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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Profa. Ms. Karen N. Chinoca Ziza
A demanda por qualidade máxima do cuidado em saúde, combinada com a necessidade de uso racional de recursos tanto públicos quanto privados e tem contribuído para aumentar a pressão sobre os profissionais da área da saúde no sentido de assegurar a introdução de uma prática baseada em evidências científicas. 
PONTO DE PARTIDA PARA O PROJETO DE PESQUISA
PONTO DE PARTIDA PARA O PROJETO DE PESQUISA
No intuito de melhor conhecer a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso, os pesquisadores desenvolveram numerosas maneiras de abordagem e investigação. 
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS - MBE
PROJETO - METODOLOGIA
Estudo retrospectivo
Estudo prospectivo
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
O pesquisador colhe informação pregressa dos fatores de exposição e acompanhar por um período de tempo os indivíduos. 
O pesquisador está presente no momento da exposição de um ou mais fatores e acompanham por um período de tempo para observar um ou mais desfechos.
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
ESTUDOS OBSERVACIONAIS
São aqueles em que não há intervenção do pesquisador. 
O pesquisador simplesmente observa o paciente, as características da doença ou transtorno, e sua evolução, sem interferir ou modificar qualquer aspecto que esteja sob observação. 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS
Os estudos descritivos não testam hipóteses (as hipóteses surgem durante o projeto), portanto não fazem associações. Eles descrevem uma condição de indivíduo ou pequeno grupo de indivíduos. São geralmente usados para assuntos ainda não muito conhecidos como doenças novas, manifestações raras ou associações de doenças, caracterizando seus aspectos semiológicos, etiológicos, fisiopatológicos e epidemiológicos. Tipos: relato de casos e séries de casos onde a diferença entre eles é o número de indivíduos. O primeiro pode variar entre 1 a 9 indivíduos e o segundo tem um mínimo de 10 participantes.
Os estudos analíticos, por sua vez, testam hipóteses (definidas a priori). Estão relacionados a distribuição de eventos na população, estimando incidência e prevalência. O investigador introduz um fator de exposição ou de causalidade, e avalia-o utilizando ferramentas estatísticas. A precisão dos dados está diretamente associada com a representatividade dos dados na população (daí a importância do cálculo amostral). São considerados estudos analíticos os estudos transversal, de coorte, caso-controle e ecológico.
ESTUDO DESCRITIVOS – GERAM HIPÓTESES 
CARACTERÍSTICAS:
Primeira abordagem
Avaliação inicial de problemas mal conhecidos
Formulação de hipóteses
Enfoque em grupos específicos da população ou aspectos de interesse não investigados em pesquisas quantitativas ou que necessitem de suplementação de informações.
OBSERVACIONAL - RELATO DE CASO E SÉRIE DE CASOS 
Relato de caso e Série de casos
Ambos os estudos analisam de forma detalhada o diagnóstico clínico de indivíduos. 
Levam em consideração os sintomas, as características e sinais do paciente e os procedimentos terapêuticos que foram utilizados.
Esses são estudos primários, iniciais, que podem servir como base para estudos mais abrangentes – onde pode haver comparações e não apenas análises de casos específicos.
A diferença entre os dois é dada pela quantidade de amostras analisadas – os relatos compreendem de 1 a 3 casos e a série compreende de 3 casos adiante.
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Vantagens
Fácil de ser realizado
Baixo custo
Enfoque qualitativo e exploratório
Permite observação intensiva de cada caso
 
Desvantagens
Indivíduos muito selecionados (evolução atípica, enfermos grave, reação inusitada, resultado terapêutico inesperado.)
Falta de individuo controle dificulta comparações
Poucos indivíduos envolvidos, dificulta generalização de conclusões
OBSERVACIONAL - RELATO DE CASO E SÉRIE DE CASOS 
Exemplo: 
Mulher com 40 anos após 5 semanas de uso com anticoncepcional oral apresentou embolia pulmonar. (Esse evento é mais comum em mulheres com idade mais avançada).
Hipoteses:
Características e antecedentes da pacientes? Uso de outros medicamentos? Genética? Coincidência?
 
OBSERVACIONAL - ESTUDO TRANSVERSAL (PREVALÊNCIA) 
É o “retrato” da situação no momento em que o pesquisador observa. A população ou amostra é estudada em um único momento. É utilizado para avaliar se existe relação entre as variáveis da pesquisa e é importante para determinação de prevalência de doenças e acurácia de testes diagnósticos. 
Características:
Aleatórios
Inferência
Entrevistas
Censo ou amostral 
Estimam médias, proporções, caracterizam populações com base na coleta sistemática de informações, sobre evento em uma população específica.
Não testam hipóteses causa-efeito
Observações e mensurações das variáveis de interesse feitas simultaneamente
Teste de associação de frequência ou estatística (causa/exposição – doença/agravo).
O estudo transversal analisa a frequência – prevalência – de um determinado agente em um grupo e em um tempo determinado.  As variáveis são coletadas apenas em um momento, já que o estudo não dispende de um tempo longo de ação. Podem ser investigados vários resultados simultaneamente (de vários pontos no tempo, por exemplo).
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OBSERVACIONAL - ESTUDO TRANVERSAL (PREVALÊNCIA) 
Vantagens
Simples
Baixo custo
Rápido
Objetividade na coleta de dados
Não há seguimento das pessoas
Facilidade para obter amostra representativa
Descrever características dos eventos na população, identificar casos na comunidade e detectar grupos de maior risco
 
Desvantagens
Exposição passada pode ser importante para estabelecer causalidade (baixa qualidade de dados retrospectivos)
Relação cronológica entre eventos pode ser difícil de estabelecer se a condição não for estável (ex: sexo e grupo sanguíneo)
Não determina a incidência
Se há baixa prevalência, exige amostra grande, dificultando o trabalho operacional.
Possibilidade de erros de classificação.
Pacientes curados ou falecidos não entram na casuística mostrando quadro depurado da doença/evento.
Dados de exposição atual podem não representar exposição passada. 
OBSERVACIONAL - ESTUDO DE PREVALÊNCIA (TRANVERSAL) 
PROSPECTIVO
RETROSPECTIVO
É um estudo longitudinal, ou seja, envolve acompanhamento do cenário ao longo do tempo (como se fosse um filme). Um grupo de sujeitos com uma característica comum é acompanhado para verificar a ocorrência ou não de determinado desfecho.
OBSERVACIONAL - ESTUDO COORTE (LONGITUDINAL) 
Vantagens
sequência temporal dos acontecimentos
a doença é claramente estabelecida
 Ideal para ver incidência
 Alta precisão 
pode medir diversos resultados.
 
Desvantagens
Estudo caro
Demorado
Não é útil para doenças raras
Há perda de seguimento (20% perda dos pacientes).
OBSERVACIONAL - ESTUDO COORTE (LONGITUDINAL) 
ESTUDO OBSERVACIONAL – CASO CONTROLE
Também chamado de estudo caso-referência, é um estudo onde se parte de indivíduos com doença (casos) e sem doença (controle) para investigar a associação entre um evento de interesse e alguns preditores, ou seja, o parâmetro a ser estudado é a exposição ou não a um fator . 
É um estudo importante para analisar doenças raras e situações de surtos ou agravos desconhecidos. 
É um estudo mais rápido que o Coorte, analisa vários preditores e é um estudo inicial para novas hipóteses, mas suas informações geralmente são incompletas, possui um importante viés de memória e fatores de confusão e não avalia frequência dos eventos. 
São modelos de estudo analíticos, longitudinais e, geralmente, retrospectivos (casos já tiveram o diagnóstico antes do início do estudo), porém podem ser prospectivos em algumas situações (quando os casos são diagnosticados após o início do estudo).
Utilizado em doenças que não são frequentes.
São observados dois grupos de pessoas:um grupo com a doença (casos)
Outro grupo sem a doença (Controles)
Calcula-se para cada grupo a proporção de indivíduos expostos à possível causa da doença e comparam-se os resultados. 
ESTUDO OBSERVACIONAL – CASO CONTROLE
ESTUDO DEMOGRÁFICO - ECOLÓGICO
É um estudo onde a unidade de análise é a população ou um grupo de pessoas pertencentes a uma área geográfica definida. São avaliados como os contextos social e ambiental podem afetar a saúde da população de interesse. Esse estudo compara variáveis globais quase sempre por meio de correlação entre indicadores de condições de vida e indicadores de situação de saúde. É um estudo que avalia efeitos contextuais e gera e testa novas hipóteses, porém há dificuldade de controlar fatores de confusão e não há possibilidade de associação entre fator e doença no indivíduo.
ESTUDOS EXPERIMENTAIS – COMPROVAM HIPÓTESES 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
É um estudo prospectivo usado para comparar determinada intervenção com outra. É considerado o padrão-ouro para teste de eficácia de uma intervenção. As fases de seleção e inclusão dos pacientes são importantes para a alocação aleatória dos grupos. 
ENSAIOS CLÍNICOS
ENSAIOS CLÍNICOS 
ENSAIOS CLÍNICOS 
RANDOMIZAÇÃO EM ENSAIO CLÍNICO
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADO COVID-19 (TERAPIAS)
Vantagens:
balanço dos fatores prognósticos entre os grupos
coleta de informações detalhadas
Cegamento dos participantes. 
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADO
Desvantagens:
Generalização externa reduzida por critérios de exclusão
Estudo demorado
Custo elevado
Amostras grandes
iIdivíduos podem não aderir às intervenções alocadas.
Ensaio de campo: é semelhante ao ensaio clínico, mas a população não é de pacientes e sim de indivíduos com risco de doenças. Os dados são coletados na população em geral.
ENSAIOS DE CAMPO
Ensaio comunitário: Envolve a intervenção em nível de comunidades. Avalia a eficácia e efetividade de intervenções que busquem prevenção primária através de modificação de fatores de risco na população. É um estudo conduzido dentro de um contexto socioeconômico de uma população naturalmente formada. Uma importante limitação deste estudo é a dificuldade de isolar uma comunidade (difícil controle de fatores externos).
É um tipo de estudo epidemiológico que tem por objetivo estudar os efeitos de uma intervenção em particular. Os indivíduos selecionados são aleatoriamente alocados para os grupos intervenção e controle (placebo). Trata-se do tipo de estudo denominado:
Transversal de incidência
Coorte
c) Caso controle
d) Ensaio Clínico randomizado
e) Estudo de campo
QUESTÃO
EXERCÍCIOS 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Objetivo: 
1) Ler e analisar os diferentes tipos de estudos
2) Classificar em estudo observacional ou experimental
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