiva.
apenas a CAD ocorre a alteração do metabolismo lipídico com a produção 
de corpos cetônicos e acidose. pode ser precipitada por infecção ou 
outros fatores 
qual a característica da cetoacidose?
produção de ácidos graxos (lipólise) → fígado → produção de corpos 
cetônicos, cetonemia e acidose metabólica. instalação em horas, mais 
rápida. dividida em leve, moderada e grave, normalmente ânion gap também 
vai estar alterado (mais alto). a grave possui manifestação de sintomas 
neurológicos.
Complicações relacionadas ao diabetes 3
o que é EHH?
a deficiência de insulina é apenas relativa, de forma que não ocorre uma 
elevação tão importante do glucagon, e assim a alteração do metabolismo 
lipídico não ocorre com a produção de cetoácidos, mas esses pacientes tem 
desidratação muito maior. insulina ta baixa, mas o suficiente pra não produzir 
corpos cetônicos. faz hiperosmolaridade, sem cetogênese pois o pouco que 
tem de insulina vai inibir.
como o EHH é definido?
demora pra instalação, vai desidratando aos poucos, pois tem a 
osmolaridade aumentada. 
glicemia 600 mg/dl
osmolaridade 320 mosm/kg
pH arterial 7,3
qual a causa mais comum de descompensação do diabetes (hiperglicemia)?
infecção é a principal causa, mas ele pode descompensar por má-
aderência ou descontinuação do tratamento, primeira descompensação 
diabética, quadros abdominais (apendicite, pancreatite), TEP. o coma 
hiperosmolar está associado a má aderência ao tratamento mais relacionado 
ao DM II. 
qual a característica da frequência respiratória do diabetes?
acidose pode aparecer na forma de taquipneia, surgindo o ritmo de 
Kussmaul quando pH do paciente entre 7,07,2 sendo a cetona muito volátil e 
portanto é eliminada pela respiração, o que leva ao aparecimento do hálito 
cetônico.
quais as diferenças entre cetoacidose diabética e estado 
hiperosmolarhiperglicêmico?
cetoacidose → idade entre 2029 anos 65 anos), instalação abrupta em 
horas, presença de polis, sinais de desidratação. perda de peso e 4 P 
(poliúria, polifagia, polidpisia), diabetes tipo 1. 
Complicações relacionadas ao diabetes 4
estado hiperosmolar hiperglicêmico → idade usualmente 65 anos, 
instalação insidiosa em dias a semanas, presença de polis, desidratação 
muito intensa. mais em diabetes tipo 2. 
quais os exames no caso de distúrbios de hiperglicemia?
gasometria arterial inicialmente
glicemia
potássio, sódio, fósforo, cloro e outros eletrólitos (dosagem sérica de K 
inicialmente a cada 2 horas, fósforo a cada 12 horas)
hemograma completo
urina
cetonemia ou cetonúria
eletrocardiograma
como funciona a reposição de potássio em distúrbios de hiperglicemia?
pacientes abaixo de 3,3 hidratação com reposição de potássio, não pode 
insulina.
se potássio acima de 55,3 só faz insulina sem repor potássio, somente se 
menor que 5,3. repete a dosagem do potássio de 2 em 2 horas 25 mEq de 
potássio em 1L de solução NaCl 0,9%; 
como funciona a reposição de insulina em distúrbios de hiperglicemia?
bomba de infusão contínua endovenosa de 0,1 U/Kg/hora. a taxa de 
glicemia deve ser mantida entre 50 a 70 mg/dL/hora. caso a glicemia caia 
em níveis menores que 50mg/dL é recomendável dobrar a taxa de infusão, 
se reduzir maior que 70 mg/dL recomenda-se diminuir a taxa de infusão pela 
metade. 
quando pode parar de dar insulina pro paciente?
pode ser desligada quando pelo menos dois dos três critérios estão 
presentes:
pH 7,3
ânion-gap 12
Complicações relacionadas ao diabetes 5
bicarbonato  15
como funciona a hidratação do paciente com distúrbios hiperglicêmicos?
a hidratação é feita de forma individualizada, ideal é 1L por hora, 
geralmente 2 litros nas primeiras 2 horas. 
hidratação de início com 1.0001.500 ml de solução NaCl a 0,9% na 
primeira hora, em pacientes com Na corrigido 135 mEq/L mantemos 
solução salina a 0,9% se a natremia se mantém normal ou aumentada tem 
que usar salina 0,45%, se glicemia chega a 250300 mg/dL hidratação 
associada a glicose 5% com solução salina. 
Qual o manejo inicial das complicações relacionadas ao diabetes?
ABC, nível de consciência, fator desencadeante, status volêmico.
laboratoriais → glicose sérica, eletrólitos Ânion gap), hemograma, 
osmolaridade plasmática, cetonas (séricas ou urinárias) gasometria 
arterial, eletrocardiograma.
como tratar as emergências hiperglicêmicas?
hidratação, checar valor do potássio, decidir sobre insulinoterapia 
endovenosa. 
quando fazer bicarbonato pro paciente em emergências hiperglicêmica?
só indicada se pH 6,9 com reposição de 100 mEq EV de bicarbonato em 
2 horas coleta a gasometria após 12 horas. 
quando podemos dizer que o paciente com cetoacidose ta compensado?
a compensação da glicemia 200, ocorre após uma média de 8h, também 
tem que ter correção da cetoacidose, após média de 16horas, seguindo os 
conformes, tem que ter pelo menos 2 dos achados:
bic 15
ânion gap 12
pH 7,3.
qual o tratamento do EHH?
igual a da cetoacidose, porém aqui não precisa tratar o bicarbonato.
Complicações relacionadas ao diabetes 6
vai atuar fazendo hidratação do paciente cpm solução salina 0,9%, 
quando a glicemia chegar em 300 mg/dL vai trocar pra NaCl 0,45 com 5% 
de glicose, vai usar insulina regular em bolus, e o potássio no mesmo 
esquema da CAD entre 3,3 e 5,0 da potássio + insulina. abaixo de 3 sem 
insulina e acima de 5,3 para de dar potássio, checando de 2/2 horas.

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