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1 Débora Oléa Braga - TXXII RADIOGRAFIA DO TÓRAX Principal método de imagem do Pneumologista. É o exame mais solicitado no hospital. Exame de baixo custo e de grande disponibilidade. Detectar e excluir várias lesões, doenças e/ou complicações. INTRODUÇÃO: Radiografia do tórax NORMAL: CRITÉRIOS DE QUALIDADE DO EXAME: Se o raio X poder ser interpretado ou avaliado. o Inspiração adequada: 6 ou 7 arcos costais anterior em contato diafragma OU 9 ou 10 arcos costais posteriores em contato com o diafragma. - O paciente deve estar inspirando. - Encontramos a cúpula diafragmática e vemos qual arco costal está em contato. - Podemos avaliar um arco costal anterior ou posterior. OBS: Os arcos costais posteriores são mais horizontalizados em comparação aos posteriores, ao olharmos um RX. - Se o paciente não tiver uma inspiração adequada pode ocorrer de simular uma alteração que não existe Exemplo: Cardiomegalia. A formação da imagem radiológica depende das densidades diferentes das estruturas torácicas. . Ar = Preto = Hipertransparente. o Boa penetração do raio X através do Tórax: Deve haver uma distância pré-determinada do paciente em relação ao filme para não haver alteração da penetração. Boa penetração = Visualizamos 3 a 4 vértebras torácicas. o Simetria: Comparar os dois hemitórax, avaliando a partir da linha média dos processos espinhosos. Vemos a distanciada linha média da relação acrômio clavicular Os dois tórax devem estar equidistantes. Não está simétrico o Escápula não pode aparecer em cima do campo pulmonar em incidência PA. Má posição do paciente: Não colocou a mão da cintura. Incidência AP: Paciente deitado A escápula vai estar em cima do campo pulmonar. o Visualização de todas as estruturas. 2 Débora Oléa Braga - TXXII o Ausência de estruturas adicionais: - Retirar correntes, fios de monitorização, eletrodos, joias. o Penetração: O técnico colocou uma voltagem maior do que deveria. Problema técnico de quem fez o Raio X. Pulmão está muito hipertransparente 1. Pulmão lado direito. 2. Hilo direito (mais baixo que o esquerdo). 3. Hilo pulmonar esquerdo. *Hilo pulmonar não está alterado quando forma um V invertido. Quando não temos V invertido pode ser um aumento hilar. 4. Traqueia Região da Carina. 5. Botão do arco aórtico. 6. Cúpula diafragmática direita. 7. Cúpula diafragmática esquerda. 8. Seio costofrênico. 9. Coração. 10. Bolha Gástrica Somente em PA. 11. Seio cardiofrênico. 3 Débora Oléa Braga - TXXII Em perfil visualizamos: 1. Seio costofrênico posterior: Primeiro local que se oblitera na presença de um derrame pleural livre. Perfil é mais sensível para detectar pequenos derrames pleurais 2. Alterações posteriores ao coração. 3. Mediastino anterior. 4. Limite posterior ósseo = Coluna vertebral: Podemos visualizar todas as vértebras. A medida que vamos descendo em relação a coluna torácica a vértebra fica mais hipertranspatrente Visualizamos melhor as vértebras na parte inferior. *Se há uma hipodensidade na parte inferior há alguma coisa errada. Em derrame pleural vemos 1 cúpula só. RAIO X IDEAL . Pleura parietal e visceral não são visualizadas – só visualizamos quando há derrame pleural ou um espessamento de um processo inflamatório crônico. . Pleura visceral: Divide os lóbulos. Na incidência PA: a escápula deve ser retirada do campo pulmonar (colocar as mãos na cintura e anterioriza os ombros um pouco para frente) + presença de bolha gástrica; ARCOS COSTAIS POSTERIORES/ ARCOS COSTAIS ANTERIORES o Quando a incidência é AP, não conseguimos tirar a escápula do campo pulmonar. o Hilo pulmonar esquerdo é mais alto que o direito. o Coluna vertebral (aorta passa anterior à coluna) e esterno (manúbrio, corpo e 4 Débora Oléa Braga - TXXII apêndice xifoide) devem ser avaliados no RX em Perfil. o As fissuras dividem os lobos pulmonares (D: 3 lobos; E: 2 lobos). Em PA: melhor vista é a fissura horizontal, que divide o lobo superior do lobo médio do pulmão direito. Em perfil, em relação ao pulmão direito, é possível observar fissura oblíqua e horizontal. FISSURAS OU CISURAS As fissuras só são visualizadas se há líquido entre os 2 lóbulos ou processo inflamatório/infeccioso. Fissura horizontal: Separa o lobo superior do médio. Somente no pulmão direito. Fissura oblíqua: Divide o lobo superior do inferior. Fissura oblíqua só observamos no perfil. Fissura oblíqua está presente tanto no pulmão D quanto no E. Precisamos de uma radiografia de perfil, na de PA é difícil saber o local. Lesão no lobo médio = Está na mesma altura do coração Quando existe uma imagem a nível de lobo médio ocorre um borramento da área em PA/AP = Sinal da silhueta. 5 Débora Oléa Braga - TXXII O borramento será nessa área COMPARTIMENTOS NO MEDIASTINO - Facilita o diagnóstico diferencial. o Superior: Delimitamos: Posteriormente = Até T4. Anteriormente = Manúbrio. Vasos, traqueia, esôfago e hipertrofia de tireoide (bócio tireoideano – tireoide cresce para dentro da região torácica). o Anterior (pré-vascular): Anterior: Corpo do esterno. Posteriormente: Pericárdico. Superior: T4. Tem muitos linfonodos e o timo. o Médio (visceral): Do pericárdio até a região pré-vertebral. Coração, brônquios, traqueia, esôfago, aorta. *Alterações a nível de esôfago (divertículo esofágico), cisto pericárdico). o Posterior (paravertebral): Face anterior das vértebras até os processos espinhosos. *Associação com metástases ósseas distantes ou tumores nervosos = Alteração de nervo periférico. Coluna vertebral -> Lesões muito associadas aos nervos, ou músculos. 6 Débora Oléa Braga - TXXII Anterior = Vermelho. Verde = Visceral. Posterior = Amarelo. LOBOS PA -Lobo superior Perfil - Lobo superior 1- Segmento posterior. 2- Segmento posterior mais inferior. 3- Segimento anterior. Lobo médio – perto da borda cardíaca Entre as cisuras horizontal e oblíqua Lobo inferior *No perfil está atrás do coração PADRÕES 1. CONSOLIDAÇÃO: Brônquio contendo ar (pérvio – broncograma aérea) circundado por parênquima pulmonar doente (alvéolos preenchidos por exsudato/transudato/células). . No Rx, a consolidação vem como uma opacidade homogênea, . Etiologias: Pneumonia, Neoplasias (carcinoma lepídico ou linfoma) e bronquiolites. Região hipodensa (BRANCA) homogênea 7 Débora Oléa Braga - TXXII Visualizamos broncogramas aéreos Broncograma aéreo = Brônquio pérvio Ao redor = Hepatização do parênquima = Inflamação do parênquima = Vidro fosco 2. DERRAME PLEURAL: Opacidade homogênea na região inferior do tórax que oblitera seios costofrênicos. Não há broncogramas aéreos. Visualizamos a curva de Daimoiseau e cúpula única diafragmática. Sinal do menisco. Pode ter desvio do mediastino para o lado contralateral. Curva de Daimoiseuau Etiologias (90% dos casos): Pneumonias, TB pleural, Neoplasias, ICC. Rx perfil: Cúpula única diafragmática; curva de Damoiseau. 8 Débora Oléa Braga - TXXII Visualizamos só 1 cúpula = Derrame pleural. Inversão das opacidades Ao descer a coluna está hipodensa Cúpula direita. Cúpula esquerda. Sempre temos que ver duas curvas (duas cúpulas) quando tem derrame vemos só uma 3. ATELECTASIA : Opacidade homogênea. Desvio do mediastino para o mesmo lado (ipsilateral): Sempre devias para o lado da lesão - só no caso de lesões pequenas que pode não desviar. Diminuição dos espaços intercostais (o pulmão não expande). Elevação da cúpula diafragmática = Quando a atelectasia está em regiões inferiores. Causas: Corpo estranho, neoplasias endobrônquicas, pneumonia, aspiração de secreção ou conteúdo alimentar. MECANISMO DA ATELECTASIA: Compressão – derrame pleural. Contração: Retração por fibrose, pneumotórax, fístula aérea. Reabsorção: 9 Débora Oléa Braga - TXXII Lesão endobronquica/obstrução endobronquica por corpo estranho/neoplasia/secreção, causando interrupção de ar para a região); Opacidade homogênea a direita Mediastino desviado para o mesmo lado Atelectasia de lobo médio Atelectasia de lobo médio – entre as fissuras Em decúbito lateral a opacidade se mabteve – se fosse derrame haveria descida de líquido 10 Débora Oléa Braga - TXXII Opacidade do lobo direito – só um segmento Opacidade esquerda Cúpulas diafragmáticas não estão na mesma altura – A cúpula esquerda subiu *Sinal indireto de atelectasia. Cúpula direita está aumentada Desvio do mediastino – coração puxado para cima Lobo superior esquerdo todo atelectasiado CONSOLIDAÇÃO X ATELECTASIA 1- Consolidação 2- Atelectasia 4. PNEUMOTÓRAX: Presença de ar na cavidade pleural pode ocorrer por 4 motivos. Hipertransparência. 11 Débora Oléa Braga - TXXII Pneumotórax espontâneo primário (não secundário a doença): Ruptura de ‘Blebs” (bolhas). Pneumotórax espontâneo secundário (DPOC, Pneumocistose, FPI, metástases, linfangioliomiomatose, histiocitose X). Espontâneo: Não provocado por trauma ou iatrogenia. Pneumotórax traumático (facada, arma de fogo, fratura de costela). Pneumotórax iatrogênico (pneumotórax associado a uma punção). Provocado acidentalmente por um procedimento médico. Área de hipertransparência, onde não visualizamos a trama vascular. Desvio do mediastino contralateral = Pneumotórax hipertensivo. Hipertransparencia localizada = Sem visualização de trama vascular Pneumotórax hipertensivo Blebs = Bolhas 12 Débora Oléa Braga - TXXII 5. PADRÃO INTERSTICIAL: Dividido em: Reticular, micronodular ou reticulonodular (mistura dos dois primeiros). INTERSTICIAL RETICULAR Não conseguimos delimitar o hilo Espessamentos dos septos = Linha B de Kerley Espessamentos septais (parece um rendilhado), bandas (estrias) e múltiplas opacidades lineares. Processo inflamatório no interstício (tudo que não é alvéolo – tecido de sustentação) Podem ocorrer por: PIU (pneumonia intersticial usual), asbestose, pneumonia intersticial linfoide, infecções (especialmente virais), edema agudo pulmonar, neoplasias (linfangite pulmonar carcinomatosa). INTERSTICIAL MICRONODULAR Decorrente de múltiplos nódulos medindo de 1 a 5 mm, que podem se tornar coalescentes. Etiologia: 13 Débora Oléa Braga - TXXII TB miliar, sarcoidose, Histoplasmose, pneumoconioses, pneumopatias intersticiais, algumas neoplasias (linfoma, bronquioloalveolar). Raras: Histiocitose de células de Langerhans. 6. PADRÃO ALVEOLAR (ACINAR): Opacidade homogênea de qualquer tamanho ou dimensão. Com a evolução do doença = Mais alvéolos acometidos = Podemos ver broncogramas aéreos. Substituição do ar alveolar por líquido, células ou tecidos anormais no parênquima pulmonar. Não difere da condensação, mas a condensação é mais homogênea. PRINCIPAIS CAUSAS: Agudas Pneumonias bacterianas, TB, edema agudo de pulmão, hemorragias e infarto pulmonar. Crônicas Infecções (principalmente tuberculose e fúngicas), sarcoidose, neoplasias (principalmente bronquioloalveolar e linfoma), colagenoses, proteinose alveolar e silicose. 7. NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO (NPS): Lesão nodular < 3cm. També é uma opacidade – pórém é arredondada. Benigno ou Maligno. Calcificado X Não calcificado. Características do nódulo é importante para vermos se: Biópsia x Seguimento. 14 Débora Oléa Braga - TXXII Opacidade arredondada = bem limitada, não é espiculada, pode ser que tenha uma densidade de cálcio (óssea) – fazemos TM para confirmar Na dúvida fazemos a TOMO = Densidade cálcica = Tendência a serem benignas Granulomas Quando tem densidade de gordura = Hamartoma (tumor benigno) Espiculado, com bordas irregulares = Suspeito para neoplasias = Devemos biopsiar 8. MASSA PULMONAR (TUMOR): Lesão nodular > 3 cm; opacidade homogênea. Lesão expansiva pulmonar, pleural, mediastinal ou da parede torácica Contornos definidos ou parcialmente definidos; Densidade: partes moles, de gordura ou óssea (depende da origem da lesão). Etiologia: Neoplasia de pulmão, tumor de pleura ou parede de tórax. 15 Débora Oléa Braga - TXXII 9. ALARGAMENTO DO MEDIASTINO Divisão do mediastino: Anterossuperior; médio; posterior. Etiologia: Tumores e cistos (linfoma, teratoma, seminoma, timoma, cisto broncogênico, Shiwanoma, Aneurisma de aorta, cisto de duplicação esofágico). Necessidade de uma TC para melhor diagnóstico. Alargamento do mediastino anterior – pensamos em Timoma Alargamento do mediastino superior – Bócio Alargamento do mediastino anterior – timoma Linforma de Hodgkin – Alargamento de mediastino anterior 16 Débora Oléa Braga - TXXII 10. CAVIDADE PULMONAR = ESCAVAÇÃO Lesão arredondada com parede >1 mm. Lesão arredondada com paredes irregulares > 1 mm, que contém gás no seu interior, pode haver ou não líquido, dentro do nódulo, massa ou consolidação. Etiologia: TB pulmonar (não tem nível líquido), Abscesso pulmonar, Neoplasia abscedada (espessura da parede não diferencia essas 3 hipóteses); Espaço que contém gás, com ou sem líquido dentro do nódulo, massa ou consolidação pulmonar 17 Débora Oléa Braga - TXXII 11. CISTO PULMONAR: Espaço arredondado, (bem circunscrito), com parede epitelizada ou fibrosa, de espessura variável. Maioria das vezes “finas e delicadas”; Espaço arredondada com paredes finas (Usualmente < 2 mm). Etiologia: Cisto broncogênico, linfangioleiomiomatose (vários cistos de diversos tamanhos – acomete mais mulheres), pneumocistose, histiocitose de células de Langerhans (vários cistos de mesmo tamanho – acomete mais homens). 12. ENFISEMA SUBCUTÂNEO: 13. CAVIDADE PULMONAR: Nível hidroaéreo = Presença de ar e líquido. Arredondada Cavidade no lobo superior TB Cavidade em lobo inferior Abcesso 18 Débora Oléa Braga - TXXII Pacientes podem ter diversas manifestações = Heterogeneidade. - Quadro respiratório: Ageusia (falta de paladar), anosmia (falta de olfato). - Quadro digestivo (náuseas, vômitos, diarreia). Idoso: Delirium; tosse; dispneia. *Pode não ter febre ou sintomas gripais. - Hipoxemia - Taquipneia Associado a um quadro de infecção de via aérea superior (IVAS) Evoluiu para Pneumonia Levou a um quadro de insuficiência respiratória aguda. Bactéria ou vírus? Temos que fazer exames laboratoriais. *Avaliamos também o momento epidemiológico. Porém, não excluirmos infecções bacterianas sobrepostas. PRINCIPAIS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Insuficiência respiratória aguda: - PNEUMONIA VIRAL e/ou BACTERIANA. - IVAS. - Influenza (H1N1, H2N3). - Rinovírus. AGENTE ETIOLÓGICO Importante salientar que, mesmo utilizando os mais testes diagnósticos da Microbiologia Moderna, com foco principal na pesquisa de vírus e bactérias, um estudo mostrou que em 62% de 2.259 pacientes americanos internados com pneumonia comunitária não foi possível definir o diagnóstico etiológico. Em 38% dos casos de pneumonia, o agente etiológico consegue ser definido, nos demais não conseguimos definir. Em todos os outros casos (62%) não se conseguiu definir o patógeno. Epidemiologicamente definimos quais são os patógenos mais frequentes na região. Atualmente, pensamos no coronavírus: Pneumonia viral: Tratamos com suporte. 19 Débora Oléa Braga - TXXII CORONAVÍRUS: 7 subtipos. o 3 subtipos – infecções respiratórias mais graves em humanos. o SARS-CoV2: agente etiológico da doença pelo coronavírus 2019 – COVID 2019. - São muito transmissíveis. - Complicação ligada a pneumonia viral e insuficiência respiratória aguda é mais AGRESSIVA. - Vem sofrendo mutações e o perfil dos pacientes graves vem mudando. - Comorbidades mais ligada com as fases graves da doença: Doenças cardiovasculares, DM e obesidade (3 principais fatores de risco). Em seguida: Doenças pulmonares. ASMA moderada a grave: Quando descontrolada apenas é um fator de risco. MECANISMO DE AÇÃO Liga-se ao receptor ECA2, para entrar dentro da célula/tecidos Liberam o material genético Realizam proteólise Replicam seu RNA usando estruturas da célula. O período de replicação viral ocorre até em torno de 6-7 dias do momento da contaminação. *Nesse período se o paciente tiver uma imunidade mais baixa é muito perigoso: Célula é menos reconhecida, produção de menos anticorpos. *Se darmos corticoides = Ajudamos o vírus a se replicar = ↑ da carga viral e gravidade da doença. Só damos corticoides após 7º dia – quando a replicação viral não está preponderante e sim a inflamação. Pulmão e células vasculares endoteliais são ricos de receptores ECA2, rins, SNC, coração também possuem. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Período de incubação: Até 14 dias (média de 4 – 5 dias). SINAIS E SINTOMAS: - Febre. *Sintoma mais frequente. - Tosse. *Sintoma mais frequente. - Astenia. - Anorexia. - Mialgia. - Dispneia. - Secreção respiratória. - Cefaleia. *Sintoma neurológico. - Náusea/vômito. - Diarreia. - Fadiga. - Confusão. - Dor no peito. - Anosmia e ageusia. *Sintoma mais frequente. 20 Débora Oléa Braga - TXXII 85% que adquirem a doença ficam assintomáticos ou pouco sintomáticos. 10%: Moderadamente graves. 5% graves. OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: o Trombose. * COVID é uma doença endotelial vascular Manifestações cardiovasculares são principais. o Alterações cardíacas: Miocardite, arritmias cardíacas, isquemia miocárdica. o Alterações renais: Hematúria, proteinúria, insuficiência renal. o Alterações neurológicas: Cefaleia, tontura, encefalopatia, ageusia, anosmia, AVE. o Alterações hepáticas: Aumento de transaminases e bilirrubinas. o Alterações endócrinas: Hiperglicemia e cetoacidose diabética. o Alterações dermatológicas: Rash eritematoso, urticária, vesículas, petéquias, livedo reticular. GRAVIDADE DA DOENÇA: DOENÇA LEVE: Paciente com síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, mal estar, cefaleia, mialgia, etc.) sem sintomas respiratórios (falta de ar, dispneia) ou anormalidades radiológicas. DOENÇA MODERADA: Paciente com evidência clinica ou radiológica de doença respiratória e SatO2 >= 94% em ar ambiente. . Acometimento respiratório e radiológico, porém, com saturação acima de 94%. DOENÇA GRAVE: Paciente com FR > 30irpm (taquipneico), SatO2 < 94% em ar ambiente (ou, em pacientes com hipóxia crônica, uma redução > 3% do nível de base), taxa PaO2/FiO2 < 300mmHg (insuficiência respiratória) ou opacidades em > 50% do pulmão. - Acometimento pulmonar extenso. DOENÇA CRÍTICA: Paciente com falência respiratória, choque séptico e/ou disfunção de múltiplos órgãos. ESTÁGIOS DA DOENÇA I : Replicação viral *Alta transmissibilidade. - Assintomático ou sintomas leves ou moderados. - Detecção pelo PCR. 21 Débora Oléa Braga - TXXII - Vemos um linfocitopenia em exames laboratoriais. - Com o passar dos dias essa replicação diminui. *Paciente pode não evoluir para fase II = convalescença da doença. - Reforçamos a necessidade do uso de máscara e distanciamento social. II: Comprometimento pulmonar. - Replicação viral não é tão importante Podemos dar corticoide (diminui a evolução da doença para a fase hiperinflamatória). - Alterações em exames de imagem = TC. - 5º - 6º dia da doença. - Paciente pode ter uma pneumonia viral sem (estágio 2A) ou com hipoxemia (estágio 2B). III: Respostas hiperinflamatória. - Fase grave. - Morte. - 8º - 12º dia. OBS: Anticorpos IgM começam a ser produzidos perto do 10º dia. Até o 10º dia do início dos sintomas = Swab nasal/ PCR. Após 10º dia = Carga viral diminui Pode dar um falso negativo Sorologia é mais interessante. TRANSMISSÃO Intervalo durante o qual o indivíduo com COVID- 19 permanece infectado = incerto, com maior probabilidade de transmissão no período inicial da doença. A carga viral decresce ao longo do tempo e se torna negativa entre 9º e 14º dia de doença, exceto para os pacientes críticos; Recuperação dos pacientes pode variar: Casos leves: 2 semanas; Graves: até 90 dias; Transmissão por gotículas e aerossol; Paciente critico só para de transmitir após o 20º dia; Por gotículas e aerossol!!! Por contato também! Paciente só a para de transmitir no 20º dia. EXAMES: HEMOGRAMA. - Linfocitopenia, trombocitopenia, leucopenia. - Discreta plaquetopenia. RX TÓRAX PA e PERFIL: - Pode vir normal. - Opacidades focais, com atenuação em vidro fosco, acometimento bilateral e distribuição periférica. *Problema do raio X na pneumonia viral: - Imagem é um vidro fosco – não aparece muitas vezes. 22 Débora Oléa Braga - TXXII - Vidro fosco começa a aparecer quando começa a consolidar. - Melhor pedir uma TC de tórax. TC de TÓRAX - Padrão de atenuação em vidro fosco. - Bilaterais + distribuição periférica. - Pode evoluir e coalescer, ser mais centralizado e ter fibrose. PCR/ Swab nasal: do SARS-COV 2. *Teste padrão ouro. *Se veio negativo – colhemos um swab orofaríngeo pesquisando a presença de H1NI. CPK. D dímero. Ferritina. TGO e TGP – avaliar hepatite transinfecciosa. Função renal. LDH. Influenza – H1N1. *Paciente que não fez uso de vacina. Gasometria arterial. SOROLOGIA: Muitos pacientes chegam com a doença há mais de 10 dias. - Existe a chance de vir falso negativo no PCR. - A partir do 10º fazemos o PCR e sorologia. *Pico da produção de IgM = 14º dia. Se os 2 vierem negativos – repetimos a sorologia em 48h. RT-PCR: MÉTODO PADRÃO-OURO NA PRÁTICA CLÍNICA Excreção viral: Diminuída, para a mucosa, nos 3 primeiros dias de sintomas. Aumento na positividade da RT-PCR do 3º - 7º dia do início dos sintomas. Sensibilidade não é alta: Podem ter muitos falsos-negativos. De acordo com início dos sintomas, dinâmica viral e do espécime clínico coletado (qualidade da amostra. Especificidade alta = Próxima de 100% Um exame negativo – possivelmente o paciente não tem a doença. Paciente com clínica compatível, RX compatível, PCR negativo NÃO EXCLUI. OUTROS MÉTODOS Detecção de anticorpos das classes IgA, IgM e IgG. Detecção dos anticorpos de fase aguda (IgA e IgM) parece se iniciar em torno do 8º e 10º dia dos sintomas, Os anticorpos da classe IgG começam a aparecer a partir dos 14-21 dias do início dos sintomas. 23 Débora Oléa Braga - TXXII Até 8º - 10º dia: RNA ou antígeno. Após 10º dia: Sorologia (dosagem do IgM). ISOLAMENTO: Manter todos os pacientes suspeitos/confirmados em isolamento/precauções de contato e respiratórias. Orientar contactuantes a isolar-se, observar sintomas e se possível, realizar testes diagnósticos. CRITÉRIOS PARA O TÉRMINO DO ISOLAMENTO: Pacientes assintomáticos: 10 dias após a data do primeiro teste RT-PCR positivo. Paciente assintomático sem exame RT-PCR: após 14 dias de isolamento. Pacientes com quadro leve a moderado: Pelo menos 10 dias desde o início dos sintomas + pelo menos 24 horas sem febre (sem uso de antitérmicos) + melhora dos sintomas. Pacientes com quadro grave/crítico: Pelo menos 20 dias desde o início dos sintomas + pelo menos 24 horas sem febre (sem uso de antitérmicos) + melhora dos sintomas. *Tendência a excretar o vírus por mais tempo. TRATAMENTO Depende da fase que encontra o paciente (leve ou grave). Não há nenhum tratamento preventivo: Ivermectina in vitro não teve a mesma resposta em humanos. *A intenção era ↓ a replicação viral, mas não deu certo. Anticorpos monoclonais: Faltam estudos e são drogas caras (6 a 12 mil reais) FASE INICAL/ DOENÇA LEVE - Tocilizumab: Diminuiria uma resposta inflamatória (IL-6). Indicação de CORTICOIDE DOENÇA GRAVE 2B. ANTICOAGULAÇÃO: Nenhum estudos mostrou superioridade. *ANTICOGULAÇÃO PLENA: Só se tiver diagnóstico de trombose. Caso não haja – usamos profiláticos. Alguns serviços fazem AAS. Colcichina – diminuiria a fase inflamatória (↓ IL6): Para o paciente com paciente pulmonar – fase 2B. *USP Ribeirão Preto. 24 Débora Oléa Braga - TXXII Hipótese diagnóstica: INTRUDUÇÃO • Doença obstrutiva • Doença inflamatória crônica das vias aéreas que se manifesta por sinais e sintomas respiratórios (desencadeados por diversos tipos de fatores). *Inflamação ocorre nas paredes da via aérea Edema local e via área com menor calibre (menor fluxo de ar passando por brônquios e bronquíolos) • Ocorre uma limitação variável ao fluxo aéreo. • Varia ao longo do tempo (períodos com sintomas mais graves e menos graves) e intensidade. • Fatores de melhora/piora são muito importantes para o diagnóstico. • Grande heterogeneidade Manifesta de diferentes formas. *Muda de acordo com o indivíduo. Endotipos fisiopatológicos → Mecanismo molecular que é responsável pelo tipo de manifestação do paciente (comanda a resposta imune). *Fisiopatologia muda de um paciente para o outro. Fenótipos Características observáveis (clínicas) de um indivíduo. EPIDEMIOLOGIA Apenas 12,3% dos asmáticos com asmas são bem controlados. FISIOPATOLOGIA Presença de várias células envolvidas Multicelular: eosinófilos, mastócitos, neutrófilos. *As células mais estimuladas dependem da genética do indivíduo. Inflamação das vias aéreas (mais comum em pequenas vias aéreas) e edema de mucosa brônquica. Broncoespasmo Anormalidades no controle neural anatômico. Hipersecreção de muco Interleucina 5. Mudança na função mucociliar. Alérgeno em contato com a mucosa brônquica Estimulação de LT, Th1, Th17 pela célula dendrítica IL13, IL 4 Liberação de 25 Débora Oléa Braga - TXXII mediadores inflamatórios Mastócitos libera histamina, leucotrieno, prostaglandinas Broncoespasmo e secreção. Apresenta alteração com o ambiente externo – exemplo: Tabagismo. Resposta Th2 predominante: - Th2 baixa: Início tardio, ausência de eosinofilia e menor resposta ao corticoide. - Th2 alta: Início precoce, atopia (alergia), eosinofilia (vias aéreas e sistêmicas) e resposta ao corticoide. *É muito determinante no paciente com asma. Remodelamento a via aérea: . Doença não tratado. . Doença piora com um fator externo Tabagismo. - Fibrose sub-epitelial. - Hipertrofia da musculara lisa. - Obstrução permanente ao fluxo aéreo. FENÓTIPOS ASMA ‘’ALÉRGICA’’ = ATÓPICA • Mais comum na infância. • Histórico familiar/genética. • Boa resposta com corticoide inalatório. • Inicia-se por um gatilho/fator ambiental que produz uma resposta inflamatória lesiva ao epitélio respiratório • Balanço: ↑Th2 / ↓Th1 o Th2 → Liberação de IL-5, a qual recruta eosinófilos e mastócitos, responsáveis pela liberação de histamina e leucotrienos, além do estímulo a secreção de muco. ASMA ‘’NÃO ALÉRGICA’’ • Balanço: ↓Th2 / ↑Th1. • Início tardio – vida adulta. • Sem associação com alergia. • Associação com Polipose nasal, sensibilidade/alergia a ASS. • Ausência de eosinofilia. • Menor resposta à corticoide. *Sintomas são os mesmos, o que muda é a intensidade, o aparecimento da doença etc. FENÓTIPOS MAIS COMUNS Asma de início tardio: Mais comum em mulheres e na vida adulta. *Descartamos várias outras doenças. Asma com limitação ao fluxo aéreo: - Tabagistas. - Possui um remodelamento brônquico + inflamação a vida toda (pelo cigarro) = Fibrose da região. - A doença NÃO É REVERSÍVEL. Asma e obesidade: Grave → Tratamento intenso. *Controle mais difícil e pior resposta ao tratamento. 26 Débora Oléa Braga - TXXII DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO CLÍNICO o Dispneia. o Sibilos. o Opressão/Dor torácica retroesternal Particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã. *CORTISOL = Uma das causas pela qual a asma pode ser mais exacerbada durante a madrugada. o Tosse. Melhora com broncodilatador. EXAME FÍSICO - Pode ser normal. • Achados mais comuns: Sibilos, principalmente na expiração forçada. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL Limitação variável do fluxo aéreo. Exame de escolha → Espirometria. ✓ Sintomas → Cruciais no diagnóstico - Dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente a noite ou nas primeiras horas da manhã RAIO X DE TÓRAX RX de tórax descarta outras doenças que podem ser confundidas com asma Diagnóstico diferencial (DRGE, DPOC, etc.). o Rx na asma é NORMAL, apenas é utilizado para descarte de diagnósticos diferenciais. - Apenas haverá alteração se estiver em crise = HIPERINSUFLAÇÃO. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL Limitação variável do fluxo aéreo. Espirometria: Método de escolha. o Espirometria negativa nem sempre descarta asma. o Melhora após aplicação do broncodilatador. Pico fluxo expiratório: Instrumento de fluxo portátil. Alternativa na ausência de espirometria (não é tão específico). Asma ocupacional (relacionado ao trabalho) Pintor. *O pico de fluxo auxilia para esses pacientes pois vemos que o pico de fluxo vai aparecer pior quando o paciente está em sua ocupação. Teste de broncoprovocação: É feito com os pacientes com um quadro clínico não tão clássico e a espirometria é normal. Medida da hiperresponsividade das vias aéreas. Utilização da metacolina Agente broncoconstritores. 27 Débora Oléa Braga - TXXII DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL RAIO X DE TÓRAX o DPOC. o DRGE (Microaspirações crônicas podem cair na árvore brônquica, gerando tosse e sibilância). o Bronquiectasia: Brônquios espessados após um quadro infecciosos. o IC. o Embolia pulmonar. o Neoplasia pulmonar. CLASSIFICAÇÃO DA ASMA Usada para definir o tratamento. É um direcionamento. Fazemos um questionário → GINA. Utiliza-se os sintomas do paciente nas últimas 4 semanas (tempo de investigação). GRAVIDADE Avaliada de forma retrospectiva A partir da quantidade de medicação que a paciente está utilizando para conseguir o controle. FATORES QUE INFLUENCIAM NA MANIFESTAÇÃO DA ASMA Uso inadequado das medicações (técnica e aderência). Medicações como β-bloqueadores não seletivos e AINEs (liberação de prostaglandinas broncoconstritoras e leucotrienos). Exposição domiciliar, ocupacional. Tabagismo: Aumenta a gravidade, acelera a perda de função pulmonar. Comorbidades: - Obesidade. - Rinossinusite crônica. - DRGE. - Gestação. - Ansiedade. - Depressão. - Apneia do sono. GINA A – Asma controlada. B – Asma não controlada: 3 ou 4 critérios. C – Asma parcialmente controlada: 1 ou 2 critérios. - Cada sim = 1 ponto. 28 Débora Oléa Braga - TXXII TRATAMENTO Objetivos: Controlar os sintomas. Prevenir riscos futuros: Exacerbações e perda da função pulmonar. Não medicamentosas: - Educação do paciente: treinamento e revisão do uso dos dispositivos inalatórios. - Medidas ambientais Asma alérgica. Medicamentoso. MEDIDAS AMBIENTAIS • Evitar exposição a fumaça do cigarro. • Atenção À agentes relacionados à asma ocupacional. • Evitar medicações que possam piorar a asma. • Eliminar umidade e mofo nas casas. • Evitar exposição à alérgenos. OBS: Betabloqueadores e AINES podem desencadear crises. MEDICAMENTOSO Escolha individual para cada paciente Depende de características do paciente, preferência pelo dispositivo, disponibilidade pela medicação, fatores de risco e capacidade de usar o dispositivo. Corticoides inalatórios isolado ou em combinação com broncodilatadores. Corticoide inalatório Suporte imediato. Broncodilatador Aliviar os sintomas, ajuda na melhor absorção do corticoide. 1ª medicação: Corticoide inalatório É a base do tratamento: Atua na fisiopatogenia e controla a doença. 2º: Broncodilatador: o Beta 2 agonista de ação prolongada (LABA) → Formoterol. Sintoma + de 2 vezes por semana Exemplo: sintomas diário. 29 Débora Oléa Braga - TXXII Paciente muito sintomática: Podemos começar uma dose intermediário. Se passou 3 meses subimos a dose. o Beta 2 agonista de curta duração (SABA) → Salbutamol. o Anti-muscarínico (antagonista) de curta duração → Brometo de ipatrópio. o Anti-muscarínicos (LAMA) → Tiotrópio. Outros: Antagonistas de receptores de leucotrienos, anti Ige e anti IL5. *A asma controlada é a única que pode gerar diminuição do uso de medicamento, o restante exige readequação. NÍVEL DE CONTROLE: Controlado: Manter e encontrar a mínima dose suficiente para o controle. Parcialmente controlado: Considerar o aumento de uma etapa para obtenção do controle. Não controlado: Subir uma etapa para o controle. Exacerbado: Tratar a exacerbação. 30 Débora Oléa Braga - TXXII LEVE Etapa 1 : Usamos só quando o paciente tem sintomas Corticoide inalatório em dose baixa. *Terapia de resgate. LEVE Etapa 2: - Baixa dose de corticoide inalatório diário OU Baixa dose de corticoide inalatório + broncodilator de longa duração. MODERADO Etapa 3: Corticoide inalatório em dose baixa + Broncodilatador de longa duração. *Paciente tem sintoma 2-3x por semana ou todo dia. MODERADO Etapa 4: Corticoide inalatório em dose moderada + Broncodilatador de longa duração. *Paciente muito sintomática. Se passar 3 meses e os sintomas não melhorarem podemos tratar como etapa 5. GRAVE Etapa 5: Corticoide inalatório em alta dose + Broncodilatador de longa duração. Pode associar Tiotrópio, anti IgE ou anti IL5. EXACERBAÇÃO DE ASMA Agravamento agudo dos sintomas em relação ao estado habitual do paciente, com necessidade de tratamento habitual. Tratar eles no PS. Fatores precipitantes: - Infecções virais/bacterianos. - Estresse. 31 Débora Oléa Braga - TXXII - Exercício físico. - Exposição a alérgenos. - Refluxo gastroesofágico. - Baixa aderência ao tratamento. Saturação de O2 Medimos para todos os pacientes asmáticos. Diagnóstico é clínico e os exames complementares ajudam a avaliar complicação e fatores precipitantes. CONDUTA INICIAL: Avaliar a gravidade dos sintomas. Se está falando palavras ou frases. FR. FC. SatO2. Função Pulmonar (“pico de fluxo”). 32 Débora Oléa Braga - TXXII DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Reação anafilática, aspiração de corpo estranho, embolia pulmonar, disfunção de via aérea superior – corda vocal. EXACERBAÇÃO INICIO – checar gravidade dos sintomas; Conduta: 1) Oxigenoterapia/ventilação. 2) Broncodilatador de curta duração. 3) Corticoide sistêmico (oral ou EV – mais nas crises graves). 4) Sulfato de magnésio. SABA a cada 20 minutos por hora. Prednisolona 40 – 50mg (corticoide oral). Brometo de ipratrópio é um broncodilatador. LEVE OU MODERADA Broncodilatação de curta duração Exacerbação = Mecicamento de resgate. - 1ª hora. - Podemos associar com brometo de ipratrópio (anti muscarínico de curta duração). *Seria 2 broncodilatadores. Corticoide oral ou endovenoso. O2 quando precisar. GRAVE Sulfato de magnésio. Após o corticoide oral ou endovenoso usamos um corticoide oral para casa por 5 a 10 dias. 33 Débora Oléa Braga - TXXII DISPOSITIVOS INALATÓRIOS: o Brasil – via inalatória: Tratamento de doenças com obstrução do fluxo aéreo (Asma e DPOC) o Inaladores pressurizados (“bombinha”). o Inaladores pressurizados + espaçador. *Espaçador com máscara Idosos, crianças ou com baixo nível de cognição. *Diminui a deposição em orofaringe. o Inalador de pó seco (DPI). o Nebulizador de jato (“aerossol”) – usamos muito menos (higienização não é muito bem-feita). o Inaladores de névoa suave (SMI). Principais erros: - Não realizar a expiração antes da inalação. - Não fazer a pausa inspiratória após a inalação. - Não agitar o sispositivo antes do uso. Pacientes com menor nível socioeconômico e educacional, assim como aqueles com idade avançada, merecem especial atenção na educação sobre a realização da tecníca ianlatória, pois apresentam um maior risco de cometer durante o uso dos inaladores. 34 Débora Oléa Braga - TXXII 35 Débora Oléa Braga - TXXII TOPOGRAFIA PULMONAR Arcabouço ósseo + músculos Proteção pulmonar. o 12 costelas: 10 verdadeiras e 2 falsas (não se comunicam com o esterno). o Anteriormente, as costelas se ligam com o esterno através de articulações cartilaginosas e que não aparecem na radiografia. o Diafragma fica localizado aproximadamente na 7ª costela anterior, 9ª/10ª costela posterior. • A localização e tamanho do pulmão de cada indivíduo dependerá de seu biotipo • Direito possui 3 lobos e esquerdo 2 lobos. • Não esquecer no exame físico de examinar parte anterior, posterior e infra-axilar. ARCABOUÇO ÓSSEO COSTELAS Deformidades do tipo Pectus carinatum e escavatum, são provenientes de defeitos na cartilagem de ligação dos arcos costais ao esterno (crescimento anormal dessas cartilagens). ÁRVORE BRÔNQUICA E VIAS AÉREAS TRAQUÉIA → Logo abaixo das pregas vocais • Cartilagens: Cricóidea e tireóidea. • Anéis traqueais. • Carina. Cricotireoideostomia → Procedimento de urgência (entre a cricóide e a tireóide → Membrana cricotireoidea). Traqueostomia → Procedimento programado entre o 2º e 3º anel traqueal → demanda campo cirúrgico. Anel cartilaginoso mantêm a traqueia aberta, e posteriormente é constituída por músculo (intimamente conectado ao esôfago). - Anéis superiores = Mais robusto e forte Melhor cicatrização. - Anéis inferiores = Mais fracos e podem gerar estenose em uma traqueostomia. Parede posterior não possui cartilagem. Parede inferior = Contato direto com o esôfago. 36 Débora Oléa Braga - TXXII BRÔNQUIOS • Brônquio principal direito é mais verticalizado, mais curto e calibroso → Favorece infecções e descida de corpo estranho. - Lígula sai do lobo superior esquerdo e vai para frente do coração. Brônquio direito mais curto e brônquio esquerdo mais comprido. Intubação Lado direito Perdemos o lobo superior e ventilamos só o lobo médio e inferior Risco de ocorrer Pneumotórax. Brônquio superior = 3 segmentos. Brônquio médio = 2 segmentos Inferior = 5 segmentos. Lobo superior direito do pulmão = 3 segmentos CIRCULAÇÃO PULMONAR IRRIGAÇÃO PULMONAR Sangue venoso – Veia cava superior e inferior AD VD Tronco da artéria pulmonar → se divide em artéria pulmonar D e E, dando ramos para os lobos do pulmão. Pulmão = Irrigação dupla (artéria pulmonar e artérias brônquicas – ramos diretos da Aorta). Após a oxigenação, o sangue venoso volta para o coração pelas veias pulmonares chegando no AE. DRENAGEM VENOSA DO APARELHO RESPIRATÓRIO • Veia brônquica direita → Sistema ázigo → Veia cava superior. • Veia brônquica esquerda → Sistema hemiázigo → Veia braquiocefálica esquerda → Veia cava superior. Veia subclávia + Veia jugular = Veio braquio cefálica esquerda + direita = Veia cava. Um tumor no tórax que obstrui a veia cava: - O sangue não consegue voltar = Paciente com edema de MMSS, edema de pescoço, fáscie pletórica (avermelhada), circulação colateral IRRIGAÇÃO TORÁCICA • Pericárdio → Subclávia A. torácica interna (mamária) Intercostais = Irriga a parede anterior do tórax. 37 Débora Oléa Braga - TXXII ARTÉRIAS INTERCOSTAIS: . Posteriormente = Sai da Aorta. . Anteriormente = Sai da Subclávia. • Pleura → A. torácica interna, artérias intercostais anterior e posterior. • Diafragma → A. torácica interna • Parede torácica → A. intercostal anterior e posterior CAVIDADE PLEURAL Envolve o pulmão. Membrana fina. - PLEURA VISCERAL (Face INTERNA) = Em contato com o pulmão. *Irrigação pulmonar. - PLEURA PARIETAL (EXTERNA) = Em contato com a parede torácica *Irrigação pelas artérias intercostais. O que separa as pleuras é o líquido pleural – é formado e reabsorvido todo tempo – não deixando elas terem atrito e que se unam. Há pleura no diafragma, mediastinal e no ápice cardíaco Podemos ter doenças na pleura que não necessariamente se localiza no pulmão. Ajuda na formação e reabsorção do líquido pleural (mecanismo constante) Auxilia também na expansão pulmonar, não permitindo que o pulmão colabe. A pleura parietal possui inervação sensitiva – ramos intercostais e do frêmito – enquanto o pulmão não. MEDIASTINO E ESTRUTURAS ADJACENTES Tireoide. Timo. Esôfago. Coração. Nervos (laríngeo recorrente, vago, frênico e tronco simpático). Linfonodos mediastinais. Esôfago. Nervo laríngeo recorrente: Da ramos para as pregas vocais. Lesão nesse nervo = Disfonia (roquidão). *Nervo laríngeo superior também possui ramos nas cordas vocais. Nervo frênico: Ramos no diafragma. Lesão Atelectasia do pulmão. Inervação sensitiva = Muita dor – pode irradiar até o ombro devido o trajeto do nervo. 3 compartimentos: . Mediastino antero-supeior: Timo e Tireoide. . Mediastino médio Região do coração. *Traqueia, pericárdio, nervos, linfonodos. *Doenças do esôfago = Está colado com a parede posterior da traqueia Sempre perguntar sintomas digestivos. . Mediastino posterior Atrás do coração e lateralmente a coluna. *Lesão no mediastino posterior – pensamos em tumor neurogênico. 38 Débora Oléa Braga - TXXII O raio X é pobre para ver alargamento de mediastino, por isso pedimos uma TC de Tórax. Na tomografia os compartimentos do mediastino são denominados: . Anterior = Mediastino Pré-vascular. . Médio = Mediastino Visceral. . Posterior = Mediastino Paravertebral. TRONCO SIMPÁTICO A síndrome de Claude Bernard-Horner (SCBH) é consequente a um bloqueio da inervação simpática do olho e da face em qualquer ponto do seu trajeto. Cursa clinicamente com uma ptose palpebral discreta a moderada da pálpebra superior, devida a uma paresia do músculo tarsal superior ou de Müller. A pupila apresenta uma miose variável, que depende da localização, grau e cronicidade do déficit. A síndrome é considerada completa quando esses sintomas estão associados à anidrose da hemiface ipisilateral, a um aumento da temperatura e à hiperemia facial. LINFONODOS TORÁCICOS Intrapulmonares, intramediastinais e supraclaviculares. DUCTO TORÁCICO É um dos responsáveis pela drenagem de Linfa. Ducto torácico é um grande canal linfático que se estende do abdome até o pescoço. As únicas regiões cuja linfa não é drenada pelo canal são o lado direito da cabeça e pescoço, membro superior direito e lado direito do tórax. Lesão = Quilotórax = Derrame pleural + Linfa. Sai do abdome, da cisterna do quilo, sobe pela lateral direita e ao passar pelo coração vai para lado esquerdo, desembocando na artéria subclávia esquerda. Por isso não fazemos punção de subclávia do lado esquerdo pelo risco de lesar o ducto torácico. DIAFRAGMA Músculo que separa o abdome e tórax. Passagem de líquidos transdiafragmáticos. - Derrames pleurais podem descer o líquido para o abdômen. - Abcesso subfrênicos e hepáticos podem passar pelos hiatos (esôfago, aorta e veia cava) do diafragma e chegar no tórax. Existem algumas aberturas necessárias para permitir a passagem de certas estruturas, são chamados de hiatos diafragmáticos, são elas: - Forame da veia cava inferior, que se localiza no centro tendíneo do diafragma. - Hiato aórtico, estrutura que passa posteriormente ao ligamento arqueado mediano. - Hiato esofágico, geralmente localizado no pilar direito do diafragma. 39 Débora Oléa Braga - TXXII ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA PLEURA: 2 folhetos que envolvem todo o pulmão (único espaço sem pleura é o hilo pulmonar). • Dividida em: → Folheto EXTERNO: Pleura PARIETAL (possui inervação sensitiva). → Folheto INTERNO: Pleura VISCERAL (não possui inervação sensitiva). As membranas pleurais consistem em uma parede simples de células mesoteliais (células alongadas, núcleo proeminente, apresentam microvilosidades). Essas microvilosidades são mais comuns na pleura visceral = Aumenta a superfície de contato da pleura com o pulmão aumenta superfície de troca e reduz resistência pleura-pulmão (diminui atrito). Tumor de pleura = Mesotelioma. VASCULARIZAÇÃO Pleura parietal: recebe irrigação da parede torácica. - Artérias intercostais. - Artéria mamária interna. - Artérias pericardiofrênicas. - Artérias frênicas superiores e musculo frênicas. Pleura visceral: obedece a vascularização pulmonar: - Artérias pulmonares. - Artérias brônquicas. DRENAGEM VENOSA Pleura PARIETAL: • Veias ázigos, veias hemiázigos (desembocam na VCS), veias mamárias internas Pleura VISCERAL: • Veias pulmonares e veias brônquicas. INERVAÇÃO INERVAÇÃO Pleura PARIETAL: Inervação sensitiva • Nervos intercostais. • Nervo frênico (principal); • Plexo braquial; • Ela tem inervação sensitiva, quando atinge a parietal temos DOR. • Dor torácica = irradia p/ ombro = vai primeiro ao ortopedista que ao pneumo! Pleura VISCERAL: Doença SÓ no pulmão não justifica dor, NÃO TEM FIBRAS SENSITIVAS. • Fibras do plexo autônomo pulmonar desprovidas de fibras sensitivas. • Doenças que acometem essa pleura não causam DOR. 40 Débora Oléa Braga - TXXII LÍQUIDO PLEURAL Movimento dinâmico: • Espaço c/ líquido dentro! Constantemente há formação e reabsorção de líquido. • FORMAÇÃO e REABSORÇÃO constantes (para que essas pleuras não aderirem uma na outra). • Quantidade mínima de liquido pleural entre as pleuras: entre 0,1 – 0,2 ml/Kg. • Líquido com equilíbrio dinâmico Produção estimada: 700ml a 1L por dia. • Derrame pleural acontece quando há um desequilíbrio nessa formação e reabsorção. → Forme muito líquido ou reabsorva menos. → Paciente com dreno: 300, 400/dia c/ aspecto de exsudato > ok! Pode tirar dreno. Aumento da pressão de capilar, doenças que reduzam a pressão oncótica, processos inflamatórios que aumentam permeabilidade capilar = ↑ pressão hidrostática = ↑ da passagem de líquido para o espaço pleural = DERRAME! CAUSAS GERAIS Aumento de pressão hidrostática capilar pulmonar e/ou linfáticos: ICC. Diminuição da pressão oncótica das proteínas da microcirculação: HIPOPROTEINEMIA. Aumento da permeabilidade capilar da microcirculação: Processos INFLAMATÓRIOS (Pneumonia; TB). Distúrbio da drenagem linfática do espaço pleural: NEOPLASIAS. Aumento da pressão negativa do espaço pleural: ATELECTASIA. Passagem transdiafragmática de líquido peritoneal, através de linfáticos e de pertuitos diafragmáticos: Cirrose, Pancreatite. ETIOLOGIAS - Derrame pleural é um diagnóstico sindrômico. Temo que investigar a etiologia. 41 Débora Oléa Braga - TXXII DIAGNÓSTICO História clínica e exame físico + Exame por imagem (RX, US, TC). 1º Passo Confirmar que é um derrame pleural. 2º Passo Confirmar etiologia. DIAGNÓSTICO CLÍNICO o Dor torácica ventilatório-dependente (localizada). * Infraescapular, inframamária. o Tosse seca. o Dispneia: Relação com o VOLUME do derrame ou outras comorbidades do paciente. A partir da etiologia aparecem outros sintomas que vão variar. Exemplo: Em uma infecção teremos febre. EXAME FÍSICO Sinal de Lemos-Torres: Paciente faz expiração e inspiração, na expiração vemos abaulamento do lado acometido. Comum em derrames com volumes grandes. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: RAIO X 1º exame de escolha é o Raio X. Mais disponível. Opacidade homogênea no lado acometido. Obliteração do seio costofrênico. Curva de Damoiseau (sinal do menisco). → Sinal do menisco: Aspecto curvilíneo com nível mais elevado na porção lateral em relação a medial. Desvio do mediastino para o lado contralateral. *Derrames pequenos muitas vezes não desviam o mediastino. 42 Débora Oléa Braga - TXXII Existem situações em que não será tão simples ver que é um derrame pleura. Quando há DÚVIDAS deitamos o paciente do lado acometido pelo derrame = Analisar se o líquido escorreu. DECÚBITO DE LAUREL (radiografia de tórax em decúbito lateral) US DE TÓRAX: Atualmente é muito utilizado. Útil ao diagnóstico. Avalia presença de septações/loculações – ajuda a saber quando é infecção. Inflamação = Haverá fibrinas que formam lojas/cistos dentro do derrame pleural = Infecção. Orientar o local da punção (toracocentese) do derrame pleural. Diferencia derrame pleural de consolidação. No RX às vezes há dúvida! Estimar volume e profundidade do derrame pleural. Sugerir distinção: Derrame pleural TRANSUDATIVO x EXSUDATIVO (septações e loculações). Reduz risco de pneumotórax após toracocentese. LIMITAÇÕES: Edema de partes moles, enfisema subcutâneo e obesidade Contraindicações nesses casos: US perde o valor. VANTAGEM: Gestantes e pode ser feito na beira de leito (pacientes incapazes de se locomover). Derrame pleural Derrame pleural com múltiplas septações e loculações Septações/lobulações 43 Débora Oléa Braga - TXXII TC DE TÓRAX: O TC é muito utilizado quando queremos ver a etiologia (causa). Não é somente utilizado para confirmarmos o derrame pouco utilizado para isso. INDICAÇÕES: INDICAÇÃO CLÁSSICA: Suspeita de neoplasia maligna. * Identifica massa, nódulos e linfonodomegalia. *Paciente com fatores de risco para neoplasia pulmonar deve-se fazer TC. - Obesidade. - Presença de enfisema subcutâneo. - Paciente imunossuprimidos. - Infecção pleural com comorbidades (ruptura do esôfago, fístula bronco-pleural, abcesso pulmonar). MÉTODOS DE ABORDAGEM DA CAVIDADE PLEURAL TORACOCENTESE Método inicial e geralmente disponível. Quando não sabemos a etiologia do derrame Derrames indeterminados. Vamos analisar o tipo de líquido pleural. LOCAL: Borda superior da costela inferior, abaixo da escápula (6º ao 8º EIC), sempre 90º. - Ver onde o MV está abolido, traçar uma linha posterior na altura do apêndice xifoide. - Sentado, segurar um suporte, c/ 2 mãos p/ frente, puxa escápula p/ frente. - Usualmente é posterior, pelo seio costofrênico. - Podemos fazer um auxílio do US. DRENAGEM DE TÓRAX Quando já sabemos a etiologia. Usamos para aliviar; tratamento. Realizada entre o 4º e 5º EIC, nas linhas axilar anterior ou axilar média. VIDEOTORACOSCOPIA (CTVA) COM BIÓPSIA DE PLEURA + DRENAGEM PLEURAL Quando a amostra do líquido de toraconcentese é insuficiente – fazemos uma biópsia. 44 Débora Oléa Braga - TXXII Anestesia geral Desvantagem. Consegue-se ver toda a pleura Maior chance diagnóstica. Visualização de alguns achados e alterações específicas. ANÁLISE ETIOLÓGICA DO LÍQUIDO PLEURAL ASPECTOS MACROSCÓPICOS A = Transutado. B = Exsudato. C = Sero-hemático = Exsudato com sangue Comum em neoplasias. D = Quilotórax (branco leitoso). E = Empiema (pus) Aspecto esverdeado e com odor. F = Pseudo quilotórax Lesões de esôfago. CRITÉRIOS DE LIGHT (TRANSUDATO X EXSUDATO) Saber se é transudato ou exsudato serve para determinarmos a etiologia: TRANSUDATO: Geralmente indica doenças sistêmicas (ICC, Cirrose). EXSUDATO DERRAME PLEURAL NEOPLÁSICO SINTOMAS: - Dor torácica, tosse, hemoptise, perda ponderal, astenia; - Início insidioso dos sintomas. FATORES DE RISCO: Idade maior que 40 anos. História de tabagismo. Exposição à poluição ou metais pesados. 45 Débora Oléa Braga - TXXII RADIOGRAFIA DE TÓRAX: . Derrame pleural muito volumoso. . Derrame recidivante (puncionamos e depois volta). . Aspecto SERO-HEMÁTICO na punção Presença de nódulos pulmonares ou alargamento do mediastino. METASTASE PLEURAL SECUNDÁRIO: o Metástase de câncer de mama. o Metástase de câncer de ovário. o Linfoma. o Câncer de pulmão primário com metástase pleural. LÍQUIDO PLEURAL: Exsudato linfocíticco e serohemático. Derrames pleurais recidivantes. Derrames pleurais volumosos. CITOLOGIA ONCÓTICA: Positiva para células atípicas/neoplásicas – solicitar imunohistoquímica. DERRAME PLEURAL TUBERCULOSO: SINTOMAS: - Dor torácica, tosse seca, febre, sudorese noturna, astenia, perda ponderal. - Início agudo dos sintomas. FATORES DE RISCO: Contato com pacientes em tratamento TB. Presidiários. Imunossuprimidos. Alcoólatras. Moradores de rua ou abrigos. Mais comum em indivíduos < 35 anos. RADIOGRAFIA DE TÓRAX Moderado a pequeno volume. Geralmente acometimento unilateral. Pode ter espessamento pleural (característico de processo inflamatório). Pode ter lesões pulmonares concomitantes (Cavidades no ápice pulmonar) * TB PLEURAL + PULMONAR LÍQUIDO PLEURAL: Aspecto exsudato (AMARELO CITRINO). TORACOCENTESE NA TB: Aspecto exsudato no líquido pleural. Linfocitose > 70%. *Predomínio de linfócitos. ADA (adenosina deaminase) > 30 ou 40 UI/L. 46 Débora Oléa Braga - TXXII Glicose menor que os níveis séricos. DHL > 500 U/L (usualmente < 1000). Citologia oncótica negativa. BIÓSIA DE PLEURA A biópsia da pleura é feita quando não conseguimos o diagnóstico pela análise do líquido. - Granulomas com ou sem necrose caseosa. . Pesquisa BARR: positiva < 13 a 20%. . Procedimento cirúrgico: Videotoracoscopia ou biópsia por agulha de cope. Cultura BAAR Demora 2 meses, além disso, geralmente não vem positiva. Por isso não esperamos para tratar. Fez toracocentese, mas ainda tem dúvidas? Biópsia de pleura com agulha de cope por videotoracoscopia. DERRAME PLEURAL PARA PNEUMÔNICO = PNEUMONIA: SINTOMAS E SINAIS: . Dor torácica, tosse seca ou com expectoração, febre, dispneia, mialgia, queda do estado geral. . Início agudo, em qualquer idade. Na pneumonia com derrame pleural pensamos em: → 1º mais comum: Streptococcus sp., (beta lactamico, amoxilina clavulanato). → 2º mais frequente: anaeróbicos. (clindamicina e Metronidazol). LÍQUIDO PLEURAL: Predomínio neutrófilos. DHL ↑. Glicose ↓. Gram/cultura +. Presença de febre e hemograma com sinais de infecção. 47 Débora Oléa Braga - TXXII FASES DO DERRAME NA PNEUMONIA Na pneumonia devemos: Definir em qual fase de evolução o líquido está. Iniciar tratamento precoce. Monitorar evolução do derrame (US tórax). Toracocentese diagnóstica – para avaliarmos em que fase está. Drenagem Pleural / Videotoracoscopia. Quando 1 desses 4 critérios alterou = DPP complicado. TRATAMENTO: 1ª FASE (DPP não complicado): ATB 10 a 14 dias. 2ª FASE (DPP complicado): DRENAGEM de tórax + ATB 10 a 18 dias. - Toracocentese esvaziadora ou drenagem pleural: Temos que tirar esse líquido porque há muita chance de evoluir para fase 3 (empiema). 48 Débora Oléa Braga - TXXII - Considerar drenagem pleural: Derrame > ½ hemitórax OU Gram/ cultura: positivo. 3ª FASE = EMPIEMA: ATB prolongado 14 a 21 dias + DRENAGEM PLEURAL + CIRURGIA (descorticação pleural). - Haverá sequela, pleura espessada; Descorticação pleural Feito para defazer aderências (sequela da infecção). - Líquido purulento (presença de pus)e odor fétido. o Não precisa de análise laboratorial, só cultura p/ definir ATB. o Aspirou na agulha e veio pus = DRENO DE IMEDIATO. 49 Débora Oléa Braga - TXXII Doença comum (prevalência de 5 a 10%), prevenível (relacionada a fatores de risco) e tratável (há tratamento – melhora a qualidade de vida-, mas não há cura). • Sintomas respiratórios persistentes devido a anormalidades em vias aéreas e/ou alveolar. *Destruição de paredes alveolares. • Exposição significativa a partículas ou gases nocivos. - Principal: Tabagismo. • Limitação do fluxo aéreo secundário as alterações alveolares e em vias aéreas. Destruição de espaços alveolares: Fusão de alvéolos. Piora das drogas gasosas. Aumento da produção de muco Expectoração. Estreitamento das vias aéreas: Bronquíolo pode colabar. Perda do tecido de sustentação. Antes o alvéolo ficava mais aberto, com essa destruição existem mais chance de colabamento (destruição do tecido de sustentação do pulmão e da rede vascular). ETIOLOGIA: Tabagismo (> 10 anos maço de cigarro). Tabaco é o PRINCIPAL fator, mas < 50% dos tabagistas pesados desenvolvem DPOC. OUTROS FATORES: Genéticos + Ambientais (trabalho) + Desenvolvimento de doenças pulmonares na infância. Ambiental: Combustão de biomassa (“contato com fogão a lenha”). Ocupacional: Trabalhadores que trabalham em contato com gases (mina de carvão) e jateamento de concreto. Genética (Deficiência de alfa 1 – antitripsina). É uma proteína que é produzida pelo fígado, com principal função inativar a elastase (protege o pulmão). Excesso de proteases destruição da elastina redução da elasticidade pulmonar pela perda do tecido de sustentação das pequenas vias aéreas e destruição da rede vascular pulmonar. Está relacionado a um enfisema pulmonar de aparecimento precoce (pacientes < que 40 anos com DPOC). OBS: Na asma não precisa ter fator de risco para desenvolvimento da doença. FISIOPATOLOGIA: INFLAMAÇÃO ou DESTRUIÇÃO? Os dois! • Reação inflamatória exacerbada Sistêmica. • Desbalanço do equilíbrio entre proteases- antiproteases. • Estresse oxidativo. • Processo inflamatório sistêmico. • Broncoconstrição. 50 Débora Oléa Braga - TXXII INFLAMAÇÃO CRÔNICA: A partir do momento que o indivíduo inala gases nocivos existe lesão de via aérea que vai desencadear resposta imunológica, recrutando células (macrófagos, neutrófilos e LTCD8) que chamam outros mediadores inflamatórios que vão dar continuidade à inflamação. *Neutrófilos Desbalanço entre proteases- antiproteases. LIBERAÇÃO DE PROTEASES: Excesso de proteases: - Destruição da elastina pela elastase (redução da elasticidade pulmonar). - Destruição da rede vascular pulmonar. - Perda do tecido de sustentação das pequenas vias aéreas. - Diminuição da superfície de troca gasosa do indivíduo. ESTRESSE OXIDATIVO: Excesso de compostos oxidantes (radicais livres): - Lesa o epitélio e promove edema de vias aéreas. - Modifica elastina (destruída com facilidade). - Impedir funcionando adequado dos cílios de vias áreas e predispondo infecção por agentes virulentos. PROCESSO INFLAMATÓRIO SISTÊMICO: Elevação sanguínea: - Citocinas (IL8, IL6, TNF alfa) e quimiocinas (CXCL- 8). - Proteínas de fase aguda (proteína C reativa – PCR). - Elementos celulares (neutrófilos, linfócitos e monócitos). Efeitos extrapulmonares e manifestações sistêmicas da DPOC: - Perda de massa muscular e caquexia. Efeitos sistêmicos do DPOC - Câncer de pulmão. - Doenças cardiovasculares – ICC, IAM. - Osteoporose. - Síndrome metabólica. - Anemia. - Depressão. DPOC: combinação de inflamação e destruição | Asma: inflamação. Todas as ALTERAÇÕES desencadeiam: → Destruição dos espaços alveolares (diminuição da troca gasosa) → Aumento da produção de muco (excesso de secreção + destruição da camada ciliar > ↑ chance de exacerbação infecciosas). → Estreitamento de brônquios e bronquíolos (principalmente bronquíolos). 51 Débora Oléa Braga - TXXII • Tudo isso citado acima leva: limitação ao fluxo aéreo não reversível. • Na asma essa limitação ao fluxo aéreo é reversível. DIAGNÓSTICO 1. Fator de risco: Tabagismo, Exposição Ambiental, Genético. + 2. Sintomas: Tosse, Falta de ar, Secreção. + 3. Espirometria: Fazemos broncodilatador 10 a 15 minutos depois vemos o resultado. Espirometria necessita estar alterada Não pode estar normal. QUADRO CLÍNICO Dispneia – sintoma mais comum (esforço) ‘’Cansaço’’. - Percepção diferenciada (classificamos de acordo com a mMRC). - É importante para ver a evolução do paciente também durante ao tratamento. Essa escala é mais extensa e na prática clínica deixamos de utiliza-la, usamos mais a mMRC. Tosse crônica: - Muito negligenciada. - Paciente diz que não tem tosse – ‘’pigarro’’, ou que a tosse dele “é do cigarro”. Produção de Escarro: Quantidade variável de acordo com o grau da doença. EXAME FÍSICO: Diferenciar estágios da doença. Estágio INICIAL: - Normal ou poucas alterações. - Taquipneia. - Estertor finos discretos podem ocorrer. - Roncos e sibilos (comum durante as exarcebações). Doença grave (AVANÇADA): - Respiração com lábios semicerrados. - Tempo expiratório prolongado. 52 Débora Oléa Braga - TXXII - Tórax enfisematoso (“barril/tonel”). - Cianose. Tórax enfisematoso • Paciente alto, emagrecido, longilíneo, maior característica dispneia (Paciente enfisematoso). • Paciente baixo, brevelínio, maior característica tosse crônica (bronquite crônica). Hoje em dia não fazemos diferenciação entre eles, para nós, esses dois pacientes têm DPOC. Na prática esses padrões (sinais e sintomas) podem se misturar. ESPIROMETRIA: Essencial para diagnóstico. Avaliação da GRAVIDADE da obstrução: mais ou menos grave. *Distúrbio ventilatório obstrutivo. Seguimento. VEF1 – volume expiratório forçado no primeiro segundo. Pode estar mais baixo em pacientes mais graves. CLASSIFICAÇÃO DA ESPIROMETRIA: • Estágio I (leve): VEF1 > 80% do previsto. • Estágio II (Moderada): 50% < VEF1 < 80%. • Estágio III: Grave – 30% < VEF1 < 50%. • Estágio IV: Muito grave – VEF1 < 30% do previsto. IMAGEM: 1. Raio X de Tórax: - Bom para diferenciar de outros diagnósticos. - Pedimos para todos. 2. Tomografia de Tórax: - Suspeita de bronquiectasias e câncer de pulmão. - NÃO pedimos para todos, só nessa suspeita. 3. Oximetria e Gasometria arterial: Avaliar necessidade de suplementar oxigênio (a oximetria fazemos em todos). Se SpO2 ≤ 92% a gasometria é necessária. *Pode-se ter HIPOXEMIA e HIPERCAPNIA. *Retenção de CO2 – paciente hiperinsulfado. 4. Hemograma: - Eosinofilia periférica. 5. Teste de exercício e atividade física: Avaliar estado de saúde, serve como preditor de mortalidade. 53 Débora Oléa Braga - TXXII Teste de caminhada de 6 minutos Caminha com o oxímetro no dedo. Espirometria, Raio X e Oximetria devem ser feitos em todos os pacientes. RX: → Hiperinsuflação pulmonar. → Achatamento da cúpula diafragmática. → Atenuação dos vasos periféricos. → Costelas horizontais. → Alargamentos dos EICs. → Aumento do diâmetro antero-posterior. → Aumento do espaço restroesternal. → Coração horizontalizado. Quadro mais grave, mais alterações radiológicas. No começo da doença não altera muito o RX. Aumento dos espaços intercostais, aumento anteroposterior COMO CLASSIFICAR Classifica-se para que o tratamento seja adequado! De acordo com a gravidade da doença trata-se de forma diferente. PARA CLASSIFICAÇÃO DA DPOC 1. Avaliar SINTOMAS. 2. Avaliar presença de EXACERBAÇÕES no último ano. 3. Espirometria. 1º: Confirmar obstrução na Espirometria. 2º Avaliar sintomas e presença de exacerbações no último ano. 54 Débora Oléa Braga - TXXII CLASSIFICAÇÃO GOLD - ESPIROMETRIA TRATAMENTO Educação: - Retirar o fator de risco Principal. - Auto manejo: É o paciente saber quando está entrando em crise – quando está exacerbando. - Exercício físico (se não tem contraindicação). - Reabilitação pulmonar: Programa para os pacientes com DPOC Acompanhamento multidisciplinar (fisiotepauta, médico, nutricionista). *Não são todos os pacientes. *Paciente que usa muita medicação e se mantem sintomático. Vacinação: - Anti-Influenza (anual). - Antipneumocócioca: Pneumo- 13- 1X na vida. Pneumo 23- 1 a cada 5 anos. Broncodilatador: - Depende do tipo, classe e tempo de ação. Corticoide inalatório Classe D. Corticoide oral Exacerbações. . Muito sintomático Longa duração. . Mecanismo de ação: Anticolinérgico (menos exacerbação). 55 Débora Oléa Braga - TXXII PACIENTE A – POUCA CRISE DE EXACERBAÇÃO E POUCO SINTOMA Escolha entre Broncodilatador de Curta Duração ou Longa Duração. Essa escolha é adaptada para cada paciente. • CASO: Paciente tem dispneia só quando sobe escada (grandes esforços), não preciso dar o de longa duração, posso usar o de curta duração. PACIENTE B – COM BASTANTE SINTOMA E POUCA CRISE DE EXACERBAÇÃO Broncodilatador LABA (Beta 2-agonista de longa duração) ou LAMA (Antagonista Muscarínico de longa duração). Se o paciente continuar com dispneia: LABA + LAMA. PACIENTE C – TEM POUCOS SINTOMAS, MAS JÁ TEVE UM NÚMERO MAIOR DE EXACERBAÇÃO Usar o LAMA (Antagonista Muscarínico de longa duração). Por que uso o LAMA se ele tem menos sintomas? Porque existem estudos que confirmam que o LAMA evita que tenham mais exacerbações. PACIENTE D – MUITO SINTOMÁTICO E MUITA EXACERBAÇÃO o INÍCIO: Pode-se entrar só com LAMA. o Se o paciente continuou com sintomas: LAMA + LABA. o No hemograma com EOSINOFILIA > 300 (maior chance de EXACERBAÇÃO): Associar corticoide inalatório ao LAMA + LABA. Boa reposta = Manter terapia. Resposta Inadequada = Readequar. OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR PaO2 < 55 (gasometria arterial) OU saturação de O2 < 88 = Indicação do uso de Oxigênio Domiciliar. PaO2 56 – 59mmHG + cor pulmonar OU policitemia (HT > 55% = aumento da fabricação de hemoglobina) Indicamos oxigenoterapia mais cedo. - Hipoxemia vasoconstrição Já tem HP/Cor pulmonale é porque já tem vasoconstrição = Hipóxica. - Maior o risco de exacerbar. - POLICITEMIA: Aumento na [ Hb ] p/ que o Ht fique mais alto Sobrecarga do s. circulatório por muita Hb. EXACERBAÇÃO: Evento de início agudo caracterizado por acentuação dos sintomas respiratórios basais e que leva à mudança no uso de medicações. 56 Débora Oléa Braga - TXXII 2 critérios = Defino como DPOC exacerbada: . Expectoração quantidade (aumentou). . Expectoração Maior purulência. . Dispneia (grau de dispneia). CAUSAS MAIS COMUNS: INFECCÇÃO: Patógenos mais frequentes. - H. influenzae, S. pneumoniae, M, catarralis, C. pneumonia. Etiologia: Infecções, TEP, pneumotórax e alterações cardíacas. CLASSIFICAÇÃO: LEVE: Resolve apenas com broncodilatador. MODERADA: Necessita de broncodilatadores e corticoide sistêmicos. GRAVE: Há necessidade de hospitalização, mesmo que apenas na emergência. TRATAMENTO DE EXACERBAÇÃO: Broncodilatador de curta duração. Corticoide sistêmico (5 a 7 dias) EV ou oral. *Pacientes que precisaram usar corticoide no hospital mantemos de 5 a 7 dias VO para casa. Antibioticoterapia Se infecção. Avaliar: Oxigenoterapia – cateter, máscara ou ventilação não invasiva. Ventilação não invasiva (ajuda a impedir que o paciente seja ITO). 57 Débora Oléa Braga - TXXII Doença, não mais apenas um fator de risco! • É um importante problema de saúde pública. • 1,3 bilhões de fumantes do mundo. • Geram doenças cardiovasculares (IAM, aneurisma de aorta), neoplasias, câncer de pulmão (principal), doença pulmonar obstrutiva crônica. VERTENTES DA DEPENDÊNCIA: • Dependência à nicotina: Influencia na biologia e fisiologia no cérebro (Química). • Dependência ao tabaco: Associados a aspecto psicossociais do vício. Influenciada por diferentes elementos motivacionais. NICOTINA É a principal substância psicoativa responsável pela adição ao fumo. Receptores nicotínicos: lnucleus accumbens > Liberação de neurotransmissores (Ach, NOR, DA, serotonina). *Atinge a área tegmentar. *Liberação de mediadores no núcleo accubems. = Sensação de bem-estar. → S/ NICOTINA: Receptores ficam ávidos por ela. Parar de fumar Síndrome de abstinência: - Gera sintomas desagradáveis com cessação OU até com redução de 50% da carga tabágica diária. . Cefaleia, irritabilidade, insônia e ter quadro de transtorno de humor. . Pode durar de dia a meses. *Duração médias 4 a 8 semanas. . Está relacionado com o grau de dependência do indivíduo. PAPEL DO MÉDICO DA CESSAÇÃO • 2 em 3 tabagistas desejam para fumar. • Apenas 48% foram orientados por profissional de saúde. BREVE abordagem: . Pode ser feita por qualquer profissional de saúde. . Pode ser abordada em todas as consultas gerando maior alcance. . 3 minutos orientando o paciente pode ter resultado de 5 a 10% de abstinência em um ano. INTENSIVA: . Seletiva: Aborda um menor nº de pacientes. . Profissionais capacitados. 58 Débora Oléa Braga - TXXII Pode ser sessão em grupo ou individual, nem todos os serviços estão preparados, muitas vezes precisa de um grupo interdisciplinar, precisam de um grupo maior. ANAMNESE Doenças relacionadas ao tabaco (sintomas e sinais). Comorbidades e possíveis interações medicamentosas (IAM e aí por isso não posso usar adesivo de nicotina). Exame físico bem detalhado. Exame adicional: Raio X e Espirometria. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA História do tabagismo: • Idade de início. • Tipo de tabaco – cigarro, charuto, narguilé. • Número de cigarros fumados por dia. • Tentativa de cessação. • Tratamentos anteriores. • Sintomas de abstinência. • Recaídas e prováveis causas. • Convivência com outros fumantes (casa/trabalho). • Gatilhos que fazem ter vontade de fumar. NOVAS FORMAS DE TABACO: Não existe nível seguro para nicotina. EVALI Doença respiratória nova. Relacionada ao uso de vaporizadores (cigarros eletrônicos). - Sintomas respiratórios (tosse, dispneia, dor torácico). - Sintomas inespecíficos (diarreia e febre).]- Alteração radiológica: TC de Tórax Consolidações ou vidro fosco. - Uso de cigarro eletrônico nos últimos 90 dias. - Alterações histológicas: Diluente desse cigarro – acetato de vit E – pode trazer danos. GATILHOS: Hábitos como: • Fumar durante a janta. • Tomar café. • Ler jornal. • Dirigir. • Trabalhar sob pressão. • Intervalos. • Discussão. • Esperar compromisso. • Após refeição. • Falar ao telefone. • Assistir televisão. • Beber álcool. • Crise ou eventos inesperados. • Sentir dor. 59 Débora Oléa Braga - TXXII GRAU DE DEPENDÊNCIA FÍSICA À NICOTINA = ESCALA DE FARGENSTROM Grau de dependência: 0 a 2 pontos = Muito baixo. 3 a 4 pontos = Baixo. 5 pontos = Médio. 6 a 7 pontos = Elevado. 8 a 10 pontos = Muito elevado. A partir do grau moderado Maior chance do paciente precisar ser medicado. GRAU DE MOTIVAÇÃO – MÉTODO DE PROCHASKA E DICLEMENTE Estágios de Mudança. 1. Pré-contemplativo: Não está pronto para a cessação. 2. Contemplativo: Reconhece que precisa parar e quer mudar o comportamento, porém, ainda deseja fumar. - Ambivalência. 3. Determinação: Pronto para tomar medidas necessárias. 4. Manutenção: Permanece em abstinência. O QUE FAZER DE ACORDO COM CADA ESTÁGIO? TRAMENTO MEDICAMENTOSO Abordagem cognitivo-comportamental e utilizar apoio medicamentoso se necessário. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Nicotínicos: Terapia de reposição de nicotina (1ª linha) - Liberação LENTA adesivos transdérmicos. - Liberação RÁPIDA goma, pastilhas, spray nasal. Não nicotínicos: Ação semelhante à antidepressivos. Quando o tratamento nicotínico e não é suficiente. *Podemos associar o tratamento não nicotínico + nicotínico. Bupropiona (inibe recaptação de DA) e Vareniclina (1ª linha). *Recaptação de Dopamina. Nortriptilina e Clonidina (2ª linha). 60 Débora Oléa Braga - TXXII INTRODUÇÃO PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) Processo inflamatório posterior à ação de agentes infecciosos (vírus, bactérias, e mais raramente fungos e parasitos) que acomete os bronquíolos e alvéolos. Paciente adquire a doença fora do ambiente hospitalar ou de UBS ou que aparece até 48 horas da internação hospitalar. Pode ter pneumonia de sobreposição (bacteriana + viral, por exemplo). PNEUMONIA ASSOCIADA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE (PAAS) • Internados em domicílios (com assistência de equipe de saúde). • Centros de diálise. • Internados em clínicas de enfermagem. PNEUMONIA HOSPITALAR PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV) - Internados em CTI/UTI. - Após 48hs de início da ventilação mecânica. PNEUMONIA NOSOCOMIAL: Adquirida após 48 hrs de internação, não incubada na admissão. 61 Débora Oléa Braga - TXXII EPIDEMIOLOGIA . Mortalidade de PAC em pacientes internados (10-12%). . PAC grave (precisa de internação) = Mortalidade até 50%. . PAC é uma das principais causas de morte em pacientes > 65 anos (especialmente nos portadores de DPOC, diabetes melito e insuficiência cardíaca). * Pacientes com comorbidades. ETIOLOGIA Pneumonias bacterianas são as mais comuns: - S. pneumoniae (gram +) é o agente mais comum Independente da gravidade. Germes atípicos (crescimento e multiplicação intracelular) → Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae, Legionella sp. M. pneumoniae e C. pneumoniae PAC leve ou internado em enfermaria. H. influenzae e outros bacilos Gram - Casos graves. Legionella sp. → Grave, geralmente leva à internação. Fazemos cobertura para Gram + em todos os casos – pensando em pneumococo (mais comum). Em pacientes internados em UTI fazemos também cobertura para GRAM -. FATORES DE RISCO PARA O PACIENTE SER COLONIZADO Maior risco de colonização para colonização por pseudômonas, enterrobactericeae e Sthaphlococcus aureus. - Trata-se de um score: Vamos somando os pontos. Alto risco = Além da cobertura para pneumococo, devemos fazer uma cobertura no tratamento para pseudômonas e sthaphlococcus. TIPOS DE PNEUMONIA RADIOLÓGICO: Broncopneumonia: Ao redor dos brônquio. Afeta vários locais do pulmão. 62 Débora Oléa Braga - TXXII Consolidação irregular e difusa Muitas vezes não vemos broncogramas aéreos. Pneumonia lobar: Localizada (limitada por uma área pulmonar). Consolidação localizada com broncogramas aéreos. FISIOPATOLOGIA Pneumonia ocorre: Mecanismos de defesa locais estiverem prejudicados. Estrutura anatômica prejudicada exemplo: intubação, sondas. MECANISMOS DE DEFESA Perda ou supressão do reflexo da tosse: Coma, anestesia, distúrbios neuromusculares, medicamentos ou dor torácica (podem levar à aspiração mecânica). Lesão do aparelho mucociliar: Tagabismo, inalação de gases quentes ou corrosivos, doenças virais, ou defeitos genéticos da função ciliar (síndrome dos cílios imóveis). Acúmulo de secreções: Fibrose cística e obstrução brônquica = DPOC e Asma. Uma vez que as alterações anatômicas propriciam o acúmulo de secreção = meio de cultura para bactéria. Interferência com a ação fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares: Álcool, tabaco, anoxia ou intoxicação por O2. Congestão e edema pulmonares. Mecanismo de defesa dos alvéolos ficam prejudicados. Resistência sistêmica do hospedeiro estiver diminuída: Extremos de idade, doenças crônicas (ICC, DPOC e Diabetes), deficiências imunológicas congênitas ou adquiridas e pós-esplenectomia*. *Pós-esplenectomia: Pneumococo = Germe encapsulado = Capturado pelos macrófagos do baço. Quando não há o baço, essa mecanismo de defesa está cessado. DIAGNÓSTICO TRÍADE CLÁSSICA Anamnese. Exame físico. Radiografia de tórax (PA e Perfil). *RX de Tórax normal, principalmente em um idoso, não descarta pneumonia Temos considerar a clínica do paciente. Laboratório → É complementar. DIAGNÓSTICO CLÍNICO o Tosse + 1 ou + sintomas: Expectoração, dispneia e dor torácica. o Idoso: Pode apresentar sintomas sistêmicos ou mesmo somente confusão mental (deliruim/estado confusional agudo). Sinais mais importante TAQUIPNEIA. * *Delirium (sonolência ou mesmo agitado) + Taquipneia = Sinal muito sugestivo de pneumonia. 63 Débora Oléa Braga - TXXII ACHADOS FOCAIS NO EXAME FÍSICO: - Confusão. - Cefaleia. - Sudorese. - Calafrios. - Dores musculares. - Febre ≥ 37,8°ºC. SINAIS DE CONSOLIDAÇÃO PULMONAR: *Pectorilócia = Voz mais nítida/clara. Broncofonia = Mais alta. Na broncopneumonia nem todas essas alterações estão presentes. IMAGEM RAIO-X DE TÓRAX Principal exame. Opacidade radiológica não presente previamente: - Consolidação → Presença de broncograma aéreo. - Opacidade intersticial. - Atelectasia. - Derrame pleural. Sugerir diagnóstico diferencial: TB pulmonar, abcesso pulmonar e neoplasia. *Neoplasia lipídica (bronquioloalveolar) – pedir
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