Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Diagnostico Laboratorial de Infecções Parasitárias NOME DO ALUNO: Paulo Roberto Guedes da Silva Filho R.A: 0613888 POLO: São José dos Campos – Polo Próprio Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User RESULTADOS E DISCUSSÃO: ROTEIRO 1 Título da Aula: Identificação microscópica e macroscópica de artrópodes relacionados a doenças parasitárias O objetivo da análise, identificar microscópica e macroscopicamente os principais artrópodes relacionados a doenças parasitárias humanas. Observou-se macroscopicamente a morfologia do Pediculus Humanus (piolho), um inseto pequeno com cor cinza a marrom, apresentando corpos alongados e achatados. Eles possuem seis pernas bem desenvolvidas, uma cabeça grande com mandíbulas adaptadas para morder e se alimentar de sangue humano, antenas curtas e olhos simples. Microscopicamente, apresentam uma cutícula quitinosa que cobre seu corpo, olhos compostos complexos, mandíbulas adaptadas para perfurar a pele, garras e tarsos nas pernas para fixação nos pelos do hospedeiro. Nas fêmeas, são identificados ovários e ovipositor, enquanto nos machos são observadas estruturas reprodutivas como testículos e pênis. Observou-se macroscopicamente a morfologia da larva Aedes aegypti, um pequeno inseto aquático com cor branca a translúcida, caracterizado por corpos alongados e finos compostos por segmentos bem definidos. Elas possuem uma cabeça distintamente separada do restante do corpo, equipada com antenas e mandíbulas para alimentação. O abdômen é distinto e contém os tubos respiratórios ou sifões para respiração na superfície da água. Microscopicamente, seu corpo é transparente, permitindo a visualização interna dos órgãos, como o tubo digestivo em formato espiral, além dos sifões respiratórios localizados na extremidade posterior. O Sarcoptes scabiei, um ácaro parasita causador da sarna em humanos e outros mamíferos, apresenta macroscopicamente um corpo oval ou arredondado, com quatro pares de pernas curtas adaptadas para cavar túneis na pele do hospedeiro. Apesar de seu tamanho extremamente pequeno, sua presença pode ser detectada pelos túneis na pele e pelos sintomas da infestação. Microscopicamente, revela-se uma cutícula quitinosa, pernas e garras adaptadas para fixação na pele, mandíbulas especializadas para perfurar a pele e órgãos reprodutivos. Essas características são essenciais para sua capacidade de parasitar e causar danos ao hospedeiro. Observou-se macroscopicamente a morfologia do mosquito Aedes aegypti macho, que é menor e mais delgado que a fêmea, com asas proporcionalmente mais longas. Seus grandes olhos compostos estão localizados mais próximos na parte frontal da cabeça, facilitando a localização de parceiras durante o acasalamento. As antenas são plumosas e densamente pilosas, utilizadas para detectar feromônios femininos. O probóscide é adaptado para se alimentar de néctar. Microscopicamente, as asas, pernas e estruturas sensoriais como olhos compostos e antenas são identificáveis, oferecendo uma análise detalhada da capacidade sensorial do mosquito. ROTEIRO 2 Título da Aula: Exame coproparasitológico direto a fresco O objetivo dessa aula é apresentar as técnicas laboratoriais utilizadas, tanto diretas quanto de concentração, para a detecção de parasitas intestinais em amostras fecais. Explorar a relevância das técnicas de concentração na melhoria da sensibilidade do exame parasitológico de fezes. Procedimento 1: Técnica direta a fresco ➢ Em uma lâmina de microscopia, adicionaram-se três gotas de solução salina a 0,85%. ➢ Utilizando a ponta de uma espátula, coletaram-se pequenas porções de fezes de vários pontos e transferiram-nas para a lâmina de microscopia. ➢ Com a mesma espátula, espalharam-se as fezes para criar um esfregaço. ➢ Cobriu-se o esfregaço com uma lamínula. ➢ Examinou-se sob o microscópio óptico utilizando objetivas de 40x. A técnica direta a fresco é amplamente utilizada na análise de amostras fecais devido à sua simplicidade e rapidez. Essa abordagem permite a observação imediata de organismos parasitários e de outros elementos presentes nas fezes, sem a necessidade de preparações complexas ou corantes especiais. A utilização de solução salina ajuda a preservar a integridade das estruturas presentes na amostra. Procedimento 2: Técnica direta com coloração com lugol ➢ Em uma lâmina de microscopia, colocaram-se duas gotas de solução salina a 0,85%. ➢ Utilizando a ponta de uma espátula, tocaram-se vários pontos das fezes e transferiu-se uma pequena porção para a lâmina de microscopia. ➢ Com a mesma espátula, espalharam-se as fezes para criar um esfregaço. ➢ Adicionaram-se duas gotas de lugol sobre o esfregaço e cobriu-se com uma lamínula. ➢ Examinou-se sob o microscópio óptico utilizando objetivas de 40x. A técnica de concentração utilizando lugol é uma etapa importante para aumentar a sensibilidade do exame parasitológico de fezes. O lugol é um corante que ajuda a realçar as estruturas parasitárias, tornando-as mais visíveis sob o microscópio. Essa técnica é especialmente útil na detecção de parasitas com tamanhos reduzidos ou menos concentrados na amostra fecal, contribuindo para um diagnóstico mais preciso. ROTEIRO 3 Título da Aula: Exame coproparasitológico para pesquisa de oocistos e cistos de protozoários em fezes O objetivo dessa aula é apresentar as técnicas de concentração para pesquisa de cistos e oocistos em amostras de fezes. Procedimento 1: Técnica de Sheather modificado ➢ Utilizando uma espátula, transferiu-se 0,5 g da amostra de fezes para um tubo Falcon com tampa, com capacidade para 15 mL. ➢ Acrescentou-se solução saturada de açúcar até atingir a metade do volume do tubo. ➢ O tubo foi tampado e homogeneizado por inversão várias vezes. ➢ Adicionou-se solução de açúcar até completar 12 mL de volume total. ➢ A suspensão fecal foi centrifugada a 2500 rpm por 5 minutos. ➢ Utilizando uma alça de platina, coletou-se a película superficial e transferiu-se para uma lâmina de microscopia. ➢ Cobriu-se a amostra com uma lamínula. ➢ Examinou-se sob o microscópio óptico com objetivas de 10x e de 40x. A concentração por centrifugação com solução saturada de açúcar foi eficaz para aumentar a sensibilidade do exame parasitológico de fezes. A densidade da solução de açúcar permite que os parasitas e outros elementos presentes na amostra fecal sejam separados e concentrados na superfície da suspensão, facilitando sua observação microscópica. Procedimento 2: Técnica de Faust ➢ Dissolveu-se 2 g de fezes em 10 mL de água destilada. ➢ Filtrou-se a mistura em gaze dobrada quatro vezes, recolhendo o filtrado em um tubo Falcon. ➢ Adicionou-se água corrente até atingir 12 mL no tubo Falcon. ➢ Centrifugou-se a amostra por 60 segundos a 2.500 rpm. ➢ Decantou-se o sobrenadante e adicionou-se 1 a 2 mL de água destilada ao sedimento antes de ressuspendê-lo. ➢ Completou-se o volume até 12 mL com água destilada e agitou-se a solução. ➢ Centrifugou-se novamente por 60 segundos a 2.500 rpm. ➢ Decantou-se e lavou-se mais duas vezes. ➢ Decantou-se o sobrenadante e adicionaram-se ao sedimento 3 mL de solução de sulfato de zinco a 33%. ➢ Homogeneizou-se bem e acrescentou-se o restante da solução até atingir 10 mL. ➢ Centrifugou-se por mais 60 segundos a 2.500 rpm. ➢ Coletou-se o material da película que se formou na superfície do sobrenadante com uma alça de platina e transferiu-se para uma lâmina de microscopia, coletando 4 "alçadas". ➢ Adicionou-se uma gota de Lugol e cobriu-se com uma lamínula. ➢ Examinou-se ao microscópio ópticoutilizando objetivas de 10x e 40x. A utilização da solução de sulfato de zinco a 33% para concentração de amostras fecais, é uma técnica amplamente reconhecida por sua eficácia na detecção de parasitas intestinais. A densidade diferencial entre os parasitas e os componentes fecais possibilita a separação e concentração dos organismos alvo na película formada na superfície do sobrenadante. A utilização do sulfato de zinco proporciona um ambiente propício para a flutuação dos parasitas, o que facilita sua recuperação durante o processo de centrifugação. ROTEIRO 4 Título da Aula: Identificação microscópica de protozoários intestinais O objetivo dessa aula é identificar microscopicamente os principais protozoários relacionados a infecções intestinais em seres humanos. ➢ Observou-se ao microscópio óptico 40x, os cistos do protozoário Toxoplasma gondii revelam-se como estruturas microscópicas complexas. Apresentam-se como pequenas formações redondas ou ovais, comumente com um diâmetro variando entre 5 a 50 micrômetros. A morfologia dos cistos revela uma parede externa composta principalmente por proteínas parasitárias e materiais do hospedeiro, que envolvem o interior do cisto. No interior, é possível identificar diversas formas de Toxoplasma gondii, incluindo os bradizoítos, que representam as formas latentes e não replicativas do parasita. ➢ Observou-se sob o microscópio óptico 40x, os taquizoítos do parasita Toxoplasma gondii, são células pequenas, comumente em forma de crescente ou oval, medindo aproximadamente de 4 a 6 micrômetros de comprimento. Essas células exibem uma morfologia típica de protozoários, apresentando um núcleo proeminente e organelos celulares, como o complexo apical, essencial para a invasão das células hospedeiras. A coloração dos taquizoítos aparecem como células claras com um núcleo mais escuro. Essas características morfológicas são cruciais para o reconhecimento e diagnóstico da toxoplasmose, uma doença associada ao Toxoplasma gondii. ➢ Observou-se sob o microscópio óptico 40x, a estrutura microscópica doIsospora belli revela oocistos, que são formas de resistência do parasita. Os oocistos são esféricos a ovais, medindo aproximadamente 25 a 30 micrômetros de diâmetro. Cada oocisto possui uma parede espessa, composta por camadas externas e internas, que protegem os esporozoítos em desenvolvimento. No interior dos oocistos, podem ser identificados múltiplos esporozoítos em estágios diferentes de maturação. Essas características morfológicas são fundamentais para o diagnóstico laboratorial das infecções causadas pelo Isospora belli. ROTEIRO 5 Título da Aula: Exame coproparasitológico para pesquisa de helmintos O objetivo dessa aula é identificar a presença de ovos de helmintos em amostras de fezes. Procedimento 1: Técnica de Hoffmann, Pons e Janer ou sedimentação espontânea ➢ Dissolveu-se 2 g de fezes em 10 mL de água destilada em um copo plástico descartável. ➢ Adicionou-se gradualmente 80 mL de água destilada, homogeneizando com a espátula. Filtrou-se a mistura em gaze dobrada quatro vezes, recolhendo o filtrado em um copo de sedimentação. ➢ Completou-se o volume até 5 cm da borda do copo de sedimentação com água destilada. Deixou-se a amostra sedimentar espontaneamente por 1 hora. Após 1 hora, pipetou-se o sedimento com pipeta Pasteur e colocou-se em uma lâmina de microscopia. ➢ Diluiu-se com uma solução salina a 0,85% e adicionaram-se 2 gotas de lugol fraco à preparação e cobriu-se com lamínula. ➢ Examinou-se ao microscópio óptico utilizando objetivas de 40x para análise detalhada, foi identificada apenas uma fibra na amostra examinada. Isso sugere que a amostra está relativamente limpa, com poucos materiais não relacionados presentes. A identificação de apenas uma fibra é um resultado positivo em termos de qualidade da amostra, indicando uma baixa probabilidade de contaminação ou presença de materiais estranhos. Procedimento 2: Técnica de Willis-Moolay ➢ Utilizou-se uma espátula para coletar 3,0 g de fezes, os quais foram dissolvidos em 40 mL de solução saturada de NaCl (35%) em um copo plástico. ➢ A mistura foi então coada com um tamis e gaze para outro copo descartável, em seguida, sobre uma placa de Petri grande, utilizou-se um frasco borel para adicionar a suspensão coada de fezes até formar um menisco convexo, ultrapassando levemente a borda do frasco borel. ➢ Colocou-se cuidadosamente uma lamínula retangular grande sobre o menisco, evitando a formação de bolhas, e deixou-se em repouso por 15 minutos. ➢ Posteriormente, utilizou-se o arraste da lamínula para cima da lâmina e a amostra foi examinada ao microscópio óptico utilizando objetiva de 10x ➢ Após a análise, foram detectados resíduos de alimentos. Essa observação sugere uma possível contaminação da amostra fecal por materiais alimentícios, o que pode comprometer a precisão dos resultados. ROTEIRO 6 Título da Aula: Identificação microscópica de helmintos intestinais O objetivo dessa aula é identificar microscopicamente os principais helmintos relacionados a infecções intestinais em seres humanos. ➢ Observou-se sob o microscópio óptico 40x, a estrutura microscópica do proglotes do Dipylidium caninum, uma tênia que afeta cães, gatos e ocasionalmente humanos, são facilmente identificáveis por sua forma alongada e segmentada, lembrando grãos de arroz. Cada proglote contém órgãos reprodutores masculinos e femininos, visíveis como estruturas siféricas ou ovais. Proglotes grávidos contêm ovos, indicando a capacidade reprodutiva do parasita. A coloração rosa é uma variação comum, embora geralmente sejam translúcidos ou brancos. A identificação desses proglotes é crucial para o diagnóstico preciso de infecções por Dipylidium caninum. ➢ Observou-se sob o microscópio óptico 40x, a estrutura microscópica do Hymenolepis nana, conhecido como tênia anã, é um parasita cestódeo que infecta humanos e roedores. Possui um corpo segmentado compacto, com poucos proglotes e pequenas dimensões. Na extremidade anterior, apresenta um rostelo com ganchos para fixação. Cada proglote contém órgãos reprodutores e produz ovos eliminados nas fezes. Geralmente, os proglotes são translúcidos ou brancos. Essas características são fundamentais para o diagnóstico do Hymenolepis nana em amostras fecais sob o microscópio. ➢ Observou-se sob o microscópio óptico 40x, a estrutura microscópica Taenia saginata é uma tênia que infecta seres humanos e é adquirida pela ingestão de carne bovina crua ou mal cozida contaminada com suas larvas, passando por três estágios principais: Imaturas: Pequenas e em forma de saco, com órgãos reprodutores em desenvolvimento. Maduras: Desenvolvidas, com órgãos reprodutores funcionais que produzem espermatozoides e óvulos. Gravidas: Grandes e cheias de ovos fertilizados, essenciais para a reprodução da tênia, esses estágios representam a evolução das proglotides ao longo do ciclo de vida do parasita, desempenhando papéis cruciais na sua reprodução e disseminação. ROTEIRO 7 Título da Aula: Pesquisa de larvas de helmintos em fezes humanas O objetivo dessa aula é identificar larvas de parasitas intestinais utilizando a técnica de Rugai. Procedimento1: Técnica de Rugai: ➢ Coletou-se 8 g de fezes frescas usando uma espátula e colocou-se em 4 gazes dobradas em quatro, formando uma pequena trouxa. ➢ Em seguida, a trouxa foi colocada em um cálice de sedimentação de 125 mL, fixando-a na parte interna do cálice com um barbante e uma espátula atravessada no copo de sedimentação. ➢ Água morna (45 °C) foi adicionada até entrar em contato apenas com a parte de baixo das fezes. Após isso, o cálice foi deixado em repouso por uma hora. ➢ Após uma hora de repouso, as partículas mais pesadas presentes nas fezes sedimentaram-se no fundo do cálice, formando o sedimento. Esse sedimento é possível analisar materiais como ovosde parasitas, larvas ou outros elementos presentes nas fezes. ➢ Ao coletar o sedimento com uma pipeta Pasteur e examiná-lo sob um microscópio, o resultado do exame de sedimentação das fezes deu negativo, indicando a ausência de ovos de parasitas ou outros elementos significativos. ROTEIRO 8 Título da Aula: Identificação de protozoários sanguíneos O objetivo dessa aula é identificar microscopicamente os principais protozoários sanguíneos relacionados a infecções em seres humanos. ➢ Cada grupo observou um protozoário específico, e ao examiná-lo no microscópio, foi possível identificar as características distintivas do Plasmodium sp., causador da malária, os protozoários do Plasmodium atravessam vários estágios em seu ciclo de vida, incluindo esporozoítos, trofozoítos, esquizontes e gametócitos, cada um caracterizado por formas e funções específicas. A morfologia e o tamanho desses protozoários variam consideravelmente, com dimensões que geralmente entre 1 e 2 micrômetros para formas jovens e até 10 a 15 micrômetros para formas maduras, dependendo do estágio do ciclo de vida em que se encontram. Notavelmente, os protozoários do Plasmodium são encontrados dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, onde se reproduzem e se desenvolvem, sendo visíveis como pequenas manchas dentro dos eritrócitos sob exame microscópico. REFERÊNCIAS: Naoum, PC. CD-Rom “Doenças dos eritrócitos”. Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto. Acesso em: 21/05/2024. Fiocruz. Malária. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/doenca/malaria. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasília. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_laboratorial_sistema_nacional.pdf.