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Questões Objetivas - Filosofia-71

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grilhões.  Os homens nos dois  casos,  as sombras são  tidas como verdadeiras,  porém
quando   libertos,   eles   passam   a   enxergar   a   realidade  mesma.   Essa   saída   indica   a
possibilidade de autonomia. No âmbito político, representa a possibilidade do exercício
do governo à luz da justiça e o afastamento das formas de dominação.
 
6: a) O método em questão é a dialética. É por meio dela, afirma Platão, que o filósofo
pode atingir a Ideia, ou a realidade inteligível. A dialética leva o filósofo para além dos
aspectos particulares do mundo visível. Vale dizer que, com frequência, Platão se refere
ao   filósofo   como  “dialético”,   isto   é,   como  aquele   que  detém a   arte   (ou  domina  o
método) que leva das aparências à essência.
b)   Trata-se   da   realidade   inteligível   (mundo   das   Ideias,   das   Formas),   na   qual   se
encontram as essências, o Ser de cada coisa existente. Uma realidade alcançável apenas
pelos “olhos da alma”, pois é observado apenas pelo esforço da razão. Exatamente por
ser inteligível, essa realidade tem como características: ser metafísica, isto é, imaterial,
ou   incorpórea;   ser   una,   isto   é,   reduz   a  multiplicidade   das   coisas   sensíveis   a   uma
unidade; ser eterna, por não se submeter ao ciclo de geração e degeneração das coisas
do mundo sensível.
 
7: Nós estamos diante de um trecho que compõe um dos mais famosos da história da
filosofia   e   cujas   tarefas,   as   do   filósofo,   estão  delineadas   em  forma  de   alegoria.  A
primeira   tarefa   a   ser   entendida  é  que   a   caverna  é   o  nosso  mundo,  o  mundo  onde
esquecemos de tudo – supõe Platão – enquanto todos nós já tivéssemos vivido como
puro espírito contemplando o mundo das ideias. Pela teoria da reminiscência, Platão
explica  como os  sentidos  correspondem a uma ocasião  para  despertar  nas  almas  as
lembranças adormecidas. Deste modo, a sombra significa o amor pela doxa (amor pela
opinião), pelas opiniões que existem no mundo das sombras, de onde os acorrentados
ainda não tiveram capacidade de se libertarem. Quanto à luz do sol, é exatamente o
oposto,   uma   vez   que   já   libertos   das   correntes,   ao   contemplar   fora   da   caverna   a
verdadeira realidade passa da opinião à ciência, ou melhor, ao amor pela filosofia. Ao
que vê a luz do Sol, cabe, segundo Platão, ensinar e governar. Trata-se da ação política,
da transformação dos homens em sociedade,  desde que as mesmas estejam voltadas
para a contemplação do modelo do mundo das ideias.  
 
8: É importante,  antes  de mencionar  os motivos  pelos  quais  condenaram Sócrates  à
morte,  dizer  que quando falava,  era  dono de um estranho fascínio.  Requisitado  por
muitos jovens, passava horas discutindo na praça pública, assim, interpelava a todos
assumindo   ser   ignorante   e   fazia   perguntas   aos   que   julgavam   entender   sobre   um
determinado assunto colocando qualquer um em tal situação que não havia um outro
jeito a não ser reconhecer sua própria ignorância. Com isso Sócrates além de discípulos,
conseguiu   inúmeros   inimigos.   Sócrates   foi   acusado   de   corromper   a   mocidade   e
desconhecer os deuses da cidade,  por isto, foi condenado à morte. A história de sua
condenação, defesa e morte é contada num dos mais belos diálogos de Platão, Apologia
de Sócrates.  
 
9: Platão e Aristóteles  são considerados os dois  principais   filósofos gregos.  Os dois
apresentam inúmeras diferenças entre si, sendo as principais relacionadas à forma de
conhecimento.   Ainda   que   façam   a   separação   entre   o   conhecimento   sensível   e   o
intelectual,  Platão busca a verdade em um mundo  ideal,  enquanto que Aristóteles  a
busca no mundo material, não fazendo a distinção entre os dois mundos. É por isso que,
na pintura de Rafael,  Platão  aponta  o  dedo para  cima  (para o  mundo das   ideias)  e
Aristóteles faz referência para baixo (para o mundo material).  
 
10: Na   “Alegoria   da  Caverna”,   Platão   refere-se   à   figura   do   filósofo   como   aquele
responsável por tirar os homens das sombras e trazê-los à luz. Isso significa fazê-los
conhecer a verdade do mundo das ideias, o que só pode acontecer por meio da filosofia.
A educação proposta na República acompanha o mesmo caminho: os jovens devem ser
educados no exercício da filosofia e da virtude para saírem das sombras. Somente assim
poderão conhecer as ideias verdadeiras e o Sumo Bem, podendo, portanto, guiar uma
cidade da maneira justa.  
 
11: a) O interior da caverna corresponde ao mundo material sensível,  das imagens e
opiniões   falsas   que  os   homens   conhecem.  Corresponde   a   uma   cópia   imperfeita   do
mundo das ideias.
b) O mundo da superfície corresponde ao mundo das ideias, o mundo inteligível, onde
existem as  essências.  É  este  o  mundo que  o   filósofo  chega  a  conhecer  mediante  a
atividade filosófica.
 
12: Pode-se dizer que no período pré-socrático as principais preocupações dos filósofos
eram em relação à origem do mundo, das causas de transformação da natureza e, por
extensão,  da origem e  transformação dos seres humanos.  Não é  por acaso que esse
período é também chamado de período cosmológico.  
 
13: O mobilismo de Heráclito é baseado na ideia do mundo como um eterno devir e no
equilíbrio de contrários. Nesse sentido, o mundo é visto como estando em constante
mudança   entre   aquilo   que   é   e   o   seu   contrário,   ou   seja,   aquilo   que   não   é.   Em
contraposição, Parmênides considera que o ser é uno, imutável e eterno. Isso porque se
o   ser   fosse   algo   diferente   daquilo   que   é,   ele   seria   um   não   ser.  Esse   “não   ser”   é
impossível na acepção de Parmênides, dado que o ser será sempre uno.  
 
14: O texto nos faz perceber que, segundo Platão, a verdade do conhecimento necessita
de  uma norma superior,  que  é  o  Bem.  Platão  explica  essa  concepção  fazendo uma
analogia com o mundo sensível. Uma vez que a luz e a vista são semelhantes ao sol,
mas não é o sol, da mesma forma, no mundo inteligível, a verdade do conhecimento é
semelhante ao bem, mas não é o próprio bem, que lhes é superior.   
 
15: Alguns fragmentos expõem o caráter enigmático do pensamento de Heráclito e as
suas   teses  mais  conhecidas,  a   saber:  1)  o  mundo como eterno  devir;  2)  a   luta  dos
contrários e a unidade na multiplicidade; e 3) o fogo como elemento primordial, como
princípio organizador da natureza.
 
1) “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas
e nós não somos nunca os mesmos”.
2) “A guerra é o pai e o rei de todas as coisas”. “É necessário saber que a guerra é a
comunidade;   a   justiça   é   discórdia;   e   tudo   acontece   conforme   a   discórdia   e   a
necessidade”. “Tudo é um”.
3) “Este mundo, o mesmo e comum para todos, nenhum dos deuses e nenhum homem o
fez; mas era, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se e apagando-se conforme a
medida”.   
 
 
3 Comentários
Questões de múltiplas escolhas – Filosofia antiga: Pré-socráticos, Sofistas,
Sócrates, Platão e Aristóteles – QUESTÕES DE VESTIBULAR 
08/25/2016 Anaxímenes   de   Mileto, Anaximandro   de
Mileto, Aristóteles, Ética, Parmênides   de   Eléia, Período   Clássico, Platão, Pré-
Socráticos, Questões   -   Filosofia  Antiga, São  Luis   9   ano, Sócrates, Sofistas, Tales   de
Mileto, Vestibular e ENEM
1. (Uepa 2015)  Leia o texto para responder à questão.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de
seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios;
confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor
rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo
opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem
o seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997,
p. 17)
Os argumentosde Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:
a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia
 
2. (Enem  2015)   A   filosofia   grega  parece   começar   com  uma   ideia   absurda,   com a
proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa
proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado
de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE.  F.  Crítica  moderna.   In: Os pré-socráticos.  São  Paulo:  Nova Cultural.
1999
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?
a)  O   impulso   para   transformar,  mediante   justificativas,   os   elementos   sensíveis   em
verdades racionais.
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.
 
3. (Uema 2015)  Leia a letra da canção a seguir.
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
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