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Tipos de dismenorréia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento Dismenorréia primária: É a dor menstrual sem doença pélvica. Surge 1 a 2 anos após a menarca, quando já se estabeleceram ciclos ovulatórios. Afeta mulheres jovens, mas pode persistir até a faixa de 40 a 49 anos. Em geral, a dor começa algumas horas antes ou logo após o início de um período menstrual e pode durar até 48 a 72 horas. A dor é semelhante à do trabalho de parto, com cólicas suprapúbicas, e pode ser acompanhada por dor lombossacra, dor que se irradia para a face anterior da coxa, náuseas, vômitos, diarreia e, em casos raros, episódios de síncope. Para o tratamento, os inibidores da prostaglandina sintase, também denominados AINEs, são eficazes. Contraceptivos hormonais também são eficazes nessa síndrome dolorosa. Se a paciente não responder a esse esquema, pode-se acrescentar fármacos à base de ópio ou codeína durante 2 a 3 dias por mês.¹ Dismenorréia secundária: É a menstruação dolorosa associada a doença de base. Surge anos após a menarca e pode ocorrer em ciclos anovulatórios. A dor costuma surgir 1 a 2 semanas antes do fluxo menstrual e persiste até alguns dias após o fim do sangramento.¹ Em geral, relaciona-se com endometriose, leiomiomas, DIP, adenimiose, pólipos endometriais e obstrução do fluxo menstrual e, por essa razão, pode estar associada a outros sintomas ginecológicos, como dispareunia, disúria, sangramento anormal ou infertilidade. Para o tratamento, deve-se, primeiramente, identificar a causa de base. Muitas pacientes com esse tipo de cólica sentem alívio com o uso de AINEs. A primeira linha de tratamento para o roblema inclui os inibidores da sintetase de prostaglandinas, contracepção hormonal, danazol e progestinas. Em alguns casos, a dilatação do orifício externo do útero pode produzir alívio.² Referências: 1. Tratado de Ginecologia Berek & Novak. 14 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2008 2. Cunnigham, Leveno. Bloom, Spong, Dashe, Hoffman, Casey, Sheffield. Obstetrícia de Williams. 24a. Ed. Porto Alegre; 2015