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Entorse de tornozelo Text Datas de Publicação DIRETRIZES EM FOCO Participantes: Fábio Lucas Rodrigues, Gilberto Waisberg Descrição da metodologia de coleta de evidência: Realizada pesquisa no MEDLINE, da biblioteca nacional de medicina dos Estados Unidos (U.S. National Library of Medicine), através da base de dados MeSH (Medical Subject Heading Terms). Utilizados os termos: lateral ligament, ankle. Graus de recomendação e força de evidência: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. Introdução A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte1(D). No Reino Unido, ela acontece em uma a cada 10.000 pessoas da população geral, isto é, cerca de 5.000 lesões por dia2(D). A entorse do tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação funcional. A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos ligamentos talo-fibular anterior, posterior e talo-calcâneo, associada ao terço distal da fíbula. O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo, numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau. Este movimento anômalo proporciona uma lesão que se inicia no ligamento talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo- fibular, com o aumento da energia do trauma. A lesão do ligamento talofibular posterior é rara, ocorrendo apenas na luxação franca do tornozelo3(A). Como classificar a entorse de tornozelo? A classificação de entorse de tornozelo é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos: grau 1- estiramento ligamentar; grau 2-lesão ligamentar parcial e grau 3-lesão ligamentar total4(C). O quadro clínico encontrado é de dor, com edema localizado na face ântero-lateral do tornozelo, equimose mais evidente após 48 horas e dificuldade para deambular. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sinais. A associação destes sintomas com o teste da gaveta anterior positivo permite caracterizar uma lesão grau 3 em 96% dos casos5(D). São necessários exames complementares? A necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo baseia-se na suspeita de fraturas associadas. Das radiografias realizadas em doentes com lesão de tornozelo, 85% são normais6(B). Com intuito de evitar radiografias desnecessárias, foram criadas regras (regras de Ottawa para tornozelo) que indicam a realização de radiografias apenas quando houver dor em pontos ósseos específicos ou na impossibilidade do apoio de marcha (pelo menos quatro passos). Esta regra mostrou sensibilidade de 99,7%, porém com especificidade variável (10% a 70%)7(A). A ressonância magnética pode ser indicada nos casos de persistência da dor após três meses da lesão inicial, com o objetivo de investigar lesões associadas, como osteocondral, do impacto ântero-lateral e identificar lesões ligamentares crônicas8(B). Quais são as opções de tratamento da entorse de tornozelo na fase aguda? O objetivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo é o retorno às atividades diárias (esporte/trabalho), com remissão da dor, inchaço e inexistência de instabilidade articular. O tratamento inicial para todas as lesões consiste em repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do membro afetado e proteção articular com imobilizador ou tala gessada. O uso de antiinflamatórios não-hormonais mostrou diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular9(A). Nas lesões leves, o tratamento é sintomático, com manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas, que dura entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a proteção articular com imobilizadores semi-rígidos possibilitou retorno mais rápido às atividades físicas e laborativas quando comparada à imobilização gessada, porém a ocorrência de edema, dor e instabilidade em longo prazo foi semelhante nos dois grupos3(A). Outros tipos de imobilização funcional, como enfaixamento e imobilizadores elásticos, tiveram resultados inferiores aos imobilizadores rígidos e semi-rígidos. O tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade residual. O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. Portanto, a preferência é dada ao tratamento conservador para as lesões agudas, com atenção a pacientes que possam permanecer sintomáticos3(A). Quais são as possíveis complicações das entorses? Alguns pacientes permanecem com dor ou instabilidade após seis meses do tratamento da lesão ligamentar aguda. As possíveis lesões associadas geralmente são por ordem decrescente de frequência: instabilidade crônica, lesão osteocondral, impacto com processo inflamatório tíbio-fibular distal e impacto anterior com exostose. A investigação diagnóstica destes pacientes pode ser realizada pelo exame clínico associado a métodos diagnósticos, como as radiografias simples e com estresse, ressonância magnética e artroscopia, sendo este último o de maior sensibilidade e especificidade10(A). Outro fator que piora o prognóstico das lesões ligamentares do tornozelo é a associação de varo no retropé, que foi determinante na evolução para artrose em longo prazo (30 anos)11(C). A pesquisa por tomografia computadorizada mostrou-se confiável para quantificar o varo. Este fato encoraja a realização da osteotomia valgizante do calcâneo nas instabilidades crônicas associadas a varo do retropé12(B). Qual é a conduta a ser adotada nas instabilidades crônicas? Cerca de 20% das entorses de tornozelo podem evoluir com algum tipo de instabilidade após seis meses da lesão inicial, acompanhada ou não de frouxidão ligamentar. Os pacientes com boa contensão mecânica - chamada instabilidade funcional - têm como causa a falha na propriocepção, e são tratados com métodos fisioterápicos. Mesmo aqueles pacientes com frouxidão ligamentar possuem algum déficit de propriocepção, portanto também devem inicialmente ser submetidos à reabilitação. Os pacientes com instabilidade sintomática persistente podem ser submetidos à correção cirúrgica. Não existe evidência na literatura para determinar qual técnica de tratamento cirúrgico leva a melhores resultados, porém é demonstrado que pacientes submetidos à recuperação funcional com imobilizadores semi- rígidos no pós-operatório tiveram retorno mais precoce às atividades diárias, quando comparados àqueles que utilizaram imobilização gessada13(A). Qual é a conduta a ser adotada nas lesões osteocondrais do talus? Em pacientes sintomáticos com lesão condral do talus graus 2b, 3 e 4 de Ferkel, pode ser indicada cirurgia. Existem várias técnicas, mas as mais utilizadas são a condroplastia, microfratura ou transferência autóloga osteocondral, que quando comparadas não apresentam diferença nos resultados obtidos após dois anos de acompanhamento14(A). Existe prevenção eficaz para a entorse? Os imobilizadores semi-rígidos podem reduzir em até 47% a incidência de entorse de tornozelo em atletas praticantes de modalidades esportivas de alto risco. Este valor é ainda maior naqueles que já tiveram umalesão ligamentar prévia15(A). 5. Van Dijk CN. How evidence based is our clinical examination of the ankle? In: MacAuley D, Best TM, eds. Evidence-based sports medicine. 14th ed. London, U.K.: BMJ; 2002:445-7. 1. MacAuley D. Ankle injuries: same joint, different sports. Med Sci Sports Exerc 1999;31:S409-11. 2. Kannus P, Renström P. Treatment for acute tears of the lateral ligaments of the ankle. Operation, cast, or early controlled mobilization. J Bone Joint Surg Am 1991;73:305-12. 3. Kerkhoffs GM, Handoll HH, de Bie R, Rowe BH, Struijs PA. Surgical versus conservative treatment for acute injuries of the lateral ligament complex of the ankle in adults. Cochrane Database Syst Rev 2007;(2):CD000380. 4. Bernett P, Schirmann A. Acute sporting injuries of the ankle joint. Unfallheilkunde 1979;82:155-60. 6. Stiell IG, McKnight RD, Greenberg GH, McDowell I, Nair RC, Wells GA, et al. Implementation of the Ottawa ankle rules. JAMA 1994;271:827-32. 7. Bachmann LM, Kolb E, Koller MT, Steurer J, ter Riet G. Accuracy of Ottawa ankle rules to exclude fractures of the ankle and mid-foot: systematic review. BMJ 2003; 326:(7386)417. 8. Kreitner KF, Ferber A, Grebe P, Runkel M, Berger S, Thelen M. Injuries of the lateral collateral ligaments of the ankle: assessment with MR imaging. Eur Radiol 1999;9:519-24. 9. Slatyer MA, Hensley MJ, Lopert R. A randomized controlled trial of piroxicam in the management of acute ankle sprain in Australian Regular Army recruits. The Kapooka Ankle Sprain Study. Am J Sports Med 1997;25:544-53. 10. Takao M, Uchio Y, Naito K, Fukazawa I, Ochi M. Arthroscopic assessment for intra-articular disorders in residual ankle disability after sprain. Am J Sports Med 2005;33:686-92. 11. Valderrabano V, Hintermann B, Horisberger M, Fung TS. Ligamentous posttraumatic ankle osteoarthritis. Am J Sports Med 2006;34:612-20. 12. Van Bergeyk AB, Younger A, Carson B. CT analysis of hindfoot alignment in chronic lateral ankle instability. Foot Ankle Int 2002;23:37-42. 13. de Vries JS, Krips R, Sierevelt IN, Blankevoort L. Interventions for treating chronic ankle instability. Cochrane Database Syst Rev 2006;(4):CD004124. 14. Gobbi A, Francisco RA, Lubowitz JH, Allegra F, Canata G. Osteochondral lesions of the talus: randomized controlled trial comparing chondroplasty, microfracture, and osteochondral autograft transplantation. Arthroscopy 2006; 22:1085-92. 15. Handoll HH, Rowe BH, Quinn KM, de Bie R. Interventions for preventing ankle ligament injuries. Cochrane Database Syst Rev 2001;(3):CD000018. Entorse de tornozelo Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Datas de Publicação Publicação nesta coleção 17 Nov 2009 Data do Fascículo 2009 Entorse de tornozelo Text Datas de Publicação DIRETRIZES EM FOCO Participantes: Fábio Lucas Rodrigues, Gilberto Waisberg Descrição da metodologia de coleta de evidência: Realizada pesquisa no MEDLINE, da biblioteca nacional de medicina dos Estados Unidos (U.S. National Library of Medicine), através da base de dados MeSH (Medical Subject Heading Terms). Utilizados os termos: lateral ligament, ankle. Graus de recomendação e força de evidência: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. Introdução A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte1(D). No Reino Unido, ela acontece em uma a cada 10.000 pessoas da população geral, isto é, cerca de 5.000 lesões por dia2(D). A entorse do tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação funcional. A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos ligamentos talo-fibular anterior, posterior e talo-calcâneo, associada ao terço distal da fíbula. O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo, numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau. Este movimento anômalo proporciona uma lesão que se inicia no ligamento talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo- fibular, com o aumento da energia do trauma. A lesão do ligamento talofibular posterior é rara, ocorrendo apenas na luxação franca do tornozelo3(A). Como classificar a entorse de tornozelo? A classificação de entorse de tornozelo é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos: grau 1- estiramento ligamentar; grau 2-lesão ligamentar parcial e grau 3-lesão ligamentar total4(C). O quadro clínico encontrado é de dor, com edema localizado na face ântero-lateral do tornozelo, equimose mais evidente após 48 horas e dificuldade para deambular. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sinais. A associação destes sintomas com o teste da gaveta anterior positivo permite caracterizar uma lesão grau 3 em 96% dos casos5(D). São necessários exames complementares? A necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo baseia-se na suspeita de fraturas associadas. Das radiografias realizadas em doentes com lesão de tornozelo, 85% são normais6(B). Com intuito de evitar radiografias desnecessárias, foram criadas regras (regras de Ottawa para tornozelo) que indicam a realização de radiografias apenas quando houver dor em pontos ósseos específicos ou na impossibilidade do apoio de marcha (pelo menos quatro passos). Esta regra mostrou sensibilidade de 99,7%, porém com especificidade variável (10% a 70%)7(A). A ressonância magnética pode ser indicada nos casos de persistência da dor após três meses da lesão inicial, com o objetivo de investigar lesões associadas, como osteocondral, do impacto ântero-lateral e identificar lesões ligamentares crônicas8(B). Quais são as opções de tratamento da entorse de tornozelo na fase aguda? O objetivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo é o retorno às atividades diárias (esporte/trabalho), com remissão da dor, inchaço e inexistência de instabilidade articular. O tratamento inicial para todas as lesões consiste em repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do membro afetado e proteção articular com imobilizador ou tala gessada. O uso de antiinflamatórios não-hormonais mostrou diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular9(A). Nas lesões leves, o tratamento é sintomático, com manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas, que dura entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a proteção articular com imobilizadores semi-rígidos possibilitou retorno mais rápido às atividades físicas e laborativas quando comparada à imobilização gessada, porém a ocorrência de edema, dor e instabilidade em longo prazo foi semelhante nos dois grupos3(A). Outros tipos de imobilização funcional, como enfaixamento e imobilizadores elásticos, tiveram resultados inferiores aos imobilizadores rígidos e semi-rígidos. O tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade residual. O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. Portanto, a preferência é dada ao tratamento conservador para as lesões agudas, com atenção a pacientes que possam permanecer sintomáticos3(A).Quais são as possíveis complicações das entorses? Alguns pacientes permanecem com dor ou instabilidade após seis meses do tratamento da lesão ligamentar aguda. As possíveis lesões associadas geralmente são por ordem decrescente de frequência: instabilidade crônica, lesão osteocondral, impacto com processo inflamatório tíbio-fibular distal e impacto anterior com exostose. A investigação diagnóstica destes pacientes pode ser realizada pelo exame clínico associado a métodos diagnósticos, como as radiografias simples e com estresse, ressonância magnética e artroscopia, sendo este último o de maior sensibilidade e especificidade10(A). Outro fator que piora o prognóstico das lesões ligamentares do tornozelo é a associação de varo no retropé, que foi determinante na evolução para artrose em longo prazo (30 anos)11(C). A pesquisa por tomografia computadorizada mostrou-se confiável para quantificar o varo. Este fato encoraja a realização da osteotomia valgizante do calcâneo nas instabilidades crônicas associadas a varo do retropé12(B). Qual é a conduta a ser adotada nas instabilidades crônicas? Cerca de 20% das entorses de tornozelo podem evoluir com algum tipo de instabilidade após seis meses da lesão inicial, acompanhada ou não de frouxidão ligamentar. Os pacientes com boa contensão mecânica - chamada instabilidade funcional - têm como causa a falha na propriocepção, e são tratados com métodos fisioterápicos. Mesmo aqueles pacientes com frouxidão ligamentar possuem algum déficit de propriocepção, portanto também devem inicialmente ser submetidos à reabilitação. Os pacientes com instabilidade sintomática persistente podem ser submetidos à correção cirúrgica. Não existe evidência na literatura para determinar qual técnica de tratamento cirúrgico leva a melhores resultados, porém é demonstrado que pacientes submetidos à recuperação funcional com imobilizadores semi- rígidos no pós-operatório tiveram retorno mais precoce às atividades diárias, quando comparados àqueles que utilizaram imobilização gessada13(A). Qual é a conduta a ser adotada nas lesões osteocondrais do talus? Em pacientes sintomáticos com lesão condral do talus graus 2b, 3 e 4 de Ferkel, pode ser indicada cirurgia. Existem várias técnicas, mas as mais utilizadas são a condroplastia, microfratura ou transferência autóloga osteocondral, que quando comparadas não apresentam diferença nos resultados obtidos após dois anos de acompanhamento14(A). Existe prevenção eficaz para a entorse? Os imobilizadores semi-rígidos podem reduzir em até 47% a incidência de entorse de tornozelo em atletas praticantes de modalidades esportivas de alto risco. Este valor é ainda maior naqueles que já tiveram uma lesão ligamentar prévia15(A). 5. Van Dijk CN. How evidence based is our clinical examination of the ankle? In: MacAuley D, Best TM, eds. Evidence-based sports medicine. 14th ed. London, U.K.: BMJ; 2002:445-7. 1. MacAuley D. Ankle injuries: same joint, different sports. Med Sci Sports Exerc 1999;31:S409-11. 2. Kannus P, Renström P. Treatment for acute tears of the lateral ligaments of the ankle. Operation, cast, or early controlled mobilization. J Bone Joint Surg Am 1991;73:305-12. 3. Kerkhoffs GM, Handoll HH, de Bie R, Rowe BH, Struijs PA. Surgical versus conservative treatment for acute injuries of the lateral ligament complex of the ankle in adults. Cochrane Database Syst Rev 2007;(2):CD000380. 4. Bernett P, Schirmann A. Acute sporting injuries of the ankle joint. Unfallheilkunde 1979;82:155-60. 6. Stiell IG, McKnight RD, Greenberg GH, McDowell I, Nair RC, Wells GA, et al. Implementation of the Ottawa ankle rules. JAMA 1994;271:827-32. 7. Bachmann LM, Kolb E, Koller MT, Steurer J, ter Riet G. Accuracy of Ottawa ankle rules to exclude fractures of the ankle and mid-foot: systematic review. BMJ 2003; 326:(7386)417. 8. Kreitner KF, Ferber A, Grebe P, Runkel M, Berger S, Thelen M. Injuries of the lateral collateral ligaments of the ankle: assessment with MR imaging. Eur Radiol 1999;9:519-24. 9. Slatyer MA, Hensley MJ, Lopert R. A randomized controlled trial of piroxicam in the management of acute ankle sprain in Australian Regular Army recruits. The Kapooka Ankle Sprain Study. Am J Sports Med 1997;25:544-53. 10. Takao M, Uchio Y, Naito K, Fukazawa I, Ochi M. Arthroscopic assessment for intra-articular disorders in residual ankle disability after sprain. Am J Sports Med 2005;33:686-92. 11. Valderrabano V, Hintermann B, Horisberger M, Fung TS. Ligamentous posttraumatic ankle osteoarthritis. Am J Sports Med 2006;34:612-20. 12. Van Bergeyk AB, Younger A, Carson B. CT analysis of hindfoot alignment in chronic lateral ankle instability. Foot Ankle Int 2002;23:37-42. 13. de Vries JS, Krips R, Sierevelt IN, Blankevoort L. Interventions for treating chronic ankle instability. Cochrane Database Syst Rev 2006;(4):CD004124. 14. Gobbi A, Francisco RA, Lubowitz JH, Allegra F, Canata G. Osteochondral lesions of the talus: randomized controlled trial comparing chondroplasty, microfracture, and osteochondral autograft transplantation. Arthroscopy 2006; 22:1085-92. 15. Handoll HH, Rowe BH, Quinn KM, de Bie R. Interventions for preventing ankle ligament injuries. Cochrane Database Syst Rev 2001;(3):CD000018. Entorse de tornozelo Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Datas de Publicação Publicação nesta coleção 17 Nov 2009 Data do Fascículo 2009 TESTE DE PISADA: A IMPORTÂNCIA PARA PREVENIR LESÕES 11 de julho de 2019 | Autor: Clínica Shen | Palmilhas Ortopédicas Saber qual o tipo de pisada é essencial para toda a população, mas é ainda mais indispensável para atletas. A pisada costuma ser um assunto corriqueiro entre os que correm ou praticam regularmente atividades físicas. A principal dúvida é sobre o quanto uma pisada incorreta pode influenciar na qualidade e retorno de uma atividade ou até mesmo se ela pode causar problemas de saúde mais sérios ao longo do tempo. Para responder essas perguntas, o caminho mais seguro e correto seria o teste da pisada. Para fazer o teste de pisada, existem várias técnicas. Algumas lojas de calçados costumam oferecer este tipo de teste, no entanto, de uma forma superficial que pode não atender as necessidades de atletas ou até mesmo de participantes de atividades físicas diárias. O método mais completo e utilizado por muitos profissionais é a barometria, realizada em clínicas por ortopedistas. Neste tipo de procedimento, o médico consegue analisar a pisada do paciente e ainda averiguar o porquê da pisada estar irregular, constando assim possíveis patologias ou disfunções no corpo. A barometria é feita em uma clínica especializada, com tapetes ortopédicos que mapeiam o pé ou em esteiras inteligentes, com câmeras e outros equipamentos que analisam a pisada. O quanto a pisada influencia? Para quem é atleta, pode significar muito. Descobrir a pisada garante a prevenção de lesões como Tendinite, Canelite, Fasceíte e Esporão. Todas essas patologias, detectadas com antecedência, podem ser corrigidas e não prejudicar a vida ativa da pessoa ou do atleta. No entanto, em casos crônicos, pode necessitar de um tempo maior de repouso e, assim, a paralisação das atividades físicas. Uma das maneiras de identificar rapidamente que a pisada está incorreta é o solado do tênis e a forma como ele está desgastando. Pisada neutra A pisada neutra impulsiona a passada com toda a parte frontal do pé. Sendo assim, o impulso começa com a parte externa do calcanhar, com o pé rotacionando ligeiramente para dentro. Quase metade da população mundial tem essa pisada e são os que têm menos restrições na hora de escolher um tênis. Pisada pronada A pisada pronada começa com o lado esquerdo do calcanhar e finaliza nas regiões próximas do dedão. Grande parte da população tem essa pisada, sendomuito normal entre as mulheres. Neste caso, o indicado é escolher tênis com mais amortecimento. Pisada supinada A pisada supinada é aquela em que a pessoa utiliza a parte externa do pé e principalmente a área do dedo mínimo para se impulsionar. Na pisada supinada existe mais chances de torcer o pé, sendo necessário tomar cuidado com tênis de solado alto. Índice 1. Etiologias das entorses 2. Diferença entre entorse e torção 3. Epidemiologia das entorses de tornozelo 4. Fatores de riscos para as entorses dos tornozelos 5. Mecanismos da lesão das articulações do tornozelo 6. Hora da revisão: confira o que você precisa saber sobre ligamentos dos pés 7. Diagnóstico das entorses 8. Tratamento das entorses 9. Prevenção 10. Dica de onde e como estudar para ortopedia no ciclo clínico e internato 11. Sugestão de leitura complementar 12. Referências Índice As entorses são lesões articulares mais comuns na população ativa e também entre aquelas relacionadas ao esporte. Ela é definida como uma lesão ligamentar (estiramento ou ruptura de ligamentos) que pode ocorrer devido a movimentos violentos de uma articulação. As entorses podem ocorrer em qualquer articulação do corpo que tenha ligamentos, mas algumas das articulações mais comuns que sofrem entorses incluem: Tornozelo: é a articulação mais comum para entorses, especialmente quando há uma torção ou uma rotação súbita do pé. Joelho: é uma articulação complexa e sujeita a lesões ligamentares, especialmente o ligamento cruzado anterior. Punho: as entorses de punho geralmente ocorrem durante atividades físicas que envolvem queda, como esportes de inverno, skate ou patinação. Cotovelo: entorses de cotovelo são menos comuns, mas ainda podem ocorrer durante atividades esportivas ou quedas. Outras articulações que também podem sofrer entorses incluem ombro, quadril, dedos e coluna vertebral. Etiologias das entorses Entorses geralmente ocorrem quando uma articulação é submetida a uma força súbita e excessiva que excede a capacidade do ligamento de manter a estabilidade da articulação. Isso pode ser causado por uma torção excessiva, uma queda ou um golpe direto na articulação. Atividades esportivas que exigem movimentos bruscos e repentinos, como corrida, futebol, basquete e esportes de contato, aumentam o risco de entorse. Imagem: Entorse de tornozelo durante um jogo de basquete com rompimento do ligamento talofibular anterior, que faz parte do complexo ligamentar lateral. Fonte: Moore, 2014 Principais causas As principais causas de entorse incluem: Atividades físicas: entorses são comuns em atividades físicas que envolvem movimentos bruscos, torções, saltos, quedas, colisões ou contatos, tais como esportes, dança, artes marciais e ginástica. Terreno irregular: correr ou caminhar em terrenos irregulares, como terrenos acidentados ou superfícies com buracos, aumenta o risco de entorse. Calçados inadequados: o uso de calçados que não oferecem suporte adequado ou que são muito apertados ou muito soltos pode aumentar o risco de entorse. Fadiga muscular: quando os músculos estão cansados, eles podem não ser capazes de fornecer suporte adequado às articulações, o que pode aumentar o risco de entorse. Fatores anatômicos: algumas pessoas podem ter predisposição genética ou anatômica a entorses devido a diferenças na forma ou tamanho das articulações, ou fraqueza muscular. Envelhecimento: com a idade, os ligamentos e tendões perdem elasticidade e tornam-se mais frágeis, o que aumenta o risco de entorse. Condições médicas pré-existentes: algumas condições médicas, como artrite, osteoporose ou doenças neurológicas, podem aumentar o risco de entorse. Acidentes automobilísticos: entorses podem ocorrer em acidentes automobilísticos quando o corpo é arremessado para frente ou para trás durante a colisão. Diferença entre entorse e torção Na pratica médica, os termos torção e entorse são comumente confundidos. Torção se refere ao mecanismo que ocorre na articulação, é o movimento rotacional do tálus em relação a tíbia e a fíbula. Esse movimento pode levar a vários problemas, como uma lesão na cortical óssea da tíbia ou fíbula, provocando uma fratura. Uma incongruência das articulações, levando a luxação. Ou até uma lesão ligamentar, levando a uma entorse. Ou seja, o movimento de torção pode levar a uma entorse. A torção é o mecanismo que ocorre no trauma e a entorse é o diagnóstico da lesão ligamentar. Epidemiologia das entorses de tornozelo Entorses de tornozelo são extremamente comuns e representam 25% dos atendimentos nos pronto- socorro ortopédicos. Estima-se que 1 em cada 10 mil pessoas evolui com entrose do tornozelo por dia. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte. Dessa forma, a população mais cometida são atletas durante suas atividades esportivas e pessoas comuns que pisam em falso em terrenos irregulares ou degraus. Uma revisão sistemática trouxe que a entrose é mais comum em mulheres que homens. É mais comum em crianças e adolescentes, quando comparados com adultos. Tipos de entorses mais comuns A entorse lateral do tornozelo é a entorse mais comum sofrida durante o esporte, variando de 70 a 90% de todas as entorses. O ligamento talofibular anterior é o único ligamento lesado em 73% das entorses de tornozelo. A entorse aguda do tornozelo é responsável por 15 a 17% de todas as lesões esportivas do ensino médio. Fatores de riscos para as entorses dos tornozelos Os fatores de riscos das entorses podem ser divididas em intrínsecas e extrínseca. Confira abaixo. Fatores intrínsecos Dorsiflexão limitada; Propriocepção reduzida; Deficiências no equilíbrio. Fatores extrínsecos Esse fator de risco também pode ser chamado de fator ambiental. Ele inclui: Atividades, como esportes em quadras abertas; Uso de sapatos inapropriados durante a prática de atividade física; Superfícies irregulares. Mecanismos da lesão das articulações do tornozelo O principal mecanismo para lesão ligamentar é a supinação ou inversão com flexão plantar (entorse lateral do tornozelo). Ambos representam cerca de 85% dos casos. Entretanto, ela também pode acontecer pelo mecanismo de eversão (entorse medial do tornozelo). Visualize esses movimentos na imagem abaixo. Mecanismo de inversão A inversão é o mecanismo de lesão principal por 2 motivos primordiais: 1: Posição posteriorizada da fíbula em relação a tíbia: o fato de a fíbula estar em uma posição mais posterior que a tíbia faz com que exista um vão para que o tálus tenha espaço para se movimentar e sair no movimento de supinação/inversão. 2: Fraqueza intrínseca dos ligamentos laterais: a estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo complexo ligamentar lateral, que é mais fraco que os ligamentos mediais e, por isso, acaba sendo mais acometido nas entorses de tornozelo. Ligamentos mais acometidos Como falamos acima, o mecanismo mais comum de lesão no tornozelo é a inversão com flexão plantar do pé, que causa danos aos ligamentos laterais do tornozelo. São eles: Ligamento talofibular anterior; Ligamento calcâneofibular; E ligamento talofibular posterior. Os ligamentos são lesionados em uma sequência previsível a medida que as forças aumentam. O talofibular anterior é o primeiro ou único ligamento a ser lesado na maioria das entorses de tornozelo. Forças mais intensas levam a rupturas combinadas do ligamento talofibular anterior e do ligamento calcaneofibular. Isso pode resultar em instabilidade significativa da articulação do tornozelo. A lesão isolada do ligamento calcaneofibular é incomum. No entanto, forças mais intensas resultam em lesões nos três ligamentos. Tais lesões, embora incomuns, são mais debilitantes e mais comumenteassociadas a lesões nervosas significativas. Mecanismo de eversão O complexo ligamentar medial é formado pelo deltoide, que é a união dos ligamentos tibiotalar anterior e posterior, tibionavicular e tibiocalcâneo. A eversão forçada do tornozelo pode causar danos a essa estrutura. E isso pode ocasionar a fratura por avulsão do maléolo medial, devido a força do ligamento deltoide. Hora da revisão: confira o que você precisa saber sobre ligamentos dos pés A articulação talocrural (articulação do tornozelo) está localizada entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula e a parte superior do tálus. Ela é reforçada lateralmente pelo ligamento colateral lateral, uma estrutura composta por três ligamentos completamente separados. Este ligamento sustenta o aspecto lateral do tornozelo, impedindo o movimento de inversão. Ligamento talofibular anterior (TFA): uma faixa plana e fraca que se estende em sentido anteromedial do maléolo lateral até o colo do tálus. É o mais comumente acometido nas entroses de tornozelo. Ligamento calcaneofibular: um cordão redondo que segue em sentido posteroinferior da extremidade do maléolo lateral até a face lateral do calcâneo. É mais forte que o ligamento TFA. O Ligamento talofibular posterior, uma faixa espessa, é o ligamento mais forte do complexo lateral. Segue em trajeto horizontal, em sentido medial e ligeiramente posterior a partir da fossa do maléolo até o tubérculo lateral do tálus. A cápsula articular é reforçada medialmente pelo grande e forte ligamento colateral medial (ligamento deltoideo). A sua fixação proximal é no maléolo medial. O ligamento medial abre-se em leque a partir do maléolo. Ele se fixa distalmente ao tálus, calcâneo e navicular por meio de quatro partes adjacentes e contínuas: A parte tibionavicular; A parte tibiocalcânea; E as partes tibiotalares anterior e posterior. O ligamento colateral medial estabiliza a articulação talocrural durante a eversão e impede a subluxação da articulação. Imagem: Ligamentos laterais do tornozelo. Fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-tornozelo https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-tornozelo Imagem: Ligamentos mediais do tornozelo. Fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-tornozelo Diagnóstico das entorses O diagnóstico de entorse geralmente é baseado na história clínica e no exame físico. O médico irá avaliar a gravidade da lesão, verificar se há inchaço, dor, dificuldade de movimentação e instabilidade na articulação afetada. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de imagem, como raio-x ou ressonância magnética, para avaliar a extensão da lesão. Tratamento das entorses O tratamento de entorse geralmente depende da gravidade da lesão. As entorses leves podem ser tratadas com repouso, compressas de gelo, elevação e medicamentos para alívio da dor e inflamação, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). O médico também pode recomendar fisioterapia para ajudar a fortalecer a musculatura ao redor da articulação afetada. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-tornozelo As entorses moderadas ou graves podem requerer imobilização da articulação afetada com uma tala ou gesso por um período de tempo para permitir a cicatrização do ligamento. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de muletas para evitar a colocação de peso na articulação afetada. Em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia para reparar o ligamento rompido. O tempo de recuperação pode variar de acordo com a gravidade da lesão, mas a maioria das pessoas pode voltar gradualmente às atividades normais dentro de algumas semanas a alguns meses após a lesão. Prevenção Algumas medidas podem ser tomadas para prevenir entorses, como: Realizar alongamento e aquecimento antes de atividades físicas; Usar calçados adequados e com boa aderência; Evitar atividades físicas em terrenos irregulares; Fortalecer os músculos ao redor da articulação afetada; Usar equipamentos de proteção em atividades esportivas. Dica de onde e como estudar para ortopedia no ciclo clínico e internato Estudar ortopedia nunca foi tão fácil e eficiente. Com a SanarFlix, você pode se preparar para os assuntos de ortopedia mais vistos no ciclo clínico e internato de forma prática e interativa. A plataforma oferece uma variedade de recursos, desde aulas teóricas até conteúdos práticos, como vídeos de procedimentos e casos clínicos. Além disso, você pode estudar onde e quando quiser, com acesso ilimitado a todo o conteúdo disponível na plataforma. Não perca mais tempo procurando por materiais de estudo confiáveis e completos. Inscreva-se agora na SanarFlix e comece a dominar a ortopedia. Referências MAUGHAN, K. L.; JACKSON, J. Ankle sprain in adults: Management. UpToDate, 2023. MAUGHAN, K. L.; JACKSON, J.Ankle sprain in adults: Evaluation and diagnosis. UpToDate, 2023. Como prevenir lesões no tornozelo ou pé 28 de Fevereiro de 2023 às 14:27 Entorses de tornozelo, conhecidas popularmente como torção, são mais comuns entre pessoas fisicamente ativas, especialmente bailarinos e esportistas amadores, mas o público em geral não está imune. A lesão pode resultar de uma caminhada por uma superfície irregular (especialmente ao usar saltos altos ou sapatos plataforma), pisar errado em uma calçada ou na escada, ser puxado de forma errática por um cão na coleira, ou mesmo brincar no quintal com crianças ou amigos. As fraturas do pé podem ser causadas por quedas, torções ou pelo impacto direto de um pé contra um objeto duro. Elas causam dor considerável, que é geralmente agravada ao se exercer peso no pé. O diagnóstico para essas lesões é feito por um médico ortopedista, o qual pode indicar exames médicos físicos, o histórico clínico do paciente e se necessário, exames complementares que auxiliem no diagnóstico mais preciso. Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de radiografia, de ressonância magnética ou ultrassonografia. Assim a atitude a ser tomada é a de procurar um serviço especializado para avaliação da gravidade da lesão. O que você pode fazer para prevenir lesões no tornozelo ou pés? Algumas medidas simples podem evitar que ocorram as lesões no tornozelo e pés como entorses e fraturas. São cuidados relevantes que farão muita diferença na sua caminhada e na prática de exercícios físicos: Tenha atenção ao calçado - essa recomendação serve tanto para quem já sofreu com a lesão como para quem quer evitar. O modelo de sapato é muito importante, não só para impedir torções, mas também para prevenir outros tipos de deformidades nos pés. Sendo assim, é fundamental escolher calçados confortáveis e ortopédicos para proporcionar mais equilíbrio na pisada. Contudo, é importante lembrar às mulheres sobre os sapatos de salto alto serem mais propensos a provocar quedas e torções. Sapatos no tamanho certo - o sapato precisa ser do tamanho certo do pé, para evitar instabilidade na pisada. Em especial para corridas, o tênis deve ser adequado ao tipo de pisada e se encaixar ao pé. Assim, não sairá do pé, evitando as chances de entorse. Cuidado com a sua pisada - em muitos casos, como os maus hábitos na hora de caminhar, temos tendência a uma pisada sem o equilíbrio necessário. É comum colocarmos mais peso em uma parte do pé, e isso pode aumentar as chances de instabilidade. Além disso, pessoas que costumam apoiar mais na borda do pé (pisada supinada) tem mais probabilidades de sofrer entorse. Atenção com pisos irregulares - sabemos que as ruas e calçadas são bastante problemáticas na maioria das cidades. Cheias de irregularidades como, por exemplo, buracos e desníveis, que podem fazer uma pessoa cair. Por isso, é preciso ter cuidado ao andar por esses lugares, tropeções ou tombos podem trazer consequênciasbastante graves, não só para os tornozelos como para o corpo todo. Faça sempre aquecimento antes da prática esportiva - exercícios para alongar são fundamentais para melhorar a flexibilidade de diversas partes do corpo, como o quadril e as pernas. É uma maneira de deixar o corpo preparado para qualquer movimento, e nesse caso, é recomendado realizá-lo para evitar deslocamentos errados. Treine para melhorar o seu equilíbrio - assim como o alongamento é uma parte importante para se ter maior flexibilidade e realizar práticas esportivas com segurança, fazer exercícios para melhorar o equilíbrio é uma ótima maneira de evitar as torções. Procure por atividades com estímulos para o corpo se manter em pé e ter mais controle. REFERÊNCIAS ESTADÃO. Aprenda a evitar entorses de tornozelo. Disponível em <https://www.estadao.com.br/emais/bem-estar/aprenda-a-evitar-entorses-de-tornozelo/>. Acesso em: 02/02/2023. NOT - Clínica de Ortopedia e Traumatologia. Entorse de tornozelo: causas, tipos e tratamento. Disponível em: <https://notortopedia.com.br/entorse-de-tornozelo-causas-tipos-e- tratamento/>. Acesso em: 02/02/2023. CIRURGIA DE PÉ - DR. THIAGO BITTENCOURT. 4 cuidados para evitar fraturas no tornozelo. Disponível em: <https://cirurgiadepe.com.br/evitar-fratura-no-tornozelo/>. Acesso em: 02/02/2023. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA. Entorse de tornozelo. Disponível em: <https://sbot.org.br/entorse-de-tornozelo/>. Acesso em: 02/02/2023. MANUAL MSD. Fraturas do pé. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt- br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do- p%C3%A9#:~:text=As%20fraturas%20do%20p%C3%A9%20podem,para%20diagnosticar%20frat uras%20do%20p%C3%A9>. Acesso em: 02/02/2023. DSQV/Ufopa 28/02/2023 https://www.estadao.com.br/emais/bem-estar/aprenda-a-evitar-entorses-de-tornozelo/ https://notortopedia.com.br/entorse-de-tornozelo-causas-tipos-e-tratamento/ https://notortopedia.com.br/entorse-de-tornozelo-causas-tipos-e-tratamento/ https://cirurgiadepe.com.br/evitar-fratura-no-tornozelo/ https://sbot.org.br/entorse-de-tornozelo/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-p%C3%A9#:~:text=As%20fraturas%20do%20p%C3%A9%20podem,para%20diagnosticar%20fraturas%20do%20p%C3%A9 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-p%C3%A9#:~:text=As%20fraturas%20do%20p%C3%A9%20podem,para%20diagnosticar%20fraturas%20do%20p%C3%A9 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-p%C3%A9#:~:text=As%20fraturas%20do%20p%C3%A9%20podem,para%20diagnosticar%20fraturas%20do%20p%C3%A9 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-p%C3%A9#:~:text=As%20fraturas%20do%20p%C3%A9%20podem,para%20diagnosticar%20fraturas%20do%20p%C3%A9