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Dismenorreia: Dor Pélvica Crônica

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Dismenorreia
Definição
International Pélvic Pain Society, a dor pélvica crônica (DPC) é definida como um
quadro doloroso, cíclico ou não, em região inferior do abdome ou pelve, com duração
superior a seis meses, e se manifesta com sintoma álgico considerado uma síndrome.
Essa dor pode ser expressa como dismenorreia, dispaurenia ou desconforto crônico
relacionado ou não ao ciclo menstrual ou fator desencadeante. s. Entre as causas
ginecológicas, a principal é a endometriose.
O termo “dismenorreia” é derivado de palavra grega que significa fluxo menstrual
difícil. É usado para denominar as cólicas menstruais dolorosas; ocorre durante a
menstruação ou algumas horas antes, com sinais e sintomas representados por
náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor lombar, nervosismo, tonturas e cefaleia.
Caracteriza-se por dores abdominais relacionadas ao fluxo catamenial que surge
principalmente em jovens, também designada algomenorreia, menalgia ou
odinomenorreia.
CLASSIFICAÇÃO
A primária ocorre em pacientes com ausência de lesões orgânicas e sua
etiologia não está bem definida. Destacam-se a miometrial, a psicogênica, a
endócrina e a influência exercida pelas prostaglandinas e leucotrienos.
A dismenorreia secundária (DS) origina-se de um processo orgânico que
determina congestão pélvica ou espasmo do útero. Dentre as causas
congestivas, citamos as inflamações subagudas e crônicas, como as anexites,
parametrites e pelviperitonites, os tumores pélvicos que tornam difícil a
circulação sanguínea, em que o sangramento leva à sensação dolorosa. A
presença de DIU (dispositivo intrauterino) não medicamentoso para
contracepção também pode ser um potencial causador da dor menstrual.
Classifica-se dismenorreia em primária e secundária:
Primário Secundário
Inicio dos sintomas um mês após
menarca.
Dor associada com inicio do fluxo.
Inicia-se pouco antes ou no 1° dia da
menstruação e dura frequentemente
de 8 a 72 horas.
Naúseas, vômitos, cefaleia e outros
sintomas podem ocorrer.
Exame físico e complementar normal.
História pregressa sem relevância.
Boa resposta à terapia com AINEs e
ACO.
Inicio a qualquer momento pós a menarca
especialmente acima de 25 anos.
Variável, podendo mudar inicio e
intensidade da dor.
Sinusiorragia, dispareunia e menorragia
podem ser referidos.
Anormalidade pélvica evidenciada em
exames.
História pregressa de exposição a doenças
sexualmente transmissíveis, uso de DIU, uso
de tampão, história familiar de
endometrioses, história de sangramento
uterino anormal, cirurgia prévia.
Ausência ou mínima resposta à AINEs e ACO
Tratamento
O tratamento da dismenorreia pode ser realizado em dois momentos, ou seja, durante
a crise ou profilaxia. Na crise, constitui tratamento sintomático, de emergência,
visando remover ou aliviar a dor. O exercício físico é considerado um alívio para o
desconforto menstrual pelo aumento da vasodilatação. Medidas gerais como bolsa de
água quente, banho morno e massagens relaxantes também aliviam a dor.
Modificações dietéticas específicas podem contribuir para a redução dos sintomas
associados à dismenorreia, como a diminuição do sal e de açúcar refinado 7 a 10 dias
antes da menstruação, o que pode diminuir retenção de líquidos. Algumas mulheres
com DP relatam uma redução na sintomatologia ao passarem de uma dieta rica em
gorduras para uma baixa taxa de gorduras.
No tratamento para a dismenorreia secundária, o mais eficaz é identificar a causa,
usar analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais (AINH) para alívio da dor —
sendo muito úteis os AINH — e muitas vezes, correção cirúrgica. 
Na dismenorreia primária, podem ser utilizados também os AINH para o tratamento.
Também é recomendado usar os inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2 (COX-2),
que não acarretam tanta hemorragia nem gastrite, e reduzem o fluxo menstrual em
30 a 50%.Dentre os AINH não seletivos para a COX-2, preferem-se os que têm maior
ação analgésica e menos efeitos colaterais, como ácido mefenâmico, cetoprofeno,
piroxicam, ibuprofeno, naproxeno e outros. A conclusão obtida foi que o ibuprofeno
tem maior eficácia e acarreta menos efeitos colaterais, sendo superior aos demais
medicamentos analisados no estudo.
Se a paciente tiver vida sexual ativa e deseja contracepção, o anticoncepcional oral
(ACO) pode ser indicado. Os autores Gauthier e Brill evidenciaram que o uso de
anticoncepcional na população geral pode tratar a dismenorreia, chegando a quase
90% de melhora.

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