Prévia do material em texto
respiratória de 36 irpm, expansibilidade diminuída a direita, com frêmito tóraco-vocal e murmúrio vesicular abolidos em 2/3 inferiores do hemitórax direito. A radiografia de tórax em PA da admissão mostra velamento de 2/3 inferiores à direita, confirmando presença de liquido livre ao ser realizado Raio X em Laurell D. Foi realizada toracocentese diagnóstica, cuja seguinte análise do líquido pleural confirmou a presença de Empiema Pleural: a) aspecto turvo, relação entre proteínas do liquido pleural/soro maior que 0,5; desidrogenase lática(ldh) do liquido pleural maior que 2/3 do limite superior normal no soro, celularidade com predomínio de linfócitos pequenos 41 - Paciente de 74 anos, sexo masculino, com longo histórico de tabagismo. Procurou atendimento por dispneia progressiva aos esforços, com evolução de 3 semanas, tosse não produtiva e anorexia. Nega febre e outros sintomas. Ao exame físico, sinais vitais normais, saturação de oxigênio ao ar ambiente normal bem como a pressão venosa jugular. Ao exame cardíaco, bulhas hipofonéticas, sem outras anormalidades. Ausência de linfadenomegalias e apresenta traquéia na linha média. Em hemitórax esquerdo, dor à percussão, murmúrio vesicular diminuído e ausência de transmissão da voz. O exame do hemitórax direito está normal. A sua principal suspeita diagnóstica foi confirmada pelo RX de tórax. Qual será sua conduta inicial? b) toracocentese 42 - Uma paciente de 31 anos chega à emergência trazida pelo SAMU após ser socorrida durante episódio de perda de consciência, que foi diagnosticada e tratada como crise de hipoglicemia (glicemia capilar na ocasião de 41mg/dL). Na emergência, relata diagnóstico prévio de asma, sem acompanhamento regular, com 3 internações hospitalares devido a exacerbações nos últimos 6 meses e inúmeras procuras a unidades de pronto atendimento, uso diário de beta-agonista e contínuo de prednisona oral, suspensa por conta própria há 5 dias. Há 3 dias apresentou piora da dispneia, atualmente em repouso, tosse com expectoração amarelada, febre não aferida e dor ventilatório-dependente no hemitórax direito. Ao exame, apresenta-se com Tax=38ºC; PA=70x40 mmHg; FC=88 bpm; FR= 30 irpm; SatO2 = 91% em ar ambiente e glicemia capilar = 64 mg/dL. Sibilos expiratórios bilaterais intensos e murmúrio vesicular ausente no terço inferior do hemitórax direito; ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, sem sopros, com bulhas hipofonéticas, A paciente realizou radiografia de tórax, que demonstrou consolidação no lobo inferior direito e derrame pleural livre, que escorreu na incidência em decúbito lateral com raios horizontais. Assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta: a) terapia antibiótica sistêmica e toracocentese diagnóstica para descartar derrame pleural parapneumônico complicado e/ou empiema 43 - Paciente do sexo feminino de 49 anos de idade com quadro de dispneia progressiva, tosse seca e dor torácica à direita, ventilatório dependente há dois meses. Tem antecedente de mastectomia há 6 anos por neoplasia maligna de mama. Apresenta-se com discreta palidez muco cutânea, PA=110x80mmHg, pulso=96bpm, FC=28ipm, Temp=36,5°C. Na ausculta pulmonar apresenta murmúrio vesicular abolido até metade do hemitórax direito. Realizada toracocentese, obteve-se um líquido de aspecto serohemático e inodoro. a) Qual a hipótese diagnóstica mais provável? b) Qual a melhor conduta para este caso? RESPOSTAS: a) derrame pleural paraneoplásico b) pleurodese 44 - Matheus, 30 anos, apresenta quadro clínico-radiológico de pneumonia lobar com derrame pleural no terço inferior do hemitórax esquerdo. Há discreto edema de MMII (+/4+). Submetido à toracocentese com saída de líquido amarelo claro. Análise do líquido: pH 7,1, glicose 30mg, LDH 1200UI e proteínas 6,1g. Esse caso se trata PROVAVELMENTE de: a) empiema pleural em fase inicial 45 - Uma mulher de 45 anos evolui com adinamia, apatia, palidez cutânea, ascite e derrame pleural à direita. Dentre os exames realizados, o TSH (hormônio tireoestimulante) encontra-se 6 vezes acima do valor de referência e o T4 livre está diminuído. Sobre a manifestação pleuropulmonar dessa paciente, é incorreto afirmar que: c) níveis elevados de adenosina deaminase no líquido pleural são úteis para a exclusão do diagnóstico de tuberculose pleural 46 - A análise bioquímica do líquido colhido por toracocentese de um paciente demonstrou proteínas de 2 g/100 dL, relação proteína pleural-plasmática = 0,2, DHL = 100 UI e relação DHL pleural-plasmática = 0,3. As seguintes patologias podem ser consideradas nesse diagnóstico: a) GNDA, insuficiência cardíaca, cirrose hepática Pneumo – Dç Parenquimatosas e Fisiologia Respiratória 1 - Uma mulher de 45 anos, com diagnóstico de síndrome da imunodeficiência adquirida há 6 anos, em tratamento irregular, com última dosagem de CD4 = 95/mm3, vem ao pronto- socorro com quadro de tosse seca, febre baixa e dispneia aos esforços. Ao exame físico, apresentava-se estável hemodinamicamente, com FC = 100bpm, FR = 32irpm e ausculta pulmonar sem alterações. A radiografia revelou infiltrado reticular difuso. A gasometria arterial mostrou pH = 7,36, PaO2 = 59mmHg, PaCO2 = 27mmHg, bicarbonato = 23mEq/L e saturação de O2 90%. O hemograma e a função renal estavam sem alterações. Confirmando sua principal hipótese diagnóstica, a conduta adequada é: b) sulfametoxazol-trimetoprima, prednisona e suporte de oxigênio 2 - Uma mulher negra de 40 anos vem ao ambulatório com quadro de tosse seca há cerca de 6 meses. Nesse mesmo período, apresentou episódios de uveíte posterior, em seguimento com oftalmologista, e episódios de eritema nodoso nos membros inferiores. Negava febre, sudorese noturna ou perda ponderal. Ao exame físico pulmonar, não foram detectadas alterações, sendo observada apenas linfonodomegalia supraclavicular, bilateral, móvel e moderadamente dolorosa. Trazia radiografia e tomografia de tórax que evidenciavam alargamento do mediastino, por linfonodomegalia peri-hilar bilateral. De acordo com o exposto, qual distúrbio hidroeletrolítico é mais frequentemente encontrado nessa paciente? b) hipercalcemia 3 - As infecções pulmonares oportunistas são encontradas em pacientes imunocomprometidos. Dentre os agentes encontrados, o mais comum é: b) aspergilose Correto . Entre as infecções fúngicas oportunistas, que, principalmente, atingem os pulmões, está a aspergilose, cuja incidência é de, respectivamente, 1%, 2%, 7% e 9% em receptores de transplante renal, de fígado, de medula óssea e de pulmão. Essa população tem uma mortalidade média de 55% a 92%, que representa 10% a 15% das mortes em todos os transplantados. 4 - Com relação à Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), é correto afirmar que: e) o diagnóstico de FPI é fundamentado na ausência de causa conhecida de fibrose pulmonar, associada a presença de padrão histológico e/ou radiológico de pneumonia intersticial usual Correta. O diagnóstico da FPI é um diagnóstico de exclusão. É preciso excluir outras causas de doença pulmonar intersticial que se associam ao padrão PIU, como aquelas associadas à exposições ambientais - asbestose e PH crônica -, doenças sistêmicas e toxicidade de drogas. 5 - Um paciente portador de mucoviscidose é internado na UTI devido a uma pneumonia adquirida na comunidade. Qual é o patógeno mais provável? a) Pseudomonas aeruginosa Correta. A mucoviscidose ou fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva, causada por mutação no gene que codifica o regulador de condutância transmembrana da fibrose cística, que regula o volume e composição da secreção exócrina, afetando os pulmões, além de pâncreas, fígado, glândulas sudoríparas e ducto deferente. No pulmão se forma grande quantidade de secreção hiperviscosa e aderente que causa obstrução das vias aéreas de pequeno e médio calibre, que predispõe a infecções. A infecção de vias aéreasé a principal manifestação clínica e Pseudomonas aeruginosa o principal patógeno, embora sua prevalência esteja diminuindo. Staphilococcus aureus também é frequente. A doença pulmonar é a causa da mortalidade em 90% dos doentes. 6 - O diagnóstico de pneumonia eosinofílica aguda é determinado pela presença de radiografia pulmonar com: c) infiltrado intersticial, hemograma sem eosinofilia e lavado broncoalveolar com eosinofilia Correta, A pneumonia eosinofílica aguda é caracterizada por insuficiência respiratória aguda, febre, infiltrado pulmonar difuso e eosinofilia intensa demonstrada no lavado broncoalveolar e/ou no tecido pulmonar. O diagnóstico é feito por meio do lavado broncoalveolar, em que, além da eosinofilia intensa (superior a 25%), encontram-se elevados também os linfócitos