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Paisagismo
Projeto de paisagismo
Prof. Me. Fernando Gargantini Graton
1
• Unidade de Ensino: 4
• Competência da Unidade: conhecer sobre o diagnóstico do terreno, 
estudo preliminar e projeto executivo de paisagismo.
• Resumo: Diagnóstico e levantamento das características de um
terreno para realizar o projeto preliminar e projeto executivo de
paisagismo.
• Palavras-chave: Paisagismo, diagnósticos, CDP, estudo preliminar,
projeto executivo.
• Título da aula: Projeto de paisagismo
• Aula nº: 4
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Contextualização
Nesta aula você irá:
• Identificar as características da área do projeto e sua
inserção no meio urbano;
• Conhecer sobre Matriz de condicionantes, deficiências
e potencialidades (Matriz CDP);
• Entender os processos da criação do estudo
preliminar;
• Conhecer os conceitos para a criação de um projeto
executivo de paisagismo.
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Levantamentos e 
Matriz CDP
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Diagnóstico
Para que o projeto de paisagismo tenha êxito, é
necessário um bom levantamento das necessidades:
• Identificação de demandas e conflitos;
• Levantamento de campo;
• Elementos urbanos;
• Quadro síntese.
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Identificação de demandas e conflitos
Histórico do local: como surgiu o bairro, qual é a origem
de seu nome e a relação com a evolução urbana da cidade.
Morfologia existente: relações entre espaços públicos x
espaços privados/semipúblicos, espaços ocupados x
espaços livres, distâncias X acessibilidade e usos e
ocupação do solo.
Relações com o entorno: relação do terreno com as ruas
e o sistema viário adjacentes, com o gabarito das
edificações próximas e com os usuários e moradores do
bairro.
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Levantamento de campo
• Visitas ao terreno
• Levantamento planialtimétrico
• Análise climática
• Outras informações
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Diagnóstico projetual
Leitura do terreno e entorno (condicionantes)
• Características positivas: potencialidades à benefícios
ao usuário;
• Características negativas: possibilidades de
transformar ou eliminar essas deficiências.
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Matriz CDP
A Matriz CDP é um instrumento muito utilizado na
elaboração de Planos Diretores Municipais, baseada na
análise das condicionantes, deficiências e
potencialidades.
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Condicionantes
• São os elementos existentes, naturais ou construídos, que
não podem ou não devem ser alterados.
• O projeto deverá se adaptar ao local, principalmente com
a escolha de espécies vegetais que se adaptem às
condições climáticas e naturais existentes.
• A existência de equipamentos públicos prevê a
compatibilização do projeto com esses usos.
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Deficiências
• Podem ser de caráter ambiental, social, de infraestrutura,
etc.
• São aspectos negativos observados durante o
levantamento de campo que podem ser melhorados ou
eliminados através da implantação do projeto de
paisagismo.
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Potencialidades
Elementos naturais ou construídos que se encontram
mal aproveitados, desperdiçando seu potencial e que
podem vir a ser incorporados ao projeto.
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Dimensão territorial
Corresponde à escala da cidade.
Nesta dimensão, a forma da cidade pode ser
percebida na sua totalidade, por meio das
articulações de seus elementos primários:
bairros, infraestrutura viária e zonas verdes
Fonte: iStock.
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Dimensão urbana
Analisa a escala do bairro.
O loteamento pode ser analisado em sua
totalidade, identificando-se o sistema
viário local com as ruas principais e
secundárias, as vias arteriais de conexão a
outros bairros, o desenho do loteamento e
a distribuição espacial das construções
existentes.
Fonte: iStock.
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Dimensão setorial
Corresponde a escala da rua.
Nesta escala, a leitura é feita pelas
edificações e suas fachadas, árvores,
letreiros e marcos visuais, os recuos, as
calçadas e os espaços de convivência. Fonte: iStock.
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Fonte: autor
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Estudo preliminar
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Estudo preliminar
Fase do projeto, tanto arquitetônico quanto paisagístico, na
qual o profissional apresentará ao cliente as concepções e
diretrizes adotadas e as alternativas de implantação.
• Partido;
• Programa de Necessidades;
• Zoneamento Funcional;
• Plano de Massas.
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Partido projetual
Conjunto de diretrizes de projeto que nortearão a
intervenção pretendida, com base no:
• Levantamento de referências ambientais, sociais,
políticas e econômicas para o entendimento da
realidade existente.
• Identificação das condicionantes, as deficiências e
as potencialidades (matriz CDP)
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Programa de necessidades
• Lista que concilia as necessidades e expectativas
dos clientes com a relação de atividades e
equipamentos utilizados no espaço.
• A partir dessas solicitações, deve ser montada e
preenchida a tabela do programa de necessidades.
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Tabela do programa de necessidades
A tabela do programa de necessidades pode ser montada de
acordo com o projeto que está sendo desenvolvido, inserindo-
se mais colunas e informações, conforme a necessidade.
Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
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Zoneamento funcional
• O zoneamento funcional ou espacial consiste não apenas
na setorização das áreas (lazer ativo, contemplação,
atividades sociais), mas também da vegetação e dos
espaços de circulação distribuídos pelo relevo do terreno.
• Para o entendimento do zoneamento funcional, devemos
iniciar com o entendimento do terreno e sua área
envoltória.
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Plano de massa
• O plano de massas consiste na definição das massas
vegetativas (os estratos vegetais de forração, arbustivos
e arbóreos) que comporão o projeto de paisagismo.
• Tem o objetivo de valorizar as qualidades ambientais,
paisagens e acessos, definidos a partir do zoneamento
funcional e do programa de necessidades.
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Estudo de um terreno
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Estudo de um terreno
• No escritório de arquitetura paisagística onde trabalha,
você foi o designado para elaborar o estudo de um
terreno localizado em uma área residencial, destacado de
uma área verde maior (parque municipal), próximo a
equipamentos públicos e a uma área de preservação
ambiental.
• O terreno possui orientação nordeste (NE) e ventos
predominantes do sudeste (SE).
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Condicionantes do terreno
Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
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Análises
Você deverá realizar neste terreno:
• Etapa 1: Identificação dos acessos, os visuais
interessantes e desinteressantes, as edificações limítrofes
e os elementos de destaque no terreno;
• Etapa 2: Realizar o zoneamento das atividades e o plano
de massa.
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Etapa 1
• Acesso;
• Visual interessante;
• Visual desinteressantes;
• Edificações limítrofes.
Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
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Etapa 2
Estipularam-se, no programa de
necessidades, três áreas de trabalho:
• Lazer contemplativo;
• Lazer esportivo;
• Atividades sociais. Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
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Etapa 2
Plano de massa em
perspectiva
Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
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Ante projeto e projeto 
executivo de 
paisagismo
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Ante projeto
• Com base no zoneamento espacial e o plano de massas
desenvolvidos durante o estudo preliminar devem ser
detalhados em uma proposta que permita ao cliente o
entendimento do projeto inteiro (ante projeto).
• Caminhos, rampas e acessos deverão ser identificados
no terreno, bem como as movimentações de terra
(cortes e aterros). Materiais, equipamentos e espécies
vegetais devem ser discriminados e quantificados de
modo com que se possa calcular uma estimativa do
orçamento do projeto.
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Ante projeto
• Nesta etapa o projetos complementares a cargo de
outros profissionais, como os de luminotécnica e
irrigação, deverão ser discutidos e orçados.
• Os desenhos devem ser apresentados em escala, por
meio de plantas, cortes, elevações, perspectivas e
croquis coloridos de fácil entendimento.
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Ante projeto
• Desenvolver de forma mais elaborada o anteprojeto ou
esboço realizado, incluindo dados reais relativos aos
itens constantes na ideia original;
• O produto final são plantas de vários tipos que podem
ser distribuídas dentre a própria equipe ou para outros
profissionais com informações capazes de alimentar os
projetos complementares.
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Projeto executivo
• A etapa do projeto executivo compreende um
detalhamento muito mais minucioso do que a doanteprojeto.
• Nesta etapa, devem ser desenvolvidos os projetos
referentes às plantas gerais de implantação, aos cortes
(longitudinais e transversais), às elevações (fachadas),
às plantas e aos cortes de terraplanagem e aos projetos
referentes aos detalhamentos (tanto do paisagismo
como dos elementos construtivos).
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Projeto executivo: planta baixa
• Planta baixa de implantação;
• Plantas baixas de plantio; 
• Plantas baixas de mobiliários;
• Plantas baixas de pisos e canteiros; 
• ou, conforme a necessidade do projeto.
ATENÇÃO AO DOCUMENTOS
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Representação técnica
• Utilizar escala apropriada;
• Representar cotas de nível;
• Locação;
• Discriminação das espécies vegetais;
• Pontos de luz e água;
• Equipamentos e mobiliário.
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Cortes
Para a compreensão do tamanho dos volumes
vegetais, verificação dos níveis topográficos,
movimentações de terra, visualização da escala
humana e melhor entendimento.
Deverão conter indicações de cotas verticais,
elementos construídos e representação da
vegetação em blocos diferentes e com volumes
realistas, considerando o porte adulto.
A linha de corte deverá ser traçada sob os
elementos a construir, no sentido do perfil do
terreno – longitudinal e transversal.
Fonte: Calliari (2014, [s.p.]).
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Detalhes
Representação gráfica de todos os
pormenores necessários, em escala
adequada, para um perfeito
entendimento do projeto e para
possibilitar sua correta execução
Fonte: Galhego, 2019 
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Memorial descritivo
O projeto executivo deve vir acompanhado do
Memorial Descritivo, documento que traz informações
sobre aspectos topográficos, arquitetônicos,
paisagísticos, hidráulicos, luminotécnicos, entre
outros.
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Tabela botânica
A tabela botânica e de especificações técnicas deve ser
contemplada no memorial e nas plantas baixas do projeto,
auxiliando na compreensão e implantação das espécies
vegetais.
As especificações técnicas são as informações referentes
aos procedimentos realizados para plantio:
• Tamanho das covas;
• Espaçamento das espécies vegetais;
• Tamanho e a quantificação das mudas no momento da
compra.
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Tabela botânica
Fonte: Fritsch e Souza, 2019.
As especificações técnicas são as informações referentes aos
procedimentos realizados para plantio:
• Tamanho das covas;
• Espaçamento das espécies vegetais;
• Tamanho e a quantificação das mudas na compra.
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Perspectivas
São desenhos feitos com a visão do
observador, que mostram uma
impressão mais precisa do projeto.
Podem ser técnicas, quando
trabalhadas de forma matemática e
exatas ou artísticas onde se
permitem certas distorções.
https://www.archdaily.com.br/br/938517/jardim-deca-hanazaki-
paisagismo/5ea8635cb357653afd000557-jardim-deca-hanazaki-paisagismo-perspectiva-04
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Perspectivas digitais
• Programas de desenho CAD:
confecção de planta e modelagem 3D.
• Projeto e maquetes: Revit, Lumion,
3DS Max e Sketchup.
• Softwares de paisagismo:
Autolandscape (nacional) reúne bancos
de dados diversos de vegetação,
materiais, móveis e outros itens para
projetos paisagísticos
hSps://organico.arq.br/
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Especificações 
técnicas
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Especificações técnica
As especificações técnicas são as informações referentes aos
procedimentos realizados para plantio:
• Tamanho das covas;
• Preparo do solo;
• Adubação;
• Espaçamento das espécies vegetais;
• Tamanho e a quantificação das mudas na compra.
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Especificações técnica
Devem estar relacionadas na tabela de vegetação que
acompanha o memorial descritivo, podendo também ser
anexadas às plantas baixas do projeto, facilitando o
acesso do profissional às informações referentes às
especificações e quantificações de espécies no momento
da implantação do projeto no local da obra.
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Especificações técnica – Tamanho da cova
O tamanho das covas dependerá do porte de aquisição
das mudas, pois mudas maiores possuem torrão maior e,
consequentemente, precisarão de covas maiores.
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Especificações técnica – Distância de plantio
A distância de plantio entre as mudas (no caso de cercas-
vivas e conjuntos arbóreos ou arbustivos) deve considerar a
medida da distância do eixo do tronco de cada muda e será
discriminada na tabela de vegetação.
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Especificações técnica – Orçamento
• O orçamento de um projeto de paisagismo pode variar
muito em função do porte (tamanho) das espécies
adquiridas.
• Deve-se computar os valores gastos com insumos,
como terra preta, terra de aterro, adubos, calcário,
ureia, esterco, tutores e delimitadores de canteiros.
• E despesas com materiais para acabamento, como
areia, pedriscos, casca de pinus, mantas de bidim,
argila expandida, etc.
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Especificações técnica – Orçamento
As quantificações de materiais e a relação de gastos da obra
deverão estar contidos no orçamento que acompanha o
Memorial Descritivo, ou especificadas em relatório anexo que
acompanha o contrato de prestação de serviços.
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Especificações técnica – Orçamento
Caso o profissional seja responsável pela execução do
projeto, precisará acrescentar ao memorial e ao contrato um
cronograma de plantio para calcular a quantidade de mão de
obra por dia de jardineiros.
Devem ser previstos, por fim, os custos de transporte das
mudas (frete) e os honorários relativos à supervisão ou ao
acompanhamento da obra.
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Atuação profissional 
em outros locais
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Situação-problema
• Você foi convidado a colaborar em um projeto
paisagístico de um grande empreendimento em outro
estado. Dessa forma, as visitas serão muito raras devido
ao custo e distância envolvidos.
• Qual o sequenciamento de projeto que deve ser adotado
e quais os cuidados que devem ser tomados em um
projeto como este?
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Situação-problema
• O paisagista deve entrar em sintonia com o grupo de
profissionais da obra (equipe multidisciplinar).
• Frequentemente entram nessas reuniões ainda
calculistas, topógrafos, decoradores, dentre outros
profissionais.
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Resolução
• O projeto de pré-execução deve ser feito baseado em
projetos complementares como construções, hidráulica,
elétrica, dentre outros para que possa efetivamente ser
implantado.
• O desenho do projeto deve ser claro / organizado e
muito bem discutido entre todos e possibilitar a
compatibilização e coordenação.
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Resolução
• O projeto botânico deve ser bem claro e com um alto
nível de detalhamento, pois quanto mais detalhada a
informação das plantas, quantidades, portes e
características gerais das mudas, melhor a qualidade de
fornecimento e implantação destas.
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Resolução
• O projeto de iluminação paisagística deve listar
todos os equipamentos necessários para a iluminação
estética e funcional do projeto, com listagem de modelos,
potências de lâmpadas e respectivas localizações em
planta baixa.
• O projeto de iluminação também deve ser subdividido em
circuitos para facilitar o trabalho da automação e também
a divisão elétrica no quadro de força.
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Recapitulando
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Recapitulando
Nesta aula nós conhecemos:
• Como o diagnósticos de um terreno deve ser realizado
para entender as necessidades do local e do cliente;
• Como utilizar a matriz CDP para criar diretrizes
projetuais;
• Como realizar um projeto preliminar e executivo de
paisagismo;
• Sobre a tabela botânica de projeto executivo e suas
especificações técnicas.
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