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CONCEITOS DO TRATAMENTO EM ONCOLOGIA Tratamentos: · Cirurgia oncológica: cirurgiões especializados aumentam o prognóstico do paciente · Agentes antineoplásicos: quimioterapia, terapia-alvo, hormonioterapia, imunoterapia · Radioterapia CIRURGIA ONCOLÓGICA: · Domínio no tratamento até o início dos anos 1970 · Grandes cirurgias que envolviam uma extensa área de ressecção, mas mesmo assim tinham riscos de recidivas locais e a distância, por isso, buscou-se o aprimoramento das menores · Cirurgias envolvem retirada de tumores com margens livres e um número adequado de linfonodos, sendo fundamental no processo da cura RADIOTERAPIA: · Intuito é causar dano no DNA celular, quebrando a fita dupla, por liberação de fótons (elétrons), para parar a multiplicação, com ação indireta, causando morte das células · Geralmente associa a quimioterapia, permitindo que as células parem o ciclo celular em uma posição que as fitas de DNA estão mais expostas, facilitando a ação da radioterapia · Tentativa de controlar o crescimento da neoplasia, melhorar a dor em metástases e diminuir a chance de recidivas locais · Efeitos colaterais de curto e longo prazo (15/30 anos depois), devendo ser bem explicados antes AGENTES ANTINEOPLÁSICOS: Objetivo: combater os mecanismos de resistência da célula neoplásica (hallmarks do câncer) Quimioterapia convencional: · Atua no processo de carcinogênese impedindo a divisão celular por meio de diversos mecanismos · Objetivos: aumentar a taxa de cura, aumento de sobrevida, paliação de sintomas (pela diminuição da carga tumoral) e radiossensibilizante (para a divisão no momento que o DNA está mais exposto) · Tentativa de matar qualquer micrometástase, visto que não há exames extremamente específicos para isso · Adjuvante: após a cirurgia, para controle de metástase e eliminação de células tumorais que sobraram que não são vistos em imagens e PET · Neoadjuvante: antes da cirurgia, controle de metástase, reduzir tumor e uma cirurgia menor · Atua no ciclo celular: · Ciclo celular específico: atuam em uma fase específica do ciclo e dita o intervalo de aplicação · Ciclo celular não específico: múltiplas fases do ciclo celular e são dependentes da dose a. Agentes alquilantes: ligações cruzadas entre as bases nitrogenadas, prendendo a fita dupla, assim a síntese de DNA é prejudicada e ocorre morte celular b. Inibidores da topoisomerase: tipo I (inibe a replicação e degradação do DNA, quebra da fita simples) e tipo II (aumentam a degradação do DNA e diminui a replicação, quebra da fita dupla) c. Inibidores da mitose: fase específica. Os taxamos impedem que os microtúbulos se desfaçam, assim a célula para no meio da divisão e morre. Os alcalóides da vinca impedem a formação desses microtúbulos d. Antimetabólicos: atuam na fase de produção das bases de DNA, inibindo algumas enzimas e impedindo a formação das bases e. Antibióticos: são drogas muito potente acabando sendo usadas como QT. Induzem a formação de radicais livres que quebram a fita dupla do DNA, causando morte celular Terapia hormonal: · Algumas neoplasias se desenvolvem por causa de hormônios, como o de mama e o de próstata. Porque as células têm receptores hormônios e seu estímulo gera crescimento tumoral · Bloqueio no processo de crescimento de tumores hormônio sensíveis · Bloqueio da atuação hormonal na célula tumoral · Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (tamoxifeno) · Downregulators seletivos dos receptores de estrogênio (fulvestranto) · Antiandrogênios (enzalutamida) · Bloqueio da produção hormonal do paciente · Inibidores da aromatase · Análogos e antagonistas do GnRH (hormônio liberador da gonadotrofina) · Inibidores da CYP17 (abiraterona) Câncer de mama: · Bloquear a produção do hormônio: ooforectomia · Bloquear a produção da aromatase: é uma fonte da produção de estrogênio pós menopausa. Ela transforma a testosterona do tecido adiposo em estrogênio · Inibir os receptores de estrogênio: tamoxifeno (da mama e do endométrio) ou Fulvestrant (todos os receptores) Câncer de próstata: · Análogos ou antagonistas do LHRH: aumentam a produção de LH, mas depois saturam os receptores e diminui a produção. Causa uma piora antes da melhora, chamada de flare. Podem ser usados em mulheres pré menopausa, porque inibe os receptores de estrogênio · Bloquear a produção adrenal de testosterona (inibidores do CYP 17) · Anti-androgênico: bloquear os receptores de testosterona Terapia alvo: · Drogas que bloqueiam mutações e resistências de tumores · Cada uma tem seus efeitos colaterais específicos · Todo tumor tem alteração genética, mas não significa que é hereditário → age nas mutações · Não é quimioterapia e é em comprimido (como alguns quimioterápicos) · Inibidores de tiroquinase: EGFR, ALK, CDK4/CDK6, PARP, BCR-ABL · Anticorpos monoclonais (HER-2, EGFR) · Antiangiogênicos (anti-VEGF e anti-VEGFR) · Imunoterapia: específica (CTLA-4 / PD-1) x não-específicas (IL-2, IFN-alfa) · CAR T-cell · Vacinas: prevenção (HPV) x tratamento (Sipuleucel-T) · Radiofármacos (lutécio, rádio) Imunoterapia/anticorpos: · Estimula o próprio sistema imune · Immunosurveillance and immunoediting · Linfócitos agem como sentinelas, reconhecendo e eliminando células com potencial neoplásico · Dividido em passivas e ativas Fase 1: Eliminação: é precoce nas células neoplásicas pelo sistema imune, sem que haja repercussão clínica (desenvolvimento de um tumor). Toda célula tumoral produz antígenos, isso ativa as células apresentadoras de antígenos e as células NK, promovendo a morte celular, ficando em um ciclo Fase 2: Equilíbrio: entre o crescimento neoplásico e o controle pelo sistema imune Fase 3: Escape: célula tumoral começa produzir menos antígenos, estimulando menos as APC, então vem menos células T e ocorre menos morte celular tumoral. O tumor predomina sobre o sistema imune e prolifera. É clinicamente detectável Terapias “passivas”: · Anticorpos monoclonais: · Bloqueiam algum mecanismo da via celular e geram morte celular · Por aumento da apoptose, inibição do crescimento celular ou se ligando à célula e liberando drogas/imunotoxinas/radiofármacos, que chamamos de anticorpos conjugados · A célula internaliza o anticorpo e ele libera o quimioterápico ligando a ele no interior da célula · Vírus oncolíticos: · Vírus não modificados: que são os que têm habilidade natural de infectar células tumorais · Vírus modificados: alterados geneticamente para infectar as células tumorais · Ainda não são usados na prática · Terapias celulares → CAR-T · Terapia do receptor de antígeno quimérico de células T (CAR-T) · Alterado geneticamente para expressão de uma proteína de fusão na membrana de linfócitos T · Funciona como se fosse um transplante de medula, pois “zera” a medula · Primeiro é retirado o sangue do paciente e são isoladas as células T dele. Depois, ela é alterada geneticamente, sendo mudada a proteína de membrana para que ela reconheça mais o tumor. Linfócitos são expandidos em laboratório e o paciente recebe uma QT para zerar os linfócitos T do paciente. Os linfócitos T expandidos são colocados no paciente para identificar o tumor · Tumores hematológicos · Terapias celulares → TIL’s · Linfócitos infiltrantes de tumor (TIL’s) · Sem alteração genética das células · Linfócitos são colocados em cultura junto a neoplasia e estimulados para um melhor controle tumoral · Indicada para melanoma · Biópsia que retira as células imunes que estão na neoplasia e estimula o crescimento delas e depois reinfunde no paciente Terapias “ativas”: · Citocinas: IL-2, IFN · Primeira e mais antiga imunoterapia sistêmica · Infusão de citocinas ativas do paciente · IFN alfa → ativação das células NK → apoptose da célula tumoral · IL-2 → ativação do sistema imune → linfócitos T → morte · Não é muito aceito, pois tem muitas chances de óbito · Câncer de rim e melanomas · Caíram em desuso · Vacinas terapêuticas · Aumentar a resposta imunológica ao tumor → Sipuleucel-T · Formadas por isolamento de célula dendrítica, que são modificadas para aumentar a sensibilidadede identificação de células tumorais · Ao serem infundidas, há aumento da resposta imunológica ao tumor · Alto custo · Inibidores de checkpoints · Anti PD-1/PD-L1 · Anti CTLA-4 · Tumor evita que o sistema imune ataque, então esses inibidores atuam como um “freio” do rumor e as células voltam a reconhecer o tumor para eliminá-lo · Causa efeito de resposta imune · Pode fazer qualquer doença autoimune, mas é menor que o da quimioterapia e mais raros · Pode ser revertido com corticoide caso exacerba