Buscar

Reabilitação Protética e Oclusão

Prévia do material em texto

REABILITAÇÃO PROTÉTICA E OCLUSÃO PROF. LAÍS 
Sistema mastigatório é responsável pela mastigação, fala e deglutição 
 - Composto por ossos (fossa mandibular do osso temporal e côndilo mandibular), 
ligamentos (estilomandibular, esfenomandibular e temporomandibular) , músculos (digástrico e 
pterigoide lateral, temporal, masseter, pterigoide medial), articulação (cápsula articular, líquido 
sinovial, membrana sinovial, disco articular, tecido retrodiscal), sistema neurológico, dentes. 
 - Ossos: temporal, maxila (união de 2 ossos), mandíbula e hioide 
 
Articulação temporomandibular (ATM) 
- Côndilo mandibular 
- Fossa mandibular do osso temporal 
- Disco articular: formado por tecido conjuntivo fibroso denso, praticamente sem vasos 
sanguíneos ou fibras nervosas. Ele se divide em zona anterior, zona intermediária e zona 
posterior. Tem as funções de amortecer e estabilizar 
 
- Tecido retrodiscal: posterior ao disco e é bastante inervado. Sendo assim, nas DTM é o que 
geralmente causa dor. 
- Músculos 
- Cápsula articular: minimiza forças e auxilia na lubrificação 
- Líquido e membrana sinovial: a membrana sinovial produz o líquido sinovial e eles servem para 
lubrificação e tem função metabólica. 
- Ligamentos: estilomandibular, temporomandibular e esfenomandibular 
 
 
 
TIPOS DE OCLUSÃO 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE 
Classe 1: oclusão normal 
Classe 2: maxila mais proeminente 
Classe 3: mandíbula mais proeminente 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATM é uma articulação ginglimoartrodial: faz movimento de rotação e translação. É composta 
por 2 ossos e um disco articular. 
 
MUSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
- Masseter: fechamento da mandíbula 
- Pterigoide Lateral: protrusão, abaixador da 
mandíbula 
- Pterigoide Medial: protrusão, lateralidade, 
elevador da mandíbula 
- Temporal: elevador da mandíbula 
- Digástrico: abaixador da mandíbula 
 
MÚSCULOS ELEVADORES DA MANDÍBULA: 
masseter, temporal, pterigoide medial 
MÚSCULOS ABAIXADORES DA MANDÍBULA: 
digástrico e pterigoide lateral 
 
POSIÇÃO DOS DENTES NO ARCO 
- Dentes anteriores superiores geralmente assumem posição vestibular em relação aos 
inferiores 
- Os dentes incisivos inferiores podem ou não tocar a palatina dos incisivos superiores (fossa 
lingual) 
- Os incisivos inferiores são cobertos pelos superiores de 3 a 5 mm 
- Maxila é maior e mais larga que a mandíbula 
- Na maxila os dentes posicionam-se mesialmente e mais vestibularizados 
- Na mandíbula, os dentes posicionam-se mais mesialmente e lingualizados 
- Os contatos proximais acontecem normalmente mais voltados para vestibular (bossa proximal) 
- Perda de contato proximal pode resultar em mesialização ou distalização 
- Perda de contato com o antagonista pode acarretar extrusão 
 
 
Overbite x overjet 
- Overbite: distância vertical que os dentes anteriores 
superiores sobrepõe os inferiores (mordida profunda). 
- Overjet: distância horizontal entre as bordas incisais dos 
anteriores antagonistas. Distância horizontal entre os 
dentes anteriores quando em MIH. 
 
 
 
 
TIPOS DE CUSPIDE 
- Cúspide de trabalho: ou de contenção cêntrica ou apoio ou funcionais 
- Estabilizam a mandíbula e ocluem com as fossas ou cristas marginais dos antagonistas 
- VI PS: vestibular dos inferiores e palatina dos superiores 
- São as que marcam no papel carbono 
- Cúspide de balanceio: ou não cêntricas ou de proteção 
 - Não oclui com o antagonista e protegem a língua e bochechas 
 
 
CONTATO FUNCIONAL IDEAL 
- Durante o fechamento mandibular, o contato acontece de forma simultânea e homogênea em 
todos os dentes possíveis 
- Os côndilos mandibulares estão em sua posição mais superior e anterior 
 
MOVIMENTOS MANDIBULARES 28/2/2023 
 
Dinâmica mandibular ou cinemática mandibular é o estudo da movimentação da mandíbula. 
Sempre que a mandíbula se movimenta, ambas as articulações temporomandibulares (ATM) e 
a plataforma oclusal se movimentam, isso porque a mandíbula é um osso único 
(ginglimoartrodial, ou seja, ATM faz rotação e translação) 
 
MOVIMENTOS CÊNTRICOS (em posição central) 
São os que ocorrem com a mandíbula centralizada e compreendem principalmente 
abertura e o fechamento da boca em pequena amplitude. Quando a mandíbula abaixa e 
promove pequena abertura entre as incisais superiores e inferiores, ocorre predominantemente 
o movimento de rotação dos côndilos (movimento sobre si próprio), isso porque a participação 
maior são dos músculos supra hioideos (que puxam a mandíbula para baixo) e pouca 
participação dos músculos pterigoideos laterais (que puxam a mandíbula para frente, fazendo 
protusão). Ou seja, os côndilos fazendo um movimento cêntrico e não saem do eixo (digástrico 
puxa e pouca participação do pterigoideo lateral fazendo protusão). Movimento 
predominantemente da mastigação, com pequenos movimentos excêntricos. 
 
MOVIMENTOS EXCÊNTRICOS (ou excursivo) 
 Movimentos que ocorrem em posições não centrais, em graus variados, que envolvem 
a rotação e a translação de um ou ambos os côndilos pelos tubérculos articulares. Os principais 
movimentos são lateralidade direita e esquerda, protusão e abertura em grande amplitude. 
 
LATERALIDADE 
Se a mandíbula é movimentada para o lado direito, esse lado recebe o nome de lado de 
trabalho e o lado oposto recebe o nome de lado de balanceio (ou não trabalho). A partir da 
máxima intercuspidação (individuo dentado com os dentes se tocando, maior número de 
contatos oclusais possíveis), quando se promove a lateralidade direita, por exemplo, os únicos 
dentes que se tocarão são os caninos desse mesmo lado e a palatina do canino superior (13) 
fará a guia do movimento, direcionando a mandíbula. O nome desse contato é guia canina. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Quando os côndilos estão totalmente na cavidade glenoide (fossa articular), em 
harmonia com o disco articular, fisiológica, estável, independente do contato oclusal, sendo a 
posição inicial dos movimentos mandibulares e eles devem ocorrer confortavelmente. Essa é a 
relação cêntrica. 
Existem duas técnicas para colocar em RC: técnica frontal (1 mão no mento, de frente 
para o paciente, com a mandíbula relaxada) e técnica bilateral (2 mãos na mandíbula para maior 
estabilidade, corpo do dentista lateralmente ao do paciente). 
Para ocorrer a máxima intercuspidação habitual, a neuro musculatura posiciona a 
mandíbula no local necessário, independentemente da posição dos côndilos nas fossas 
articulares. 
 
 
Não necessariamente a máxima intercuspidação habitual coincide com a relação 
cêntrica. 
Relação de oclusão cêntrica (ROC) é a posição intermaxilar onde ocorre o maior número 
de contatos dentários com os côndilos posicionais em relação cêntrica. Ela é perfeita quando a 
máxima intercuspidação habitual é igual à relação cêntrica. A diferença da máxima 
intercuspidação habitual e a relação cêntrica tem que ficar entre 0,5mm e 1,5mm (distância dos 
dentes). 
Contato prematuro é o contato não fisiológico que dificulta ou impede o fechamento completo 
da mandíbula em relação de oclusão cêntrica, sem causar desvio. A mandíbula então desliza até 
chegar em máxima intercuspidação habitual. 
Oclusão mutualmente protegida: geralmente ocorre em indivíduos dentados. Dentes 
anteriores não se tocam quando os posteriores se tocarem e vice-versa. Em protusão, tocam-se 
apenas os dentes anteriores e os dentes posteriores não se tocam (quando há protusão, o 
espaço entre os dentes chama-se espaço de Christensen). Em lateralidade, o lado de balanceio 
não se toca. Em máxima intercuspidação habitual, os posteriores se tocam e os anteriores não 
se tocam (em MIH os anteriores podem se tocar) 
Oclusão balanceada: em indivíduos que usam prótese total mucossuportada (PTMS), para 
estabilidade da próstese, a oclusão ocorre de modo diferente. MIH: Tocam os dentes anteriores 
e posteriores para melhor distribuição as forças mastigatórias. Lateralidade: tocam todos os 
dentesdo lado de trabalho e pelo menos um do lado de balanceio. Protusão: tocam dentes 
posteriores e anteriores. 
Dentes em formato de leque: são oriundo de falta de estabilidade oclusal, no qual perde-se 
estabilidade posterior, a força de oclusão vai para os anteriores e eles abrem em formato de 
leque. 
 
RELACIONAMENTO MAXILO-MANDIBULAR 
Fossa mandibular, nas crianças, é mais reta. A medida das movimentações mandibulares 
(protusão e retrusão, principalmente na sucção) e com a erupção de todos os dentes, a fossa vai 
se degenerando e criando formado ogival. Com chupeta e afins, essa modelação é prejudicada 
e a MIH não fica igual a relação cêntrica. 
 
DETERMINANTES FIXOS X DETERMINANTES VARIÁVEIS DA OCLUSÃO 
 
DETERMINANTES VARIÁVEIS 
- Plano oclusal: linha paralela a linha bipupilar. Se não for paralela, o plano oclusal é inclinado. 
Se o paciente tiver problemas de visão, a linha a ser vista é do tragus ao ângulo nasolabial, sendo 
paralelo ao plano oclusal. O plano oclusal inclinado pode forçar a ATM, músculos e ligamentos. 
 
 
- Curva de SPEE: curva anteroposterior do plano oclusal. Trajeto ascendente com o paciente em 
perfil para que não haja sobrecarga oclusal. 
 
 
 
- Curva de Wilson: curva látero-lateral do plano oclusal. Passa nas pontas de cúspides dos dentes 
posteriores. Ela garante que a oclusão feche nas cúspides VIPS e não haja sobrecarga oclusal. 
- Guia anterior: inclinação da palatina dos incisivos superiores. Se houver perda precoce na 
infância, não modela a fossa articular corretamente. Se perder mais velho, há sobrecarga 
oclusal. 
- Trespasse horizontal: overjet, maxila mais proeminente, espaço horizontal entre os 
incisivos quando na MIH. 
- Trespasse vertical: overbite, incisivos superiores cobrindo demasiadamente os 
inferiores, mordida profunda. 
 
 
- Altura de cúspides: Altura das cúspides posteriores garantem que não haja sobrecarga oclusal, 
elas precisam ser harmônicas. 
 
DETERMINANTES FIXOS 
- Ângulo de Bennet: ângulo formado, no lado de balanceio, entre o movimento inicial de MIH e 
o movimento final de lateralidade. 15 graus é o preconizado. 
 
 
 
 
- Ângulo de Fischer: angulação do lado de trabalho. Altura/distância do côndilo à fossa 
mandibular. Acontece de forma simultânea, em lateralidade, com o ângulo de Bennet, só que é 
no lado e trabalho e o Bennet é no balanceio. 30 graus é o preconizado. 
 
- Distância intercondilar: distância entre côndilo direito e esquerdo da mandíbula 
 
- Guia condilar: inclinação do tubérculo ou eminência articular na fossa articular. Vai ser a 
mesma angulação dos incisivos (guia anterior). Ângulo da guia condilar é igual ao ângulo da guia 
anterior (ângulo de oclusão dos incisivos superiores com os inferiores) . 
 
 
 
RELAÇÃO FIXA E VARIÁVEL 
 - Quanto maior o ângulo de Bennet, menor a guia canina deve ser 
- Quanto maior o ângulo de Bennet, menor a altura de cúspide deve ser 
- Quanto maior a guia condilar, maior pode ser a altura de cúspide 
- Quanto maior a guia condilar, mais acentuada a guia canina 
- Quanto maior a guia condilar, mais a guia incisiva. 
- Quanto maior a distância intercondilar, maior o trajeto do ângulo de trabalho e balanceio 
 
 
 
MOVIMENTOS MANDIBULARES NOS TRÊS PLANOS 
 Uma forma de compreender esses movimentos é observar o traçado descrito quando 
se coloca um marcador e são assinalados os pontos extremos de todos os movimentos. Envelope 
de movimento é um sólido tridimensional que demarca os pontos máximos de movimentação 
da mandíbula (movimentos bordejantes). Outro nome é envelope de Posselt: 
 - Início em MIH -> Abertura máxima de boca -> Relação cêntrica -> Contato prematuro 
 -> MIH -> Protusão -> Volta para MIH 
- MIH, ABERTURA TOTAL, RC, CONTATO PREMATURO, MIH, PROTUSÃO, MIH 
 
 
 
 
 
 
 
ARTICULADORES 
- Articulador é uma ferramenta 
- Permite planejamento prévio, observar movimentações mandibulares 
- Requer treino, difícil manejo 
 
CLASSIFICAÇÃO 
- Grau de reprodutividade: 
 - Totalmente ajustável: ajusta-se todos os parâmetros: Bennet, Fischer, guia condilar... 
 - Semi ajustável: ASA. Pode ser ARCON ou NÃO ARCON: 
 - ARCON: reproduz o côndilo. A trajetória condilar é associada ao ramo superior 
 - NÃO ARCON: A trajetória condilar é associada ao ramo inferior do articulador 
- Não ajustável: somente abertura e fechamento de boca. Também chamado de 
charneira 
 
ARTICULADOR 
- Ramo superior: semelhante a maxila 
- Ramo inferior: semelhante a mandíbula 
- Caixa articular: semelhante a fossa articular 
- Pino para ajuste do arco facial 
- Pino da guia incisal: sempre em 0 grau 
- Bolacha: 2 
 
 
 
 
ARCO FACIAL: serve para medir maxila, mede distância 
intercondilar 
- Oliva 
- Násio 
- Traves 
- Forquilha ou garfo 
- No articulador, o ângulo de Fischer (trabalho) é a guia condilar e são ajustadas no mesmo local 
 - Fischer: 30 graus e Bennet: 15 graus. 
- Arco facial usa-se para pacientes dentados 
 - Em pacientes edentados superiores, usa-se mesa de camper 
 
Na montagem inferior: 
- Se o paciente não perdeu dimensão vertical de oclusão, mede-se com cera 7 em 
máxima intercuspidação habitual- MIH mordendo a cera 7 
- Se o paciente perdeu DVO, coloca-se em relação cêntrica e constrói o JIG DE LUCIA. 
Estabiliza-se em RC e constrói o JIG pois ele perdeu DVO, isso não permite ter referência. 
Usa-se com compasso de Willys para verificar dimensão vertical de repouso, dimensão 
vertical de oclusão e a diferença deles é o espaço funcional, que precisa ter de 3mm a 
5mm e implica na fonação (testa com as letras M e S). 
 
PASSO A PASSO PARA MONTAGEM NO ARTICULADOR 
- Escolha da moldeira: plástica ou metálica 
 - Se for metálica, tem que fazer a individualização com cera 
- Escolha do material: alginato, manipulação 1 de pó para 1 de água (1x1) 
- Desinfecção com hipoclorito 
- Vaza gesso: qualquer gesso 
- Recorta o gesso 
- Pega o articulador e ajusta Bennet 15º e Fischer/Guia condilar 30º 
- Arco facial ou mesa de camper 
- Vaselina o dente, godiva em 3 lugares do garfo (2 posteriores e 1 anterior) e paciente morde 
 
 
- Paciente estabiliza o garfo 
- Conecta garfo no arco 
- Oliva no ouvido e trava para ver distância condilar 
- Násio na glabela e trava 
- Trava tudo de cima para baixo 
- Arco facial no articulador, coloca modelo de gesso no garfo e vaza gesso até a bolacha 
- Pino incisal a 0 grau 
- Monta em relação cêntrica com JIG se tiver perdido DVO e em MIH se DVO preservada 
- Vira o articulador de ponta cabeça, coloca o JIG e a cera para estabilizar, monta o inferior e 
vaza o gesso até a bolacha 
 - Se for montar em MIH pois não perdeu dimensão vertical, ao invés de colocar o JIG, 
coloca só a cera, monta o inferior e vaza gesso até a bolacha. 
 
 
DVO mede com compasso de WILLYS 
- Distância interpupilar até comissura labial 
- Distância no ângulo nasolabial ao mento 
- Articulador de edentado monta-se com mesa de camper 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENTADO X EDENTADO 
- Prótese total é mucossuportada. Com o passar do tempo há remodelação do rebordo ósseo e 
pode haver perda de estrutura óssea, dificultando a estabilidade da prótese 
- A mandíbula geralmente perde mais osso que a maxila 
- A maxila reabsorve de fora para dentro, reabsorvendo mais a parte anterior e a porção 
posterior fica menos reabsorvida 
- A mandíbula reabsorve de cima para baixo, tendo o padrão de reabsorção mais 
posterior, mantendo mais a parte anterior (contrário à maxila, devido as forças oclusais) 
 
TIPOS DE REBORDO 
- Alto: mais estrutura para suportar a prótese 
- Médio 
- Baixo: menos estrutura mais retenção da prótese 
 
 
FORMA DOS REBORDOS 
- Arredondado 
- Triangular 
- Estrangulado: menos estrutura para reter 
a prótese 
 
 
FORMATO DOS MAXILARES 
- Quadrado 
- Triangular 
- Oval 
 
 
Prótese total é mucossuportada pois quemauxilia na retenção é a mucosa, osso e a saliva. A 
saliva remove resíduos, ação antimicrobiana, inicia digestão, lubrifica alimentos e auxilia na 
retenção da prótese. A saliva menos densa escoa melhor e é mais eficaz para retenção (saliva 
serosa). 
 
SÍNDROME DA COMBINAÇÃO 
- Paciente com prótese total superior e PPR inferior com extremidade livre (prótese substitui os 
posterior, ou seja, geralmente a carga mastigatória é anterior). 
- Há perda de suporte ósseo sob base da PPR; paciente reposiciona mandíbula, deixando 
anteriorizada para melhorar suporte mastigatório; há reabsorção da porção anterior da maxila; 
hiperplasia inflamatória do palato duro e fundo de vestíbulo devido impactação alimentar; há 
crescimento das tuberosidades maxilares e alterações periodontais 
 
 
HIPERPLASIA DAS TUBEROSIDADES 
- Perda de suporte posterior, paciente transfere cargas oclusais para anterior e há hiperplasia 
das tuberosidades maxilares. 
 
CANDIDÍASE ERITEMATOSA 
- Ou candidíase atrófica crônica, causada por uso contínuo da prótese a noite, diminuição do 
fluxo salivar, falta de higiene 
 
ATROFIA DOS REBORDOS 
- Pode ser causada por osteopenia, osteoporose, diabetes, idade 
 
HIPERPLASIA FIBROSA 
- Resposta da mucosa a uma irritação permanente por úlceras traumáticas em um ponto, 
desajuste oclusal que causa movimentação da prótese e posterior hiperplasia da mucosa. 
 
QUEILITE ANGULAR 
- Uso de próteses com DVO diminuída, acumulando saliva na comissura labial. 
 
REBORDO SUPERIOR 
 Pode ser dividido em 5 regiões: 
1- Espaço coronomaxilar 
2- Fundo de vestíbulo 
3- Fundo de vestíbulo labial 
4- Freio labial 
5- Término posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REBORDO INFERIOR 
 Pode ser divido em 6 regiões: 
1- Chanfradura do masseter 
2- Fundo de vestíbulo bucal 
3- Fundo de vestíbulo labial 
4- Fossa distolingual ou retroalveolar 
5- Flange sublingual 
6- Freio lingual 
 
 
 
 
 
 
 
MOLDAGEM ANATÔMICA 
- Busca-se mínima deformação do tecido, bom vedamento periférico e contato da prótese com 
rebordo. Primeiro passo é a seleção da moldeira 
- Segundo passo é a seleção do material: alginato, godiva ou silicone 
- Confecção do modelo de estudo, moldeira individual e moldagem funcional 
- Moldeira individual: delimitar área chapeável, promover vedamento periférico e posterior, 
confinar película de saliva, coesão, adesão e pressão atmosférica. Ela não pode chegar até o 
fundo de vestíbulo, para moldagem conseguir copiar o fundo de vestíbulo, inserção muscular, 
frênulos. Precisa ficar de 2 a 3 mm antes do fundo de vestíbulo para colocar a godiva e fazer o 
selamento periférico 
- Delimitação da área chapeável: delimitar a extensão máxima da boca desdentada que deverá 
ser recoberta pela prótese. Delimita-se a área para demarcar o limite da área a ser recoberta 
pela moldeira individual, no modelo anatômico, prevendo área de suporte da prótese. 
- Área de suporte primário: maior carga oclusal 
- Área de suporte secundário: distribuir carga da área de suporte primário 
- Área de selamento periférico e posterior: estabilidade da prótese para não cair 
- Área de alívio: região de alívio de nervos e vasos 
 
- Moldagem funcional: borda da moldeira precisa estar de 2 a 3mm do fundo de vestíbulo para 
colocar a godiva e o restante do material copiar bem. As áreas precisam estar corretas para bom 
vedamento periférico e posterior. Para bom selamento posterior, na moldagem, o paciente 
precisa falar “AH” para que se consiga demarcar a área do palato mole. 
 
- Selado periférico é o contato das bordas da dentadura com os tecidos subjacentes para evitar 
passagem de ar e resíduos 
- Para bom selamento periférico, a godiva precisa ser uniforme, sem emendas, precisa ficar lisa 
e fosca. Não pode pegar área de palato mole (fica entre palato duro e mole) , precisa copiar bem 
freios, bridas, borda anterior, tuberosidade e inserções laterais. Na mandíbula precisa copiar 
bem a papila piriforme na mandíbula. Posiciona moldeira e movimenta os tecidos. 
 - Região vestibular a godiva é na borda na moldeira 
 - Região posterior a godiva na parte interna da moldeira 
 
 
- Compasso de willys vai medir a DVO 
- Quando se monta em articular é em relação cêntrica 
 
 
 
 
 
 
 
CONFECÇÃO DO MODELO DE TRABALHO 
- Encaixotamento dos moldes: coloca cera ao redor do molde e vai fazer semelhante ao uma 
caixa para reproduzir todas as estruturas do modelo 
- Base de prova e plano de orientação/plano de cera 
 - Base da futura prótese, em resina acrílica 
- Em cima da base vai a cera, para individualização, para colocar os dentes, que é o plano 
de orientação 
- Plano de orientação deve ser colocado a frente do rebordo na maxila, com leve 
inclinação, aproximadamente 12mm 
- Na mandíbula ela é exatamente no rebordo 
- Plano de cera representa os arcos dentários, para a individualização verifica-se: 
- Suporte labial: glabela, ângulo nasolabial e mento ficam alinhados. Ângulo 
nasolabial do homem é mais reto (90º) e da mulher entre 110º e 120º. O plano 
de cera compensa o contorno dos arcos e perda óssea 
- Altura incisal: porção visível dos dentes em repouso (mais ou menos 3mm, 
sendo maior para mulheres). Medido do tubérculo do lábio ao plano de cera 
- Linha do sorriso: curva ascendente que segue a borda superior do lábio inferior. 
Para auxílio da determinação do plano oclusal, usa-se a régua de fox, então a 
linha bipupilar fica paralela ao plano oclusal em uma vista frontal. Na vista 
lateral, o plano oclusal fica paralelo ao plano de Frankfor (ângulo nasolabial ao 
tragus ou base do nariz ao tragus). 
- Corredor bucal: espaço entre a vestibular e a mucosa jugal 
- Linha média: divide as arcadas em direita e esquerda 
- As referências a serem marcadas no plano de cera são a linha média, linha alta do sorriso (fica 
próximo a cervical dos dentes a serem colocados), linha dos caninos (altura da asa no nariz, que 
fica da distal a distal dos caninos a serem colocados). Essas referências são demarcadas para 
colocação dos dentes na prótese. 
- Os dentes podem ser em porcelana ou resina acrílica 
 - Verifica-se tamanho, formato (ovoide, triangular ou quadrado) e cor (pela escala VIPI)

Mais conteúdos dessa disciplina