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OSTEOGÊNESE IMPERFEITA ● Grupo de defeitos genéticos que têm em comum anormalidades na síntese do colágeno tipo I. ● Cada variante da doença corresponde a uma mutação no gene. ● Leva a redução na síntese do colágeno, formação de moléculas anormais e instáveis ou síntese de moléculas que não formam hélices. ● Resultam em alterações sobretudo no esqueleto, mas também em articulações, ligamentos, pele, dentes, olhos e ouvidos. ● São quatro subgrupos: ○ O tipo II é quase sempre fatal no período perinatal, caracteriza-se por fraturas in utero ou logo após o nascimento. ○ Outras variantes, apesar de predisposição a fraturas, são compatíveis com sobrevida longa: tipo I, tipo III e tipo IV: ○ Os genes envolvidos são o COL1A1 e COL1A2, relacionados com a codi�cação das cadeias alfa-1 e alfa-2 do colágeno tipo I. ● Alterações morfológicas: ○ Adelgaçamento da cortical óssea; ○ Alargamento dos canais de Havers; ○ Rarefação das trabéculas; ○ Canal central amplo. ○ Periósteo, ligamentos e tendões adelgaçados. ● Ossos frágeis e quebradiços, facilmente fraturáveis. ● Hipermobilidade das articulações. ● Escleróticas azuladas. ● Anormalidades dentárias e hipoacusia. RAQUITISMO DEPENDENTE DE VITAMINA D ● Doenças genéticas associadas a transtornos na síntese ou na ação da vitamina D. ● Mineralização anormal. ● Tipo 1A, de herança autossômica recessiva, associa-se a mutação do gene CYP27B1, que codi�ca a enzima 1-alfa-hidroxilase da 25-hidroxivitamina D3, necessária para a síntese endógena da forma ativa da vitamina D. ● As manifestações clínicas surgem na infância: ○ Incapacidade de andar; ○ Deformidades ósseas; ○ Convulsões; ○ Hipocalcemia; ● Tipo 2A é causado pela falta de resposta do órgão-alvo à ação da vitamina D ativa, em razão de mutação no gene que codi�ca o receptor da vitamina D. ● As manifestações clínicas: ○ Raquitismo; ○ Níveis séricos de vitamina D normais ou aumentados; ○ Alopecia; ○ Alterações na mineralização óssea. SÍNDROME DE MARFAN ● Doença hereditária, com transmissão autossômica dominante. ● Afeta o tecido conjuntivo e provoca manifestações clínicas muito variáveis, envolvendo particularmente o sistema esquelético, os olhos, o coração e os vasos sanguíneos. ● Mutação no gene da �brilina 1, um dos principais constituintes das micro�brilas extracelulares, com ampla distribuição nos tecidos conjuntivos de todo o corpo ● Manifestações clínicas: ○ Pacientes altos, com ossos anormalmente longos; ○ Extremidades longas e delgadas, principalmente os dedos; ○ Aumento mais pronunciado no comprimento do segmento inferior do corpo; ○ Extremidades longas e delgadas, principalmente os dedos; ○ Pode surgir cifose, escoliose e deslocamento de vértebras; ○ Hiperextensibilidade das articulações. DOENÇA DE GAUCHER ● De�ciência de glicocerebrosidase. ● Ocorre acúmulo de glicocerebrosídeos emmuitas células no organismo, principalmente naquelas do sistema fagocitário mononuclear, constituindo as células de Gaucher. ● As células de Gaucher ocupam os espaços medulares dos ossos e causam: ○ transtornos na remodelagem; ○ hipoplasia medular; ○ osteólise; ○ infartos; ○ predisposição a fraturas e infecções. ● Principais manifestações clínicas: ○ Ausências de remodelagem no fêmur distal e na tíbia proximal. RAQUITISMO ● Falta quase completa de calci�cação da substância intercelular do disco epi�sário. ● Os condrócitos não degeneram e não morrem, e a cartilagem não é invadida de maneira adequada por �broblastos e capilares. ● A zona de crescimento continua a se desenvolver e o disco epi�sário torna-se mais espesso. ● Junção osteocondral irregular, denteada e desorganizada. ● Zona meta�sária permanece mole, sujeito a compressões, deformações, curvaturas e fraturas. ● Clinicamente ○ Crianças apáticas e irritadiças. ○ Cabeça quadrada. ○ Peito de pombo. ○ Arqueamento dos mmii. ○ Deformidades da coluna, hiperlordose. OSTEOMALÁCIA ● Hipovitaminose D no adulto. ● Falta de deposição de cálcio e fósforo no tecido ósseo. ● Excesso de matriz não mineralizada, �brose medular e raros osteoclastos. ● Os ossos são maleáveis e se deformam. HIPERPARATIREOIDISMO ● Alterações no esqueleto por causa do excesso de paratormônio. ● Primário ○ Neoplasias ou hiperplasia. ● Secundário ○ Hipocalcemia prolongada. ● Clinicamente ○ Deformidades osteoarticulares ○ Dores ósseas ○ Diminuição do tamanho do esqueleto (nanismo renal). OSTEONECROSE ● Alteração da circulação. ● Morte do tecido ósseo e da medula óssea. ● Os osteócitos desaparecem, e as lacunas ficam vazias e aumentadas de volume. ● Causas ○ Traumatismos. ○ Tromboêmbolos. ○ Doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso, policitemia, anemia falciforme, doença de Gaucher e histiocitose de células de Langerhans. ○ Corticoterapia. ○ Pancreatite e alcoolismo. ○ Autoenxertos e aloenxertos (receptores de transplante renal). ○ Radiações ionizantes. ○ Idiopática.