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Sistematização da assistência de enfermagem perioperatória - SAEP Prof.ª Ma. Rosana Martins Coutinho SAEP SAE Sistematização da assistência de enfermagem Processo que objetiva promoção, manutenção e recuperação da saúde Desenvolvida pelo enfermeiro Aplicação de teorias de enfermagem – Necessidades Humanas Básicas e PE Resolução COFEN: 358/ 2009 SAEP Aplicação do Processo de Enfermagem no cuidado ao paciente cirúrgico, com base na assistência integral de forma continuada, participativa, individualizada, documentada e avaliada em todas as fases do período perioperatório. CASTELLANO; JOUCLAS (1990) SAEP Implementada por enfermeiros perioperatórios, especialmente especialistas em CC e atuantes na área. Busca a satisfação das necessidades da pessoa em condição cirúrgica Provoca a realização de um serviço de qualidade Sustenta as ações de Enfermagem no CC Transoperatório Pós-operatório Pré-operatório Fases da SAEP SOBECC, 2017 5 Visita pré-operatória Planejamento Implementação Avaliação Reformulação Períodos da experiência cirúrgica tas s„o: o perÌodo prÈ-operatÛrio imediato que compreende desde a vÈspera da cirurgia atÈ o momento em que o mesmo È recebido no centro cir˙rgico (CASTELLANOS; JOUCLAS, 1990); o perÌodo transoperatÛrio vai desde a entrada do paciente no centro cir˙rgico, recebimento e avaliaÁ„o na recepÁ„o atÈ seu encaminhamento para a recuperaÁ„o pÛs-anestÈsica; o perÌodo intra-operatÛrio, desde a entrada na sala de cirurgia, atÈ o final da anestesia, com encaminhamento para recuperaÁ„o pÛs-anestÈsica e o perÌodo pÛs-operatÛrio imediato, que corresponde ao momento da alta da sala de cirurgia atÈ a alta da sala de recuperaÁ„o pÛs-anestÈsica (PASCHOAL; ROGENSKI, 2001). 6 Período Perioperatório Pré-operatório Transoperatório Pós-operatório Mediato Imediato Intraoperatório Imediato Mediato Recuperação pós-anestésica Períodos da experiência cirúrgica Pré-operatório Mediato: Desde o momento que o paciente recebe a noticia de que será submetido ao tratamento cirúrgico até as 24 horas que antecedem a cirurgia. Pré-operatório Imediato: Período de 24 horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico, estendendo-se até o encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico (CC). Transoperatório: Momento em que o paciente é recebido no CC até sua saída da sala operatória (SO). Intraoperatório: Tem inicio no procedimento anestésico-cirúrgico e vai até seu término. Pós-operatório imediato: Primeiras 24 horas após a intervenção anestésico-cirúrgica. Recuperação pós-anestésica (RPA): Chegada do paciente na SRPA até sua alta para a unidade de origem. Pós-operatório mediato: Inicia-se após as primeiras 24 horas após a intervenção anestésico-cirúrgica até a alta do paciente ou mesmo após seu retorno ao domicilio. Classificação das cirurgias Quanto a urgência do procedimento Quanto a finalidade Quanto ao potencial de contaminação(portaria MS nº 2616/98). Classificação das cirurgias Classificação das cirurgias Com base na finalidade Diagnóstica Curativa Reparadora Reconstrutiva ou cosmética Paliativa Radical Ablativa Biópsia em laparotomia exploratória Massa tumoral é ressecada ou um apêndice inflamado é removido; Múltiplas feridas devem ser reconstituídas; Mamoplastia ou rejuvenescimento facial é realizado; A dor deve ser aliviada ou um problema corrigido Ressecção parcial ou total do órgão ou estrutura afetada, a exemplo da remoção do útero e do estômago. Excisão ou remoção de uma parte doente do corpo, a exemplo da amputação, remoção de apêndice, colecistectomia Classificação das cirurgias Potencial de contaminação PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998 Limpa Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação Ausência de processo infeccioso e inflamatório local Cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção Sem drenagem aberta Não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário; Potencialmente contaminadas Ausência de processo infeccioso e inflamatório Cirurgias com drenagem aberta Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Classificação das cirurgias Potencial de contaminação PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998 Contaminada Realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. Infectada Ausência de supuração local Presença de inflamação Cicatrização de segunda intenção Grande contaminação a partir do tubo digestivo Obstrução biliar ou urinária Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus. Sistematização e Organização do Cuidado de Enfermagem em Cuidados Transoperatórios INTRODUÇÃO Complexidade Especificidade Estresse Possibilidade de riscos à saúde Intervenção cirúrgica Primeira cirurgia com narcose, 1846 Quadro pintado por Robert C. Hinckley (1882) HISTÓRICO 1881: Esterilização de instrumentais por calor ( Robert Koch) 1890: uso de luvas na sala de cirurgia ( William Haltesd) Avanço nos procedimentos cirúrgicos e serviços de apoio (Radiografia, laboratórios, Endoscopia, bancos de sangue, etc...) HISTÓRICO A história do CC se funde com a evolução da enfermagem perioperatória Ao lado dos cirurgiões barbeiros as atividades da enfermeira incluíam restrição e cuidados ao paciente, bem como limpeza e manutenção de ambiente limpo. Avanço tecnológico da cirurgia (uso de computadores e robótica) requisitando cada vez mais a capacitação e habilidade do enfermeiro CENTRO CIRÚRGICO ANVISA Conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica, à recuperação anestésica e ao pós operatório imediato. CENTRO CIRÚRGICO “Conjunto de áreas e instalações que permite efetuar procedimentos anestésico- cirúrgicos nas melhores condições de segurança para o paciente e conforto para a equipe que o assiste”. ÁREAS DO CC Não restrita Circulação livre de pessoas Semirrestritas Permite circulação de pessoas e materiais desde que não interfira no controle e manutenção da assepsia cirúrgica Restritas Limite definido para pessoas e equipamentos Não exige uso uniforme privativo Ex: Elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferência de macas Uso de uniforme privativo e calçados adequados Ex: Secretaria, sala de guarda Uniforme privativo, máscara, gorros Ex: Corredor interno, lavabos, S.O. ESTRUTURA FÍSICA DO CC Atender à legislação sanitária vigente Dimensões mínimas das áreas e localização Instalações elétricas, hidráulicas, entre outros; Resoluções: RDC 50 / 2002 e RDC 307 / 2002 Por que é responsabilidade do enfermeiro conhecer estas resoluções???? ESTRUTURA FÍSICA DO CC Deve ser de fácil acesso às unidades consumidoras / assistenciais Deve ser de fácil acesso às unidades fornecedoras Atenção ao planejamento do hospital: características, n. de leitos, especialidades, hospital público ou privado, hospital escola ou não, caráter de emergência ou não. ESTRUTURA FÍSICA DO CC COMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DO CC Vestiários Sala de recepção e transferência de pacientes Secretaria Corredores Área de escovação Salas de operação ( S.O.) Sala de apoio às cirurgias especializadas Sala de guarda e preparo de anestésicos Área de indução anestésica Sala de utilidades Depósito de materiais e equipamentos Sala para guarda de torpedos ou aparelhos de anestesia Laboratório de anatomia e patologia DML Área para prescrição médica e de enfermagem Sala de conforto Sala de espera para acompanhante e família SRPA Rota de fugapara emergências ACABAMENTO DO CC Todas as áreas do CC são submetidas a limpeza terminal constante Utilização de materiais resistentes a produtos químicos e máquinas de lavagem e aspiração Revestimento de pisos, paredes e tetos deve ser limpo com produtos monolíticos Uso de “ tintas verdes” Não deve haver tubulações aparentes em áreas restritas e semirrestritas ACABAMENTO DO CC Junção entre rodapé e piso não deve possuir ressaltos Revestimento e rejunte de paredes e pisos: índice de absorção de água até 4% Vetado uso de cimento sem aditivo antiabsorvente para o rejunte Paredes, pisos e tetos com cores frias ACABAMENTO DO CC Piso Resistente a desinfetantes e ao trânsito Sem porosidade e frestas De fácil limpeza e boa visualização Pouco sonoro Bom condutor de eletricidade estática Autonivelante e antiderrapante S.O Não é permitido ralos ACABAMENTO DO CC Janelas Recomendado que não haja nas S.O. (privacidade e distração) Se houver, recomenda que sejam de vidros duplos com persianas instaladas Janelas lacradas Forros Contínuos Proibido forros removíveis Esta regra acima não vale para corredores de circulação ACABAMENTO DO CC ( portas) Dimensão mínima: 1,20m x 2,10m Recomenda-se que sejam de aço inoxidável Portas de correr com trilho instalado na parte superior da parede Possuir visores Possuir dispositivos que permitam sua abertura sem qualquer uso manual INSTALAÇÕES MÍNIMAS NO CC- RDC 50 Água fria e quente Vapor, óxido nitroso Oxigênio, vácuo e ar comprimido canalizados Ar condicionado Sistema elétrico de emergência e diferenciado dos demais Exaustão 0,9% ALÉM DAS INSTALAÇÕES MÍNIMAS... Instalação de combate a incêndio Sistema de telefonia Sistema de informática Som ambiente Cabeamento para internet e para equipamentos de telemedicina ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO DO CC Art. 86 da lei n. 10.083/ 98: Todo estabelecimento de interesse de saúde, antes de iniciar suas atividades, deverá encaminhar à autoridade sanitária competente declaração de que suas atividades, instalações, equipamentos e recursos humanos obedecem à legislação sanitária vigente, conforme modelo a ser estabelecido por norma técnica, para fins de obtenção de licença de funcionamento por meio de cadastramento. Parágrafo 1°: modificações Art.95: livre acesso das autoridades sanitárias RECURSOS HUMANOS NO CC Enfermeiro Coordenador Assistencial Técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem Circulante Instrumentador cirúrgico Atividade de enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo da mesma 35 RECURSOS HUMANOS NO CC E. Assistencial Realizar cuidados de enfermagem Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem Checar previamente a programação cirúrgica Realizar avaliação pré-operatória Recepcionar paciente no CC Efetuar SVD E. Coordenador Esse profissional tem atividades relativas ao funcionamento da unidade, atividades técnico-administrativas, assistenciais e de administração de pessoal. POSICIONAMENTO CIRÚRGICO Na mesa cirúrgica: O posicionamento do paciente para a cirurgia é um fator-chave para um procedimento seguro e eficiente. O relaxamento muscular fundamental para o ato cirúrgico, impede o paciente de se proteger dos danos articulares, estiramentos e compressão medular, provocados pelo posicionamento cirúrgico. A posição na qual o paciente será colocado na mesa cirúrgica dependerá do procedimento operatório a ser realizado. POSICIONAMENTO CIRÚRGICO O posicionamento adequado deve favorecer a monitorização constante dos parâmetros clínicos dos pacientes, a exposição e acesso ótimo ao local operatório; Manter o alinhamento corporal; O paciente deve estar na posição mais confortável possível; A área a ser operada deve estar adequadamente exposta; O suprimento vascular não deve estar obstruído por posição ou pressão indevida sobre uma região; Não deve haver interferência com a respiração do paciente; Os nervos devem estar protegidos de pressões e estiramentos indevidos; Precauções quanto à segurança do paciente; proporcionar acesso para a administração de fármacos. Prevenir traumas e desconforto; Atentar para os procedimentos cirúrgicos longos – 2 horas ou mais, integridade da pele; POSICIONAMENTO CIRÚRGICO Pacientes vulneráveis ao rompimento da integridade da pele: geriátricos, pediátricos desnutridos, anêmicos, obesos, paraplégicos, diabéticos e portadores de próteses, pacientes com edema, infecção , câncer... Cuidados de enfermagem relacionados ao posicionamento Os dispositivos mais eficazes na prevenção de lesões de pele, em ordem decrescente, são: o colchão de ar micro pulsante, a cobertura de colchão de polímero de visco elástico seco e as almofadas de gel, sucessivamente. Posição Supina Posição usual Posição mais anatômica Anestesia geral / cirurgia abdominal Pés não cruzados / pernas levemente afastadas Coxim opcional Posição de Trendelemburg Cirurgias do abdome inferior Cirurgia laparoscópias abdominais, ginecológicas, vasculares Ombreiras e fixação se ângulo acentuado Interferência na respiração Posição de Proclive ou Tredelenburg reversa Cirurgias de cabeça e pescoço Hiperextensão do pescoço nas cirurgias cervicais Apoio para os pés em ângulos acentuados Posição de Litotomia Cirurgias ginecológicas e de proctológicas Nádegas próximas à dobra inferior da mesa MMII em estribos Apoio na panturrilha (cuidado!) Segmento inferior da mesa abaixado MMSS sobre braçadeiras Posição de Fowler (sentada) Neurocirurgias Plásticas mamárias Dobras da mesa Dorso elevada Suporte para pés Fixação para cabeça Posição de Decúbito Ventral ou prona Porção posterior do corpo Coluna Coxins debaixo das axilas e aos lados do tórax MMSS em braçadeiras estendidos com palmas para baixo Cabeça sobre travesseiro, virada para o lado Pés elevados pelos tornozelos Desvantagem: dificuldade de respiração. Posição de Kraske Proctologia Angulação da mesa / coxim Coxins subaxilares Esparadrapos nas nádegas p/ abrir sulco interglúteo Dificuldade respiratória Posição Lateral Rins, Pulmões, Quadris Coxins / Fitas adesivas nos quadris e ombros Perna inferior flexionada / superior flexionada levemente Travesseiro entre MMII MMSS: inferior em braçadeira / superior em arco sobre cabeça Diagnósticos de enfermagem Risco de infecção Risco para desequilíbrio no volume de líquidos Troca de gases prejudicada Risco para aspiração Proteção alterada Integridade da pele prejudicada Risco para disfunção neurovascular periférica Risco para lesão perioperatória de posicionamento Risco para temperatura corporal alterada Ansiedade Hipotermia Complicações intra-operatórias potenciais Náuseas e vômitos Anafilaxia Hipóxia Hipotermia Hipertermia maligna Coagulação intravascular disseminada Complicações intra-operatórias potenciais Náuseas e vômitos Virar o paciente de lado Aspirar a saliva e o conteúdo gástrico eliminado Antieméticos Caso haja broncoaspiração: pneumonia, edema pulmonar – hipóxia. Complicações intra-operatórias potenciais Anafilaxia: reação alérgica aguda com risco de vida que provoca vasodilatação, hipotensão e constricção brônquica Medicamentos são as causas + comuns Alergia ao látex Reação pode ser imediata ou retardada Complicações intra-operatórias potenciais Hipóxia e complicações respiratórias Na anestesia geral: risco de ventilação inadequada, oclusão da via aérea, intubação esofagiana e hipóxia Depressão respiratória pelos anestésicos Asfixia por corpo estranho, espasmo das cordas vocais, relaxamento da língua, aspiração de vômito, saliva ou sangue Monitorar saturação de oxigênio e perfusão periférica Complicações intra-operatórias potenciais Hipotermia: temperatura central menor de 36° Causas: temperatura da sala de cirurgia, infusão de líquidos frios, inalação de gases frios, cavidades ou feridas abertas, atividade muscular reduzida, idade avançada, ação vasodilatadora das medicações, e indução eletiva Reduz o metabolismo da glicose, risco de acidose metabólica Complicações intra-operatórias potenciaisHipotermia – cuidados: Minimizar ou reverter o processo Controlar a temperatura da sala, das infusões Manter o campo cirúrgico seco Aquecimento gradual Monitorar temperatura central, diurese, ECG, PA, gasometria e eletrólitos Complicações intra-operatórias potenciais Hipertermia maligna: Distúrbio muscular hereditário, quimicamente induzido por anestésicos Taxa de mortalidade de 50% Pacientes suscetíveis: músculos fortes e volumosos, história de cãimbras musculares ou fraqueza muscular e morte inexplicada de familiar acompanhada de resposta febril. Lesão do SNC – aumento do metabolismo, aumento da contração muscular e hipertermia Complicações intra-operatórias potenciais Hipertermia maligna Manifestações: taquicardia (sinal + precoce), arritmia ventricular, hipotensão, redução do DC, oligúria e PCR. Rigidez e movimentos tetânicos (mandíbula) Tratamento: suspender a anestesia, reverter a acidose metabólica e respiratória (bicarbonato, oxigenar), reduzir a temperatura, administrar relaxante muscular Pode ocorrer nos primeiros 20’ após indução anestésica até 24h após a cirurgia Ao término da cirurgia: Nesta fase, o objetivo da sistematização da assistência de enfermagem, consiste no restabelecimento da homeostase do paciente, alívio da dor e prevenção de complicações: Transferir o paciente da mesa de cirurgia para a maca, atentando para sua inconsciência, Atentar para presença de tubos, cateteres e drenos, Encaminhar o paciente para a RPA, informando a enfermeira da RPA, de todas as intercorrências. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image60.svg .MsftOfcThm_Background1_Fill { fill:#FFFFFF; } image7.png image62.svg .MsftOfcThm_Background1_Fill { fill:#FFFFFF; } image8.png image64.svg .MsftOfcThm_Background1_Fill { fill:#FFFFFF; } image9.png image10.png image11.jpeg image12.jpeg image13.png image14.png image15.jpeg image16.jpeg image17.png image18.png image19.png image20.jpeg image21.png image22.png image23.png image24.jpeg image25.jpeg image26.jpeg image27.jpeg image28.jpeg image29.jpeg image30.jpeg image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image34.jpeg image35.jpeg