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6 - Eritrograma e Síntese de Hb

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22/02/2021
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Síntese de Hemoglobina
- Estrutura
- Função
- Tipos
- Destruição das Hemácias
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra
Prof° Associado II da UFPE / Pesquisador HEMOPE
Centro de Biociências
macbezerra.ufpe@gmail.com
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Hemoglobina
 Substância com peso molecular de 64.500 daltons.
 Sua molécula é um tetrâmero e cada subunidade compõem-
se de uma cadeia polipeptídica, a globina, e um grupo
prostético, o heme, um pigmento contendo ferro que se
combina com oxigênio e confere a molécula sua capacidade de
transportar oxigênio.
 Função: transporte de O2 dos pulmões para os tecidos e
parte do CO2 e prótons dos tecidos para os pulmões.
Diferentes Níveis de Estrutura a Molécula da Hb
• Estrutura Primária: Sequência de aminoácidos na cadeia de globina,
determinados pela ordem das bases nitrogenadas (A, C, T, G) no DNA.
• Estrutura Secundária: A sequência em que estes aminoácidos estão
dispostos na cadeia de globina determina que ela assuma uma conformação
helicoidal (denominada -hélice), que transforma aquilo que seria uma
estrutura linear em uma espiral.
• Estrutura Terciária: Ennovelamento da -hélice formando uma estrutura
globular, delimitando a bolsa do heme e deixando os aminoácidos polares na
superfície.
• Estrutura Quaternária: Associação de um par de cadeias -símiles e um
par de cadeias β-símiles, formando um tetrâmero e delimitando uma
cavidade central onde se aloja o 2,3 DPG.
Estrutura Terciária da Cadeia de Globina
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A molécula de hemoglobina
b b
 
Sítios de Ligação O2
(Grupo Heme)
Síntese da Hemoglobina
Durante a eritropoese:
• Início: Proeritroblastos
• maior quantidade: eritroblastos basófilos
eritroblastos policromáticos
eritroblastos ortocromáticos
• reticulócitos: 10 - 20 % 
• hemácia madura - não há síntese 
• heme e globina  sintetizados separadamente
Principais Fatores da Eritropoese
ERITROPOETINA atua no estímulo da eritropoese
VIT. B12 E FOLATOS
atua na síntese de DNA para produção de
proeritroblastos e eritroblastos basófilos
FERRO atua na síntese de Hb e na maturação dos
eritrócitos
* Interleucina 3 (IL-3), e os hormônios tireoidianos e andrógenos,
pelo seu efeito sobre o metabolismo.
Produção de Eritrócitos
SANGUE PERIFÉRICO
CÉLULA PLURIPOTENCIAL 
PRIMITIVA
PROERITROBLASTO
ERITROBLASTO 
BASÓFILO
ERITROBLASTO 
POLICROMÁTICO
ERITROBLASTO 
ORTOCROMÁTICO
RETICULÓCITO
ERITRÓCITO
MEDULA ÓSSEA
ERITROPOETINA
VIT. B12 / FOLATOS
VIT. B12 / FOLATOS / FERRO
FERRO
FERRO
FERRO
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Síntese do Heme
• Síntese do Heme (Mitocôndria)
- Succinato+Glicina Ác. aminolevulínico(ALA)
-ALA+ALA  Anel pirrólico(ALA-desidrase)
- 4 Anéis pirrólicosAnel Tetrapirrólico
- Anel tetrapirrólico+Pontes CH- Protoporfirina
- Heme 4 anéis pirrólicos (Protoporfirina IX ) + Fe
Síntese das Globinas
• A síntese da globina se faz no ribossomo citoplasmático. A
síntese de cada uma dessas cadeias, é controlada pelos genes α,
que estão localizados no cromossomo 16, e pelos genes β, γ e δ,
localizados no cromossomo 11.
• Cada monômero α 141 aminoácidos.
• Cada monômero β, γ e δ146 aminoácidos.
• Tetrâmero (4 cadeias Polipeptídicas)574 aminoácidos.
• Genes das Globinas 3 éxons e 2 íntrons
Sítios de Síntese do Heme
Protoporfirina IX + Fe2+
Heme sintetase ou ferroquelatase
Heme
Succinil CoA + Glicina
ALA sintetase
Vitamina B6
Ácido delta-
amino-levulinico 
(DALA)
Mitocôndria
Células 
do corpo
DALA dehidragenase
2 DALA
Porfobilinogênio
Uroporfirinogênio ou 
Anel tetrapirrólico
Coproporfirinogênio
Protofirinogênio
Descarboxilações
4 moléculas
Estrutura do Heme
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Síntese da Hemoglobina
Transferrina
Fe
Ferritina
Mitocôndria
Ribossomos
Aminoácidos
Cadeias  e b
Globinas 2 b2
Hemoglobina
CoproporfirinogênioPorfobilinogênio
Uroporfirinogênio
Glicina + B6
Succinil CoA
Fe
Heme (x4)
dALA Protoporfirina
+
Síntese de Hemoglobina
• Processa-se no citoplasma do eritroblasto, após ter
lugar à formação do heme e das cadeias de
globina;
• O heme é sintetizado ao nível da mitocôndria,
enquanto as cadeias de globina se formam em
ribossomos específicos do citoplasma.
Controle genético da Hb normal
• As diferenças existentes entre as Hb sintetizadas durante o
desenvolvimento do indivíduo servem para preencher as diferentes
necessidades de oxigênio dessas diversas fases.
• No início da vida embrionária e durante a vida fetal, há tipos de Hb que
desaparecem após o nascimento.
• Na espécie humana, as primeiras moléculas de Hb embrionárias são
produzidas no saco vitelínico, precedendo o desenvolvimento da circulação
sanguínea estabelecendo as trocas gasosas que são realizadas através da
placenta.
• Entretanto, na maior parte da vida fetal, o feto obtém oxigênio através da
circulação materna devido a intima cooperação entre os vasos maternos
fetais da placenta.
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Ontogenia das Hemoglobinas
É o Estudo Evolutivo das Hemoglobinas Humanas
Relacionado à Fase do Desenvolvimento e à
Fisiologia de Oxigenação Específica para os
Períodos Embrionário, Fetal e Pós-Nascimento.
Genes Globinícos
Gene da Globina Controle genético da síntese de 
cadeias globínicas
e Ag bGg d
5’ 3’
Cromossomo 16
z 2 1
5’ 3’
Cromossomo 11
Cluster de genes beta
Cluster de genes alfa
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Ontogenia das cadeias globínicas
Megaloblasto Macrócito Normócito
Fígado Medula ÓsseaSaco
Vitelínico
Fase medularFase visceralFase mesenquimal
2 6 9 12 18 24
50
40
30
20
10
Vida pré-natal (semanas) Vida pós-natal (semanas)
30 38 6 12 18 24 28 34 48
L
O
C
A
L
 E
 T
I
P
O
 D
E
 
E
R
I
T
R
O
P
O
IE
S
E
T
O
T
A
L
 D
A
 S
Í
N
T
E
S
E
 D
E
 G
L
O
B
I
N
A
S
 (
%
) 

b
b
g

d
g
d
42
e
z 2 1
Cromossomo 16
5’ 3’
Cromossomo 11
e Ag bGg d
5’ 3’
Embrionária
Fetal
Adulto
Expressão das cadeias globínicas
Concentração das hemoglobinas embrionárias, 
Fetal, A, e A2 no período do desenvolvimento 
embrionário, fetal e 6 meses após o nascimento
Período Hemoglobina Concentração
Embrionário
(3ª a 8ª semana)
Gower-1 (z2e2)
Portland (z2 g2)
Gower-2 (2e2)
20-40%
5-20%
10-20%
Fetal
(Por volta da 5ª semana)
Fetal (2g 2)
A (2b 2)
A2 (2d2)
90-100%
5-10%
Traços
Pós-nascimento 
(acima de 6 meses)
A (2b 2)
A2 (2d2)
Fetal (2g2)
96-98%
2-3,5%
0-2,0%
Eletroforese de Hb embrionárias
AA Embrião SS 
A
F
S
+
-
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Eletroforese de Hb em RN e adulto
+
-
RN Após RN
Hb AF 6mês Hb AFC
A
F
A2-C
Eletroforese de Hemoglobina em Adulto
+
-
Após 6º mês
A
F
A2 
Síntese de Hemoglobina
b
d


 g
2g2 Hb Fetal = 0 - 1%
2d2
2b2 Hb A = 96 - 98%
Hb A2 = 2,0 - 3,5%
Genes Relacionados a Síntese de 
Hemoglobina
Genes do Cromossomo 11
RCG e g d b
RCG z 2 1
Genes do Cromossomo 16
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Controle no Cromossomo 11
R C G e g d b
EMBRIÃO
FETO
PÓS-NASCIMENTO
PÓS-NASCIMENTO
RNA Polimerase do Gene Beta
Os genes RCG contém proteínas específicas (RNA 
polimerase) para cada um dos genes e, g, d, e b, e 
atuam respectivamente nas fases embrionárias (até 
se esgotar a RNA polimerase para e), fase fetal (até 
se esgotar a RNA polimerase para g), e pós-
nascimento nos genes b e d, até o fim da vida
Controle no Cromossomo 16
RCG z 2 1
FETO E PÓS-NASCIMENTO
PÓS-NASCIMENTO
EMBRIÃO
RNA Polimerase do Gene Alfa
Os genes RCG também são específicos para 
cada um dos genes alfa: z (embrionário), 
1 (fetal e pós-nascimento), 2 (pós-
nascimento).
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Degradação da Hb
• Esgotamento metabólico e diminuição da oxigenação da Hb;
• Alterações degenerativas; 
• São removidos pelo sistema monocítico-macrofágico (baço, 
fígado e MO)
Destruição Extravascular dos Eritrócitos
DEGRADAÇÃO DA HEMOGLOBINA
Ferro
Reaproveitado
Grupo Heme
Biliverdina
Excreção pelas 
fezes e urina
Globina
Aminoácidos
Reaproveitados
Bilirrubina Indireta 
Bilirrubina livre 
(não conjugada)
BilirrubinaDireta
Transportada ao fígado
(bilirrubina conjugada)
Transformação em 
glicoronídeos
Processo Fisiológico Eritrocitário Normal
• Um mesmo eritrócito contém de 250 a 320 milhões de
moléculas de Hb.
• Cada eritrócito se satura com oxigênio em seu nível máximo
de 96% ao passar pelos pulmões.
• Ao distribuir o oxigênio para os tecidos ele doa 1/3 desse
oxigênio.
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Eritrócitos na Circulação 
(120 dias de vida, 27 a 32 pg de Hb)
Processo Fisiológico Eritrocitário 
Normal
O mesmo eritrócito 
do sangue venoso 
pode conter Hb 
oxigenada (oxi-Hb) 
e Hemoglobina 
desoxigenada 
(desoxi-Hb)
2,3 Difosfoglicerato
• A reação entre Hemoglobina e o 2,3 DPG pode ser considerada 
como se segue:
Hb O2 +2,3-DPG  Hb DPG + O2
• Um aumento no nível de 2,3 DPG na hemácia aumenta a
quantidade de oxigênio liberada pela hemoglobina em uma dada
pressão parcial de oxigênio, isto é, o 2,3 DPG desvia a curva de
dissociação do oxigênio para a direita.
Principais Alterações na Síntese de 
Hemoglobina
ADQUIRIDAS:
• Deficiência de Ferro
• Deficiência de Folato 
e B12
HEREDITÁRIAS:
• Mutações de aminoácidos com
formação de Hb variantes
• Mutações na regulação
quantitativa de globinas alfa
(talassemia alfa) e de globinas
beta (talassemia beta)
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Determinação do 
Hematócrito
Laboratório Central (LABCEN) do CCB / UFPE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
Prof° Dr. Marcos André C. Bezerra
Prof° Dr. Anttonio Roberto L. de Araújo
Determinação do Hematócrito
• Hematócrito (Ht ou Hct) é o volume da massa
eritrocitária expressa em porcentagem (ou
fração decimal). O hematócrito pode ser
determinado por tecnologia automática ou
manual.
Determinação do Hematócrito Aparelhos para Determinação do Hematócrito
1- Microcentrífuga
• A determinação manual é baseada no empacotamento das
hemácias;
• O Ht obtido por microcentrifugação: micro-hematócrito,
(embora aceito) é em geral mais elevado (1 a 3 pontos
percentuais a mais) em função da retenção plasmática entre a
massa centrifugada;
• Ocorre diminuição do Ht quando o anticoagulante EDTA está
em excesso, pois este excesso desidrata os eritrócitos com
conseqüente diminuição da massa eritrocitária diminuindo
portanto o Ht.
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Determinação do Micro-Hematócrito
• Amostra: sangue total em tubo contendo EDTA.
• 1- Colocar o tubo capilar dentro do tubo contendo a
amostra e deixar que o sangue penetre e preencha
até aproximadamente 80% do tubo
• 2- Preencher a parte vazia restante vedando-a com
massa de modelar (de preferência de cor clara a fim
de diferenciar do vermelho do sangue).
Determinação do Micro-Hematócrito Determinação do Micro-Hematócrito
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Determinação do Micro-Hematócrito
• 3 - Colocar o capilar na microcentrifuga e
centrifugar por 5-10 min a 10.000 -12.000 rpm.
Determinação do Micro-Hematócrito
Microcentrifuga Hematócrito - Método Manual
Microcentrifugação
centrifugação
11.000 rpm
3 a 5 minutos
Tubo capilar
Comp: 75mm 
Diâmetro: 1mm 
Retenção de plasma entre 
os eritrócitos
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Determinação do Micro-Hematócrito
• 4- Realizar leitura através de um escala lendo de baixo para cima
o volume correspondente à massa eritrocitária e expressar o
resultado em porcentagem.
Hematócrito
Hematócrito
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Causas de Erro
• 1- Excesso de EDTA.
• 2- Coagulação da amostra ou sangue hemolisado.
• 3- Microcentrífugas com rotações alteradas.
• 4- Leitura incorreta dos resultados
Aparelhos para Determinação do Hematócrito
2- Contadores eletrônicos
• Nos contadores eletrônicos o Ht é obtido pelo
aparelho através da multiplicação dos eritrócitos pelo
VCM (Volume Corpuscular Médio).
• Ht = no de hemácias (x 106/l) x VCM (fl)
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Aparelhos para Determinação do Hematócrito
2- Contadores eletrônicos
• Como o hematócrito foi originado por técnicas
tradicionais para permitir o cálculo do VCM;
nestas circunstâncias (através de contadores
eletrônicos), ele é preciso e contextual, porém
inútil para o tradicional objetivo.
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Valores de Referências do Hematócrito em 
Diferentes Faixas Etárias
1 dia 48 a 68%
3 dias 46 a 66%
15 dias 44 a 60%
3 meses 33 a 41%
6 meses 31 a 39%
1 a 2 anos 32 a 40%
5 anos 33 a 41%
10 anos 35 a 43%
Masculino 39 a 53%
Feminino 35 a 47%
Crianças:
Adultos
Observação
• Ht abaixo dos valores referenciais encontra-se:
nas anemias, hemorragias agudas, gravidez
• Ht acima dos valores referenciais encontra-se:
nas poliglobulias, queimaduras,
desidratação
Dosagem de 
Hemoglobina
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra
Prof° Associado II da UFPE / Pesquisador HEMOPE
Centro de Biociências
macbezerra.ufpe@gmail.com
Dosagem de Hemoglobina
• A determinação da concentração de Hb pelos
métodos manual e automatizado baseia-se no mesmo
princípio:
- As células são lisadas e todas as formas de Hb são
convertidas em cianometahemoglobina, que é um
componente estável e mensurável pela determinação
da absorbância a 540nm.
- Diferente da medida do Ht, que é calculado na
maioria dos equipamentos, a   de Hb é feita
diretamente, tornando essa medida o parâmentro de
escolha para o diagnóstico de anemia.
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Dosagem de Hemoglobina
Métodos Manuais e automatizados
Princípio: determinação colorimétrica pelo método da 
Cianometahemoglobina
Sulfa-Hb
Hb-O2
Hb-CO2
Meta Hb
CianometaHb
Ferricianeto K+
Cianeto K+
Leitura espectrofotométrica – 540 nm
Método Manual
Princípio: Utiliza-se uma solução de ferricianeto (líquido
de Drabkin), que converte o ferro da hemoglobina
(ferroso) em férrico, formando metahemoglobina, que se
combina com o cianeto de potássio para formar
cianometahemoglobina, medida em espectrofotômetro a
540 nm.
Obs.: Utiliza-se sempre um padrão cuja concentração de
hemoglobina é conhecida
Drabkin: solução de cianeto de potássio e ferrocianeto de
potássio.
Procedimento
• Colocar 20 l de amostra de sangue total em 5 ml do
líquido de Drabkin em tubo de ensaio (utilizar
micropipeta e ponteira).
• Limpar a parte externa da ponteira com papel
absorvente: lavar três vezes o interior da ponteira, por
aspiração e expulsão.
• Agitar, aguardar pelo menos 5 minutos e determinar
a absorbância em 540 nm, zerando o aparelho com o
próprio líquido de Drabkin (branco).
Cálculos
• Hb (g/dL) = fc x absorbância da
amostra
• Fc = fator de correção
• Fator de correção: obtido através da
leitura da absorbância do padrão de
hemoglobina, feito em triplicata.
• Fc = concentração do padrão / média das
absorbâncias do padrão
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Valores de referência
• Homens 13,0 a 18,0 g/dL
• Muheres 12,0 a 16,0 gdL Contagem de Leucócitos e 
de Hemácias
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra
Prof° Associado I da UFPE / Pesquisador HEMOPE
Centro de Biociências
macbezerra.ufpe@gmail.com
CONTAGEM DE CÉLULAS
Técnicas 
manuais 
-Baixo custo de reagentes e 
equipamentos
-Muitas horas de trabalho
Técnicas 
automatizadas
- Grande capital
- Rápida execução de amostras
- Corpo técnico pequeno
- Aumento da reprodutibilidade,
precisão e exatidão
- Maior segurança para o
operador
Contagem de Leucócitos
• A contagem de leucócitos sem diferenciação é feita por
contadores automáticos de células sanguíneas (tecnologia
automática), ou por câmeras de contagem de glóbulos
(tecnologia manual);
• Com o advento de automação em hematologia, que já vem
ocorrendo, cada vez mais a vários anos em grande número de
laboratórios de análises clínicas, é cada vez mais raro, o número
de laboratórios que fazem uso da Câmera de Neubauer para
contagem de leucócitos.
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Câmera de Neubauer Contagem de Leucócitos pela Câmara de 
Neubauer
• Técnica:
1- Pipetar 380l da solução diluente.
2- Acrescentar 20l de sangue.
3- Colocar sobre a câmara de Neubauer uma lamínula específica para a
câmara.
4- Introduzir a amostra (sangue+solução diluente) entre a lamínula e a
câmara de Neubauer.
5- Aguardar 1 min para os leucócitosdepositarem.
6- Realizar a contagem através de microscopia óptica, utilizando objetiva
de 10 ou 40 conforme necessidade.
7- Contar os leucócitos posicionados nos quadradinhos dos 4 campos do
retículo de Neubauer.
8- O resultado da contagem será multiplicado por um fator, calculado de
acordo com a diluição utilizada, sendo expresso por mm3.
Líquido de Turk
Líquido de Turk
ácido acético glacial ..................................... 30ml
água destilada (q.s.p).................................... 1000 ml
2 gotas de solução a 1% de azul de metileno
Câmera de Neubauer
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Critérios para Contagem das Células
Célula contada
Célula não contada
Métodos Manuais – Câmara de Neubauer
Diluições utilizadas para a 
contagem de leucócitos
Sangue Solução 
Diluente
Proporção da 
diluição
Fator de 
multiplicação
1 20l 180l 1:10 25
2 20l 380l 1:20 50
3 20l 780l 1:40 100
4 20l 1180l 1:60 150
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Cuidados
Obs: Nas acentuadas leucopenias utilizamos menos solução diluente
a fim de concentrar mais os leucócitos objetivando maior facilidade
na contagem e confiabilidade de resultados.
Obs: Nas acentuadas leucocitoses fazemos o inverso, ou seja,
aumentamos a diluição obtendo consequentemente maiores fatores
de multiplicação facilitando a contagem com maior confiabilidade
de resultados.
Fórmula para Fator de Multiplicação
FM = PC x PD
CC
PC = Profundidade da câmara (que passa ser uma constante
igual a 10);
PD = Proporção da diluição (este parâmetro varia com a diluição
utilizada que em geralmente é de 1:20 ou 1:40 por satisfazer as
contagens leucocitárias rotineiramente obtidas);
CC = Campos contados (aqui também temos uma constante igual
a 4, referente aos 4 campos laterais da câmara de Neubauer,
contendo cada um 16 quadradinhos).
Valores Referenciais da Contagem de 
Leucócitos
Recém-nascidos 10.000 a 25.000/l
14 dias a 7 anos 6.000 a 16.000/l
8-18 anos 4.500 a 13.500/l
13-18 anos 4.500 a 12.000/l
Acima 18 anos 4.000 a 11.000/l
Diminuição abaixo dos valores de referência para as faixas etárias chama-se leucopenia.
Aumento acima dos valores de referência para as faixas etárias chama-se leucocitose.
Contagem Manual de Eritrócitos
• Determinação do número de eritrócitos por mm3 (ou ml) de
sangue, em um hemocitômetro (câmara de contagem específica),
após diluição de amostra de sangue total com líquido diluidor
apropriado.
• A contagem é feita em 1/5 do quadrante central da câmara de
Neubauer (H1 + H2+ H3 + H4 + H5), através de cálculos que
incluem o fator de diluição utilizado e a área contada.
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Câmera de Neubauer
Procedimento
- 4 ml de líquido diluidor (líquido de Hayem)
- 20 L de amostra (limpar cuidadosamente a parte externa da
ponteira com papel absorvente)
- transferir a amostra para o tubo com o líquido diluidor lavando a
ponteira no líquido por sucessivas aspiração e expulsão da
amostra. (diluição 1:200).
- homogeneizar a amostra do tubo por inversão (cuidadosamente
para não romper as hemácias).
- encher a câmara de contagem e realizar a contagem;
Área de contagem : 1/5 do quadrado central
Aumento : 400x
Diluentes
Líquido de Dacie : citrato trissódico 
Líquido de Gower : sulfato de sódio
Líquido de Hayen : bicloreto de mercúrio
Fator de diluição: 1:200
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Cálculo da contagem:
Nº de eritrócitos/ mm3 = N / Vol x D
Onde: N = número total de glóbulos vermelhos contados (H1 + H2+ H3 + H4 + H5)
Volume = área x profundidade da câmara (0,2 mm2 x 0,1mm) = 0,02 mm3
D = diluição (1:200)
Nº de eritrócitos/ mm3 = N / Vol x D N N
----------------- = ----------- = N X 10 000 / mm3
0,02 X 1/200 0,0001
Valores de referência: 
Homens 4 400 000 a 6 000 000 / mm3
Mulheres 3 900 000 a 5 400 000 / mm3
Contagem de Eritrócitos 
Manual
Obs: Método que não deve mais ser utilizado, devido sua imprecisão.
CELL DYN 3700
ABBOTT
Contador Automático de Células
IMPEDÂNCIA ELÉTRICA
Princípio
• Método baseado na determinação de mudanças na resistência
elétrica que produzem pulsos elétricos mensuráveis.
• O número de pulsos gerado é indicativo do número de partículas.
• A amplitude de cada pulso é eletricamente proporcional ao
volume da partícula.
MÉTODOS 
AUTOMATIZADOS
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Contagem de Hemácias
• A contagem de hemácias é comumente determinada pelos
métodos de impedância ou de dispersão de luz;
• Na contagem por impedância, descrita por Wallace Coulter
em 1956, a amostra de sangue diluída em solução eletrolítica
atravessa um pequeno orifício onde a corrente elétrica é mantida
entre dois eletrodos;
• Como a hemácia é má condutora de eletricidade, a sua
passagem pela abertura aumenta a resistência elétrica e gera um
pulso, que será maior ou menor dependendo do tamanho da
célula.
• O número de pulsos gerados determinará o número de
hemácias na amostra, e a análise da amplitude dos pulsos
fornecerá informações relativas ao tamanho da célula.
Contagem de Hemácias
• Pela técnica de dispersão de luz, a suspensão de células
atravessa uma abertura em frente a uma fonte de luz;
• Um fotomultiplicador converterá o sinal luminosos em impulso
elétrico que será acumulado e contado;
• As medidas da intensidade e do ângulo de dispersão da luz
determinarão o tamanho da célula;
• Ambas as tecnologias permitem que um grande numero de
células seja rapidamente quantificadas, aumentando, assim, o
nível de precisão da contagem.
Técnica de dispersão de luz
Impedância Elétrica
Fentolitros
N
°
d
e 
P
u
ls
o
s
MÉTODOS AUTOMATIZADOS
Hemograma:Eritrograma
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra
Prof° Associado I da UFPE / Pesquisador HEMOPE
Centro de Biociências
macbezerra.ufpe@gmail.com
22/02/2021
25
O Hemograma
A análise do sangue periférico pretende responder a duas
questões principais:
1. A MO está produzindo um número suficiente de células
maduras de diferentes linhagens?
2. Os processos de proliferação, diferenciação e aquisição de
funções de cada tipo celular estão se desenvolvendo de
maneira adequada em todas as linhagens celulares?
Grotto, HZW 2009
O Hemograma
• Alterações nesses dois quesitos básicos estão relacionados com
numerosas condições patológicas, e o hemograma tem como
finalidade fornecer respostas a essas questões.
• A diversidade de informações, embora em geral bastante
inespecíficas, que o hemograma pode fornecer, torna esse exame
subsidiário um dos mais solicitados nas práticas clínica e cirúrgica.
Grotto, HZW 2009
Análise do Exame 
Hematológico - Hemograma
Finalidade: avaliar quantitativamente e qualitativamente os
diferentes componentes celulares do sangue.
• Eritrograma
• Leucograma
• Plaquetas
• Exame microscópico do esfregaço sanguíneo: análise qualitativa
análises quantitativas
Oxigenação 
dos tecidos
Resposta 
imunológica
Hemostasia
Variações Fisiológicas
Idade
Sexo
Raça
Gravidez
Exercícios Físicos
Hemograma
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HEMOGRAMA
Avaliação da quantidade e da
morfologia das células sangüíneas
Doenças hematológicas
Processos Infecciosos e Inflamatórios
Emergências médicas e cirúrgicas
Quimioterapia e Radioterapia
Doenças crônicas em geral
Exame complementar para diagnóstico e 
acompanhamento
Hemograma
- Resultados auxiliam na identificação e no acompanhamento da
evolução de uma variedade de doenças e no monitoramento da
utilização de medicamentos.
• Avaliação eritrocitária: processos anêmicos, policitêmicos e
alterações de forma e tamanho das hemácias.
• Avaliação leucocitária: processos inflamatórios, infecciosos,
alérgicos, parasitários e leucêmicos.
• Avaliação plaquetária: problemas na hemostasia
(hemorragias, trombose).
HEMOGRAMA - composição
Eritrograma
•Hemácias, Hemoglobina e Hematócrito
•Indices Hematimétricos: VCM, HCM, CHCM e RDW
•Morfologia eritrocitária
Leucograma
•Contagem de Leucócitos totais
•Contagem diferencial de leucócitos
• Relativa 
•Absoluta
Contagem de Plaquetas
Eritrograma
Consiste dos métodos laboratoriais que determinamos parâmetros hematológicos da série vermelha no
sangue periférico: contagem de eritrócitos,
dosagem de hemoglobina, determinação do
hematócrito, cálculo dos índices hematimétricos
e análise da morfologia eritrocitária.
22/02/2021
27
• O eritrograma é o conjunto das análises que incluem contagem de
eritrócitos, dosagem da hemoglobina, e determinação do hematócrito
(ou micro-hematócrito).
• Dessas análises obtêm-se os índices hematimétricos que são
importantes na classificação laboratorial das anemias.
• Os índices hematimétricos são três: VCM (volume corpuscular
médio), HCM (hemoglobina corpuscular média) e o CHCM
(concentração da hemoglobina corpuscular média).
Eritrograma Índices Hematimétricos
Volume Corpuscular Médio (VCM): Valor hematimétrico que
corresponde ao volume corpuscular médio dos eritrócitos medido
em fentolitros (fL). É um resultado da divisão do hematócrito pela
contagem de eritrócitos.
VCM: Ht(%) x 10
RBC (milhões/L)
Os contadores automáticos, contam e medem, simultaneamente, os
eritrócitos; os volumes corpusculares individuais são integrados,
gerando um VCM, notavelmente reprodutível.
Valores normais: 89 ± 9 fL
Este índice classifica morfologicamente as anemias quanto ao
volume em: microcítica, normocítica e macrocítica
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): é um valor
hematimétrico que corresponde a hemogobina média, sendo
então, o total de hemoglobina no eritrócito) em média. Sua
unidade é o pigograma (g x 10-12) e seu resultado é
proveniente da divisão da hemoglobina pela contagem de
eritrócitos.
HCM: Hb (g/dL) x 10
RBC (milhões/L)
Valores normais: 27-32 pg
Índices Hematimétricos
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): é
um valor hematimetríco que corresponde a concentração de
hemogobina média, ou seja, a média da concentração da
hemoglobina nos eritrócitos obtida pela divisão do valor da
hemoglobina pelo hematócrito. A unidade do CHCM é em
percentagem.
CHCM: Hb (g/dL) x 100
Ht(%)
Valores normais: 31-35 %
Este índice classifica morfologicamente as anemias com relação ao
conteúdo hemoglobínico em: Normocrômica, hipocrômica e
hipercrômica
Índices Hematimétricos
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RDW (Índice de Anisocitose)
• Com o emprego de contadores automáticos avançados,
surgiram outros índices, dos quais o RDW (amplitude dos
eritrócitos) tem sido útil para indicar alterações morfológicas
dos eritrócitos, relacionados a variação no tamanho.
• Na maioria desses aparelhos, o RDW representa o desvio
padrão das medidas do tamanho do eritrócito, e em outros é
obtido pelo coeficiente de variação (CV) do tamanho dessas
células.
Valores normais: 11,6 - 14,0%
As fórmulas para obter esses índices são:
VCM: Ht(%) x 10
CE (milhões/L)
HCM: Hb (g/dL) x 10
CE (milhões/L)
CHCM: Hb (g/dL) x 100
Ht(%)
RDW: (Red Cell Distribution Width): amplitude de distribuição
dos eritrócitos  RDW: Indicativo de alteração de tamanho dos eritrócitos
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA
• Hemácias (milhões/uL)
• Hemoglobina (g/dL)
• Hematócrito (%)
• Indices Hematimétricos
• Volume corpuscular médio –VCM (fL)
• Hemoglobina corpuscular média – HCM (pg)
• Concentração de hemoglobina corpuscular média – CHCM (%) 
• RDW (%)
• Morfologia eritrocitária
-Tamanho -Coloração -Forma -Inclusões
Plasma
Buffy Coat
Eritrócitos
Contagem de Eritrócitos
• Eritrócitos
• Poliglobulia ou policitemia: aumento dos eritrócitos circulantes
acima do número normal.
1. Relativa: hemocroncentração
2. Absoluta: produção aumentada
• Eritropenia ou Hipoglobulia: diminuição dos eritrócitos
circulantes.
1. Perda de sangue: anemia pós-hemorrágicas
2. Destruição exagerada de eritrócitos: anemias hemolíticas
3. Produção deficiente de eritrócitos: anemia por hipofunção ou
insuficiência da MO.
Homens 4,2 – 6,3 milhões/mm3
Mulheres 3,8 – 5,5 milhões/mm3
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Dosagem de Hemoglobina
Considera-se portador de anemia o indivíduo cuja
dosagem de hemoglobina é inferior a:
• 13 g/dl no homem adulto
• 12 g/dl na mulher adulta
• 11 g/dl na mulher grávida
• 11 g/dl em crianças entre 6 meses e 6 anos
• 12 g/dl em crianças entre 6 anos e 14 anos
Vol. Normal 
Sg Total 
Vol. Normal 
Eritrócitos
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA
Policitemias
RelativaAbsoluta
Anemias
Absoluta Relativa
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA SÉRIE VERMELHA
Policitemia
Aumento no volume corporal de
eritrócitos circulantes
Eritrocitose
Aumento da concentração de
eritrócitos determinada pela contagem
do número de células, do hematócrito
ou da hemoglobina.
Wintrobe, 2004. Cap. 50
ERITROGRAMA
Policitemia
RELATIVAABSOLUTA
DESIDRATAÇÃO
HIPERTENSÃO
ESTRESSE
PRIMÁRIA
• Policitemia vera 
SECUNDÁRIA
•Aumento fisiológico de EPO
•Altitude, doença pulmonar e tabagismo…
•Produção patológica de EPO
•Tumores
Wintrobe, 2004. Cap. 50
ERITROGRAMA
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Labcen 2013
Labcen 2013
Labcen 2013 Labcen 2013
22/02/2021
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Labcen 2013
Contagem de Reticulócitos
Contagem de Reticulócitos
• Os reticulócitos são eritrócitos jovens, recém-liberados pela
MO e que ainda contêm RNA ribossômico.
• Pela exposição das células não fixadas a certos corantes, como
a azul de cresil brilhante ou o novo azul de metileno, os
ribossomos são precipitados e corados, aparecendo como um
retículo;
• Como as células ainda estavam vivas quando foram expostas
ao corante, essa coloração é chamada de supravital.
Contagem de Reticulócitos
• A contagem de reticulócitos é uma técnica relativamente simples
servindo para averiguar a velocidade de produção dos eritrócitos
em resposta a anemias, sendo um parâmetro importante, servindo
os valores relativos (expressos em percentagem) também de base
para conversão em valores absolutos (expressos por milímetro
cúbico) o qual reflete com mais fidedignidade a atividade
eritropoética, em função de que nas anemias de um modo geral, a
contagem em percentagem não é um parâmetro inteiramente
confiável para averiguar a adequada resposta da MO.
Finalidade do exame
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Técnica da contagem de reticulócitos manual
- Coletar 5 ml de sangue em tubo com o anticoagulante EDTA;
- Colocar 6 gotas de sangue em um tubo de hemólise;
- Acrescentar 3 a 4 gotas de corante azul de cresil brilhante;
- Colocar em banho-maria à 37ºC por 20 minutos;
- Deixar esfriar e fazer uma lâmina de esfregaço;
- Deixar os estiraços secar à temperatura ambiente e logo após
realizar leitura microscópica com a objetiva de imersão;
- Dividir o campo em quatro partes facilitando assim a contagem de
eritrócitos.
Técnica da contagem de reticulócitos manual
- Em campos com distribuição eritrocitária uniforme, contar de
preferência um quadrante dos quatro e multiplicar por quatro, para
ter um campo de eritrócitos;
- Proceder assim até contar 1.000 (mil) eritrócitos, o que em geral
ocorre do quinto ao sétimo campo, contando simultaneamente em
todos os campos os reticulócitos;
- Realizar os cálculos através de uma regra de três simples,
expressando o resultado em percentagem.
Exemplo: 1.000 eritrócitos................................30 reticulócitos
100 eritrócitos.................................X reticulócitos
Técnica da contagem de reticulócitos manual
Obs: Para expressar o resultado por milímetro cúbico (valor
absoluto), realizar a contagem global eritrocitária e aplicar a
fórmula:
Ret. / mm3 = % de reticulócitos x eritrócitos/mm3
100
Reticulócitos
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Contagem de Reticulócitos
- Reflete o estado de atividade 
eritropoetico da MO;
- Determinação das anemias hemolíticas 
e carenciais;
- Avaliação da resposta ao tratamento.
VN: 0,5 a 2,0% ou 25.000-75.000 mm3
Contagem de Reticulócitos
Níveis de reticulócitos e anemia
a) n0 de reticulócitos aumentado
- hemólise
- perda sanguínea aguda
- resposta de uma medula “desnutrida” a uma terapêutica
específica de reposição
b) n0 de reticulócitos diminuído
- doença grave da MO (aplasia, leucemia, linfomas, SMD,
EPO)
- depressão temporária da eritropoese (agente infeccioso,drogas, toxinas).
Hematócrito Tempo de Maturação
> 40 % 1,0 dia
30-40 % 1,5 dias
20-30 % 2,0 dias
< 20 % 2,5 dias
Classificação CINÉTICA das Anemias
IPR = Reticulócitos (%) x Hematócrito (%)
tempo de maturação 45 (%)
ÍNDICE DE PRODUÇÃO DE RETICULÓCITOS
Contagem relativa: 0,5 a 2,0%
Contagem absoluta: 25.000-75.000/µL
Classificação CINÉTICA das Anemias
Anemias 
Hemolíticas
Perda 
Sangüínea 
Aguda
IPR > 2,0
HIPERproliferativas
Anemia 
Carencial 
Tratada
HIPOproliferativas
IPR < 2,0
Eritropoese 
Insuficiente
Eritropoese 
Ineficaz
Deficiência 
de Ferro
Deficiência de 
Eritropoetina
Comprometimento 
Medular
Anemia 
Megaloblástica
Talassemia
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Leucograma
• Leucócitos circulantes no sangue periférico:
- Neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos
• Leucocitose: número total de leucócitos acima do limite
superior normal (> 11.000 mm3)
• Leucopenia: número total de leucócitos abaixo do limite
inferior normal (< 4.000 mm3)
• Neutrofilia, neutropenia, eosinofilia, eosinopenia,
basofilia, basopenia, monocitose, monocitopenia, linfocitose
e linfocitopenia.
Contagem de Plaquetas
• Plaquetas: 150.000 – 450.000 mm3
• Trombofilia (trombocitose ou plaquetose): número de plaquetas
aumentado.
1. Aumento da produção: após hemorragias ou doença
mieloproliferativa crônica (trombocitemia essencial; LMC)
2. Diminuição da destruição: após a esplenectomia
• Trombocitopenia: diminuição das plaquetas circulantes
1. Menor produção: hipofunção ou insuficiência da MO
2. Maior destruição: Púrpura trombocitopênica imunológica
3. Maior utilização: Púrpura trombocitopênica trombótica
Eritrograma
• Eritrograma – consiste dos métodos laboratoriais que
determinam os parâmetros hematológicos da série vermelha no
sangue periférico: contagem de eritrócitos, dosagem de
hemoglobina, determinação do hematócrito, cálculo dos
índices hematimétricos e análise da morfologia eritrocitária.
• A Hgb é o dado básico do eritrograma, pois anemia é a sua
deficiência abaixo dos limites de referência para a população;
Hemograma Normal
Eritrócitos H: 4,2 - 6,3milhões/mm3 M: 3,8 - 5,5milhões/mm3
Hemoglobina H: 13,0 – 18,0 g/dl M: 12,0 – 16,0 g/dl
Hematócrito H: 39 – 53% M: 35 – 47% 
Volume corpuscular médio (VCM) 80 – 96 fl 
Hemoglobina corpuscular média (HCM) 27 – 32 pg
Conc. de hemoglobina corpuscular média (CHCM) 31 – 35%
RDW 11,6 – 14%
Leucócitos – Total 4.000 – 11.000/mm3
Neutrófilos 50-70% 2.000-7.700/mm3
Linfócitos 20-40% 800-4.400/mm3
Monócitos 03-11% 120-1.210/mm3 
Eosinófilos 01-07% 40-770/mm3 
Basófilos 00-02% 00-220/mm3
Plaquetas 150.000 – 450.000/mm3
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Série Eritrocitária MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
Tamanho e Coloração
ERITROGRAMA
Estudo do Esfregaço de Sangue Periférico
Alterações morfológicas dos eritrócitos
• Alterações no tamanho (anisocitose)
- Hemácia normocítica:   7,5 m
- Hemácia microcítica:  < 7,5 m
- Hemácia macrocítica:  > 7,5 m
RDW (Red Cell Distribution Width): amplitude de distribuição
dos eritrócitos.
 RDW: indicativo de anisocitose
Anisocitose
É o aumento da variabilidade do tamanho
eritrocitário que excede a observada em um
individuo normal e sadio. Ela é uma
anormalidade inespecífica, comumente
encontrada nas desordens hematológicas.
Nas contagens fornecidas por instrumentos
automatizados, um aumento do RDW é
indicativo de anisocitose.
22/02/2021
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Histograma e RDW
• São subprodutos da medida eletrônica do volume dos
eritrócitos. Como os eritrócitos são medidos um a um, o
computador do aparelho gera uma curva de freqüência, com o
volume em fentolitros na abscissa, e a freqüência respectiva,
na ordenada.
•A curva, denominada histograma (do volume eritróide), é
elucidativa das características da população examinada, nos
sangues normais, é aproximadamente gaussiana e de abertura
estreita.
• Quando a curva situa-se mais à esquerda, ou à direita, na
abscissa, denota micro ou macrocitose, respectivamente.
Anisocitose
Anisocitose
22/02/2021
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Normocitose Microcitose
Macrocitose
Estudo do Esfregaço de Sangue Periférico
Alterações morfológicas dos eritrócitos
• Alterações na cor (anisocromia)
- Hemácia normocrômica
- Hemácia hipocrômica
- Hemácia hipercrômica
Policromasia: presença de reticulócitos imaturos (coloração
policromática)
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Anisocromia
• Descreve uma variabilidade excessiva no grau de coloração
ou hemoglobinização do eritrócito. Na prática significa um
espectro que se estende desde a hipocromia até a normocromia.
• A anisocromia indica, comumente, uma situação de mudança,
como a progressão de um anemia ferropênica, ou sua resposta
ao tratamento, ou, ainda, o desenvolvimento ou a regressão da
anemia de doença crônica.
• A anisocromasia reflete no aumento do HDW medido por
alguns instrumentos automáticos.
Normocromia
Hipocromia
Hipercromia
22/02/2021
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Policromatofilia ou Policromasia
Descreve os eritrócitos que têm
coloração róseo-azulada, em
conseqüência da captação
simultânea da eosina (pela Hb) e
dos corantes básicos (pelo RNA
ribossômico). Uma vez que os
reticulócitos são células cujo RNA
ribossômico absorve corantes
supravitais, formando retículo
visível, há um relacionamento
entre os reticulócitos e as células
policromáticas.
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
Forma
ERITROGRAMA
Poiquilocitose / Pecilocitose
• A célula que tem forma anormal é um poiquilócito ou pecilócito.
Fala-se em pecilocitose, quando há um número exagerado de
células de forma anormal.
• A altitude produz certo grau de pecilocitose em indivíduos
hematologicamente normais.
• A pecilocitose é também uma anormalidade comum,
freqüentemente inespecífica, encontrada em várias desordens
hematológicas; pode resultar da produção de células anormais pela
MO, ou dano às células normais após serem liberadas na corrente
sangüínea.
Poiquilocitose ou Pecilocitose
22/02/2021
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Normócitos
• A maioria dos eritrócitos normais
tem a forma de disco bicôncavo. Na
distensão corada apresentam um
contorno aproximadamente circular,
mostrando apenas pequenas
variações quanto à forma e ao
tamanho.
• O diâmetro médio é de 7,5m. Na
área da distensão onde as células
formam uma camada única, uma
área central mais pálida ocupa
aproximadamente um terço da
célula.
Eritrócito Normal
Micrografia com microscópio eletrônico 
de varredura de um eritrócito normal
• A forma e a flexibilidade normais do
eritrócito dependem da integridade do
citoesqueleto ao qual está ligada a
membrana lipídica. O aparecimento de uma
forma anômala pode resultar de um defeito
primário do citoesqueleto, ou da
membrana, ou ser secundário à
fragmentação, ou à polimerização,
cristalização ou precipitação da
hemoglobina.
• A membrana do eritrócito é constituída de
dupla camada lipídica, atravessada por
várias proteínas transmembrana.
Poiquilócitos ou Pecilócitos
22/02/2021
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Esferócitos
Dacriócitos
(Eritrócitos em forma de lágrima)
Equinócitos Queratócitos
22/02/2021
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Estomatócitos Eliptócitos
Esquizócitos Drepanócitos (Hemácias Falcizadas)
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Codócitos (Hemácias em Alvo) Inclusões nos eritrócitos
- Inclusões coradas podem ser vistas no interior dos glóbulos vermelhos em
situações de eritropoese acelerada ou malformada;
- Algumas são vistas com a coloração de rotina; outras, somente com
colorações especiais. As principais são:
• Corpos de Howell-Jolly
• Pontilhado Basófilo
• Corpos de Heinz
• Inclusões de HbH
• Siderossomos (corpúsculo de Pappenheimer)
• Anéisde Cabot
• Inclusões Parasitárias
• Eritroblastos
• Cristal de HbC
Corpos de Heinz
• Grânulos azuis corados pelo violeta de metila em eritrócitos contendo Hb
precipitada por desnaturação oxidativa.
Talassemia 
Conceito: a talassemia  constitui um grupo de doenças
hereditárias, de distribuição mundial, causada pela
deficiência de síntese das cadeias  da hemoglobina.
Fisiopatologia:
- Deleções nos genes  = redução ou ausência de
produção de cadeias globínicas .
- Hemoglobinização deficiente das hemácias = microcitose
e hipocrômia.
- Acúmulo das cadeias de síntese preservada:
Feto: g4  Hb Bart’s  elevada afinidade pelo O2.
Adulto: b4  HbH  altamente instável  precipitação 
hemólise (extravascular).
22/02/2021
44
Mecanismos fisiopatológicos – Talassemias 
 < b
b4
(HbH) Corpúsculos 
de inclusão
Anemia 
Hemolítica Crônica 
Microcítica-Hipocromica
Redução da 
Vida média 
Destruição 
precoce 
(SRE)
Apoptose 
(MO)
Eritropoese 
Ineficaz
Elevada 
afinidade ao O2
Hipóxia 
tecidual
Eritrócitos 
120 dias
Eritroblastos
Normal
 ~ b
Inclusões de HbH
Grânulos de precipitado de HbH (b4) desnaturada.
Corpúsculo de Pappenheimer
Grânulos de ferritina. Aparecem como minuscúlos grânulos escuros em
forma de cacho de uva.
Corpúsculo de Howell-Jolly
Resto de cromatina nuclear 
22/02/2021
45
Anel de Cabot
Anel de cor púrpura, resultante de resto do fuso celular
Labcen, 2011
Pontilhado Basófilo
Grumos de material de RNA endoplasmático, formam-se durante a secagem do
esfregaço, coram-se como minúsculos e numerosos grânulos dispersos pelo citoplasma.
Hb C - Fisiopatologia
22/02/2021
46
Cristal de Hb C
Labcen, 2011
Labcen, 2011
Labcen, 2011
22/02/2021
47
Labcen, 2011
Eritroblasto Rouleaux ou Empilhamento
Ocorre em processos inflamatórios devido ao aumento das
imunoglobulinas e do fibrinogênio.
22/02/2021
48
Aglutinação de Eritrócitos
Agregados irregulares de eritrócitos aglutinados no sangue resfriado à TA,
indicam presença crioaglutininas a frio.
Macrocitose
Presença de eritroblastos 
Eritroblastos ortocromáticos, policromáticos e basófilos, além de um proeritroblasto 
ao centro. Anisocitose com predomínio de macrócitos. Poiquilocitose 
Anisocitose com Macrocitose 
dois eritroblastos policromatófilos
22/02/2021
49
Anisocitose e Hipocromia
Labcen, 2011
Labcen, 2011
Labcen, 2011
22/02/2021
50
Anisocitose acentuada com 
macrócitos
Anisocitose com microcitose e 
hemácias policromatófilas 
(notar o tamanho e a cor dos macrócitos policromáticos) 
Hereditary spherocytosis. A typical Wright-stained peripheral blood smear from
a patient with autosomal dominant hereditary spherocytosis is shown. Small,
dense, round, conditioned spherocytes that lack central pallor are visible
throughout.
22/02/2021
51
Estomatocitose hereditária
Mostrando pontilhdo basófilo e numerosos estomatócitos 
Distensão sangüínea de paciente 
com ovalocitose
Mostrando alguns macro-ovalócitos; um com estroma em formato de
“Y”, e os demais com estroma transverso excêntrico. Muitas das
células menores são estomatócitos, ovalócitos ou estomato-ovalócitos.
HbS - Fisiopatologia da Doença 
Falciforme
Infarto Tecidual  Hipóxia  Crises de Dor
Polímero HbS
oxigenada desoxigenada
b6
GAG GTG
Solução HbS 
Célula HbS
GluVal
Anisopoiquilocitose com presença 
de drepanócitos e codócitos
22/02/2021
52
LabCen, 2012
LabCen 2013
LabCen 2013
Labcen, 2011
22/02/2021
53
Labcen, 2011
Poiquilocitose com numerosos equinócitos, 
acantócitos e esquisócitos (fragmentos). 
Raros ovalócitos também estão presentes. Um eosinófilo 
e, acima, uma macroplaqueta 
Poiquilocitose com equinócitos, 
acantócitos e esquisócitos.
Raros ovalócitos também estão presentes. À direita, um basófilo. Ao centro,
e à esquerda, duas plaquetas gigantes. Ao centro, e à esquerda, duas
plaquetas gigantes. Há também uma evidente trombocitose.
22/02/2021
54
22/02/2021
55
Hipocromia
Anisocitose com alguns macrócitos 
ovalocíticos e micrócitos. 
Poiquilocitose (no campo, dacriócito, ovalócito e esquisócito). 
No campo, um neutrófilo hipersegmentado e um linfócito. 
LABCEN 2012
22/02/2021
56
Presença de eritroblastos 
ortocromáticos
Anisocitose com alguns macrócitos policromatófilos.
Freqüentes equinócitos.
Anisocitose com predomínio de micrócitos 
Beta talassemia menor. Alguns dacriócitos. Hipocromia. No campo,
podem ser observadas duas hemácias com pontilhado basófilo.
Labcen, 2011 Labcen, 2011
22/02/2021
57
Correção da contagem global de leucócitos em 
decorrência de precursores eritróides no sangue 
periférico (eritroblastos) Eritroblastos > 10 / 100 leucócitos contados
• Quando no estiraço sangüíneo estão presentes eritroblastos faz-
se a correção. A correção é feita contando-se os eritroblastos
visualizados durante a contagem de 100 leucócitos, aplicando-se a
seguinte fórmula:
100 leucócitos + eritroblastos --------- eritroblastos encontrados durante a contagem diferencial
Leucócitos/mm3 ---------- X eritroblastos
• O resultado obtido através da fórmula usada para a correção,
corresponde ao número de núcleos de eritroblastos, que foram
contados por qualquer metodologia como leucócitos. Para obtermos
o número correto de leucócitos, subtrai-se do valor da contagem de
leucócitos, o valor obtido através da fórmula de correção
Exemplo
• A contagem global de leucócitos de um indivíduo foi
18.000/mm3. Durante a contagem diferencial dos leucócitos
foram contados 20 eritroblastos, feita a correção quanto fica a
contagem global leucocitária?
100 leucócitos + eritroblastos --------- eritroblastos encontrados durante a contagem diferencial
Leucócitos/mm3 ---------- X eritroblastos
100 + 20 --------- 20
18.000 ---------- X eritroblastos
X = 3.000 eritroblastos
Contagem global de leucócitos corrigida: 18.000 – 3.000= 15.000
Correção de Leucócitos
A contagem global de leucócitos de um indivíduo foi 18.000/mm3.
Durante a contagem diferencial dos leucócitos foram contados
20 eritroblastos, feita a correção quanto fica a contagem global
leucocitária?
Leucócitos corrigidos = Leucócitos totais x 100
100 + nº eritroblastos
Leucócitos corrigidos = 18.000 x 100
100 + 20
Leucócitos corrigidos = 15.000
HEMOGRAMA- Leucograma
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LEUCOGRAMA
CÉLULAS ANORMAIS
Labcen, 2011
Microcitose e hipocromia 
Alfa-Talassemia. No campo, um neutrófilo segmentado e 
um linfócito. 
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Labcen 2013
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Labcen, 2011 Labcen, 2011
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Labcen, 2011 Labcen, 2011
Labcen, 2011
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Labcen, 2011
22/02/2021
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Labcen, 2011
22/02/2021
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Labcen, 2011 Labcen, 2011
Labcen, 2013
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Labcen, 2013
Labcen 2013
LabCen, 2013 Labcen, 2011
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Labcen, 2011 Labcen, 2011
Labcen, 2011
Labcen, 2011
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Labcen, 2011
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Macrófagos com leischimanias. Sangue retirado de
baço mostrando a fagocitose de leischimanias por
macrófagos em caso de leischimaniose visceral
Labcen, 2011
Labcen, 2011 Labcen, 2011
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Labcen, 2011
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Oliveira, RAG
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Oliveira, RAG
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Classificação das Anemias
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra
Prof° Associado II da UFPE / Pesquisador HEMOPE
Centro de Biociências
macbezerra.ufpe@gmail.com GLADER, B. Wintrobe, 11a. Edição, cap 27.
ANEMIA
Definição fisiológica
Hipóxia tecidual decorrente da diminuição da 
capacidade de transporte do oxigênio pelo 
sangue
REDUÇÃO NA MASSA DE ERITRÓCITOS CIRCULANTES
Hemoglobina não funcionante
287
ANEMIA
Definição laboratorial
 Eritrócitos (milhões/µL)
 Hematócrito (%)
 Hemoglobina (g/dL)
Critério da OMS (1968)
 Diminuição da Hemoglobina
 HOMENS < 13 g/dL
MULHERES < 12 g/dL
Gestantes e crianças < 11g/dL
Critérios para diagnóstico laboratorial da ANEMIA Classificação Fisiopatológica
I - Problemas na produção de eritrócitos
a) Por deficiênciade nutrientes essenciais à eritropoese:
• deficiência de ferro
• deficiência de vitamina B12
• deficiência de ácido fólico
b) Por condições que pertubem a eritropoese
• infecções
• aplasias
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Classificação Fisiopatológica
II – Aumento da destruição dos eritrócitos
a) Anemias hemolíticas por mecanismos intracorpusculares:
• hemoglobinopatias
• defeitos na membrana do eritrócito
• defeitos enzimáticos
b) Anemias hemolíticas por mecanismos extracorpusculares:
• anticorpos na membrana do eritrócito
• Agentes infecciosos (toxina bacteriana)
III – Perda sanguínea: hemorragias
Classificação das Anemias
a) Anemia normocítica e normocrômica
• Perda sanguínea
• Insuficiência da medula óssea
• Algumas anemias hemolíticas
b) Anemia microcítica e hipocrômica
• Anemia ferropriva
• Síndromes talassêmicas
• Anemia da Doença Crônica
c) Anemia macrocítica e normocrômica
• Anemia Megaloblástica
• Síndrome Mielodisplásica
Classificação Morfológica (VCM e HCM)
Classificação Morfológica das ANEMIAS
Microcítica
Hipocrômica
(VCM < 80fL)
(HCM< 27pg)
Normocítica 
Normocrômica 
(VCM: 80-96fL)
(HCM: 27-32pg) 
Macrocítica
(VCM > 96fL)
(HCM > 32pg)
Oliveira, RAG Hemograma: Como Fazer e Interpretar, 2009
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ERITROGRAMA
Microcítica
Hipocrômica
Anemia 
Ferropriva
Balanço negativo de 
ferro
Anemia da Doença 
Crônica
Deficiência na utilização de 
ferro
Talassemias
Deficiência na 
síntese de globina
Anemia 
Sideroblástica
Deficiência na síntese 
do grupo heme
Deficiência na síntese 
de Hb
Normocítica 
Normocrômica
Macrocítica
ERITROGRAMA
Microcítica
Hipocrômica
Macrocítica
Normocítica 
Normocrômica
Perda Sangüínea
Hemorragia aguda
Insuficiência Medular
Mieloaplasia
Anemias hemolíticas
Hereditárias
Hemoglobinopatias
Membranopatias
Eritroenzimopatias
Adquiridas
Imunológicas
Auto-Imune
Iso-imune
Induzida por drogas
Não-Imunológicas
Agentes infecciosos
Trauma mecânico
Agentes químicos
ERITROGRAMA
Microcítica
Hipocrômica
Normocítica 
Normocrômica
Macrocítica
Megaloblástica Não megaloblástica
Doença hepática
Alcoolismo
Reticulocitose
Deficiência de 
Vitamina B12
Deficiência de 
Ácido fólico
ERITROGRAMA
Redução na 
produção Perda Sangüínea
Aumento na 
destruição
Classificação FISIOPATOLÓGICA das Anemias
ANEMIAS CARENCIAIS 
•Ferropriva
•Megaloblástica
INSUFICIÊNCIA MEDULAR
•Mieloaplasia
ANEMIAS HEMOLÍTICAS 
Hereditárias ou 
Adquiridas
HEMORRAGIA AGUDA
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ERITROGRAMA
Classificação CINÉTICA das Anemias
Hematócrito Tempo de Maturação
> 40 % 1,0 dia
30-40 % 1,5 dias
20-30 % 2,0 dias
< 20 % 2,5 dias
IPR = Reticulócitos (%) x Hematócrito (%)
tempo de maturação 45 (%)
ÍNDICE DE PRODUÇÃO DE RETICULÓCITOS
Contagem relativa: 0,5 a 2,0%
Contagem absoluta: 25.000-75.000/µL
ERITROGRAMA
Classificação CINÉTICA das Anemias
Anemias 
Hemolíticas
Perda 
Sangüínea 
Aguda
IPR > 2,0
HIPERproliferativas
Anemia 
Carencial 
Tratada
HIPOproliferativas
IPR < 2,0
Eritropoese 
Insuficiente
Eritropoese 
Ineficaz
Deficiência 
de Ferro
Deficiência de 
Eritropoetina
Comprometimento 
Medular
Anemia 
Megaloblástica
Talassemia
Diagnóstico de Anemias
• História do paciente (quando a anemia começou,
possibilidade de perda sanguínea crônica, sintomas de
distúrbios cerebrais, circulatórios ou neurológicos,
tratamento prévio para anemia, utilização de
medicamentos, exposição a toxinas, história dietética,
história familiar, origem racial...)
• Exame físico (pele, fundo de olho, boca, abdome,
linfonodos...)
• Avaliação laboratorial inicial: hemograma (eritrograma
e esfregaço sanguíneo) e contagem de reticulócitos.

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