Prévia do material em texto
Arritmias 1 � Arritmias a arritmia mais relacionada ao AVE isquêmico é fibrilação atrial. sempre colocar o oxigênio de acordo com o objetivo sendo o menor valor pra atingir o objetivo melhor. por que não damos volume ou dobutamina em pacientes taquicardíacos? não da volume pois o volume não trata arritmia, o volume vai deixar o paciente mais congesto. dobutamina vai aumentar a frequência cardíaca pois estimula o beta que atua no inotropismo e cronotropismo. taquicardia ventricular monomórfica → pois a morfologia é toda igual. quais os critérios de instabilidade hemodinâmica? dor torácica, hipoperfusão, rebaixamento do nível de consciência, dispneia, hipotensão. somente 1 critério pra definir que ta instável. nesse caso vamos chocar o paciente. arritmias na sala de emergência? tem que abranger as formas mais comuns e tratar aquilo que é mais grave, divididas em taquiarritmias e bradiarritmias. o que é taquiarritmia? alteração da frequência cardíaca 100bpm por automatismo, mecanismo de reentrada ou atividade deflagrada. etiologia pode ser genéticas (síndrome de Brugada), demanda tecidual, uso de medicações, drogas, fibrose e outras alterações estruturais e causas idiopáticas. o que é importante considerar na sala de emergência sobre as taquiarritmias? importante se atentar as condições associadas / predisponentes, como doenças cardíacas, pulmonares, neurológicas, na tireoide, se usa medicações ou se usou drogas. Arritmias 2 como as taquiarritmias são divididas? em complexo estreito e largo. como avaliar a instabilidade hemodinâmica? dor torácica anginosa, dispneia (congestão pulmonar), alteração do nível de consciência (baixo fluxo pro SNC, hipotensão ou choque (tem diminuição do tempo diastólico, então o ventrículo não enche suficiente, temos diminuição do DC, isso leva a sinais de má perfusão), pra determinar instabilidade só precisa de 1 dessas condições acima. o que é a fibrilação atrial? distúrbio de ritmo cardíaco mais comum na sala de emergência, o átrio começa a crescer e ter pontos de fibrose, ao invés de contrair ele começa a fibrilar, perde a contratilidade, no eletro nós a identificamos pela ausência da onda P. QRS são distribuídos de forma aleatória e irregulares e estreitos. maior preocupação é pelo risco de AVC. como a fibrilação atrial pode ser caracterizada? temos a paroxística 7 dias, persistente 7 dias ou permanente não tem intenção de se tentar reverter pra ritmo sinusal. Arritmias 3 quais os sintomas da FA? palpitações, fadiga, ansiedade, dor no peito, falta de ar, mal-estar, tontura. qual o manejo da FA? anticoagulantes pra prevenir AVC, melhor pra controle dos sintomas, se fibrilação atrial secundária nos tratamos a causa primária. de acordo com classificação de CHADSVASC. instabilidade hemodinâmica sempre cardioversão elétrica imediata, estabilidade hemodinâmica avaliar a anticoagulação, controle da FC, cardioversão pra ritmo sinusal e condições clínica subjacentes; Arritmias 4 o que é a taquicardia ventricular por reentrada nodal? mais comum em mulheres, FC entre 150250, não da pra ver onda P antes do QRS e da pra ver pseudo r e pseudo S, tipicamente paroxística. tratamento → manobras vagais → compressão dos seios carotídeos, manobra de valsalva e a modificada, adneosina 6mg em bolus. O que é flutter atrial? QRS estreito, vamos ter uma macroreentrada no átrio, temos uma frequência atrial elevada 300, FC em torno de 150, ausência de onda P, espaço RR regular, onda F serrilhada. responde bem a cardioversão elétrica. Arritmias 5 O que é taquicardia atrial? causada por um hiperautomatismo por foco atrial a parte, não tem reentrada, ECG onda P antes do QRS mas não é sinusal (é invertida), QRS estreito, onda P sinusal, espaço RR regular. o que é a taquicardia atrial multifocal? comum em doença pulmonar em 6085% dos casos de DPOC, FC100 e pelo menos 3 ondas P de morfologia diferentes, múltiplos focos ectópicos de automatismo dos átrios. taquicardia ventricular como são classificadas? monomórficas ou polimórficas. quais as características da taquicardia ventricular? menos comuns que as atriais, mas são mais graves, com ou sem pulso. sustentada (se persiste por mais de 30 segundos ou com instabilidade hemodinâmica) ou não. monomórficas (espaço RR regular) ou pilimórficas (espaço RR irregular). ECG QRS largo. como é uma taquicardia ventricular monomórfica sustentada? Arritmias 6 o que temos no ECG abaixo? uma taquicardia ventricular polimórfica e sustentada → risco de PCR Como analisamos as taquicardias? primeiro vemos o QRS Se largo ou estreito se tem QRS largo 120ms→ se o espaço RR é regular temos uma TVM (taquicardia ventricular monomórfica); se espaço RR diferente temos Arritmias 7 uma TVP (taquicardia supraventricular com aberrância - tem ramo de bloqueio associado). se tem QRS estreito 120ms→ vemos a presença de onda P se SIM é taquisinusal; se NÃO vemos o espaço RR se REGULAR pode ser TSV ou flutter; se IREGULAR FA. Qual o tratamento das taquicardias? fazemos MOV, e determinamos se paciente instável ou estável; se instável o tratamento deve ser de imediato cardioversão elétrica sincronizada no paciente devidamente sedado. comparar a FC com FC máx esperada pela idade. cuidar com pacientes idosos pois pode descompensar em taquicardia não tão intensa. só desfibrila em torsades de pointes. se estabilidade hemodinâmica como controlamos a FC do paciente? taquicardia sinusal: tratar causa de base; taquicardia SV manobra vagal (massagem da região carotídea - próxima do ângulo da mandíbula ou manobra de valsava, adenosina, betabloqueador ou BCC. taquicardia atrial → betabloqueador ou BCC FA. quando não usamos adenosina? em pacientes com ICC, broncoespasmo, DPOC, tem meia vida muito rápida, então tem que fazer em acesso venoso calibroso e em bolus. o que fazer se palpitação<48h? fazer cardioversão química ou elétrica, porque quando o ritmo deixa de ser FA e passa a ser sinusal, pode propiciar a formação de trombos; como funciona a cardioversão elétrica? diferente de chocar o paciente mas o aparelho é o mesmo, quando faz cardioversão o aparelho detecta o melhor momento pra fazer o choque, que seria no início de um complexo QRS, se o choque for em cima do momento de repolarização pode desencadear FA. como definir se o paciente precisa de anticoagulante ou não? Arritmias 8 usamos a escala de CHADSVASC Homens 2 e mulheres 3 anticoagular homens 0 e mulheres 1 não anticoagular qual tratamento do flutter atrial ou taquicardia ventricular? flutter → tratamento igual FA e cardioversão elétrica taquicardia ventricular qual o tratamento da taquicardia monomórfica versus polimórfica? monomórfica → amiodarona 150mg em 10 min e pode repetir mais uma vez ou a partir da cardioversão elétrica; polimórfica → torsades de pointes : sulfato de magnésio IV e correção de distúrbios - não fazer amiodarona pois ela aumenta o intervalo QT e risco de morte súbita. quando internamos o paciente com taquiarritmias? taquicardia ventricular e torsades pointes: por serem ritmos potencialmente fatais, se deve manter o paciente internado pra investigação do fator desencadeante da arritmia. taquicardia reentrante do nó atrioventricular: pacientes com retorno ao ritmo sinusal após cardioversão devem ficar em observação no departamento de emergência. síndrome de brugada. o que são as bradicardias? Arritmias 9 alteração da frequência cardíaca 50bpm, não é necessariamente patológica. ocorre por alteração do nó sinusal ou do sinoatrial, outra possibilidade é por uma doença no sistema de condução que pode ser bloqueio supra hissiano ou infra hissiano (referente ao feixe de HIS. Qual o quadro clínico das bradicardias? tontura, síncope, confusão, dor torácica, dispneia. isso ocorre pois em bradicardia podemos ter uma redução do fluxo levando a todos esses sintomas. se diminuir FC, diminui DC instabilidade hemodinâmica.exames complementares ECG 12 derivações e outros exames a depender do quadro. como é a bradicardia sinusal? em geral secundárias a outros problemas, ritmo sinusal com FC baixa. ECG onda P corresponde a QRS 5 quadradinhos). ocorre quando em ritmo sinusal com FC50, normalmente vamos ter um P correspondente ao QRS, em geral secundárias a outras doenças. no eletro vemos onda P e complexo QRS estreito e vemos que tem uma distância grande entre um QRS e outro e entre uma onda P e R PR. Arritmias 10 vemos essa estrutura em todos os QRS presentes. o que é o bloqueio atrioventricular de 1º grau? em geral é benigno, e secundário a uma condição. ECG onda P corresponde a QRS. temos um intervalo PR maior 200ms 5mm). diferente da bradi sinusal temos um aumento do intervalo da onda P pra onda R mais de 5mm. pra cada onda P temos um intervalo PR e complexo QRS é persistente sempre conduz. o que é o bloqueio atrioventricular de 2º grau MOBITZ I? reversível, benigno e secundário a uma causa. ECG onda P bloqueada = não gera QRS ao contrário do bloqueio de 1º grau, temos aumento do intervalo PR que aumenta progressivamente até o bloqueio (não tem mais QRS. Fenômeno de Wenckebach Arritmias 11 NO ELETRO vemos onda P um aumento do intervalo PR, no fim vemos uma onda P que não gerou QRS, nem sempre conduz. como é o bloqueio atrioventricular de 2º grau MOBITZ II? condição grave, o paciente já vem com instabilidade hemodinâmica, tem comprometimento infra hissiano e lesão do sistema de condução. onda P bloqueada → não gera QRS intervalo PR constante TEM LESÃO EFETIVA DO SIST DE CONDUÇÃO. ECG intervalo PR constante até o bloqueio de onda P. quais as diferenças dos MOBITZ no eletrocardiograma? no MOBITZ tipo I temos aumentos progressivos do intervalo PR até que ele não conduz, no tipo II o intervalo PR continua constante até o momento em que deixa de conduzir. Arritmias 12 o que é o bloqueio atrioventricular de 3º grau? temos uma dissociação completa entre o átrio e o ventrículo, determina uma doença do sistema infra hissiano. ondas P sem relação com o QRS. como tratar as bradicardias? as estáveis precisamos definir se ela apresenta um bloqueio avançado infra hessiano ou não BAV 2º grau e BAVT tem que ficar internado. internação hospitalar com monitorização, ver se apresenta fatores de risco. qual a indicação do marca passo transvenoso nos pacientes com Bradicardia? frequência 30bpm ou QRS 120ms e sintomas secundários. independente se tem bloqueio avançado ou não é indicado o marca-passo. Arritmias 13 podemos fazer o teste de atropina pra diagnóstico → se reverteu não é bloqueio avançado. qual o tratamento nas bradi instáveis? definir pelos sinais clínicos de instabilidade (rebaixamento do nível de consciência, angina, hipotensão, síncope ou sinais de choque), monitorizar, acesso, laboratoriais (incluindo marcadores de necrose do miocárdio) indicado o marcapasso transcutâneo, mas até esse marcapasso ser colocado podemos fazer alguns medicamentos: atropina 0,5mg IV a cada 35 min tentar abordar a causa do bloqueio exemplo se intoxicação por bloqueador de canal de Ca faz gluconato de Ca, se betabloqueadores faz glucagon, e se intoxicação por digitálicos faz anticorpo antidigoxina.