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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA CONCEITO · Dx de espectro · Atraso e desvio no desenvolvimento social (relacionamento e comunicação) e resposta ao ambiente (comportamentos repetitivos e restritivos, dificuldade de mudanças e hipersensibilidade ao ambiente) Há um aumento da prevalência · Não sabe-se exatamente o motivo · Fatores demográficos externos, como urbanização e poluição · Dx precoce - QI mais alto · Prevalência baixa em países sem centros de estudo (quanto mais se estuda, mais se diagnostica) · Aumento da detecção Etiologia - aspecto genético: · Contribuição genética bem estabelecida · Estudos de gêmeos e de famílias → irmãos de pacientes com autismo · Endofenótipo · Herdabilidade de 90% · Diferença grande entre concordância entre gêmeos monozigóticos 36-96% e em dizigóticos 0-27% → nova mutação/herança complexa · Fatores genéticos complexos e heterogêneos e interação gene ambiente ainda pouco conhecida Fatores ambientais: · Teorias e mitos · Mercúrio, cádmio, níquel, tricloroetileno? · Vitamina D? · Pais “frios” não têm embasamento científico nenhum Achados neuroanatômicos: · Não há achado dx · Um dos únicos que evidenciam o aumento do volume e de circunferência cerebral/ventrículos alargados · Não é patognomônico, mas é uma evidência Fatores de risco: · Irmão com autismo e/ou transtorno de desenvolvimento · Hx parental de esquizofrenia/THB · Idade materna ou paterna > 40 anos · Peso ao nascer menor que 2,5kg ou malformações · UTI neo/ameaça de aborto < 20 semanas · Prematuridade < 35 semanas · Morar em centros urbanos Diagnóstico: · Interação social · Comunicação verbal ou não-verbal · Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades · Começa os sintomas na infância · Hoje, só existe um dx de TEA DSM-V: A. Interação social (como interage com as outras pessoas) E comunicação (como fala ou recebe) B. Comportamento (como Obs: Precisa ter prejuízo nesses dois tópicos Base do diagnóstico: · Paciente no início da vida, em que as demandas sociais começam a aparecer (2 anos) · Déficits persistentes na comunicação e interação social (por ex: déficits na reciprocidade social, comportamentos comunicativos não-verbais e habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos · Padrões de comportamento, interesse ou atividades restritos e repetitivos · Alteração na interpretação social Critérios diagnósticos: DSM-5 A. Déficits persistentes na comunicação social e interação · Reciprocidade socioemocional: conversas e compartilhamento de emoções · Comportamento comunicativo não verbal: contato visual gestos e linguagem corporal · Desenvolver, manter e compreender relacionamentos, compartilhar experiências, compreender contextos (brincadeiras imaginativas) e ausência de interesse por pares · Especificar gravidade (nível 1, 2 e 3) B. Padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesse ou atividade, pelo menos 2: · Movimentos, uso de objetos ou fala estereotipados e repetitivos (estereotipias, girar objetos, ecolalia) · Insistência nas mesmas coisas, inflexível a rotinas · Interesses fixos, restritos e anormais em intensidade e foco (objetos incomuns, perseveração) · Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (luzes, textura, temperatura) Mudanças DSM-5: · Retirada de subdivisões · Presença em idade precoce, porém déficits sociais podem aparecer quando maior demanda · Prejuízo e limitação no funcionamento diário · Elimina dx de T. Asperger · Formalizar o conceito de espectro · Pode ter comorbidade de TDAH Comunicação e interação social: · Comportamento comunicativo não verbal: contato visual de gestos e linguagem corporal · Prejuízo na comunicação não verbal: olhar, gestos, postura e expressão facial · Não olhar no olho tem relação com gravidade Interação social: · Reciprocidade socioemocional: conversas e compartilhamento de emoções · Comportamento comunicativo não verbal: contato visual gestos e linguagem corporal · Desenvolver, manter e compreender relacionamentos, compartilhar experiências, compreender contextos (brincadeiras imaginativas), ausência de interesse por pares · Falha em desenvolver relação com os pares · Ausência/diminuição na procura de atividades que requerem atenção conjunta · Sem insight da natureza das relações Comunicação: · Atraso da fala, sem tentativas compensatórias · Dificuldade em iniciar ou sustentar conversas · Linguagem repetitivas idiossincrática/estereotipada, ecolalia · Falta de variedade, peculiaridades (entonação, ritmo, volume, tom professoral e monótono) · Palavras inventadas/frases fora de contexto, repetitivas · Falta de brincadeiras de “faz de conta” e imitação Linguagem: · Dificuldade em iniciar e manter conversa - sem small talk · Não fornece informação suficiente, não pergunta, não constrói o comentário do outro - combinado com interesse restrito Comportamento: · Rotina rígida, sensibilidade a mudanças · Estereotipias/maneirismos · Interesse por partes de objetos · Interesse restrito por determinado assunto Conexão e aprendizado social: · Sintomas central: alterações em comportamentos não verbais que regulam interações/falha em desenvolver relacionamentos apropriadas à faixa etária · Falha na procura espontânea em mostrar satisfação, interesses ou ganhos com outros (não mostra, não faz, não aponta com interesse em buscar atenção) Reconhecimento: · Sintomas geralmente aparentes nos primeiros 3 anos / dx ainda tardio em muitos países · Países em desenvolvidos: pouco tto especializado precoce Detecção precoce: · Melhora no px em uma proporção significativa · Adaptação dos pais/escolha escolares e apoio · Detecção precoce em irmãos do paciente · Pico de sintomas mais perceptíveis aos 24 meses · Sintomas aos 24 meses - sinal de alerta **Deve-se aplicar a Triagem do Autismo em crianças entre 16-30 meses, com entrevista de seguimento M-CHAT-R/F Em bebês: · Sem sorrisos aos 6 meses · Prejuízo ou ausência de sorrisos ou outras expressões faciais aos 9 meses · Não balbuciar aos 12 meses · Nenhum gesto de troca, como apontar, mostrand ou acenando aos 12 meses · Qualquer perda de fala, balbucio ou habilidade sociais em qualquer idade Red flags: · Não há sintoma patognomônico da doença · Nem toda criança apresentará todos os sintomas num mesmo momento Comportamento atípicos: · Provavelmente por hipersensibilidade sensória · Visão lateral, hipersensibilidade a sons comuns, andar com as pontas dos pés, lamber objetos ou cheiras não condizente com faixa etária, uso da mão do outro como instrumento Dx diferencial: perda auditiva, t. linguagem, privação social grave, deficiência intelectual-dismorfia, TDAH, TOC, etc Tratamento: · Desenvolvimento de habilidade social e de comunicação apropriadas para a idade · Individualização · Multimodal · Previsibilidade e estabilidade · Intensidade e generalização · Participação e suporte familiar Prognóstico: · Pior quando associado a deficiência intelectual · Melhor se tiver desenvolvimento de linguagem antes dos 6 anos e QI maior · Detecção e intervenção precoce melhoram px TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) Características dos sintomas: · Geralmente é percebido pelos seus prejuízos comportamentais e afetivos · Muitos adultos procuram atendimento em decorrência das comodidades e não do TDAH · As queixas são geralmente de “terceiros” · Muito mais comum em meninos Rendimento escolar: · Comportamento inadequado em sala de aula · Baixo rendimento escolar · Necessidade de apoio psicopedagógico · Exclusão escolar (suspensões ou até expulsão) · Repetência · Abandono escolar antes de completar o 2° grau Comportamento: · Prejuízo na produtividade e motivação · Prejuízo da memória de execução · Problemas na interação social · Problemas no raciocínio verbal Tríade clássica de sintomas: · Desatenção · Impulsividade · Hiperatividade DSM-5: Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade · Desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade - 6 sintomaspor 6 meses · Em adultos: 5 sintomas por 6 meses · Inconsciente com nível do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais · Não se desenvolve na vida adulta CRITÉRIOS (são mais descritios): Diagnóstico em adultos: · Mesmo critérios das crianças · Não é considerado como o sintomas evoluiu · Importante: sintomas antes dos 12 anos · Muda o número de sintomas para o dx · Desatenção: dificuldade em manejo de tempo, inicar e terminar taradas e trocar de estratégia, comportamento mal-adaptativo, dependente e evita trabalhos “mentais” · Hiperatividade: adapta a hiperatividade a trabalhos ativos, fica andando de um lado para outro e excesso de trabalho traz dificuldades conjugais · Impulsividade: baixa tolerância à frustração, temperamento impulsivo, mudanças de emprego, multas de trânsito, uso de drogas e promiscuidade Etiologia: Fatores de risco: · Multifatorial · Ambientais: fuma na gestação, baixo peso ao nascer, TDAH em um genitor, abuso e dependência de álcool na gestação · Risco genético (dopaminérgicos), com alta herdabilidade Prevalência: · Pelos critérios do DSM a prevalência mundial do TDAH é de 3,5% · Relação 6:1 H:M na infância e 1:1 nos adultos · Altamente herdado Tratamento: · Reconhecimento do TDAH como condição clínica · Estabelecer objetivos a serem alcançados com a família escola e a criança · Utilizar o tratamento indicado medicação estimulante/terapia comportamental · Se os objetivos não forem alcançados revisar o diagnóstico, opções de tratamento, aderência e possibilidade de comorbidade · Manter acompanhamento sistemático do paciente · Programa de tratamento: · Tratamento medicamentoso · Tratamento comportamental: mudança de conduta em casa e na escola e apoio pedagógico quando necessário · Informação para pais/pacientes sobre o TDAH · Serviços informativos de apoio Obs: começa com psicoterapia, mas o mais eficácia é o farmacológico image4.png image7.png image10.png image8.png image9.png image1.png image3.png image5.png image6.png image2.png