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PUBLICIDADE ABUSIVA E O DIREITO DA CRIANÇA Aline Cristina de Lima Cleber José Souza Santana Danielle Kelly dos Santos Pereira Vitória Nicolly Noronha Mota Volnei Aparecido Gonçalves da Silva Orientadora: Prof.ª Ms. Giseli Angela Tartaro Ho Exploração das Vulnerabilidades das Crianças; Promoção de Alimentos Não Saudáveis; Pressão sobre os Pais; Impactos Psicológicos. O Brasil implementou regulamentações específicas relacionadas à publicidade infantil, incluindo resoluções do CONANDA e diretrizes do CONAR. Alguns dos problemas específicos relacionados à publicidade infantil: PROBLEMAS DA PUBLICIDADE INFANTIL Abaixo estão alguns das consequências específicas relacionadas à publicidade infantil no Brasil: Problemas de Saúde Consumismo Infantil Impactos na Educação Custos Financeiros para Famílias Dificuldades para Regular a Indústria Aqui estão algumas das principais leis e resoluções que abordam e regulamentam a publicidade infantil: Código de Defesa do Consumidor (CDC) Resolução CONANDA nº 163/2014 Resolução CONANDA nº 165/2014 Autorregulação (CONAR) Classificação Indicativa Essas leis e regulamentações visam equilibrar a promoção de produtos e serviços com a proteção das crianças, garantindo que a publicidade não seja prejudicial ou enganosa para esse público vulnerável. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR INFANTIL PERANTE AS PROPAGANDAS O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 –, em seus artigos. 3º a 4º, estabelece: “Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” Os artigos 3º e 4º do ECA aceitam que a criança é vulnerável, necessitando, de um sistema de proteção composto pela família, sociedade e Estado. Portanto, é antiético se aproveitar da hiper vulnerabilidade da criança para influenciar nas decisões de consumo na família. A publicidade diz a crianças que eles só estarão satisfeitos se possuírem ou usarem determinado produto, perpetuando a cultura de que é preciso ter para ser. É UMA PRÁTICA ANTIÉTICA Direcionar publicidade diretamente ao público infantil é uma estratégia das empresas anunciantes para utilizar as crianças como promotoras de vendas para suas famílias. COM PUBLICIDADE RESPONSÁVEL. NÃO SE BRINCA! O Código de Defesa do Consumidor (CDC) já define que a publicidade dirigida a crianças se aproveita da deficiência de julgamento e experiência desse público e, portanto, é abusiva e ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica. 7 Segundo o site o Tempo, a Federação Nacional das Agências de Propaganda-FENAPRO é uma das entidades que apoiam "Com publicidade responsável, não se brinca", que destaca a importância da ética na publicidade infantil. É bom lembrar que a publicidade infantil é uma prática abusiva, ilegal e proibida. É o que determina o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), além da Resolução nº163 do Conanda. Fonte: Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) e Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral) ESTUDO DE CASO: PUBLICIDADE PARA CRIANÇA NOS MEIOS DIGITAIS Canal - Bel Para Meninas: https://www.youtube.com/user/belparameninas Fonte: Youtube – Bel para Meninas O Youtube tem se tornado um meio de entretenimento bastante visitado pelo público infantil, essa plataforma permiti que a criança navegue por inúmeros canais e por diferentes conteúdos, sem nenhum filtro. Em destaque, há um canal no Youtube que foi analisado: Bel Para Meninas. Em pouco tempo, o canal da menina cresceu de forma muito rápida, chegando a milhões de seguidores. Por meio de uma hashtag que esteve em primeiro lugar no twitter #SalveBelparaMeninas no ano de 2020 a família de Bel começou a ser acusada de explorar a imagem da menina. Os pais da menina foram inocentados juridicamente. Este canal é um exemplo de caso em que a criança se torna o “produto divulgado” Até o momento o canal continua ativo, concluindo que nenhum órgão regulador tem autonomia para proibir esse tipo de publicidade e retirá-lo do ar. Assim como esse caso mencionado, há milhares de influencers infantis com canais no Youtube ou páginas em redes sociais, faturando através deste serviço. Porém o trabalho infantil é proibido na LEI Nº10.097, de 19 de dezembro de 2000, artigo 403, da Consolidação das Leis Trabalhistas: “É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos." 11 É fundamental garantir que as crianças possam desfrutar de um ambiente publicitário que não comprometa seu desenvolvimento, saúde e bem-estar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ficou claro que a publicidade infantil é uma prática delicada que pode influenciar profundamente o comportamento e as percepções das crianças. O desafio está em equilibrar o direito à informação e o direito das crianças a um ambiente publicitário seguro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As consequências da publicidade infantil. Disponível em: < https://www.jusbrasil.com.br/artigos/as-consequencias-da-publicidade-infantil/1331045211#:~:text=E%20as%20consequ%C3%AAncias%20desse%20comportamento,%2C%20obesidade%20infantil%2C%20dentre%20outros. > Acesso em: 23 de out. de 2023. Porque a publicidade infantil é proibida. Disponível em < https://publicidadeinfantilnao.org.br/secao/10-motivos-para-nao-expor-as-criancas-a-publicidade/ > Acesso em: 22 de out. de 2023. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Publicado em 17/03/2021 19h39. Atualizado em 25/07/2023 09h04. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/publicacoes/o-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente. Acesso em 23 de outubro de 2023. Obrigada pela atenção! image1.jpeg image2.jpg image3.png image4.png