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e) gold D; Beta Agonistas de Longa Duração + Anticolinérgicos de Longa Duração + Corticóides Inalatórios, podendo ser considerado o uso de azitromicina em caso de fumantes Correta - Como vimos, o paciente da questão é GOLD D. Este paciente necessita de dupla broncodilatação (beta 2 agonista junto ao anti muscarínico) necessariamente. Entretanto, a presença de doença moderada a grave em conjunto com exacerbações frequentes abre espaço para introdução de corticóide inalatório. Azitromicina 500 mg 3x/semana por 1 ano parece promover benefício de reduzir exacerbações em paceintes com alto risco de exacerbar. O uso desta pode levar a resistência bacteriana e parece ser menos efetiva em não tabagistas. Não há literatura definindo benefício em seu uso por mais de 1 ano. 82 - Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica grave, com descompensações frequentes, apesar de tratamento pleno, podem se beneficiar do uso contínuo de oxigênio. Constituem critérios de uso de oxigenioterapia no domicílio os valores de pressão arterial de oxigênio ou de saturação de oxigênio, respectivamente: e) 55 mmHg ou 88% Correta. As indicações de oxigenoterapia longo período seguem descritas na letra A e após observá-las percebemos que está alternativa está correta. 83 - Considere um paciente masculino, 65 anos, encaminhado à consulta ambulatorial com queixa de dispneia aos esforços progressiva. No último mês procurou atendimento duas vezes em emergências por quadro de dispneia associada à tosse produtiva, sendo medicado com antibióticos. Fora desses momentos de crise nega tosse, expectoração, perda de peso. Relata mais duas visitas à emergência com os mesmos sintomas respiratórios no último ano. Nega outros problemas de saúde, alergias ou história de asma na infância. Não pratica atividade física regular, relata tabagismo 30 maços/ano, sendo que está há uma semana sem fumar. Ao exame físico mostra-se eutrófico, sem dispneia de repouso, SpO2 92% ar ambiente, Ausculta Cardíaca e Pulmonar sem alterações, Sinais Vitais dentro da normalidade. Considerando o quadro clínico, é correto afirmar: e) a hipótese diagnóstica mais provável é DPOC, sendo necessário solicitar espirometria para definição diagnóstica Correto. O quadro clinico e a exposição ao tabaco sugere DPOC sendo necessário a solicitação de espirometria para avaliação funcional. O diagnóstico será comprovado se o índice de tiffeneau (VEF1/CVF) pós broncodilatador for < 0,7. 84 - Paciente 58 anos, masculino, tabagista em atividade, 30 maços.ano, com queixas de tosse matinal persistente há cerca de 06 anos, com secreção mucoide escassa, evoluindo com dispneia progressiva aos esforços, que atualmente surge somente ao apressar o passo e subir ladeiras ou escadas. Negou exacerbações nos últimos 12 meses. Exame físico evidenciando aumento do tempo expiratório e sibilos esparsos. Radiografia de tórax normal. Submetido à espirometria que evidenciou relação VEF1/CVF de 63% e VEF1 de 55% (pósbroncodilatador) do previsto (ambas medidas foram realizadas após a inalação de 400 mcg de salbutamol). Em relação ao caso, assinale a alternativa correta. e) o paciente apresenta DPOC grupo A (poucos sintomas e baixo risco de exacerbação). Deverá fazer uso de beta-agonista de curta ação de resgate 85 - Homem, 65 anos de idade, procura atendimento médico queixando-se de dispneia aos esforços e tosse com secreção esbranquiçada, há cerca de 2 anos. Nos últimos meses, tem dispneia mesmo ao caminhar no plano, precisando parar muitas vezes para respirar. É tabagista de 45 anos/maço e portador de hipertensão em tratamento. Nega internação prévia e diz que a última vez que consultou um médico foi há muitos anos. Ao exame físico, observa-se aumento do diâmetro anteroposterior do tórax. À ausculta, notam-se bulhas cardíacas hipofonéticas em 2 tempos, sem sopros e murmúrios vesiculares reduzidos globalmente. Diante desse quadro, indique: a) O diagnóstico mais provável e a alteração estrutural capaz de explicar os achados do exame físico. b) O exame complementar mais importante para confirmação diagnóstica. c) O tratamento farmacológico, a longo prazo, (classe de droga) de primeira escolha nesse caso. RESPOSTA: a) DPOC ou Doença pulmonar obstrutiva crônica. b) Espirometria com prova broncodilatadora. c) Beta-2-agonista de longa duração ou anticolinérgico de longa duração. 86 - Paciente de 55 anos, tabagista com carga tabágica 40 maços/ano, é admitida na enfermaria de Clínica Médica com quadro iniciado há 48 horas de febre alta de até 39°C, tosse produtiva com expectoração amarelada, leve dor pleurítica à direita e prostração. Nega dispneia, congestão nasal, cefaleia, odinofagia, uso de antibióticos, infecções ou internações recentes. Sinais vitais: PA: 102 x 60 mmHg, FC: 120 bpm (regular), FR: 24 irpm, Tax: 39°C. Exame clínico: lúcido, orientado, corado, desidratado +/4+, acianótico, anictérico. Frêmito toracovocal reduzido em terço inferior direito. Maciço à percussão no terço inferior à direita. Murmúrio vesicular reduzido em terço médio direito com discretos estertores finos e egofonia e reduzido no terço inferior ipsilateral. Restante sem alterações. Exames laboratoriais da admissão: Sódio: 140 mEq/L (N: 135-145), Potássio: 4,3 mEq/L (N: 3,5-5,5), Cloro: 91 mEq/L (N: 98107), Hemoglobina: 15,3 g/dL (N: 12-16), Leucócitos: 17000 (0/2/0/0/10/75/10/3) (N: 4000- 11000), Plaquetas: 267.000 (N: 150.000-450.000), Ureia: 45 mg/dL (N: 13-43), Creatinina: 1,2 mg/dL (0,6-1,1), pH: 7,22 (N: 7,35-7,45), HCO3: 13mEq/L (N: 22-26), pCO2: 28 mmHg (N: 35- 45), pO2: 81 mmHg (N: 80100), SO2: 94% (N: 94-100%). Considerando que a radiografia de tórax confirmou os achados semiológicos, dentre as alternativas abaixo, qual representa a conduta a mais adequada? c) prescrição de levofloxacino e avaliação de toracocentese diagnóstica com drenagem torácica caso LDH seja 1020 e pH seja 7,18 no líquido pleural 87 - A oxigenoterapia é até o momento a única intervenção não farmacológica comprovadamente eficaz no aumento da sobrevida em Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Assim, está indicada para pacientes com DPOC avançada, usualmente em estádio IV, não tabagistas, que preencham critérios de hipoxemia crônica mediante avaliação de trocas gasosas por exame de gasometria arterial. São critérios para indicação: a) PaO2 <55 mmHg. b) SpO2 <88%. c) PaO2 55-59 mmHg/SpO2 < 89% se sinais de hipertensão arterial pulmonar cor pulmonale (policitemia, edema periférico, turgência jugular, segunda bulha cardíaca hiperfonética, ECG com onda "p pulmonale") d) todas as afirmativas acima 88 - Mulher de 68 anos, hipertensa, diabética, tabagista com carga tabágica de 80 maços-ano, internada com quadro pulmonar iniciado há 4 dias, evoluindo com piora progressiva. Na emergência, a paciente apresentava-se taquidispneica, com rebaixamento do nível de consciência, cianose, baqueteamento digital. PA = 100 x 50mmHg, FC = 112bpm, murmúrio vesicular globalmente reduzido, com estertores crepitantes em ápice esquerdo. Ritmo cardíaco regular, com P2 > A2. Apresentava ritmo respiratório com tempo expiratório prolongado, utilizando musculatura abdominal e tiragem intercostal. Qual alternativa traz a melhor conduta a ser tomada? a) intubação orotraqueal, antibiótico, corticoterapia sistêmica 89 - Os primeiros consensos internacionais sobre a DPOC utilizavam o grau de comprometimento do VEF1 para determinar a gravidade da doença. As diretrizes atuais, no entanto, incorporaram a avaliação de sintomas e exacerbações da DPOC à espirometria para a classificação de gravidade, reconhecendo que apenas medidas espirométricas são insuficientes. Assinale a alternativa correta sobre classificação de gravidade de DPOC: e) a classificação da gravidade da DPOC utiliza os valores de VEF1 pós-broncodilatador expressos em porcentagem do predito e a escala de dispneiado mMRC ou o escore CAT 90 - Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOc), assinale a alternativa errada: e) os achados do exame físico facilmente identificam a DPOC, mesmo antes de o paciente apresentar o tórax hiperinsuflado, tempo expiratório prolongado, respiração em lábios semicerrados, utilização de musculatura acessórica do pescoço Nas fases iniciais da DPOC usualmente não se identificam alterações no exame físico. Com a progressão da doença podem aparecer manifestações como hipersonoridade à percussão, frêmito toracovocal reduzido difusamente, estertores finos teleinspiratórios. Taquipneia, respiração com lábios semicerrados e uso de musculatura acessória podem estar presentes em casos de grau avançado de severidade da doença.