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Temas Especiais de Concreto Armado Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Dimensionamento de Sapatas • Introdução; • Disposições Construtivas e Normativas; • Sapatas Submetidas a Cargas Excêntricas; • Utilização de Vigas de Equilíbrio; • Dimensionamento e Detalhamento de Sapatas: Isoladas, Associadas, de Divisa; • Verificação ao Cisalhamento. • Apresentar as partes constituintes das estruturas, com ênfase nas fundações; • Conceituar e apresentar as sapatas, bem como os blocos de fundação direta; • Apresentar as disposições construtivas e normativas das sapatas isoladas, sapatas corri- das, sapatas associadas e sapatas de divisa; • Apresentar as sapatas submetidas a cargas excêntricas e à utilização de vigas de equilíbrio; • Apresentar o dimensionamento e o detalhamento de sapatas isoladas, associadas e de divisa, bem como a verifi cação de cisalhamento em sapatas. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Dimensionamento de Sapatas Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Introdução As fundações, também denominadas subestrutura, são a parte do conjunto estru- tural que, geralmente, são construídas abaixo do nível final do solo. Elas têm a função de transmitir ao solo todas as ações que atuam nas edificações (cargas de peso pró- prio, cargas acidentais etc.). A parte da estrutura que está posicionada acima, e que se apoia na subestrutura, é denominada superestrutura (Figura 1). SUPERESTRUTURA SUBESTRUTURA Nível do Solo Figura 1 – Partes constituintes das estruturas das edificações Fonte: Acervo do conteudista As ações que atuam na superestrutura das edificações são transferidas na direção vertical, geralmente por elementos estruturais verticais (pilares ou paredes de concreto). Como o solo geralmente tem resistência muito inferior à do concreto do pilar, é neces- sário um elemento estrutural com a função de transmitir as ações ao solo. Os elementos estruturais de fundações mais comuns são as sapatas e os blocos. Os blocos podem ser de dois tipos: blocos de fundação direta ou blocos de coro- amento de fundação, esses atuam como elementos de transição das ações, dos pilares para as fundações (Figura 2). 1 - SAPATAS 2 - BLOCOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÕES MAIS COMUNS BLOCOS DE FUNDAÇÃO DIRETA BLOCOS DE COROAMENTO DE FUNDAÇÃO Figura 2 – Elementos estruturais de fundações mais comuns Fonte: Acervo do conteudista A fundação superficial, também denominada fundação rasa ou direta, é definida pela norma ABNT NBR 6122:2019 – Projeto e execução de fundações como 8 9 sendo o “elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação”. Sapatas O elemento de fundação superficial mais comum é a sapata, que, pela área de contato de sua base com o solo, transmite as cargas verticais e demais ações para o solo, diretamente. A Figura 3 apresenta uma sapata, onde (B) é a menor dimensão em planta (largura). H<2B B Figura 3 – Sapata de fundação Fonte: Acervo do conteudista A norma ABNT NBR 6122:2019 – Projeto e execução de fundações define σαπατα como o “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensio- nado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo em- prego de armadura especialmente disposta para esse fim”. Assim, todas as sapatas possuem armadura de tração. Na superfície, correspondente à base das sapatas em que atua a máxima tensão de tração, que é maior do que a resistência do concreto à tração. Por isso, é necessária a colocação de uma armadura e aço (AS), geralmente na forma de malha (Figura 4). h h0 AS Figura 4 – Sapata de fundação com armadura Fonte: Acervo do conteudista 9 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas É recomendado, e comum, adotar a altura da sapata (h) grande o suficiente para evitar a colocação de armadura transversal (vertical) resistente às forças cortantes, que também atuam na sapata, pois essa armadura seria composta por estribos que teriam alturas variáveis (Figura 5). h h0 Estribo de Altura Variável Figura 5 – Sapata de fundação com armadura de cisalhamento Fonte: Acervo do conteudista Se: h A a � �� � 3 → Sapata Flexível (1) Se: h A a � �� � 3 → Sapata Rígida (2) Onde: h: altura da sapata; h0: altura da base; A: maior dimensão da sapata (comprimento); a: maior dimensão da seção transversal do pilar. Blocos de Fundação Direta Quando o elemento de fundação superficial é projetado com grande altura e a tensão de tração máxima diminui e pode ser resistida apenas pelo concreto, sem necessidade de acrescentar armadura, esse elemento de fundação é denominado bloco de fundação direta. Para economia de concreto, os blocos têm geralmente a forma de pedestal (Bloco de Fundação Escalonado), ou as superfícies laterais in- clinadas (Figura 6). 10 11 Pilar Bloco de Fundação Escalonado Figura 6– Bloco de fundação direta Fonte: Acervo do conteudista A norma ABNT NBR 6122:2019 – Projeto e execução de fundações define o bloco de fundação direta como o “elemento de fundação superficial de concre- to, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resisti- das pelo concreto, sem necessidade de armadura”. Para que as tensões de tração sejam resistidas pelo concreto, elas precisam ser baixas, de modo que a altura do bloco necessita ser relativamente grande. Assim, o bloco de fundação direta trabalhará principalmente à compressão. Para os blocos de fundação, o ângulo (β) deve satisfazer a Expressão (3) (Figura 7). tg f adm ct � � � � �1 (3) Onde: σadm: tensão admissível do solo (MPa); fct: tensão de tração no concreto. Sendo: fct = 0,4fctk ≤ 0,8 MPa (4) Onde: fctk – resistência característica à tração do concreto (MPa). Pilar Bloco de Fundação β Figura 7 – Ângulo β nos blocos de fundação direta Fonte: Acervo do conteudista 11 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Disposições Construtivas e Normativas Como comentado anteriormente, a sapataé o elemento de fundação superficial mais comum. Devido à grande variabilidade na configuração e forma dos elemen- tos estruturais que nela se apoiam, existem quatro tipos de sapatas (Figura 8): • Sapata isolada; • Sapata corrida; • Sapata associada; • Sapata de divisa. 1 - SAPATA ISOLADA TIPOS DE SAPATAS 3 - SAPATA ASSOCIADA 4 - SAPATA DE DIVISA 2 - SAPATA CORRIDA Figura 8 – Tipos de sapatas Fonte: Acervo do conteudista Sapata Isolada A sapata isolada é a fundação mais comum nas edificações. Ela transmite ao solo as ações de um único pilar. Ela pode ter variadas formas, sendo a forma re- tangular a mais comum (A x B), devido aos pilares retangulares (a x b) (Figura 9). Figura 9 – Sapata isolada Fonte: Acervo do conteudista 12 13 Para sapatas isoladas sob pilares de edifícios de múltiplos pavimentos a reco- mendação é que a dimensão mínima em planta seja de 60 cm. O centro de forças do pilar (CG) deve coincidir com o centro de forças da base da sapata (CG), para qualquer forma do pilar (Figura 10). B/2 CG B/2 A/2 A/2 Figura 10 – CG do pilar coincidente com o CG da sapata isolada Fonte: Acervo do conteudista Para o dimensionamento econômico, deve-se fazer com que os balanços da sa- pata nas duas direções, as dimensões CA e CB , sejam iguais ou aproximadamente iguais (Figura 11). Cb Cb bB Ca Caa A Figura 11 – Sapata isolada com balanços iguais Fonte: Acervo do Conteudista 13 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Sapata Corrida A sapata corrida é utilizada para transmitir ao solo as ações verticais de paredes, muros, ou elementos alongados que transmitem carregamento uniforme distribuído em uma direção (Figura 12). Figura 12 – Sapata corrida Fonte: Acervo do conteudista O dimensionamento da sapata corrida é semelhante ao de uma laje armada em uma direção. Por receber ações distribuídas, não é necessária a verificação da pun- ção em sapatas corridas. Sapata Associada A sapata associada é utilizada quando não é possível a utilização de sapatas isoladas para cada pilar. Essa solução estrutural ocorre quando as sapatas isoladas estão muito próximas entre si, provocando a superposição em planta de suas bases, ou de seus bul- bos de pressões no solo. Assim, é empregada uma única sapata, cuja finalidade é a de receber as ações de dois ou mais pilares adjacentes e transmiti-las ao solo (Figura 13). Figura 13 – Sapata associada Fonte: Acervo do conteudista 14 15 O centro de gravidade da sapata associada geralmente coincide com o centro de aplicação das cargas dos pilares. Para condições de carregamento uniformes e simétricas, as sapatas associadas resultam em uma sapata corrida simples, de base retangular. Contudo, quando as cargas dos pilares que compõem a sapata associada apresentam diferenças relevantes, a imposição de coincidir o centroide da sapata com o centro das cargas dos pilares conduz ou a uma sapata de base trapezoidal (em plan- ta) ou a sapatas retangulares com balanços livres diferentes (em planta) (Figura 14). P1 b1 Ca Caa A D a1b3B3 Cb3 Cb3 P2 a2 b4 B Cb4 Cb4 b2 Figura 14 – Sapata associada trapezoidal Fonte: Acervo do conteudista É muito comum as sapatas associadas serem projetadas com viga de rigidez, que é um enrijecimento da sapata, cujo eixo longitudinal passa pelos centros de gravi- dade de cada pilar associado. Sapata de Divisa A sapata de divisa é utilizada quando existem pilares que são posicionados junto à divisa do terreno (Figura 15). Figura 15 – Sapata de divisa Fonte: Acervo do conteudista 15 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Em termos de equilíbrio estático do pilar que está situado na divisa, o momento produzido pelo não alinhamento da ação com a reação deve ser absorvido pela viga de equilíbrio ou viga alavanca. Ela está apoiada na sapata junto à divisa (Pilar P1) e na sapata do pilar interno (P2). Assim, a viga de equilíbrio tem a função de transmitir a carga vertical do pilar de divisa (P1) para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro dessa sapata. Sapatas Submetidas a Cargas Excêntricas No caso de sapata isolada sob pilar de divisa, e quando não se faz a ligação da sapata com um pilar interno, com viga de equilíbrio por exemplo, a flexão devido à excentricidade do pilar deve ser combatida pela própria sapata em conjunto com o solo. Essa situação ocorre, por exemplo, em muros de arrimo, pontes, pontes rolantes (Figura 16). Figura 16 – Sapata isolada de divisa com carga excêntrica Fonte: Acervo do conteudista O valor da tensão máxima do diagrama de tensões normais é obtido através do conceito de flexão composta (ação excêntrica). A distribuição de tensões depende do ponto de aplicação da força vertical (N) em relação à uma região específica da seção, denominada núcleo central. Para forças verticais localizadas em qualquer posição pertencente ao núcleo central, as tensões na sapata serão somente de compressão (Figura 17). 16 17 Figura 17 – Núcleo central de tensões da sapata Fonte: Acervo do conteudista Para forças verticais aplicadas dentro do núcleo central, vale a Expressão (5). e A £ 6 (5) Para excentricidade da força vertical em apenas uma direção (e), calculam-se o valor máximo e mínimo do diagrama de tensões na sapata a partir das Expressões (6) e (7) referentes à flexão normal composta. �máx N A M W � � (6) �mín N A M W � � (7) Onde: N: a força vertical na sapata; A: área da sapata em planta; M: momento devido à excentricidade em relação ao CG da sapata; W: módulo de resistência elástico da base da sapata. M = N x e (8) Onde: e: excentricidade da força vertical (N) em relação ao CG da sapata. 2 6 B AW = (9) Onde: A: comprimento da base da sapata (maior lado); B: largura da base da sapata (menor lado). 17 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Utilização de Vigas de Equilíbrio Para norma ABNT NBR 6122:2019 – Projeto e execução de fundações, a viga alavanca ou viga de equilíbrio é o [...] elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas funda- ções diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes. A viga alavanca é utilizada nos casos em que o pilar é posicionado na divisa do lote. Nessa situação, ocorre uma excentricidade (e) entre o ponto de aplicação de carga do pilar (N) e o centro geométrico da sapata. O momento fletor resultante da excentricidade é equilibrado e resistido pela viga alavanca, que na outra extremidade é geralmente vinculada a um pilar interno da edificação ou, no caso de ausência des- se, vinculada a um elemento que fixe a extremidade da viga no solo (figuras 18 e 19). Figura 18 – Planta baixa de pilar de divisa sobre sapata com viga de equilíbrio Fonte: Acervo do conteudista Figura 19 – Planta baixa de pilar de divisa sobre sapata com viga de equilíbrio Fonte: Acervo do conteudista 18 19 Dimensionamento e Detalhamento de Sapatas: Isoladas, Associadas, de Divisa As dimensões em planta das sapatas são definidas em função da tensão admis- sível do solo (σS,adm), embora também possam depender de outros fatores, como a interferência com as fundações situadas mais próximas. Grande parte das cargas nas sapatas são excêntricas, principalmente devido à ação do vento. Dimensionamento de Sapata Isolada No projeto desse tipo de sapata, o seu centro de gravidade deve coincidir com o centro de gravidade do pilar. Inicialmente, deve-se fazer uma estimativa da área da base da sapata isolada, supondo que ela está submetida à carga centrada (sem momentos) (Expressão 10). A Nk S Adm � � � , (10) Onde: A: área da base da sapata isolada; α: coeficiente que leva em conta o peso próprio da sapata. É possível assumir para esse coeficiente um valor de 1,05 nas sapatas flexíveis e de 1,10 nas sapatas rígidas;Nk: força normal nominal do pilar; σS,Adm: tensão admissível do solo. Dimensionamento de Sapata Associada No projeto de sapatas associadas, geralmente, se faz coincidir o centro de gravi- dade da sapata com o centro das cargas verticais dos pilares (Figura 20). Cb Ca Ca b2b1 a P2 N2CGN1 P1 D XCG A/2A/2 Cb B b Figura 20 – Sapata associada Fonte: Acervo do conteudista 19 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas X N N N DCG � � � � � � � �2 1 2 (11) A área da base da sapata associada é dada pela Expressão (12). A Nk S Adm � 1 1, , � (12) Onde: 1,1: valor que leva em conta o peso próprio da sapata e da viga de rigidez. Dimensionamento de Sapata de Divisa Nas sapatas de divisa, o centro de gravidade do pilar de divisa não coincide com o centro de gravidade de sua sapata, ou seja, a sapata de divisa é excêntrica em relação ao seu pilar (Figura 21). Figura 21 – Sapata de divisa Fonte: Acervo do conteudista A reação da sapata de divisa no solo é dada pela Expressão (13). R N e D1 1 1� �� � � � � � (13) A área da base da sapata de divisa é dada pela Expressão (14). A R S Adm � 1 1 1 , , � (14) 20 21 Verificação ao Cisalhamento A verificação da ruptura por compressão diagonal é feita na ligação da sapata com o pilar, isto é, na região correspondente ao perímetro do pilar (Expressão 15). � �Sd Rd� 2 (15) Onde: τSd: tensão solicitante no perímetro do pilar; τRd2: resistência à compressão diagonal da sapata no perímetro do pilar. A tensão solicitante (τSd) é obtida pela Expressão (16). � Sd SdF u d � (16) Onde: FSd: reação vertical de cálculo aplicada pelo solo à sapata; u: perímetro do contorno da seção do pilar; d: altura útil média da sapata; A tensão resistente (τRd2) é obtida pela Expressão (17). � �Rd V Cdf2 0 27� , (17) Onde: α: adimensional (Expressão 18) fCd: tensão de cálculo do concreto (MPa). �V Ckf� �1 250 (18) Onde: fCk: tensão característica do concreto (MPa). As armaduras transversais para resistir à força cortante são raramente utilizadas nas sapatas. Assim, as sapatas são dimensionadas de tal maneira que os esforços cortantes sejam resistidos apenas pelo concreto, dispensando a armadura transversal. Geralmente a verificação da força cortante é feita em uma seção de referência S2 (Figura 22). 21 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Figura 22 – Seção da sapata para verificação da força cortante Fonte: Acervo do conteudista Na Figura 22, temos: d: altura útil média da sapata (junto à face do pilar); d S2 : altura útil média da sapata na seção S 2 na direção analisada; b S2 : largura da seção S 2 na direção analisada; L: vão do balanço em que atuam as cargas distribuídas associada às pressões do solo sobre a sapata. Para dispensar a armadura transversal, a força cortante solicitante de cálculo VSd na seção S2 não deve superar a força resistente ao cisalhamento VRd1, conforme Expressão (19). V k b dRd Rd S S1 1 2 2 1 2 40� �� �� �, (19) Onde: � Rd Ckf� 0 0375 2 3 , / com fCk em (MPa). (20) k dS� � �1 6 1 0 2 , , com dS2 em metros. (21) � 1 2 2 0 02� � A b d s S S , (22) Onde: As: área de armadura longitudinal de flexão na direção analisada. 22 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Concreto Armado Eu te Amo Vai para Obra BOTELHO, M. H. C.; FERRAZ, N. N. Concreto Armado Eu te Amo Vai para Obra. Volume 1. 8. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2015. [e-book] Introdução à engenharia de estruturas de concreto FUSCO, P. B.; ONISHI, M. Introdução à engenharia de estruturas de concreto. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2017. [e-book] Caderno de Receitas de Concreto Armado NETO PILOTTO, E. Caderno de Receitas de Concreto Armado – Vol. 1 – Vigas. São Paulo: LTC, 2017. [e-book] Caderno de Receitas de Concreto Armado NETO, PILOTTO, E. Caderno de Receitas de Concreto Armado – Vol. 3 – Lajes. São Paulo: LTC, 2017. [e-book] Curso Básico de Concreto Armado PORTO, T. B.; FERNANDES, D. S. G. Curso Básico de Concreto Armado. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2014. [e-book] 23 UNIDADE Dimensionamento de Sapatas Referências BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto Armado Eu te Amo. Volume 1. 8. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2015. [e-book] BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto Armado Eu te Amo. Volume 2. 4. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2015. [e-book] FUSCO, P. B. Técnica de armar as estruturas de concreto. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Pini, 2013. 24