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Diagnóstico e Tratamento da Asma

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pulmonar. Realizou RX tórax que não evidenciou alterações, e espirometria com os seguintes 
dados: VEF1 = 2,87L (62% previsto) CVF 4,75 (85% do previsto). Realizou prova 
broncodilatadora com uso de 400mcg de salbutamol com resposta broncodilatadora 
significativa, mas sem normalização dos valores espirométricos. Considerando quadro clínico e 
espirometria, qual a conduta correta? 
a) iniciar tratamento com corticoide inalado associado a broncodilatador de curta duração de 
resgate 
Correto. Paciente com asma moderada, pela classificação funcional (VEF1 pré brondodilatador) 
entre 60 e 80% do previsto necessita de tratamento medicamentoso, visto que muitos 
pacientes são hipopercebedores. O corticóide inalatório deve ser a terapia de manutenção e o 
broncodilatador de curta duração, o tratamento de resgate. 
18 - Em relação ao uso de Corticosteroide Inalatório (CI) no tratamento da asma, é incorreto 
afirmar: 
e) a maioria dos pacientes que usam CI experimentam efeitos colaterais 
Incorreto. A maioria dos pacientes não tem efeitos colaterais importantes. 
19 - Homem, 52 anos, branco, motorista, não tabagista, procura ambulatório devido a sibilos 
desde a infância, que atualmente são contínuos e noturnos. Seu filho é asmático. Relata 
várias idas ao Pronto-Atendimento devido à piora da dispneia e da tosse. Queixa-se também 
de coriza, prurido nasal e esternutação. Usa salbutamol spray para alívio várias vezes ao dia 
e à noite. Ao exame físico apresenta-se eupneico com FR=17irpm, sibilos expiratórios 
bilaterais, RX de tórax normal. Além de orientar o paciente para manter o salbutamol de uso 
inalatório para o alívio sintomático temporário, a melhor prescrição para o controle da 
doença, de acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 
para o Manejo da Asma – 2012 é: 
a) budesonida 400mcg duas vezes ao dia para inalação oral 
Correto. De acordo com as diretrizes de asma de 2012, o uso de corticoide inalatório 
budesonida é 800 mcg/dia para controle. 
20 - Adulto jovem, não fumante, com quadro de asma brônquica e infecção respiratória de 
repetição desde a infância, também apresenta antecedentes de sarampo na infância. As 
últimas internações apresentaram infecção respiratória e exacerbação de asma. A radiografia 
de tórax mostra espessamento de paredes brônquicas. Assinale a opção com a melhor 
hipótese diagnóstica: 
a) asma e bronquiectasias 
21 - São efeitos dos agonistas Beta-adrenérgicos nas vias respiratórias: 
c) relaxamento da musculatura lisa das vias respiratórias proximais e distais; promoção da 
limpeza mucociliar 
22 - Um paciente de 22 anos de idade, pedreiro, com antecedentes de rinite e eczema desde a 
infância, referiu episódios transitórios de dor torácica, associados à dispneia e "chiado no 
peito" cerca de três vezes ao mês, com melhora significativa após uso de salbutamol, em 
repetidas doses. Porém, referiu piora progressiva nas últimas semanas, desde que iniciou 
tratamento para dorsalgia. Há dois dias, teve dificuldade para falar, sendo então encaminhado 
ao pronto-socorro. Ao exame físico, apresentou sibilos inspiratórios e expiratórios, FR de 32 
irm, FC de 122 bpm e SO2 de 88% em ar ambiente. Com relação a esse caso hipotético, 
assinale a alternativa CORRETA. 
d) deve ser indicada prednisolona 1 mg/kg oral por um período de cinco a sete dias, após 
exacerbação aguda 
23 - Paciente masculino, 30 anos, diagnóstico recente de asma, apresenta pequena limitação 
nas atividades diárias, sintomas de dispneia, tosse e cansaço mais que 2 vezes por semana, 
desperta à noite dispneico 3 a 4 x ao mês. De acordo com a classificação de severidade da 
asma, este paciente apresenta: 
b) asma leve 
24 - Assinale a alternativa que contém um dos agentes mais comuns responsáveis pela 
exacerbação pulmonar de pacientes com fibrose cística. 
d) Stenotrophomonas maltophilia 
Correta. Pacientes com fibrose cística podem ser colonizados por diferentes bactérias. Durante 
a infância, pacientes são colonizados por S. aureus e Haemophillus influenza. Entretanto, a 
principal bactéria isolada nesses pacientes é a Pseudomonas aeruginosa. Outros agentes são 
descritos, como a Stenotrophomonas maltophilia, Achromobacter xylosoxidans e Burkholderia 
cepacia. 
25 - Um menino de oito anos de idade, com suspeita de asma, irá realizar espirometria para 
confirmação diagnóstica. 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta o parâmetro que 
confirma o diagnóstico. 
a) redução da relação volume expiratório forçado de 1 s/capacidade vital forçada (VEF1/CVF) 
Como distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO), a asma apresenta maior redução do VEF em 
relação à CVF, resultando em uma relação VEF/CVF reduzida (abaixo do limite inferior da 
normalidade), devido ao estreitamento das grandes/pequenas vias aéreas. 
26 - No segmento do paciente asmático, é importante a distinção entre o asmático grave e o 
asmático não controlado. 
Nesse contexto de diferenciação entre ambos, considere as afirmativas a seguir. 
I. A falta de condicionamento físico pode ser erroneamente diagnosticada como asma. 
II. A obesidade é uma comorbidade que precisa ser abordada, pois é uma condição associada 
ao não controle da asma. 
III. A técnica de uso dos dispositivos inalados é de fácil compreensão e sua reavaliação 
periódica é desnecessária. 
IV. O contato com tabagistas e o controle ambiental não interferem no controle ou na 
gravidade do asmático que está em vigência de tratamento medicamentoso. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
Correta. I- Verdadeira. Pacientes com dispneia por outros motivos podem entrar no 
diagnóstico diferencial de asma, incluindo sedentarismo, insuficiência cardíaca, DPOC, 
obesidade. II- Verdadeira. São fatores de risco associados à asma no adulto: obesidade, 
tabagismo, exposição ocupacional, rinite e terapia de reposição hormonal. Na criança são 
fatores de risco: sexo masculino, alterações pulmonares neonatais, atopia, exposição a 
alérgenos, infecções respiratórias e medicações. 
27 - Leia o caso clínico a seguir. 
Paciente do sexo feminino, de 32 anos, com diagnóstico de asma desde a infância. Faz uso de 
medicação inalatória de forma contínua e regular. Há cerca de quatro semanas, apresentou 
piora dos sintomas, com dispneia, chiado no peito e tosse seca cerca de duas vezes por 
semana, necessitando de uso de medicações de resgate inalatório também duas vezes por 
semana. Alega ter acordado à noite apenas uma vez nesse período por dispneia. E mantém 
sem alterações suas atividades diárias em casa e no trabalho. 
Conforme avaliação do controle da GINA 2019, como avaliar essa paciente? 
c) Asma parcialmente controlada. 
Correta. Na asma parcialmente controlada, o paciente apresenta 1-2 dos seguintes itens: 
sintomas diurnos > 2 vezes por semana, despertares noturnos por asma, necessidade de 
medicação de resgate > 2 vezes por semana e limitação das atividades por asma. No 
enunciado, a paciente relata: necessidade de medicação de resgate e despertar noturno. 
28 - José Vitor, 26 anos, com diagnóstico de Asma, em uso de Budesonida 400 mcg ao dia, 
refere episódios de bronco espasmo 3 vezes na semana com necessidade de uso de 
salbutamol de resgate. Queixa-se também de acordar durante ao menos uma vez na semana 
com tosse e dispneia. Após confirmar boa aderência e uso correto dos dispositivos, a 
estratégia mais adequada para esse paciente, segundo as recomendações atuais da Global 
Initiative for Asthma (GINA 2019), é 
d) associar Formoterol ao tratamento. 
Correta. O paciente apresenta sintomas de asma persistente moderada, com corticoide 
infamatório e SABA sob demanda, deverá ter então um LABA associado, como o formoterol.

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