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Disciplina: Operação em transportes turísticos aéreos e marítimos Aula 8: Transporte hidroviário e seus aspectos mercadológicos Apresentação Nesta aula, será destacada a estrutura, o funcionamento e a operacionalização de alguns segmentos dos transportes hidroviários. Também serão reconhecidas as funções e atribuições da ANTAQ. Esta abordagem é estratégica para a compreensão da estrutura do setor hidroviário sob o ponto de vista operacional. Bons estudos! Objetivos Reconhecer os aspectos operacionais dos portos; Identi�car a estrutura de funcionamento do transporte hidroviário no Brasil; Identi�car a operacionalização das diferentes modalidades de embarcações. Conceitos Gerais Dando continuidade aos estudos sobre o universo dos transportes hidroviários, iniciaremos esta aula com algumas abordagens preliminares que serão bastante úteis para o seu conhecimento. Então, para minimizar eventuais confusões que alguns termos possam trazer você conhecerá agora alguns “conceitos hidroviários” disponibilizados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários e um interessante glossário oferecido por Ronaldo Di Roná em seu livro “Transportes no Turismo”. Primeiramente: Hidrovia? Aquavia? Via navegável? Caminho marítimo ou �uvial? Bom, em algum momento você deve ter visto alguns destes termos, seja em um telejornal, site da internet, jornal ou livro, porém, o que efetivamente eles signi�cam? Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) todos estes termos são sinônimos e se referem a qualquer via “líquida” usada para transporte. Táxi aquático | Fonte:Ronile/Pixabay Os transportes hidroviários (ou aquaviários) se apresentam em quatro diferentes “modalidades” de navegações: 1 Navegação �uvial Aquela operada por embarcações navegando em rios. 2 Navegação lacustre Operações de embarcações em lagos. 3 Navegação marítima Caracterizada pela operação de embarcações em mares. 4 Navegação oceânica Navegação de embarcação em oceanos. Embarcação Segundo a Marinha brasileira, entende-se por embarcação: Qualquer construção, inclusive plataformas flutuantes e as fixas quando rebocadas, sujeita inscrição na autoridade marítima e suscetível de se locomover na água, por meios próprios ou não, transportando pessoas ou cargas. As embarcações são classi�cadas conforme o seu comprimento, que é de�nido como “a distância horizontal entre os pontos extremos da proa a popa”. Divisão por tamanho A Marinha do Brasil divide as embarcações da seguinte forma: Embarcações de grande porte ou iates As de comprimento maior ou igual a 24 metros. Embarcações de médio porte Inferior a 24 metros, exceto as miúdas. Embarcações miúdas Qualquer embarcação ou dispositivo �utuante com comprimento inferior ou igual a 5 metros, ou com comprimento de até 8 metros desde que o motor não exceda 30 HP .1 Principais embarcações Os diferentes tipos de embarcações também podem ser identi�cados através de suas características e funções, por exemplo: Não se espera a mesma aplicabilidade de uma escuna e um ferry, não é mesmo? Então, conheça agora alguns tipos de embarcações e de que maneira as utilizamos! https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon192/aula8.html Ferry Boats No Brasil, também conhecidas como balsas, são embarcações voltadas para o transporte de pessoas, veículos e cargas, muito importantes como elementos de integração modal em regiões insulares onde o acesso terrestre ao continente é inexistente ou insu�ciente para a demanda, ou em regiões litorâneas onde funcionam como alternativa modal. No continente europeu são amplamente utilizadas no tráfego entre os países escandinavos, o Reino Unido, as ilhas gregas, Malta, Espanha e Itália, entre outros destinos. Os ferry boats são essenciais para a intermodalidade. Iates Em qualquer lugar do mundo os iates são sinônimos de riqueza, requinte, glamour, luxo, poder e qualidade de vida. Ambicionado por milionários e sonho de consumo de milhões de pessoas estes tipos de embarcações se caracterizam pelo alto grau de conforto e privacidade pois normalmente são destinados ao transporte de (poucos) passageiros, com �nalidade de lazer ou turística, e podem ser a vela ou motor. Escunas Amplamente utilizadas com �nalidade turística no litoral do Brasil, as escunas são espécies de veleiros motorizados. As escunas são altamente populares entre turistas brasileiros e estrangeiros. Lanchas As lanchas são embarcações motorizadas, normalmente de pequeno porte, destinadas à navegação costeira e servem para diversas �nalidades: turística, transporte regular de pessoas e objetos, �ns humanitários para o atendimento à regiões de acesso exclusivamente �uvial ou litorâneo, segurança, entre tantas outras. Algumas lanchas oferecem um alto grau de conforto e a exclusividade de um passeio ímpar seja em uma baía, rios ou mares. Navios Os navios se apresentam de várias formas, de acordo com sua �nalidade: podem ser cargueiros, gaseiros, químicos, tanque, porta contêiner, roll-on/roll-off, graneleiro, ore-oil, ore-bulk-oil, petroleiros, militares e seus subtipos em geral, e os navios de cruzeiros (marítimos e �uviais), estes fazem um enorme sucesso entre os turistas durante sua temporada no Brasil. Sejam eles de cargas ou passageiros, os navios sempre chamam a atenção por sua imponência e beleza. Classi�cação As embarcações são classi�cadas de acordo com suas características e empregos previsto, e principalmente conforme as áreas de navegação, como segue: 1 Navegação Interior 1 Realizada em águas abrigadas como lagos, lagoas, baías, rios, canais onde não haja ondas de altura signi�cativa que possam comprometer o tráfego das embarcações. 2 Navegação Interior 2 Realizada em águas parcialmente abrigadas onde eventualmente exista a presença de ondas e agentes ambientais adversos como o vento e a maré, que possam di�cultar a navegação 3 Navegação Costeira Navegação realizada dentro do chamado “limite de visibilidade” da costa, seja entre portos nacionais ou estrangeiros, não devendo exceder 20 milhas náuticas. 4 Navegação Oceânica Realizada entre portos (nacionais ou estrangeiros) fora dos limites de visibilidade da costa. A ANTAQ A ANTAQ foi concebida a partir da Lei 10.233 <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10233.htm> de 5 de junho de 2001 como uma entidade autárquica da Administração Federal, vinculada ao Ministério dos Transportes, sediada em Brasília (DF) cujas atribuições, destacam-se: 1 Implementar as políticas estabelecidas no âmbito do Ministério dos Transportes e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte – CONIT. 2 Regular, supervisionar e �scalizar as atividades de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária exercida por terceiros. 3 Garantir o equilíbrio entre as necessidades dos usuários e os interesses das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas ou arrendatárias, sob a lógica do interesse público. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10233.htm 4 Arbitrar con�itos de interesses e evitar eventuais práticas de competição imperfeita ou infração econômica. Atenção De uma maneira muito abrangente – e guardando as suas devidas proporções – a ANTAQ está para o transporte hidroviário, como a ANAC está para o aéreo, pois no fundo ambos possuem o caráter �scalizador, normatizador, além de outorgarem concessões a terceiros dentro de suas atividades. Portos Brasileiros A natureza foi pródiga com o Brasil: além do vasto território de dimensões continentais, a biodiversidade de fauna e �ora, o País possui um extenso litoral e uma ampla rede de rios navegáveis, fazendo que o transporte hidroviário possua um enorme potencial ainda a ser melhor explorado. Para você entender melhor, nosso litoral ocupa uma extensão de aproximadamente 7.367 quilômetros enquanto nossa rede interna �uvial navegável está estimada em cerca de 35 mil quilômetros. Apenas a bacia amazônica ocupa uma áreaequivalente a 5% da superfície terrestre e escoa cerca de 1/5 do volume de água do mundo, sendo que 68% da bacia amazônica encontra-se em território brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (2012). Fonte:Pixabay Como visto na aula 1, a geogra�a litorânea entrecortada por rios navegáveis favoreceu a implementação de forti�cações na extensão de nossa costa e em nossos rios, que no início do povoamento do País tinham como �nalidade garantir a defesa. Posteriormente vieram os primeiros assentamentos humanos e criação de portos e entrepostos de comércio às margens de nosso litoral. Saiba mais Desde o princípio do processo de colonização do Brasil, os portos serviram como importantes elos de entrada e saída de pessoas e do comércio nacional e global, e assim são até os dias de hoje, dada a sua importância. Leia o texto “Principais portos brasileiros” <galeria/aula8/anexo/Principais portos brasileiros.pdf> para conhecer suas respectivas localizações. Atividade Como classi�car as embarcações? Notas HP 1 Unidade de medida de força/potência. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos.Referências AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ). Disponível em: //www.antaq.gov.br <//www.antaq.gov.br> . Acesso em: 29 out. 2018. AMARAL, Ricardo. Cruzeiros Marítimos. Barueri, SP: Manole, 2006.. BRASIL. Ministério da Defesa. Marinha do Brasil. Disponível em: https://www.marinha.mil.br/ <https://www.marinha.mil.br/> . Acesso em: 29 out. 2018. BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Disponível em: //www.transportes.gov.br/ <//www.transportes.gov.br/> . Acesso em: 29 out. 2018. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ <https://www.ibge.gov.br/> . Acesso em: 29 out. 2018. PALHARES, G.L. Transportes Turísticos. São Paulo: Aleph, 2001. RONÁ, Ronaldo. Transportes no Turismo. Barueri, SP: Manole, 2002. Próxima aula https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon192/galeria/aula8/anexo/Principais%20portos%20brasileiros.pdf https://www.antaq.gov.br/ https://www.marinha.mil.br/ https://www.transportes.gov.br/ https://www.ibge.gov.br/ O uso do transporte hidroviário para o turismo; O surgimento do mercado de cruzeiros marítimos; Modalidades de transportes hidroviários aplicados ao turismo e ao lazer. Explore mais Assista ao vídeo “Canon 7d Harbor Rotterdam <https://www.youtube.com/watch?v=m7K_XQ5XGSc> ”. https://www.youtube.com/watch?v=m7K_XQ5XGSc