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Departamento de Química – FFCLRP Universidade de São Paulo Docente responsável: Prof. Dr. Antônio Eduardo Miller Crotti Aula 7 Cromatografia Fundamentos de Química Experimental O que é cromatografia? Cromatografia é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, realizada por meio da distribuição desses componentes em duas fases (fase móvel e fase estacionária) que estão em íntimo contato. KROMA + GRAPH (COR) (ESCREVER) Diferenças nas propriedades das fases móvel e estacionária possibilitam com que os componentes da amostra se desloquem através do material cromatográfico com velocidades desiguais, gerando a separação DEFINIÇÃO 1897-1903 David Talbot Day Separação de HC do petróleo Separação de pigmentos; proposição do termo cromatografia Mikhail Tswett 1903-1906 1930 Kuhn e Lederer Cromatografia em coluna Cromatografia em papel Izmailov e Shraiber 1938 1941 Martin e Synge Particição em cromatografia líquida; Princípios de fase gasosa Primeira publicação em fase gasosa Martin e Synge 1952 1958 Egon Stahl Cromatografia em camada delgada PRINCIPAIS FATOS HISTÓRICOS • Cromatografia em Camada Delgada (Planar) : a fase estacionária é colocada sobre uma placa. • Cromatografia em Coluna : a fase estacionária é colocada em um tubo cilíndrico. Preparativas: 6->50 mm; Analíticas: 2-6 mm; Microdiâmetro: 1-2 mm; Capilares: < 1 mm. • Dependendo do estado físico da fase móvel pode-se ter: Cromatografia gasosa: fase móvel é um gás inerte. Cromatografia líquida: fase móvel é um líquido. Cromatografia supercrítica: fase móvel é um vapor pressurizado em temperatura e pressão acima do ponto crítico. TIPOS DE CROMATOGRAFIA LÍQUIDA CROMATOGRAFIA PLANAR COLUNA LÍQUIDA GÁS FLUÍDO SUPERCRÍTICO Líquida (CP) Sólida (CCD) Ligada (CCD) Ligada (CSFL)Sólido (CSS) Líquida (CGL) Sólida (CGS) Ligada (CGFL) Líquida (CLL) Sólida (CLS, CE) Ligada (CFLF, CTI e CB) Critérios de Avaliação Técnica Fase Móvel Fase Estacionária Tipos de Cromatografia SIGLA NOME TIPO DE SEPARAÇÃO CP Papel Partilha CCD Camada Delgada Partilha CCD-FL Camada Delgada com Fase Quimicamente Ligada Partilha e Adsorção CGL Gás-Líquido Distribuição CGS Gás-Sólido Adsorção CGFL Gasosa com Fase Quimicamente Ligada Adsorção CSS Sólida com Fase Móvel Super-crítica Adsorção CSFL CSS com Fase Quimicamente Ligada Adsorção CLL Líquido-Líquido Partilha CLS Líquido-Sólido Adsorção CE Exclusão Permeação CLFL Líquida com Fase Quimicamente Ligada Partilha e Adsorção CTI Troca Iônica Interações Polares CB Bioafinidade Bioatividade TIPOS DE CROMATOGRAFIA TIPOS DE SEPARAÇÃO • Os princípios físico-químico básicos de separação são: – Adsorção: O soluto é retido pela superfície da fase estacionária através de interações químicas ou físicas. – Partição: O soluto se dissolve na parte líquida que envolve a superfície do suporte sólido. – Troca iônica: O íon da amostra se liga à carga fixa (grupo funcional) da fase estacionária. – Exclusão moléculas: As moléculas são separadas por tamanho, havendo retenção das maiores. – Bioafinidade: Ocorre uma ligação molecular específica e reversível entre o soluto e o ligante fixado à fase estacionária. Definição: Consiste na separação dos componentes de uma mistura por meio da migração diferencial sobre uma camada delgada adsorvente retido sobre uma superfície plana Teve início em 1938, mas somente na década de 1960 começou a ser largamente utilizada. Vantagens: •Fácil compreensão e execução; •Separações rápidas; •Fácil repetição; •Baixo custo. CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA LD . . . FATOR DE RETARDAMENTO ou FATOR DE RETENÇÃO – RF PARA CROMATOGRAFIA PLANAR É definido pela razão entre as distâncias percorridas pela substância e pela fase móvel. RF=D/L CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA Cromatografia de Adsorção Adsorvente polar (ex.: sílica ou alumina): terá afinidade por substâncias polares. Portanto: •Substâncias apolares (ex.: hidrocarbonetos –possuem apenas C e H): não terão afinidade pelo adsorvente. Nessa maneira, não serão retidas, deslocando-se com a fase móvel. •Substâncias polares (ex.: substâncias aromáticas –possuem oxigênio na molécula) : serão retidas pela fase estacionária (adsorvente) polar, não se deslocando. CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA 1.Placas pré-fabricadas: são mais uniformes e homogêneas do que as feitas no laboratório, melhorando a separação e tornando os valores de RF mais reprodutíveis. 2.Colocação da amostra: exatamente na linha de partida, para não ocorrem variações nos valores de RF. 3.Seleção da fase móvel: o solvente ou mistura de solventes usados como fase móvel devem ser escolhidos cuidadosamente, pois vai haver uma competição entre as moléculas da fase móvel e da amostra pela superfície do adsorvente. Assim,deve-se considerar a natureza química das substâncias a serem separadas e a polaridade da fase móvel. 4.Dissolução das amostras: as amostras devem ser dissolvidas em solventes bastante voláteis, que possam ser rapidamente eliminados após a aplicação, numa concentração que varie de 0,1a1%. A aplicação pode ser feita com pipeta automática ou tubos capilares de vidro. PONTOS IMPORTANTES 5. Revelação: após o desenvolvimento dos cromatogramas, evapora-se o(s) solvente(s) e as placas são reveladas, a fim de tornar visível as substâncias incolores presentes na amostra. Visualização pode ser feita por meio de: métodos físicos • Luz UV –substâncias fluorescentes . • Esse método não é destrutível. • Métodos químicos –substâncias são borrifadas sobre as placas e depois aquecidas a 100-120oC (ex.: vanilina-sulfúrica). • Esse método é destrutível. • Métodos biológicos –reações enzimáticas ou bacterianas • Teste de substâncias antifúngicas. 7. Documentação: • Fotografar as placas reveladas quimicamente. • Desenhar em folha de papel de seda ou papel vegetal. Cromatografia líquida “clássica” uma técnica de adsorção • Iniciada nos primeiros anos do século XX • Fase estacionária (sólida):colocada numa coluna de vidro de diâmetro variado; CROMATOGRAFIA EM COLUNA Reprodução do experimento de Tswett-separação de um extrato de folhas de espinafre por cromatografia em coluna aberta. • Amostra: colocada no topo da coluna; • Fase móvel (eluente): passa através dela. Pode ser usada para fins preparativos, dependendo do tamanho da coluna. A resposta é NÂO. CROMATOGRAFIA EM COLUNA Adsorventes: sílica gel, óxido de alumínio, silicato de magnésio, carvão ativo, celulose micro cristalina. O tamanho das partículas dos adsorventes para CC são maiores que aquele para CCD (60-200 μm). Eluentes: são selecionados de acordo com o seu poder de eluição. Enchimento da coluna: ✓ Por via úmida: mistura se a fase móvel ao adsorvente até formar uma pasta. Preenche-se a coluna com essa pasta. Coloca-se a amostra em solução no topo da coluna (ex.:separação de flavonoide sem coluna de PVPP; eluente=metanol). ✓ Por via seca: coloca-se o adsorvente na coluna. Coloca-se a amostra no topo da coluna em mistura com um pouco de adsorvente. Passa-se a fase móvel (eluente) (ex.: separação de hidrocarbonetos de ceras epicuticulares em coluna de óxido de alumínio; eluente= hexano). CROMATOGRAFIA EM COLUNA Compostos hidrossolúveis, ácidos orgânicos e íons metálicos • Princípio: partição (solubilidade) • Quantidade de amostra necessária 10-3 a 10-6 g • Tipos: ascendente, descendente, bidimensional, circular • F.M. - Sistema de solventes • F.E. - Água retida na celulose (papel Whatman) • Métodos de detecção: físico químicos • Análise qualitativa: Rf (fator de retenção) - problema: reprodutibilidade • Análise quantitativa: densitômetro, extração dos solutos CROMATOGRAFIA EM PAPEL CROMATOGRAFIA CAMADA DELGADA Vantagens: •maior sensibilidade •mais rápido •> repetibilidade •< difusão •> faixa de aplicação •reveladoresreativos •permite aquecimento Desvantagens: •degradação de compostos lábeis devido á grande superfície de exposição •dificuldades na quantificação CROMATOGRAFIA PAPEL Vantagens: •técnica simples •não requer instrumentação sofisticada •baixo custo Desvantagens: •uso limitado •alargamento de banda-difusão- •pouca alternativa de reveladores CROMATOGRAFIA EM PAPEL vs CAMADA DELGADA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19