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Filósofos Pré-Socráticos

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6:B
Os filósofos pré-socráticos representam uma mudança no pensamento grego por serem
os primeiros a buscarem explicações sobre a origem do universo (cosmos) e da natureza
(phisys) por meio do discurso racional (logos), sem apelar para o recurso mítico. Em
suas  elaborações  buscavam determinar  um princípio  unificador   (arché)  que  pudesse
servir de referencial básico para alicerçar suas teorias. Eles desenvolveram suas teorias
em diferentes localidades ao longo de toda a Grécia (Samos, Mileto, Efeso), construindo
diferentes   escolas  que  defendiam diferentes  princípios   explicativos.  Não  havia  uma
unificação no pensamento.
Por   exemplo,   Tales   de  Mileto   tinha   como   arché   a   água,   a   fim   de   demonstrar   a
mutabilidade da realidade. Anaxímenes, mesmo sendo de Mileto, definia como arché o
ar.  Já Heráclito  definia  como arché o fogo. O princípio do  ilimitado  foi  criado  por
Anaximandro e é conhecido como ápeiron, representa aquilo que une as coisas, mas não
possui  materialidade.   Assim   para   Tales,   Anaxímenes   e   Heráclito,   o   arché   é   uma
transformação da matéria e o ápeiron é a geração a partir do indefinido. A alternativa
[B] é a única que esta de acordo com as características e teorias referentes aos filósofos
pré-socráticos.  
 
7:A
Platão, influenciado fortemente por Sócrates, apresenta em seus diálogos a metodologia
de seu mestre para empreender a busca da verdade. O método socrático constrói-se a
partir  de perguntas  e   respostas   (dialética)  que  levam o  interlocutor,  que não possua
conhecimento e coerência sobre o que está falando, a contradizer-se e acabar por revelar
sua   ignorância.   A   partir   deste   momento   inicia-se   outra   construção   que   conduz   o
interlocutor a descobrir a verdade de forma gradativa e coerente. Este método que busca
a construção da verdade por meio da contraposição de argumentos é conhecido como
maiêutica.  
 
8:B
Platão é conhecido como um filósofo idealista. Segundo ele, a verdade encontra-se no
mundo das ideias, e não no mundo material. O pensamento somente pode se aproximar
das ideias através da dialética, que o purifica das crenças e opiniões.  
 
9:B
O conceito de physis entre os pré-socráticos expressa basicamente o princípio gerador,
constituinte e ordenador de todas as coisas. Segundo Parmênides, este princípio é aquilo
que racionalmente compreendemos ser sempre e nunca mutante, sendo o seu contrário
justamente o não-ser. É uma tese difícil de apreendermos, como se pode observar no
seguinte trecho do seu poema:
“eu te direi, e tu, recebe a palavra que ouviste,
os únicos caminhos de inquérito que são a pensar:
o primeiro, que é; e, portanto, que não é não ser,
de Persuasão, é caminho, pois à verdade acompanha.
O outro, que não é; e, portanto, que é preciso não-ser.
Eu te digo que este último é atalho de todo não crível,
Pois nem conhecerias o que não é, nem o dirias…”
(tradução de José Cavalcante de Souza, “Parmênides de Eléia”, in Os pré-socráticos,
coleção Os Pensadores)   
 
10:A
É   um   tanto   complicado   dizer   que   Sócrates  ministrava   aulas   com   a   finalidade   de
transmissão dos seus conhecimentos, pois como é sabido o filósofo se gabava de ser um
parteiro de ideias (cf. Teeteto). Isso nos leva necessariamente à consideração de que o
conhecimento era do interlocutor e o seu trabalho consistia em fazer isto ser concebido.
Esta   afirmação:   “a   busca   pela   essência   do   bem   está   vinculada   a   uma   visão
antropocêntrica da filosofia”, necessita de referência precisa, pois há uma mistura de
termos antigos  e  modernos  que cria  um anacronismo inaceitável.  Todavia,  até  onde
conseguimos percebemos,  a   intenção da alternativa  é  ressaltar  que os pré-socráticos
mantinham pesquisas preocupadas com o conhecimento da natureza, enquanto Sócrates
possuía como grande tema o conhecimento de si. Essa noção é parcialmente verdadeira,
pois nem os pré-socráticos eram simplesmente preocupados com o “mundo objetivo”,
nem Sócrates era simplesmente preocupado com o “mundo subjetivo”. A natureza, o
cosmos, possui enorme importância para a filosofia desenvolvida por Platão; podemos
observar isso na leitura da República (Livro VI, por exemplo).  
 
11:E
O pensamento de Demócrito e Leucipo é chamado de atomístico, por considerarem que
todas  as   coisas   são  constituídas  por  elementos   indivisíveis,  que  estão  em constante
movimento  e  se agrupam de formas diversas,  formando os  corpos.  Esses elementos
indivisíveis é que são chamados de átomos.  
 
12:D
A filosofia de Platão é resultado de um trabalho de reflexão intenso e extenso, de modo
que   as   questões   durante   os   inúmeros  diálogos   por   ele   escritos   são   respondidas   de
maneiras   distintas.   Porém,   Platão   possui   uma   questão   de   fundo   que   se   refere   ao
problema da identidade – resquício da tradição conflituosa de Parmênides e Heráclito –,
a   saber:   o   que   é,   é   sempre   idêntico  a   si  mesmo,  ou  é   sempre  distinto?  O  mundo
verdadeiro é uma totalidade sempre permanente, ou uma totalidade sempre efêmera? A
concepção sobre Ideias que Platão formula atende,  em geral,  essas questões e busca
demonstrar como o sensível apesar de expor uma realidade impermanente, possui um
fundamento permanente. As Ideias são verdadeiras, a realidade sensível é apenas uma
aparência passageira dessa realidade.
A   realidade   inteligível   (mundo   das   Ideias,   das   Formas),   na   qual   se   encontram   as
essências, o Ser de cada coisa existente. Uma realidade alcançável apenas pelos “olhos
da alma”, pois é observado apenas pelo esforço da razão. Exatamente por ser inteligível,
essa realidade tem como características: ser metafísica, isto é, imaterial, ou incorpórea;
ser una, isto é, reduz a multiplicidade das coisas sensíveis a uma unidade; ser eterna, por
não se submeter ao ciclo de geração e degeneração das coisas do mundo sensível.   
 
13:E
Depois de Platão e Aristóteles devemos compreender que a simples aceitação de uma
crença qualquer é uma escolha, é um procedimento arbitrário e não mais uma posição
mística agraciada por deus ou deuses misteriosos.
A  respeito  do  surgimento  da   filosofia  e   seu   relacionamento  com o  discurso  mítico
podemos dizer que existe sempre uma tensão tanto estabelecida pela oposição quanto
pelo   confronto   –   pensando   a   oposição   como   estabelecimento   de  métodos   e   temas
absolutamente   distintos   e   o   confronto   como   embate   sobre   os   temas   similares.  Os
filósofos não eram sacerdotes  e nem defensores de explicações  misteriosas sobre os
fenômenos   naturais.   É   importante   compreender   que   se   iniciava   nessa   época   uma
reflexão sistemática empenhada em estabelecer um conhecimento que não proviesse da
inspiração   divina,   porém   da   argumentação   pública   e   da   comprovação   factual   dos
argumentos – e a modificação da maneira através da qual as comunidades gregas se
estabeleciam  (a  passagem de  uma grande  organização   fundada  em um  líder  para   a
pluralidade de líderes de comunidades menores) contribuiu muito para a valorização
desse   método   dialógico   de   argumentação   que   exigia   a   responsabilização   do
manifestante   e,   por   conseguinte,   uma   sensatez,   que   não   era   prioridade   em   uma
explicação mítica. Enfim, vale indicar por último que apesar de a passagem do mito
para   o   lógos   ter   sido   gradual,   afinal   é  muito   difícil   que   aquilo   que   sustenta   uma
comunidade   seja   alterado   rapidamente,   esta   morosidade   da   substituição   não   é
necessariamente  devida a uma proximidade entre poesia e  filosofia.  A relação  entre
ambas existe, porém ela é sempre problemática e instaurada através da tensão.  
 
14:D
É um tanto complicado chamar os conhecidos sofistas  de filósofos, afinal eles eram
conhecidos   como   sofistas,   e   não   como   filósofos,   e   existe   um   motivo   para   tal
diferenciação. Basicamente,a diferença está na relação com o conhecimento que cada
um dos tipos mantém. O sofista possui um relacionamento técnico com o conhecimento,
isto é, o sofista domina a opinião (dóxa) e faz uso técnico deste tipo de conhecimento
para   estabelecer   posições   relativas,   com   força   argumentativa  menor   ou  maior.   O
filósofo  possui  um relacionamento  amoroso com o conhecimento,   isto  é,  o   filósofo
deseja   conhecer   e,   por   conseguinte,   busca,   através   de   uma   investigação   rigorosa,
desvelar a verdade (alétheia) por trás das opiniões particulares que cada homem possui
sobre   as   coisas   do   mundo.   Portanto,   por   serem   tipos   bastante   distintos   é   mais
interessante  que não sejam confundidos e sejam expostos na sua diferença para que
enriqueçam a história da antiguidade grega.  
 
15:B
O método socrático em busca da verdade constituía-se de duas fases. Em um primeiro
momento   (ironia),   Sócrates   questionava   seu   interlocutor   a   fim   de   fazê-lo   cair   em
contradição e fazê-lo perceber a limitação de seus pré-conceitos. No segundo momento
(maiêutica),  Sócrates   procurava   induzir   o   interlocutor   ao   conhecimento  mediante   o
parto de novos conceitos, que seriam estes sim verdadeiros.  
 
 
 
6 Comentários
Questões múltiplas escolhas – vestibular – Sartre 
06/05/2016 Filosofia Contemporânea, Questões - Filosofia Contemporânea, Sartre, São
Luis 2a. série, Sion 3a. série, Uncategorized, Vestibular e ENEM
 
1. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo.
 I.“Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser
atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural, ou infusão, o
que, uma vez aceita, não vejo por que razão alguém deveria justificar a sua fé…”.
II. “O homem não é a consequência duma intenção própria duma vontade, dum fim;
com ele  não  se   fazem ensaios  para  obter-se  um  ideal  de  humanidade;  um ideal  de
felicidade ou um ideal de moralidade; é absurdo desviar seu ser para um fim qualquer”.
III. “(…) podemos estabelecer como máxima indubitável que nenhuma ação pode ser
virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na natureza humana algum motivo que a
produza, distinto do senso de sua moralidade”.
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